quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

SOLIDÃO

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A solidão entendida como ausência de relação, de companhia, de interlocução, pode ser algo extremamente doloroso. Seu sinônimo é o isolamento. Há o risco de levar à depressão e até mesmo ao suicídio. Assim começava uma música de Vinicius de Moraes, “Um homem chamado Alfredo”. “O meu vizinho do lado se matou de solidão...”

Alfredo tinha apenas a companhia de um papagaio e um gato de estimação e matou-se inalando gás de botijão. Dizia-se cansado de viver. Cansado talvez de não ter ninguém com quem falar, uma companhia, “uma vez para amar; uma mão para dar; um olhar”. Cansado de ser invisível e sua existência não importar a rigorosamente ninguém.

A solidão é o mal maior da nossa sociedade. Ela pode acontecer em um velho quarto onde, desesperado se abre o bujão de gás. Ou também pode manifestar-se em meio às multidões que passam e não veem, não escutam, não se dão conta de que ali está alguém com sentimentos, desejos, em suma, um semelhante, uma pessoa.

Por sermos seres relacionais, que só existem com a presença e a interação com o outro, a solidão acaba por matar-nos mais dia menos dia. Pode fazê-lo prematura ou repentinamente. E é assim que a primeira ministra britânica, ao constatar que o orgulhoso e desenvolvido Reino Unido invertia a corrida mundial pela longevidade e apresentava índices de mortalidade sempre mais prematura de seus cidadãos, criou o Ministério da Solidão.

Um ministério? – perguntaremos nós. Pois é necessário um ministério para cuidar do sintoma da solidão, sim, senhores. Sobretudo porque as maiores vítimas desta mortal síndrome são os idosos. E isso significa pessoas que já não contam no mapa da produtividade, da beleza e da atividade. Pessoas que têm suas atividades físicas e energias limitadas. Pessoas que – seguindo a poesia de Vinicius - andam com os olhos no chão, sempre pedindo perdão. Perdão por existir e perturbar e incomodar. Pessoas que não se veem porque são quase nada. E que, portanto, não têm sequer energia para gritar e pedir socorro quando sentem que o abismo da depressão se abre sob seus pés.

Esse grupo de pessoas está se avolumando nas sociedades modernas e desenvolvidas. Sobretudo porque a vida é mais longa do que antes e não se morre mais na plenitude e flor da idade, quando se faz falta e a partida é chorada. Os solitários de hoje são em sua grande maioria idosos, órfãos de filhos vivos, não mais procurados pela família. Muitas vezes porque os filhos e netos moram longe, em outra cidade ou país e têm muita dificuldade geográfica e financeira para visitá-los. Ou também porque atrapalham a ânsia de divertimento e de consumo que predomina na vida das gerações mais novas.

Quem vai querer um velho ou uma velha atrapalhando seu fim de semana, feito de correrias, festas, programas sem fim? E o velho fica em casa. A casa por sua vez é pequena e sem muitos recursos. Onde estão os amigos do ancião? Doentes ou mortos em boa parte. Onde os recursos de diversão? Senhores, as aposentadorias como sabemos são parcas, no Brasil ou no Reino Unido. Mal dá para comprar comida e remédios. Com a idade e a progressão exponencial das mazelas, a farmácia particular cresce e consome muito dinheiro.

Os filhos ajudam? Alguns provavelmente. Mas também sem exagerar. Senão, como vão levar as crianças à Disney, passear ou esquiar na Europa, beber whisky, tomar vinho e ir a restaurantes melhores? E assim o final da vida de muitos idosos é marcado pela presença do Alzheimer, pelo asilo, ou pela solidão da casa com a presença de um cuidador nem sempre paciente ou experiente. A solidão se aprofunda com a diminuição das energias, o desaparecimento dos círculos mais próximos de conhecidos ou amigos. Entre nós há ainda o agravante de que a violência e a insegurança impedem que a vizinhança seja mais cultivada. Os vizinhos cuidam cada um de sua vida, sua família, suas coisas.

Alguns solitários se apegam a animais. Alfredo tinha um papagaio e um gato de estimação. Quando morre o companheiro de bico ou quatro patas, a dor é equivalente à perda de um parente. E a solidão se aprofunda. Idoso provavelmente, mas em todo caso isolado de qualquer círculo significativo de relacionamento, o solitário não tem com quem falar, partilhar experiências, dividir a vida. E se sente descartado por uma sociedade que não previu um lugar para ele, por uma família que progressivamente o abandona, por uma vida em meio a pessoas que passam e “mal o adivinham’...

