sexta-feira, 30 de março de 2012

É COMO DIZIA O CHICO - TUDO PASSA...

Todas as coisas na Terra passam.

Os dias de dificuldade passarão...
Passarão, também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar... Um dia passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Os dias de tristeza...
Dias de felicidade...
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas.
Se, hoje, para nós, é um desses dias,
repleto de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao Alto
e busquemos a voz suave da Mãe amorosa,
a nos dizer carinhosamente: \'isto também passará\'
E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre,
semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.
Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau
e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a
agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade
e que um dia também passará.
Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro
porque essa é a sua destinação.
Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos,
sem esmorecimento e confiemos em Deus,
aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará.
Tudo passa...
exceto Deus.
Deus é o suficiente!

quarta-feira, 28 de março de 2012

DEPENDE DE VOCÊ.

Havia um viúvo... Que morava com suas duas filhas, curiosas e inteligentes...

As meninas, sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não... Como pretendia oferecer a elas a melhor educação mandou as meninas passarem férias com um sábio, que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio... As meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder... Então, uma delas, apareceu com uma linda borboleta azul,
que usaria para pregar uma peça no sábio...  O que você vai fazer? - Perguntou a irmã.  Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta. vou abrir minhas mãos e deixá-la voar... Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estara errada.
As duas meninas foram então o encontro do sábio que estava meditando.Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio: Ela está viva ou morta?... Calmamente o sábio sorriu... E respondeu:  Depende de você. Ela está em suas mãos. Assim é a nossa vida, o nosso presente, o nosso futuro... Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado.Somos nós os responsáveis, pelo que conquistamos ou não conquistamos...
Nossa vida está em nossas mãos. Como a borboleta azul. Cabe a nós escolher o que fazer com ela. O valor das coisas, não está no tempo que elas duram... Mas na intensidade com que acontecem.
Por isso... Existem momentos inesquecíveis... Coisas inexplicáveis... Pessoas incomparáveis...



terça-feira, 27 de março de 2012

SEXO BOM E SERENO

Há um sexo bom, satisfatório, que sereniza. Milhões de casais o conhecem. Ele é feliz com ela, ela é feliz com ele, os dois chegam à velhice, sabendo que foi bom. Às vezes, exigiu sacrifício, muitas vezes pediu renúncia. Foi feito de desejo, libido e entrega e foi muito mais entrega do que qualquer outra coisa. Ele deu seu corpo a ela e o fazia com prazer e ela deu seu corpo a ele, e o fazia com prazer. E mesmo quando não sentia prazer, havia o amor.

Seria bom para ele e para ela, então entregaram-se. Esse sexo bom santifica e sereniza, está dentro da natureza e está dentro da fé. Mas há o outro, o excessivo, o guloso, o histérico, o sôfrego, o que nunca satisfaz, o que nunca é suficiente, o que nunca realiza, o que resolve para o momento, o que não segura, o que não aproxima, o que não encaixa, o que machuca.
É coisa física, é coisa de fome, é a lambida que não mata a sede nem a fome porque não foi mastigada nem digerida, é alimento não absorvido. É sexo forte na ação e raquítico no conteúdo. Lembram aquelas comidas gostosas que, porém, nunca matam a fome, nunca satisfazem.
A pessoa se torna cada dia mais gulosa e mais mal alimentada. Há um sexo que embriaga, mas não alimenta; é sexo vazio, é pastel de vento, precisa de muitos atos para alguém sentir-se satisfeito, mas, uma vez satisfeito, chega a ter ânsia de vômito, posto que não era aquilo que se buscava.
Sexo do jeito errado, com a pessoa errada, na quantidade errada, no momento errado, em lugar errado e com motivação errada, tudo machuca. Não aceite experimentar a droga com alguém que você sabe que não ama você, e nem mesmo com a pessoa que ama, droga simplesmente não se experimenta. Não aceite um sexo com uma pessoa que não ama você e a quem você não ama. Espere para ter certeza.
Droga, só na mínima quantidade recomendada pelo médico e dentro de um fármaco; sexo só na quantidade certa, suficiente dentro de um projeto de amor e de carinho. Do contrário, é cocaína da pior espécie. Para muitas pessoas o sexo é a possessão desesperada de um corpo alheio. Para milhões, felizmente, é a entrega de almas, expressa pela união de corpos. Este é o único sexo que tem chance de fazer alguém feliz. Reze para encontrar alguém que lhe possa dar essa chance; a do sexo sereno, tranquilo e feliz

SINERGETICAMENTE, PODEREMOS TRIUNFAR.

