quarta-feira, 3 de julho de 2013

SER VOLUNTÁRIO E A QUALIDADE DE VIDA.

Felizmente não só cresce a convicção, mas vai se tornando realidade o aumento do voluntariado em nossas comunidades. Começamos considerando que para ser voluntário é fundamental a decisão consciente e livre da pessoa. Uma decisão que não passa pelo coração, dificilmente perdura. A vontade da pessoa não pode ser amarrada nem forçada, menos ainda condicionada a ameaças e punições.
Um movimento de voluntariado também não pode ser encarado como uma moda do tempo, uma vaga ocupação de quem nada tem a fazer, ou um palco para ganhar aplausos e títulos de honra. A qualidade das motivações para dedicar-se ao voluntariado é que vai contar na perseverança e na qualidade da ação voluntária assumida.
Uma correta decisão da vontade precisa passar da mente para o coração e do coração para as mãos. Se tivermos clareza do significado benéfico do serviço voluntário, nos afeiçoaremos a ele e o traduziremos em ação concreta. Em consequência, a própria atividade irá dando retorno ao coração para se afeiçoar ainda mais e ampliar a convicção desta decisão. Geralmente um bom voluntário, quanto mais se envolve, mais se sente animado a continuar.
Existem muitas razões para o envolvimento voluntário. Destaco algumas. As ciências humanas, principalmente a psicologia, a psiquiatria, a pedagogia e a medicina comprovam que o grande remédio contra a depressão é a ocupação em algo relevante para a vida. Se a terapia ocupacional é assim tão benéfica, mais ainda se torna quando a ocupação acontece em benefício da vida de quem mais necessita. O voluntariado, portanto, é um caminho de qualificação da vida do próprio voluntário.
Outra razão a vemos estampada em múltiplos espaços dedicados ao cuidado, à promoção e inclusão dos excluídos, sofredores, doentes e menos favorecidos. O senso de humanidade move o voluntariado a humanizar. O retorno de vida, alegria e gestos de amor dos destinatários dos trabalhos voluntários se torna o mais precioso salário de quem atua na gratuidade. Aqui vale lembrar a oração de São Francisco quando diz: “É dando que se recebe!”
Se o voluntariado, assumido por razões humanas, é tão benéfico para quem o exerce e para os destinatários, ainda maior é grandeza quando assumido por razões de fé. A fé ajuda a dar consistência ao que se faz; amplia o sentido e ajusta as nossas decisões; não permite decepção quando se cultiva a esperança de vida melhor e transforma o serviço voluntário em investimento de amor que se eterniza.
Alguém que passa pela história fazendo o bem jamais será esquecido. As obras podem passar, mas o amor com que as fizermos jamais passará. Motivar e cultivar o voluntariado é garantir qualidade de vida e esperança de uma sociedade mais humana e solidária.
Jesus Cristo é o perfeito modelo de voluntário. Faz da vontade do Pai a sua vontade e por ela investe tudo em nosso favor: “Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente” 

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