O Reino Unido computa hoje nove milhões de pessoas nessas condições de absoluta solidão. Aqui não conheço estatísticas sobre isto. Mas certamente nossas cifras devem ser altas e marcantes. Uma amiga estrangeira que vivia no Rio há várias décadas e amava a cidade, o país, o estilo de vida, comunicou-me que ia voltar ao seu país natal porque chegara à conclusão de que se morresse, só iriam perceber vários dias depois devido ao cheiro.

O Ministério da Solidão se ocupará destas coisas, seguramente. Tratará de abrir caminhos e criar meios para que os solitários encontrem companhia, momentos comunitários, estímulo para reunir-se com outros. Elaborará políticas públicas que criem projetos e linhas de ação para a dignidade dos idosos e de outros solitários. Enfim, tratará de encontrar meios para que uma faixa significativa da população não se sinta à margem da vida e empurrada lenta e inexoravelmente para o isolamento e a morte.

Esperemos que esse ministério não mude apenas fatos pontuais, mas também mentalidades. Pois na medida em que aprendermos a povoar a solidão alheia, nos tornaremos mais humanos. Solitários não, mas solidários somos chamados a ser. E isso implica prestar atenção ao outro, à sua tristeza e à sua dor, a seus desejos e sua solidão. Olhar com carinho e compaixão aquele a quem ninguém vê, que é considerado “quase nada” como diz o poetinha Vinicius. Inclui-lo e ouvi-lo, conviver com ele ou ela, tratá-lo como gente. Para que a solidão não se avolume de tal modo que se torne uma doença incurável e letal.

Se contribuirmos efetivamente para minimizar a solidão ao nosso redor, talvez quando chegue a nossa vez de ficarmos sozinhos, poderemos viver essa experiência e fazer essa travessia com menos dificuldade

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

AMOR COM CRIATIVIDADE


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Enquanto trocavam olhares de pertencimento mútuo, o casal relatava os gestos do cotidiano familiar. Fiquei impressionado com a harmonia e a sintonia. Ele, com sua tradicional bondade, afirmou: ‘todos os dias, logo que acordamos, nos damos um abraço prolongado. Só depois trazemos presente as atividades e responsabilidades para aquele dia. Ela me passa uma energia inexplicável’. E a esposa complementou: ‘fazemos isso há quase 40 anos. Através do abraço, garantimos a continuidade de nosso sonho de amor mútuo.’ O diálogo continuou, falamos de tudo um pouco. É bem assim: com os amigos, os assuntos fluem, as histórias se prolongam, as palavras são suaves e densas de conteúdo. Normalmente falamos sobre negócios, frugalidades e, poucas vezes, abrimos espaços para ouvir o que brota do coração.

A convivência familiar não seria difícil se houvesse um maior investimento dentro do próprio lar. Para muitos, a residência tem a função de hotel: refeições, cama, roupa lavada e uma ou mais pessoas para deixar tudo em ordem. O início da vida a dois é sempre muito intenso. Com o passar dos dias, em alguns casos, o distanciamento torna-se progressivo, a confiança se fragiliza, o diálogo deixa de ser frequente, o amor enfraquece. A falta de consistência emocional pode comprometer muitos e maravilhosos sonhos. É urgente recuperar e atualizar uma verdade que sempre acompanhou a sociedade: o amor é eterno. Evidentemente que o amor necessita ser cultivado e ser compreendido, pois o passar dos dias pode transformar a paixão numa maravilhosa cumplicidade.

Em tempos de fácil invasão da privacidade, principalmente através das redes sociais, a carência está cada vez mais escancarada. É urgente dedicar mais tempo à relação conjugal e à convivência com os filhos. A questão profissional e a própria sobrevivência têm diminuído o tempo de diálogo, de lazer, de simplesmente estar junto, sem a interferência de ruídos e de eletrônicos que roubam sorrisos e comprometem a espontaneidade. Reinventar os laços familiares é uma alternativa bem-vinda, para garantir a fidelidade e a eternidade do amor. Tenho lembrado diariamente do casal que se abraça, para bem iniciar uma nova jornada. Sonho com mais sorrisos e menos lágrimas, na vida a dois. Acredito plenamente que o milagre da fidelidade multiplicará a felicidade. Um abraço demorado resolve a maior parte dos problemas. É maravilhoso ser e ter uma família.

domingo, 28 de janeiro de 2018

PRESÉPIOS & QUESTÕES.

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O Natal já passou. A Festa de Reis também. Os presépios foram desarmados e as imagens natalinas retornaram às caixas que as guardarão silenciosamente até o próximo dezembro. Na Liturgia Cristã, já entramos no Tempo Comum. Mas permitam-me uma pequena reflexão tardia sobre o Natal. Mais propriamente, a reflexão é sobre presépios.