Há muitos hoje no mundo inteiro preocupados com a crise atual que engloba um complexo de outras crises. Cada um traz luz. E toda luz é criadora. Mas, de minha parte, vindo da filosofia , sinto necessidade de uma reflexão que vá mais fundo, às raízes, de onde lentamente ela se originou e que hoje eclode com toda a sua virulência. Diferente de outras crises anteriores, esta possui uma singularidade: nela está em jogo o futuro da vida e a continuidade de nossa civilização. Nossas práticas estão indo contra o curso evolucionário da Terra. Esta nos criou um lugar amigável para viver mas nós não nos mostramos amigáveis para com ela. Ela pode continuar sem nós. Nós, no entanto, precisamos dela.
Estimo que a origem próxima (não vamos retroceder até o homo faber de dois milhões de anos atrás) se encontra no paradigma da modernidade que fragmentou o real e o transformou num objeto de ciência e num campo de intervenção técnica. Até então a humanidade se entendia normalmente como parte de um cosmos vivente e cheio de propósito, sentindo-se filho e filha da Mãe Terra. Agora ela foi transformada num armazém de recursos. As coisas e os seres humanos estão desconectados entre si, cada qual seguindo um curso próprio. Essa virada produziu uma concepção mecanicista e atomizada da realidade que está erodindo a continuidade de nossas experiências e a integridade de nossa psiquè coletiva.
A secularização de todas as esferas da vida nos tirou o sentimento de pertença a um Todo maior. Estamos desenraizados e mergulhados numa profunda solidão. O oposto a uma visão espiritual do mundo não é o materialismo ou o ateísmo. É o desenraizamento e o sentimento de que estamos sós no universo e perdidos, coisa que uma visão espiritual do mundo impedia. Esse complexo de questões subjaz à atual crise. Precisamos, para sair dela, reencantar o mundo e perceber a Matriz Relacional (Relational Matrix) em erosão, que nos envolve a todos. Somos urgidos a compreender o significado do projeto humano no interior de um universo em evolução/criação. As novas ciências depois de Einstein, de Heisenberg/Bohr, de Prigogine e de Hawking nos mostraram que todas as coisas se encontram interconectadas umas com as outras de tal forma que formam um complexo Todo.
Os átomos e as partículas elementares não são mais consideradas inertes e sem vida. Os microcosmos emergem como um mundo altamente interativo, impossível de ser descrito pela linguagem humana, mas apenas por via da matemática. Forma uma unidade complexa na qual cada partícula é ligada a todas as outras e isso desde os primórdios da aventura cósmica, há 13,7 bilhões de anos. Matéria e mente comparecem misteriosamente entrelaçadas, sendo difícil discernir se a mente surge da matéria ou a matéria da mente ou se elas surgem conjuntamente. A própria Terra se mostra viva (Gaia), articulando todos os elementos para garantir as condições ideais para a vida. Nela, mais que a competição, funciona a cooperação de todos com todos. Ela mostra um impulso para a complexidade, para a diversidade e para a irrupção da consciência em níveis cada vez mais complexos até a sua expressão atual pelas redes de conexões globais dentro de um processo de mundialização crescente.
Esta cosmovisão nos alimenta a esperança de um outro mundo possível, a partir de um cosmos em evolução que através de nós sente, pensa, cria, ama e busca permanente equilíbrio. Ideias-mestras como interdependência, comunidade de vida, reciprocidade e corresponsabilidade são chaves de leitura e nos alimentam uma nova visão mais harmoniosa das coisas.
Esta cosmologia é que falta hoje. Ela tem o condão de nos fornecer uma visão coerente do universo, da Terra e de nosso lugar no conjunto dos seres, como guardiães e cuidadores de todo o criado. Esta cosmovisão nos impedirá de cair num abismo sem retorno. Nas crises passadas, a Terra sempre se mostrou a nosso favor, nos salvando. E não será diferente agora. Juntos, nós e ela, sinergeticamente, poderemos triunfar.

O CAOS VIRÁ, SE O CONSUMO NÃO MUDAR

A demanda pelos suprimentos de água no mundo é tão intensa que será necessária uma mudança radical na forma como ela é usada para evitar a escassez. A conclusão é do 4º Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, intitulado Gerenciando a Água sob Incerteza e Risco. Estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) foi lançado na semana passada, durante o 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França.