Todos sabemos que a tradição do presépio foi popularizada no Ocidente por São Francisco de Assis. No ano de 1223, o Pobrezinho de Assis, fascinado pelo mistério do Deus que se faz humano tão belamente narrado nos Evangelhos de Mateus e Lucas, decidiu reviver fato tão maravilhoso. Numa gruta, na vilazinha de Greccio, relembrou a cena do nascimento criando um presépio vivo. Tomás de Celano, um dos primeiros biógrafos de Francisco de Assis, assim descreve o primeiro presépio: “A manjedoura que o Santo fez era cheia de feno e foram colocados perto dela um boi e um burro. Acima da manjedoura foi improvisado um altar e nesse cenário ocorreu a missa da meia-noite, na qual o próprio Santo (...) cantou solenemente o Evangelho juntamente com o povo simples e pronunciou um comovente sermão sobre o nascimento do menino Jesus”.

Para os que estamos acostumados com a tradição dos presépios, a cena pode parecer banal. Mas não o era para os homens e as mulheres, especialmente os que se afirmavam cristãos naqueles tempos medievais em que a Igreja se constituía como o grupo social mais rico e poderoso. Nesse contexto, a mise en scène de Francisco era provocativa: uma missa improvisada, celebrada num lugar não consagrado, com o Evangelho lido e interpretado por um leigo. E mais: num mundo em que Deus era representado como O Altíssimo, Francisco o coloca num presépio, ou seja, numa estrebaria, rodeado por bois e por burros... E todos os que fomos criados no campo sabemos das cores e dos odores de uma estrebaria.

Tomás de Celano, assim como os outros biógrafos de Francisco, não relatam as reações dos presentes naquela noite de dezembro de 1223 na Gruta de Greccio. Evadem a questão dizendo que aquele evento foi lembrado por muito tempo e se perpetuou como um símbolo da proposta genial do Santo de Assis.

Mas, hoje, quase mil anos depois, ouso imaginar que a criação de Francisco tenha provocado escândalo semelhante ao do Presépio da Diversidade criado pelo artista plástico paulista Luciano de Almeida. Nele, o artista coloca, junto com as tradicionais figuras da cena, uma prostituta, um casal homossexual, um portador de HIV, um cadeirante, um casal de idosos e vários meninos de rua. Mesmo tendo sido anteriormente exposto em São Paulo, na Alemanha e na Itália, tal montagem provocou grande celeuma nas redes sociais quando, no final de 2017, fez parte de uma exposição de presépios no convento franciscano do Rio de Janeiro. Grupos fundamentalistas cristãos e movimentos sociais ultraconservadores clamaram contra a presença na cena natalina de um casal homossexual. A pressão foi tanto que frei Roger Brunório, curador da exposição, teve que retirar o presépio da exposição antes que algo de mais grave acontecesse.

Enquanto isso, vários sites da “grande imprensa” tradicional brasileira anunciavam “presépios de cãezinhos” como “a coisa mais fofa que você verá neste Natal”. Várias imagens ilustravam as chamadas para os “novos presépios”. Nelas, no lugar de Maria, José, os Magos e Pastores, cães e cadelas devidamente ornados com trajes orientais. E, no meio da cena, no lugar do Menino Jesus, um cãozinho deitado num berço de seda. E o mais surpreendente: nenhuma crítica a tais representações por parte dos cristãos e católicos fundamentalistas e dos grupos conservadores de direita que se pretendem defensores da moral e dos bons costumes!

Três presépios e várias perguntas: a quem os moralistas defendem? Será que Francisco de Assis se sentiria representado pelos presépios que hoje são feitos nas Igrejas, praças públicas, lojas e shopping centers? Ou, se estivesse por aqui hoje, não procuraria uma outra Greccio para reinventar a tradição de Natal? Talvez as favelas, os viadutos, as zonas de prostituição fossem o único lugar onde ele encontraria gente disposta a acreditar que Deus se fez humano e está presente em cada pessoa marginalizada. Inclusive nos casais homossexuais expulsos do presépio pelos puritanos e moralistas. Bem dizia Jesus: “As prostitutas e os publicanos vos precederão no Reino dos Céus”. A prova disso está no próprio presépio: prostitutas e publicanos ali nos precederam.

sábado, 27 de janeiro de 2018

SENTIMENTOS



Ninguém tem dúvidas de que estamos num mundo marcado por mudanças. As transformações são rápidas, a velocidade perpassa todos os espaços, o futuro está sendo redesenhado a todo instante. Pensando bem, vivemos em dois mundos: o mundo material e o virtual. Até mesmo aqueles que não tiveram nenhuma iniciação, são obrigados a conhecer e a lidar com a tecnologia da informação. Os meios estão cada vez mais sofisticados, substituindo tarefas manuais e ampliando, de forma ilimitada, o contato com tudo e com todos. Algumas pessoas estão assustadas, outras fascinadas. Ainda bem que existe a possibilidade de permanecer num meio termo. Ninguém pode abandonar completamente o mundo materializado, os pés continuarão pisando firme o chão da existência. Por outro lado, é impossível ficar alheio ou distante do que se passa no mundo virtual.