De acordo com a pesquisa, aumentou a demanda por água para irrigação de cultivos de alimentos, para produção de energia elétrica e para fins sanitários. E vai aumentar mais devido ao crescimento demográfico, estimado em dois a três bilhões de pessoas nos próximos 40 anos. O documento ressalta ainda que as mudanças climáticas estão reduzindo os suprimentos ao alterar os padrões de chuvas, provocando secas mais prolongadas e o derretimento de geleiras.
O relatório da ONU é enfático ao projetar os próximos anos. Exemplo: se o atual modelo de consumo não mudar, a necessidade de água destinada à produção de energia vai crescer 11,2% até 2050. A energia hidráulica e os biocombustíveis são essenciais, mas será necessário investir em energia limpa para reduzir as consequências desse consumo para as mudanças climáticas.
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), publicados no documento da ONU, pelo menos 5% do transporte mundial será mantido por biocombustíveis em 2030, e sua produção poderia consumir entre 20% e 100% da quantidade total de água atualmente usada pela agricultura no mundo.
Outros setores da economia permanecerão disputando o acesso aos recursos hídricos. A agricultura, que utiliza hoje 70% da água doce do mundo, precisará de mais (leia ao lado).
A ONU revela que nenhuma região do planeta está livre de pressões sobre os recursos hídricos. Até a Europa tem 120 milhões de cidadãos sem acesso à água potável. Em algumas partes do velho continente, os cursos de água chegam a perder até 80% de seu volume no verão. Situação pior é da África, aonde a demanda de água acelera a deterioração de seus recursos hídricos. E com um agravante: a população africana aumenta em média 2,6% ao ano, contra uma média mundial de 1,2%.
A Ásia e o Pacífico oferecem outro cenário preocupante. Eles abrigam 60% dos habitantes da Terra, mas possuem somente 36% dos recursos hídricos. Segundo o relatório da ONU, 480 milhões de pessoas não tinham acesso, em 2008, a uma fonte de água de qualidade, e 1,9 bilhão não tinham infraestrutura sanitária adequada. No Oriente Médio, pelo menos doze países vivem em “absoluta escassez” de água. Lá, dois terços da água consumida vêm de fora da região. Na América Latina e no Caribe, dobrou a taxa de extração de água no século XX.
O Brasil expõe situação singular: produz aproximadamente 12% da água doce superficial do planeta e, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o país dispõe de 18% de toda água doce superficial da Terra. O problema é fazer chegar a água potável a todas as casas. Por isso, no país da abundância de água milhões de pessoas ainda passam sede. (Com informação da Agência Brasil)









DO QUE? QUERO ME VER LIVRE.

Esse primeiro estágio da liberdade parece ser uma rebeldia natural que nos deixa sempre na inquietação diante da vida, dos fatos e das circunstâncias. Este impulso começa com a negação e a rejeição. Aqui a liberdade se parece com uma revolta contra os condicionamentos e as situações reais que limitam a vida. Fora e dentro de cada pessoa circulam condicionamentos que nos limitam, como a dependência dos outros, a força das leis, as necessidades primárias como a fome, a sede, a ignorância etc... Também não nos sentimos à vontade como portadores do orgulho, de um refinado egoísmo, do senso de inferioridade, da hipocrisia, da agressividade desordenada, do ímpeto das paixões, do desejo de poder e de ganância...
Ter consciência do que fere a nossa liberdade e querer nos ver livres já é um passo significativo. Para isso necessitamos nos voltar para algumas direções principais como: o conhecimento e a superação das próprias escravidões; a percepção do limite da liberdade adolescente e a superação positiva da desilusão de uma “liberdade absoluta”.
Dietrich Bonhoeffer, ao viver aprisionado pelo nazismo escreve: “A pessoa mais livre é aquela que adquire maior posse, não do universo, mas de suas escolhas, aquele que se liberta melhor, a partir de dentro. Rompe o cerco de tuas ânsias e tuas incertezas para enfrentar a tempestade dos acontecimentos”.
Michel Quoist afirma: “Se tu queres, podes permanecer livre, porque a tua liberdade não se encontra ao nível do teu corpo, mas a nível do teu espírito. Se queres permanecer livre deves enfrentar-te a ti mesmo conquistando a tua liberdade”. Tantas vezes nos vemos contraditórios e teimosos. Torno-me escravo de mim mesmo quando costumo dizer: “Não é culpa minha, isto é próprio do meu caráter! Sei que estou errado, mas não dou braço a torcer!”
De modo geral, é mais fácil acusar os outros por não se conseguir a liberdade do que assumir responsavelmente as consequências das próprias escolhas. “Em nome da ânsia de liberdade, faço qualquer negócio!” Qualquer negócio feito de qualquer jeito pode colocar-me em ritmo de falência.
Para ver-me livre, necessito de uma constante luta de superação de minhas escravidões interiores e exteriores. Se não me empenhar nessa luta, elas vão me deixando de mal com a vida. Necessito transformar este potencial de escravidão em força de libertação. Quando me coloco como se fosse o centro do mundo, além de aprisionar-me, vou aprisionando os outros em torno de mim e ampliando o círculo de escravidões que irão me sufocar.
Por incrível que pareça, se não prestar atenção, poderei me tornar escravo, livremente responsável pela força de falsas decisões. Necessito dar-me conta de que, para ver-me realmente livre, preciso cultivar a capacidade de optar pelo bem. Somente o bem e o autêntico amor libertam. O egoísmo escraviza!
Quero me ver livre! Para dar esse primeiro passo necessito imbuir-me daquela sabedoria que vem de Deus, para fazer um caminho que não se limite ao tempo, mas me projete para a eterna liberdade no amor.