Numa recente feira americana de tendências no campo da inteligência artificial, os visitantes puderam ter uma amostra das invenções que estão por chegar. As geladeiras terão dispositivos, junto à porta, que indicarão a quantidade de açúcar que já foi consumida, o percentual de alimentos com sal que foram ingeridos. A geladeira alertará o que faz bem ou não à saúde. As lojas terão microcâmaras que detectarão possíveis gostos pessoais, bem como um breve apanhado do humor do cliente: se ele está alegre ou triste. As novidades são incontáveis. O estado emocional praticamente passará por um ‘leitor ótico’ e quem estiver do outro lado do balcão oferecerá algum produto para transformar a tristeza em alegria.

Porém, a quantidade de invenções jamais será capaz de auscultar o que realmente se passa no coração humano. A tentativa de criar mecanismos que se assemelhem à inteligência humana é até louvável, mas nada se iguala ao sentimento que cada um carrega consigo. Cada pessoa é única e portadora de um mistério insondável. Somente o ser humano será capaz de dizer, com palavras e atitudes, a sonora e tocante expressão: ‘eu te amo’. Depois das geladeiras que avisam a quantidade de açúcar e de sal que foi ingerida, das câmaras que tentam ‘ler’ o estado de ânimo, virão outros dispositivos e equipamentos. O mundo virtual anda em faixa própria. Certamente as invenções poderão qualificar a vida, mas jamais serão capazes de substituir a necessidade de amar e ser amado. Lembrei da geladeira azul, que acompanhou quase toda a minha infância e de meus irmãs. Ela teria muita história para contar, mas não aprendeu a falar. Como é bom guardar lembranças e expressar sentimentos. A vida jamais será artificial, pois é capaz de vivenciar e armazenar os melhores sentimentos.

O HISTÓRICO AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO

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O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil de 2017 foi de 0,1%. Com esse desastroso crescimento econômico o governo diz que o Brasil está no caminho certo. Convenhamos que seja preciso muito despudor para afirmar tal asneira. Na realidade o atual governo está levando milhões de brasileiros à miséria e à exclusão social. Ao desconsiderar a situação do povo brasileiro, o governo sacrifica os trabalhadores com um mísero salário mínimo no Brasil.

Ao entrar o ano de 2018, os 45 milhões de trabalhadores brasileiros que recebem o salário mínimo não têm o que celebrar, mas muito a lamentar do descaso do governo. O aumento no valor do salário de R$ 937 para R$ 954, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é o menor reajuste da história. O reajuste ficou em 1,81%, ou exatamente míseros R$ 17,00 de aumento. Em desconsideração aos trabalhadores o governo comemora o aumento. Ademais, com o golpe parlamentar de 2016 a economia do Brasil foi a nocaute. Na verdade, com este irrisório aumento proporcionado pela política salarial do governo federal quem foi a nocaute são os trabalhadores.

É preciso dizer que a política do governo federal representa os interesses do mercado e não o favorecimento ao povo brasileiro. Na realidade, o governo não reajustando o salário mínimo com aumento real aos 45 milhões de trabalhadores, favorece as medidas e as metas econômicas do mercado. Segundo o Dieese o mínimo proposto pelo governo para 2018 está muito distante do valor considerado necessário para um trabalhador brasileiro. De acordo com o cálculo do Dieese o valor necessário para as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 3.731,39 para o ano de 2017. Já para 2018 estima-se a necessidade de um valor superior a R$ 4.000,00.

A Venezuela, país bastante contestado pela imprensa brasileira pelo seu enfrentamento ao poderoso EUA e por não conseguir implantar sua política econômica liberal, usa medidas de proteção econômica do povo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro anunciou em 31 de dezembro último um aumento de 40% do salário mínimo para o ano de 2018. Segundo o ministério da economia da Venezuela as medidas visam proteger os trabalhadores e manter a economia do país aquecida sem o controle do mercado internacional. Com enfrentamento à forte pressão do governo norte americano pela privatização do capital da Venezuela, como os postos de petróleo, o parlamento e governo venezuelano conseguem manter o controle e o crescimento da economia do país. Em outros termos, o governo da Venezuela não adotou a política da privatização do capital nacional e da venda das estatais de mineração, energia, combustível, transportes, aeroportos.

Por sua vez, em 2016 e 2017 o governo brasileiro abriu as fronteiras à política neoliberal privatizando e vendendo o capital nacional às empresas estrangeiras que agora impõem suas normas de controle da economia. A submissão do Brasil aos detentores da economia e do mercado internacional obteve 1,81% como reajuste no valor do salário mínimo. Isto é liberalismo, o governo nacional age em função do lucro do mercado estrangeiro. Como se não bastasse o pífio aumento do salário mínimo, o governo brasileiro remaneja R$ 3,6 bilhões para comprar votos para que a Reforma da Previdência Social seja aprovada na Câmara e Senado Nacional. A Reforma da Previdência aprovada significa que além dos bilhões usurpados do povo brasileiro, o governo leva os trabalhadores a trabalharem por um salário de fome sem direito à Seguridade Social, aposentadoria.

A interpretação correta da política salarial do governo federal com o mísero aumento no salário mínimo é subserviência à cobiça e ao lucro do mercado estrangeiro. Como diz o próprio Presidente da República, Michel Temer: “O Brasil está no caminho certo!”. Isto é, no caminho da miséria, desigualdade social, fome. Tão diferente da política da Venezuela.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

ABRINDO A JANELA DA SUA VIDA.


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Abra sim! Para o novo entrar, para o velho se renovar, para você se iluminar e todo o seu ser contemplar a si e ao que se apresenta diante de você. Abra-se para o que está fora da janela, para que possa ser alcançado. Mais que isso, para você poder sair, ser tocado pela vida, pelo sol, pela alegria...

Para poder sair é preciso abraçar seu passado e tudo que estiver incluído nele. O que lhe fez bem, o que não fez tanto. Discernir suas escolhas, e os aprendizados adquiridos através dessas escolhas. Saber que ser humano significa que sempre é possível errar, mas não é preciso ficar preso ao erro, basta tirar as lições necessárias, compreender o que aconteceu, perdoar-se e seguir em frente.

Talvez abrindo a janela você vá caminharem vez de correr todos os dias... Talvez possa olhar o sol e se aquecer com ele só em observá-lo, ou o calor venha até você simplesmente por saber que ele existe, e assim absorvê-lo, deixá-lo não só passar por si, mas através de si.

Talvez nesse abrir você vá mais devagar. Reassuma a vida que está dentro de si, quieta, acomodada, precisando de um lugar para irradiar-se. Talvez você permaneça como diamante bruto dentro do seu ser; ou seja, um ser humano bom, mas sem direção segura para seguir. Talvez você necessite aprimorar seu olhar.

Talvez o novo precise entrar em você. Talvez você precise ser tocada por algo que não conhece, não controla, não entende. Talvez esse seja o primeiro aprendizado: deixar-se absorver pelo novo.

Agora você está pronto para abrir-se para a sua vida.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

ASSÉDIO SEXUAL: UMA TERCEIRA VIA?

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Os últimos dias foram marcados pelo debate sobre assédio sexual. Em parte, graças a Deus, porque de assédio político e econômico estamos todos um pouco cansados.

O discurso de Oprah Winfrey na festa do Globo de Ouro foi o clímax de uma caminhada legítima e positiva da mulher. Em busca do seu espaço e a paridade de direitos com o homem há várias décadas, a mulher hoje se nega a ser assediada e oprimida em um mundo ainda marcado pela supremacia masculina.

Como mulher e negra – portanto duplamente vulnerável – Oprah deu voz a muitas de suas colegas do meio cinematográfico e artístico que trabalharam para construir uma carreira e no caminho foram submetidas a chantagens, assédios, passando até mesmo pelo “teste do sofá”. O discurso incluiu igualmente todas as vítimas de abusos e violências sexuais de qualquer espécie. A apresentadora comoveu e convocou com seu inflamado e emocionado discurso.

Pouco depois, outras mulheres tomaram a palavra. Cem francesas publicaram uma carta com outra visão sobre a questão. Entre elas, ninguém menos que a grande e belíssima atriz Catherine Deneuve e também a pensadora e escritora Catherine Millet. Com a visão do feminismo francês – bem diferente do estadunidense – criticaram o tom com que as denúncias de assédio vêm sendo feitas do outro lado do Atlântico. E apontaram para o que poderia ser um “machismo às avessas”, sendo os homens vítimas de denúncias irresponsáveis e extremistas.

Catherine Deneuve pediu desculpas às vítimas pelo mal-estar que sua carta causou. Mas deixou bem claro que o fazia “a elas e só a elas”. Ou seja, não pretendia incluir em seu pedido de desculpas as feministas de além-mar. As reações foram fortes e muitas, na França mesmo e nos Estados Unidos mais ainda. As cossignatárias francesas foram acusadas de serem inimigas da liberdade e coniventes com os abusos sexuais cometidos pelos homens contra as mulheres.