SE CUIDAR E ECONOMIZAR, NÃO VAI FALTAR ÁGUA

O 6º Fórum Mundial da Água, realizado na semana passada em Marselha, França, será lembrado por uma contribuição especial: apresentou, de forma muito clara e até pedagógica, a situação do abastecimento de água no planeta. O 4º Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, denominado Gerenciando a Água sob Incerteza e Risco, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), revela com clareza a encruzilhada em que se encontra a humanidade hoje.
A escassez de água avança em praticamente todas as regiões do mundo. Algumas delas vivem quadros dramáticos. Falta o líquido para saciar a sede das pessoas, o que dirá para outras necessidades. E as estatísticas de vítimas, inclusive fatais, não param de crescer. Ao mesmo tempo, as projeções indicam que será preciso mais água para alimentar a população, que vai ultrapassar os 9,3 bilhões de pessoas em 2050. Os estudos mostram que para atender a demanda, a produção de alimentos deverá crescer 60% - e para atingir essa meta a agricultura, que já representa 70% do consumo de água do planeta, comprometerá mais 19%. Será maior também o volume de água destinada à geração de energia, imprescindível para as exigências do incremento econômico.
Diante da realidade e do intenso crescimento da demanda, a alternativa é mudar, radicalmente, a forma como a água vem sendo usada. O que pode parecer apocalíptico, não passa de simples alterações de hábitos e de atitudes. Primeiro passo: respeitar a natureza - o que significa preservar os mananciais hídricos, evitando a degradação. Segundo: não desperdiçar - o que equivale a consumir apenas o mínimo indispensável. Esses são os fundamentais, embora a lista inclua outros. O mais importante, porém, é a conscientização de que a água é um bem finito e cujas reservas são as mesmas de dois mil anos atrás, quando a população somava apenas 3% da atual.



MUITA ÁGUA PARA POUCO CAFÉ E ETANOL

Muito líquido para pouco café e etanol

A produção de uma xícara de café exige 140 litros d’água. Conclusão é do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A organização ambientalista aplicou um indicador elaborado pela Universidade de Twente, na Holanda, para registrar a “pegada hídrica” da xícara de café.
O cálculo de 140 litros para uma xícara de café compreende a água usada no cultivo do pé de café, na colheita, no transporte, na venda e no preparo. Se forem adicionados leite e açúcar e um copo de plástico para servir, “a pegada hídrica” de uma xícara de café passará para 200 litros, com variantes se o açúcar for branco, procedente da beterraba, ou mascavo, da cana-de-açúcar, acrescentou.
Já para produzir um litro de etanol, a partir da cana-de-açúcar, são necessários 18,4 litros de água e 1,52 m² de terra. Segundo a ONU, a quantidade de água que essas plantações demandariam para suprir as necessidades do planeta poderia ser devastadora em regiões onde o recurso é escasso, como na África Ocidental.

CIÚMES

Travei dia desses breve, porém acalorado, embate – que por sorte se restringiu ao uso de palavras e gestos – com moça bela, porém, desconfio eu, de coração empedrado (ou mentirosa descarada). Dizia ela que nunca, jamais, havia sentido na vida ciúme; que não sabia o que era isso e não podia entender quando alguém discorria sobre o tema.

A celeuma se deu porque ela dizia isso olhando, com seu par de jabuticabas, nos meus olhos, rosto empedernido, desafiadora, quase irresponsável. Fazia seu discurso justo para mim! Eu, que tenho ciúmes de tudo.
E quando digo tudo é porque meus ciúmes vão muito além desse sentimento bobo e doentio que um namorado sente pela namorada e vice-versa. Esse, de tão banal e corriqueiro, nunca alimentei.
Meu ciúme é verdadeiro, profundo e justificado; o sinto por meus amigos, porque demorei muito para conquista-los e para me deixar ser conquistado por eles. E por isso não os apresento a qualquer pessoa e em qualquer situação.
E quando apresento é porque sei que se entenderão, que criarão rápido e sincero apreço mútuo e que, com sorte, se tornarão amigos – o que provavelmente me gerará algum ciúme bom (sim, ele existe).
E meus ciúmes vão bem mais longe.
Tenho ciúmes de música, de livro, de poesia, de filme, de lugar... Quando descubro que gente besta descobriu e gostou do que descobri e gostei primeiro fico encolerizado, mesmo. Eram meus, faziam parte da minha vida e os compartia parcimoniosamente com os poucos escolhidos, os que fizeram por merecer; e de repente chega um(a) desqualificado(a) e toma meu tesouro?
Expliquei-lhe meus motivos, expus minhas justas justificativas, mas ela, couraça em forma de gente (ou mentirosa contumaz), seguia com sua mirada infame e balançava a cabeça negativamente, fazendo voar seus cabelos castanhos levemente encaracolados e me desconcentrando da tarefa de tentar convence-la.
Pois nada, azar o dela, que enquanto não ganhar minha confiança continuará sem conhecer as músicas, os filmes, os poemas e os amigos que eu mais quero, que esses eu levo bem guardadinhos e não os reparto com qualquer(a).
Mais fácil que a presenteie com meu coração – que esse vira e mexe me roubam ou eu acabo por perdê-lo pelo caminho e tenho que construir outro – que com meus ciúmes. E tenho dito

O FASCISMO NÂO SORRIA COM CHICO ANYSIO.