Com temor e tremor, registro meu sentir. Impossível não compreender e sentir-se solidária com as norte americanas, a luta delas e o luto pela pisoteada dignidade da mulher. É fato que não apenas ao norte do Equador, e mais ainda ao sul, mulheres são usadas, abusadas, chantageadas e agredidas. O assédio pode começar na família, protagonizado pelo pai, o tio, um amigo, o irmão, o primo. As histórias são muitas e dolorosas, compostas de silêncios, pânicos, lágrimas e o pavor de que a noite viesse, a casa dormisse e as visitas indesejáveis se aproximassem.

A idade adulta e a entrada no mercado de trabalho não melhoram o panorama. Na vida profissional, até mesmo nos mais inimagináveis e improváveis setores, o assédio se faz presente. E a sombra do abuso cerca, roça, toca, encosta, força e se tem algo de poder, chantageia. O comportamento sinistro é encoberto pela mentalidade que não escuta, não observa, não acredita. E reforçada pelos que acham que a culpa é da vítima, que saiu de short ou decotada, provocando indevidamente a libido masculina.

Por outro lado, a convivência entre homens e mulheres supõe uma diferença que quase nunca repele e quase sempre atrai. E esta pode se expressar em galanteios, admiração, olhares, que não podem ser apressadamente classificados de assédio ou abuso. Este intercâmbio é necessariamente sexuado (não sexual) e pode ser vivido no respeito e dentro de limites éticos. E quando assim sucede, dignifica tanto o homem como a mulher.

Não necessariamente a admiração de um homem por uma mulher deve derivar para assédio, abuso ou violência. Portanto, não há que anatematizar qualquer iniciativa dos homens nesse sentido como digna de ser repelida, denunciada e execrada. O manifesto das francesas não deixa de acertar neste ponto. Só não me agrada a palavra “importunar”. A associação imediata se faz com “molestar”, que leva ao assédio e à repulsa ao mesmo. Ninguém gosta de ser importunada, mas de ser admirada com respeito e delicadeza, sim. Duvido que haja alguma mulher que não goste.

Gosto que me ajudem a carregar a mala pesada, que abram a porta da sala ou do carro para que eu possa entrar, que puxem a cadeira para que eu me sente. Tantos amigos tive e tenho na vida que já fizeram isso, na frente de meu marido ou na sua ausência. E jamais me senti assediada. E se o admirador se tornar insistente e inconveniente, a mulher é livre e adulta para fazê-lo sentir que o limite chegou e é melhor parar por ali.

Entre o feminismo militante das estadunidenses e de muitos outros coletivos na Europa, no Brasil e em toda parte e a visão mais flexível das francesas, haverá uma terceira via? Quero crer que sim. E ela reside na tolerância zero com a violência sexual de qualquer tipo: física, emocional, profissional etc. Porém não ao se criar uma atitude tão antitética em relação aos homens que transforme todos e cada um em potencial agressor e/ou inimigo.

Nada se constrói de positivo se a proposta é lutar apenas “contra” algo. Lutar apenas “contra” o machismo não nos levará muito longe, parece-me. Melhor é lutar a favor. A favor de mais educação e formação para as mulheres, mais reconhecimento de sua competência, mais respeito à sua diferença, mais equidade e justiça para avaliar seu desempenho junto aos colegas homens, mais esforços para que a equiparação salarial para iguais competências seja uma realidade.

Senão, como ficariam as obras literárias, musicais e artísticas em que a beleza da mulher é cantada e louvada? A canção de Vinicius de Moraes e Tom Jobim sobre uma garota que passava em Ipanema rumo à praia celebra a beleza e o encanto daquela mocinha sem deslizar nem um milímetro para a grosseria ou a falta de respeito. Por outro lado, há canções, textos pretensamente literários e manifestações supostamente artísticas que, na verdade, são de extremo mau gosto e desrespeito e não ajudam em nada o processo de emancipação da mulher.

Um mundo onde não se possa mais cantar “Garota de Ipanema”, onde os poemas de Carlos Drummond de Andrade, Pablo Neruda e outros sejam banidos como misóginos e machistas, onde as pinturas e esculturas que retratam o corpo feminino com suas curvas e relevos sejam postos sob suspeita será um mundo enfadonho, opaco e desagradável. Não humanizará ninguém e muito menos as mulheres.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

DAQUI A CEM ANOS.

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Daqui a cem anos já não serei. O punhado de cinzas que restar da cremação estará integrado ao útero fértil da terra. De minha obra talvez figure, em um catálogo de alfarrábios, não mais.

A ideia da imortalidade é fardo ridículo de vaidade póstuma. Importam os aplausos após os atores deixarem o palco? A notoriedade não me adula, me convém a discrição, poder parar anônimo em uma esquina.

Bastam-me as letras a me desnudarem frente ao leitor, e a fé de que me aguarda um fim infindo. Quero o colo de Deus. E não mais.