Com o desaparecimento de Chico Anysio, vale lembrar o dito rikiano de que "a fama é a soma de todos os equívocos em torno de alguém"? Ou estamos assistindo a grandes e justificadas homenagens ao mais importante humorista das últimas quatro décadas?

Ciente da força corrosiva do humor e da sátira, Chico criava personagens obstinadamente, talvez intuitivamente, sabendo que o jogo da linguagem crítica é, em si, o jogo do espírito em seu aspecto lúdico.
A irreverência no trato com autoridades e seu refinado senso de resistência política o levaram a um intenso processo de criação, como se não quisesse perder um só detalhe do que estivesse à sua volta. Operando com similaridades e antíteses, captou, com sua lente fina, as luzes e o dia-a-dia do povo brasileiro, dos oligarcas aos estratos populares que não se curvam ao desencanto e à decepção. Do rádio à televisão, Chico Anysio foi um perito em extrair de múltiplos detalhes da nossa formação cultural significados precisos, dissolvendo mitos e máscaras com o ácido sulfúrico da piada certeira e do sarcasmo.
Como ninguém, ele soube fazer isso com ternura, estranha ternura onde o lado amargo da vida é plenamente resgatado pelo humor atordoante. Há quem diga que, como os poetas, os humoristas habitam um mundo em decomposição e decadência, mas o fazem de forma visceral, com arte feita do mais puro aço da reflexão e da lucidez crítica.
Dotado de profunda consciência social, o cearense de Maranguape tem uma face pouco conhecida, que vai bem além do talentoso humorista, autor e compositor: a de um resistente que não se curvou às tentativas de cooptação dos setores golpistas aglutinados, nos anos 1960, na rede de propaganda geral e doutrinação do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES).
Conforme nos revela René Armand Dreifuss* (1981: 248), "a elite orgânica se aproximou de inúmeros produtores, atores e diretores famosos de televisão, tais como Gilson Arruda e Batista do Amaral. Favorecia o uso de programas cômicos, quando possível. Rui Gomes de Almeida observava que uma piada contra um político provocaria um "dano enorme". Negava, ao contrário, o apoio aos atores que não cooperassem ou agissem contra os programas, as linhas de raciocínio e as pessoas que o IPES patrocinava. Tal foi o caso do humorista Chico Anysio, sagaz observador da realidade social".
Na melhor tradição do humor de combate, ainda que sem engajamento explícito, Chico não renegou princípios. Entendeu corretamente e cumpriu com competência a melhor missão do humor: a de fiscal mordaz e crítico visceral das estruturas do poder. Na galeria de mais de duzentos personagens, há lugar de destaque para a velha oligarquia e parlamentares com um profundo sentimento antipopular. Tudo operado com destreza e rara sensibilidade.
Na ausência de herdeiros, o panorama, após sua morte, é desolador. Quadros do Instituto Millennium elegem o ódio de classe, a homofobia e a descriminação de gênero como mote para piadas grosseiras. Programas como Casseta & Planeta e CQC parecem restabelecer uma velha sina: no Brasil, homens que tiveram voos de águia ou condor acabam em incursões galináceas, saltando direto para o poleiro. Enquanto outros, ainda jovens, antecipam a hora do perjuro.
Vai-se a multiplicidade que transforma. Fica a vala comum do transformismo. Não esperem perspicácia, iconoclastia irônica e imaginativa. O que toma a cena como "humor político" nada mais é do que o fascismo que lhe sorri.

RAUL CASTRO SAÚDA O PAPA E ENALTECE RESISTÊNCIA CUBANA

Santidade,
Cuba o recebe com afeto e respeito e se sente honrada con sua presença. Encontrará aqui um povo solidário e instruído que se propôs alcançar toda a justiça e fez grandes sacrificios.
De Martí aprendemos a render culto à dignidade plena do homem e herdamos a fraterna fórmula que seguimos até hoje: “com todos e pelo bem de todos”.
Cintio Vitier, insigne intelectual e cristão, escreveu que “o verdadeiro rosto da Pátria… é o rosto da justiça e da liberdade” e que “a Nação não tem outra alternativa: ou é independente ou deixa de ser em absoluto”.
A potência mais poderosa que a História já conheceu tentou despojar-nos, infrutiferamente, do direito à liberdade, à paz e à justiça. Com virtude patriótica e princípios éticos o povo cubano fez tenaz resistência, sabendo que exercemos também um direito legítimo quando seguimos nosso próprio caminho, defendemos nossa cultura e a enriquecemos com o aporte das ideias mais avançadas.
Sem razão, calunia-se Cuba, mas nós confiamos em que a verdade, da qual jamais nos afastamos, sempre abre caminho.
Catorze anos depois que o Papa João Paulo II nos visitou, o bloqueio econômico, político e midiático contra Cuba persiste e, inclusive, endureceu no setor financeiro. Como aparece no memorando norte-americano de 6 de abril de 1960, desarquivado décadas depois, seu objetivo continua sendo (cito) “… causar fome, desespero e o derrocamento do governo”.
Apesar disso, a Nação continuou, invariavelmente, mudando tudo o que deve ser mudado, conforme as mais elevadas aspirações do povo cubano e com a livre participação deste nas decisões trascendentais de nossa sociedade, incluídas as econômicas e sociais que em quase todo o mundo são patrimônio de estreitas elites políticas e financeiras.
Várias gerações de compatriotas se uniram na luta por elevados ideais e nobres objetivos. Enfrentamos carências, mas nunca faltamos ao dever de compartilhar com os que têm menos.
Santidade,
Só como demonstração de quanto se poderia fazer se prevalecesse a solidariedade, menciono que na última década, com a ajuda de Cuba foram preparados dezenas de milhares de médicos de outros países, devolveu-se ou melhorou a visão de 2,2 milhões de pessoas de baixa renda e se contribuiu para ensinar a ler e escrever a 5,8 milhões de analfabetos. Posso assegurar-lhe que, dentro das modestas possibilidades de que dispomos, nossa cooperação internacional continuará.
Há quase vinte anos Fidel surpreendeu a muitos ao proclamar que “uma importante espécie biológica está em risco de desaparecer pela rápida e progressiva liquidação de suas condições naturais de vida: o homem”, concluiu.
Há crescentes ameaças à paz e a existência de enormes arsenais nucleares é outro grave perigo para o ser humano. A água ou os alimentos serão depois dos hidrocarburantes a causa das próximas guerras de despojo. Com os recursos que são dedicados a produzir mortíferas armas, a pobreza poderia ser eliminada. O desenvolvimento vertiginoso da ciência e tecnologia não se encontra a serviço da solução dos grandes problemas que inquietam os seres humanos. Frequentemente servem para criar reflexos condicionados ou para manipular a opinião pública. As finanças são um poder opressivo.
Em vez da solidariedade, se generaliza uma crise sistêmica, provocada pelo consumo irracional nas sociedades opulentas. Una ínfima parte da população acumula enormes riquezas, enquanto crescem os pobres, os famintos, os doentes sem atenção e os desamparados.
No mundo industrializado, os “indignados” não suportam mais a injustiça e, especialmente entre os jovens, cresce a desconfiança em modelos sociais e ideologias que destróem os valores espirituais e produzem exclusão e egoísmo.
É certo que a crise global tem também uma dimensão moral e que prevalece a falta de conexão entre os governos e os cidadãos aos quais dizem servir. A corrupção da política e a falta da verdadeira democracia são males de nosso tempo.
Nestes e em outros temas apreciamos a coincidência com suas ideias.
Frente a tantos desafios, Nossa América se une em sua soberania e tenta uma integração mais solidária para tornar realidade o sonho bicentenário de seus Próceres.
Sua Santidade poderá dirigir-se a um povo de convicções profundas que o escutará atento e respeitoso.
Em nome da Nação, lhe dou as mais calorosas boas vindas.
Muito obrigado.







sexta-feira, 23 de março de 2012

QUEM SABE O QUE QUER CAMINHA POR ONDE PODE.

As eleições municipais se avizinham, vivemos o momento que antecede as convenções partidárias (que acontecerão em junho) e muito se especula. Sobre tudo – principalmente sobre o que se suponha seja a melhor alternativa para esta ou aquela cidade.
Em geral, aos que não vivem o cotidiano das relações interpartidárias nem estão familiarizados com os escaninhos da política, parece não haver distância entre o desejo e a possibilidade de realiza-lo.
Mas a realidade é bem outra. Na luta política nada se dá em linha reta e nem sempre as coisas ficam claras para todos os atores envolvidos, assim como o meio de campo frequentemente se embaralha em razão de interesses conflitantes (legítimos). Faz-se o que possível, não necessariamente o desejável.
Numa situação emblemática de defasagem entre o desejável o que se mostrou possível, uma amiga me endereçou comentário em que citava, com propriedade, frase célebre de Martin Luther King: “Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser, mas somos o que iremos ser.”
E caminhamos por onde é necessário, acrescento. Convivendo com o contraditório, tal como ensina Castro Alves numa carta : “Trevas e luz. Tormentas e bonanças. Amargos e ambrosias... É assim que eu vivo... A dor e o prazer são as únicas afirmações da existência... Convenço-me então de que existo.”
Importa é ter perspectiva clara, nitidez de propósitos e compreensão exata dos obstáculos a transpor. E uma boa dose de paciência, pois quem quer construir algo importante a muitas mãos há que convencer e mobilizar vontades. Imposição pela força dificilmente leva a bons resultados.
Demais, se o que se pretende não pode ser alcançado agora, porque se mostra inviável unir consciências e vontades na mesma direção, nada impede que se faça possível no futuro.
Toda essa digressão, com a permissão dos que me leem, vem a propósito das inúmeras composições políticas que se farão até meados de maio, aqui e alhures, tendo em vista o pleito municipal. Eu pelejo por coalizões comprometidas com o ideário de uma cidade mais humana e me disponho a percorrer os caminhos que a vida permitir, sem sectarismos nem preconceitos. Preservando, contudo, minha visão de mundo e intenções essenciais.
Qual a sua opinião?

quarta-feira, 21 de março de 2012

O PAPA EM CUBA.