Agora sou um entre mais de 7 bilhões. Como cabe tanta pretensão em tão diminuta pequenez? Por que o coração se infla de ambições? Pra que essa sofreguidão insana, a corrida contra o relógio, a irrefreável gula frente ao mundo circundante?

Fecho os olhos para ver melhor. A meditação me devolve àquele Outro que não sou eu e, no entanto, funda a minha verdadeira identidade. Renova meu oxigênio espiritual. Revolve esse canteiro que trago no mais íntimo de mim, sempre à espera da inefável semente divina. Porque o verdadeiro amor é sempre (e)terno.

Daqui a 100 anos terá sido inútil toda a minha pressa. Essa voracidade d’alma será apenas um definitivo silêncio no tempo. Estarei emudecido pela deslembrança. Não colherei flores da primavera, nem ouvirei o som da flauta em minhas manhãs orantes. Transmutado no ciclo implacável da natureza, serei o que já fui: multidão de bactérias, húmus de um caule que brota, alimento de um réptil.

Tenho 13,7 bilhões de anos. Sei que, como toda matéria, comungo a perene transubstanciação de todas as coisas criadas. Existo, coexisto e subsisto em Universo.

Dentro de poucos anos serei tragado pelo ritmo da entropia. Minhas células se condensarão em moléculas integradas no baile alquímico da evolução. De novo, serei um com o todo, como o oceano resulta da interação de pingos d’água.

Essa certeza recata-me ansiedades. Volto a mim mesmo, ao recôndito do espírito, atento à delicadeza da vida. Tudo é liturgia, basta ter olhos para crer: o pão sobre a mesa, a água derramada no copo, a janela assediada pelo vento, a roda pétrea do amolador de facas, a luz da vela consumindo-se junto ao sacrário, o cheiro doce de manga, o mistério do momento exato em que o sono me sequestra, o grito alegre de uma criança ao colher uma flor no que restar de jardim daqui a 100 anos.

O melhor da existência são as contas de seu colar, as diminutas miçangas que formam belos desenhos, os cacos do vitral. A busca da utopia, a conversa inconsútil com os amigos, a língua perfumada pelo vinho, os poemas recitados, a sesta de domingo, o gesto de carinho, o cuidado solidário.

Daqui a 100 anos o mundo estará, como sempre, entregue a si mesmo, porém sem o concurso de minhas ambições, pretensões e inquietações.

Meditar no futuro longínquo me aquieta. Impregna-me de algo muito importante: um profundo sentimento de desimportância.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

TEMER AGRAVA A CRISE SOCIAL

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Depois de uma década em queda, a pobreza se ampliou no país desde a recessão iniciada em 2014. De acordo com levantamento do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), pouco mais de 9 milhões de brasileiros foram empurrados para baixo da linha de pobreza em 2015 e 2016, reflexo da deterioração do emprego e da renda. Desses, 5,4 milhões tornaram-se extremamente pobres (ou miseráveis).

São dados da “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgada em dezembro pelo IBGE. De acordo com o Banco Mundial e o IBGE, vive na extrema pobreza quem ganha US$ 1,90 por dia (R$ 133,72 mensais); e na pobreza moderada quem recebe US$ 5,50 por dia (R$ 387,07 mensais).

Em 2016, 52,2 milhões de brasileiros(as) viviam abaixo da linha de pobreza, ou 25,4% da população. No caso da pobreza extrema, eram 13,35 milhões de pessoas, 6,5% da população.

Pelos cálculos do Iets, de 2004 a 2014 o Brasil retirou quase 40 milhões de pessoas da pobreza. Nem mesmo a crise mundial de 2008, que provocou pequena e rápida recessão no país, foi capaz de interromper o processo de redução da pobreza. “O retrocesso ocorre de 2014 para 2015. É quando a crise [brasileira] começa a afetar a renda, provocar desemprego e gerar informalidade. Os empregos perdidos na construção civil, por exemplo, afetaram muitos trabalhadores”, disse o pesquisador do Iets.

Francisco Ferreira, economista do Banco Mundial, chegou a conclusões parecidas. A parcela da população em situação de extrema pobreza cresceu de 4,1%, em 2014, para 6,5% em 2016. Em entrevista ao jornal Valor, José Graziano, diretor-geral da FAO, braço da ONU para alimentação e agricultura, declarou que mais de 7 milhões de brasileiros, mesmo vivendo em situação de extrema pobreza, não recebem nenhum tipo de assistência social. O país, advertiu, pode voltar a integrar o Mapa da Fome Mundial, que a FAO divulga desde 1990.

Em nosso país, todo dia são jogados no lixo 41 mil toneladas de alimentos, suficientes para alimentar 25 milhões de pessoas! Um quarto desse desperdício é culpa do consumidor final. Por isso, é tão baixo o índice de reaproveitamento feito pelos bancos de alimentos: apenas 150 toneladas por mês.