Para desgosto e fracasso das pressões diplomáticas da Casa Branca, o Papa Bento XVI chega a Cuba dia 26 de março. Fica três dias na Ilha, após entrar na América Latina pelo México. A 28 de março, celebra missa na Praça da Revolução, em Havana.

Bento XVI celebrará, em Santiago de Cuba – histórica cidade, onde Fidel iniciou sua luta revolucionária, em 1953 – os 400 anos da aparição da Virgem da Caridade do Cobre.
Depois da visita de João Paulo II em 1998 em certo momento, um teólogo italiano manifestou, do alto de seu esquerdismo, indignação pelo fato de o pontífice haver presenteado a Virgem da Caridade com uma coroa de ouro.
Fidel não escondeu seu desconforto. E reagiu: “A Virgem do Cobre não é apenas padroeira dos católicos de Cuba. É padroeira da nação cubana.” E passou a relatar como sua mãe, Lina Ruz, católica devota, fez ele e Raúl prometerem que, se saíssem vivos de Sierra Maestra, haveriam de depositar suas armas junto ao santuário, para pagar a promessa que ela fizera.  Quem visitar o santuário, verá ali as armas.
Por essas “cristoincidências” que só a fé explica e as pesquisas elucidam, a Virgem da Caridade e Nossa Senhora Aparecida têm tanto em comum quanto Cuba e Brasil. As duas imagens foram encontradas durante a colonização: lá, em 1612, a espanhola; aqui, em 1717, a portuguesa. As duas, na água. As duas achadas por três pescadores. Lá, no mar; aqui, no rio Paraíba. As duas são negras.
O Papa chega a Cuba no momento em que o país passa por mudanças substanciais, sem, no entanto, abandonar seu projeto socialista. Há um processo progressivo de desestatização, abertura à iniciativa privada, e mais de 2 mil prisioneiros foram soltos nos últimos meses.
Hoje, as relações entre governo e Igreja Católica podem ser qualificadas de excelentes. Já não há na Ilha resquícios do clero de origem espanhola e formação franquista, que tanto incrementou o anticomunismo nos primeiros anos da Revolução, quando um padre promoveu a criminosa Operação Peter Pan: convenceu os pais de 14 mil crianças de que haveriam de perder o pátrio poder e que seus filhos passariam às mãos do Estado... Carregou as crianças para Miami, sem pais e mães, e o resultado foi catastrófico. A Revolução não foi derrotada pela invasão da Baía dos Porcos, patrocinada pelo governo Kennedy, e nem todas as crianças escaparam de um futuro de delinquência, drogas e outros transtornos. Milhares jamais foram localizadas depois pelas famílias.
Tanto o Vaticano quanto os bispos cubanos são contrários ao bloqueio que os EUA impõem à Ilha. Pode-se discordar de muitos aspectos do socialismo daquele país, mas ninguém jamais viu a foto de uma criança cubana jogada na rua, famílias morando debaixo da ponte e máfias de drogas. Em Havana, um outdoor exibe um menino sorridente com esta frase abaixo da foto: “Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma delas é cubana”.
Cuba tem muitos defeitos, mas não o de negar a 11 milhões de habitantes os direitos humanos fundamentais: alimentação, saúde, educação, moradia, trabalho e arte. O que mereceu elogios de João Paulo II durante sua visita de sete dias – uma das mais longas de seu pontificado.
Hoje, Cuba recebe, proporcionalmente, mais turistas que o Brasil. O que é uma vergonha para nosso país de dimensões continentais e com tantos atrativos. A diferença é que Cuba promove não apenas turismo de lazer (suas praias são paradisíacas), mas também turismo científico, cultural, artístico e desportivo.
A Revolução Cubana resiste há 54 anos, malgrado os atos terroristas contra aquele país, descritos em detalhes no best-seller de Fernando Morais, Os últimos cinco soldados da guerra fria (Companhia das Letras). E o fato de suportar, no seu litoral, a base estadunidense em Guantánamo, que lhe rouba parte do território, para utilizá-lo como cárcere de supostos terroristas sequestrados mundo afora.
Quem sabe a resistência cubana seja mais um milagre da Virgem da Caridade...