Nossas escolas insistem em ignorar a educação nutricional, e o governo não delimita a propaganda e venda de produtos que prejudicam a saúde, em especial a das crianças. A morte não está embutida apenas em maços de cigarros. Também em refrigerantes, achocolatados, enlatados e embutidos. Sutil, ela se inicia por nos corroer por dentro, na forma de perda de vitaminas, obesidade mórbida, debilitação dos ossos, câncer etc.

No mundo, a FAO calcula que, todos os dias, 1/3 dos alimentos vai para o lixo, o que equivale a 3,5 milhões de toneladas.

Esses dados devem pesar, neste ano de 2018, em nossa consciência de eleitores.

domingo, 21 de janeiro de 2018

O CANIBALISMO NEOLIBERAL DE BOLSSONARO

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"O que é ruim se destrói sozinho." Essa frase que é atribuída a diversos autores na rede, pode ser considerada de domínio público e cai com uma luva, quando estamos falando da personagem em questão nesse artigo. Jair Messias Bolsonaro. O parlamentar que sonha em ser presidente da república, é um verdadeiro poeta das bizarrices. Um gênio da escatologia nacional.

Bolsonaro é um sujeito que não possui o mínimo de ética para ocupar um cargo público. Seu desequilíbrio emocional, é confundido por seus seguidores, com sinceridade. Sua falta de educação é vista por seus "minions" como autoridade moral. O tipo de liderança exercida pelo deputado, deixa claro que boa parte da nossa sociedade carece de bom senso e de bons modos.

Eu me espelho naquilo em que me vejo refletido. Essa, talvez seja a melhor definição para os adoradores do maior mico que a política nacional já produziu. Como se já não bastasse as suas declarações racistas, fascistas, machistas e homofóbicas, Bolsonaro agora se revela um praticante do canibalismo. Em entrevista a uma repórter da Folha de São Paulo, o representante da família, das tradições, dos bons costumes e dos valores cristãos, declarou que usava o benefício do auxílio moradia para "comer gente". Que coisa mais lúdica.

Vale lembrar que o mesmo Bolsonaro, já havia confessado ser simpatizante da zoofilia. Em entrevista ao programa CQC, o deputado disse que, quando jovem, conheceu uma galinha, biblicamente falando. Vindo de um senhor que costuma dizer que órgão excretor não reproduz e condena relações entre pessoas do mesmo sexo, chega a ser uma aberração. Mas a questão sexual não é o ponto a ser debatido na fala escrota e amoral do deputado. Há questões políticas e sociais gritando nessa infeliz declaração e que precisam ser debatidas.

Jair Bolsonaro é um crítico feroz do Bolsa Família e de qualquer outro programa de assistência ou de inclusão social. Segundo ele, a meritocracia é que deve ditar as regras de ascensão social na sociedade. Um verdadeiro bufão. É contraditório um político se posicionar contra um auxílio aos mais pobres, muitos desses sem moradia, e ao mesmo tempo dizer que usava o dinheiro público como "Bolsa Motel", satisfazendo os seus desejos íntimos e ignorando a necessidade dos mais necessitados. Mais canalha do que isso, só a aprovação dos seus seguidores que aplaudem tal comportamento.

Eu não entendo da matéria, mas acredito que deve haver alguma forma de se aplicar um procedimento jurídico contra o deputado. Houve uma confissão de desvio de dinheiro público, para uma finalidade particular e isso precisa ser investigado e punido. Imagina se o deputado Jean Willys - homossexual e desafeto declarado de Bolsonaro - viesse a público dizer que usou o seu auxilio moradia para fins sexuais? A fogueira da inquisição seria reeditada por aqui.

A postura de Bolsonaro só faz com que tenhamos cada vez mais, a certeza de que ele é incapaz de governar o país. Se ele não consegue governar a própria língua...Depois de ter "comido gente" com o dinheiro público, sabemos que, honesto, ele não é, e nunca foi. Só bobo ainda acredita nisso. Não quero nem entrar no mérito do gênero da "gente" que teria sido "comida" por ele. Afinal, "gente" é comum de dois e isso poderia nos revelar mais surpresas.

Eu fico com a impureza e com a estupidez da resposta de um seguidor do mito, que em uma postagem no Facebook, fez o seguinte comentário sobre o assunto: "Bolsonaro usou o auxilio moradia para comer gente. Meu dinheiro sendo bem gasto. Esse sim é o meu presidente". Isso prova que Bolsonaro, além de usar recursos públicos para "comer gente", também sabe aplicar os seus discursos para comer cérebros.

Viva o canibalismo neoliberal!