SAÚDE: MALES DELES CRESCEM NELAS

Cada vez mais, as mulheres estão desenvolvendo doenças que, tempos atrás, eram características do sexo masculino. De certa forma, este é o preço que elas pagam pela tão aspirada inserção no mercado de trabalho e pela adoção de hábitos e comportamentos da vida moderna antes restritos à rotina dos homens.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), nunca morreram tantas brasileiras por infarto como nos últimos anos. Há 50 anos, de cada dez mortos por infarto, nove eram homens e uma, mulher. Hoje, essa proporção está em seis homens para quatro mulheres. “Se nada for feito, em pouco tempo as mulheres passarão os homens em mortes por infarto”, afirma Carlos Alberto Machado, membro da SBC. A previsão é de que, em 20 anos, o número de óbitos por doenças cardíacas entre as mulheres ultrapasse o de homens.
Em 2010, 41.211 mulheres foram vítimas de infarto, enquanto os homens ainda lideraram com 57.534 mortes. Já entre todas as doenças cardiovasculares, o que inclui, além do infarto, o AVC (derrame) e doenças hipertensivas, entre outras, a proporção entre homens e mulheres é quase a mesma. Das 320.074 mortes, 52,43% foram de homens e 47,56% de mulheres.
O agravante é que, no caso delas, o infarto é quase assintomático. As mulheres de 45 anos correm 30% mais riscos que os homens da mesma idade de ter um infarto sem dor no peito. Esse índice cai para 25% na faixa entre 45 e 65 anos, e a diferença só vai desaparecer após os 75 anos, segundo a Associação Médica Americana.
“As mulheres adquiriram hábitos como tabagismo e alcoolismo; passaram a sofrer mais com o estresse, em virtude de duplas jornadas; e, como os homens, ficaram mais sedentárias e obesas”, observa o presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, Orlando Otávio de Medeiros. “Esse contexto praticamente colocou as mulheres em igualdade com os homens nas doenças cardiovasculares”, finaliza.
No Rio Grande do Sul, o governo lançou uma campanha para alertar sobre a crescente incidência de Aids entre as mulheres. Na década de 80, para uma mulher infectada havia 14 homens. Hoje, para cada três homens com Aids, há duas mulheres. Na faixa etária dos 15 aos 19 anos, o número de casos já é maior entre elas. No RS, em 2011, 70% dos casos notificados nessa idade foram entre o público feminino.

UM DOM E UMA CONQUISTA: ISTO É A LIBERDADE

Há sempre um enigma que rodeia a liberdade. Percebemos o sentimento espontâneo desta misteriosa realidade que carregamos, mas quando se trata de precisá-la em conceito, nos encontramos fortemente confusos e limitados. Santo Agostinho dizia: “Quando eu estou agindo, eu sei que sou livre; mas se tu me pedes o que é a liberdade, então eu não sei o que responder”. Talvez seja por isso que na história humana se tenha dito as coisas mais contrastantes sobre liberdade, chegando até a negá-la completamente.

A liberdade surge das exigências vitais do ser humano, porque coincide com o próprio mistério da pessoa. Cada pessoa, a cada dia, de modo mais ou menos consciente, faz uma experiência inegável de liberdade. Mas essa experiência caracteriza-se como uma realidade condicionada. Não há maneira de agarrá-la de todo e desfrutar toda a liberdade, como se fosse um bem de consumo.
Só é verdadeira a liberdade que nos torna “livres”, passo a passo rumo à plenitude da liberdade eterna. Não existe uma liberdade em si, abstrata. Existem, concretamente, pessoas mais ou menos livres, grupos humanos mais ou menos livres. A liberdade é limitada, assim como nós somos limitados. Porém sempre nos impele ao infinito, onde a liberdade é realmente livre.
Um dos empreendimentos mais importantes para todos os humanos é tornar-nos verdadeiramente livres. Aqui vale o empenho constante de nossa personalidade com sua sensibilidade, seu pensamento, sua vontade, as suas energias vitais, suas aspirações profundas e irrenunciáveis. A liberdade interessa a cada pessoa em si e a todos os setores da atividade humana: seja à política, à economia, à religião, ao social, ao esportivo e, acima de tudo, à consciência.
A liberdade necessita transitar e provocar todos os setores da vida humana. Não se pode imaginar a liberdade apenas num setor. Por exemplo: não é verdadeira a liberdade se esta se reduz ao campo da política e se no campo afetivo e emocional sou um escravo. Posso dizer-me livre na dimensão social e escravo do econômico. Por ser tão preciosa e necessária, a liberdade também é complexa para ser vivida em muitos planos.
A liberdade é um dom de Deus assegurado para todos. Ele não quer a prosternação de escravos, mas a adoração de filhos livres e amados. Como conquista, a liberdade precisa começar pelo desejo de cada um ser “si mesmo” no modo mais verdadeiro. Não é difícil deixar-nos manipular pelos outros; ser “Maria vai com as outras”; pensar como os outros pensam e agir como os outros agem. Necessito ser eu mesmo, como o outro necessita ser ele mesmo.
A raiz da liberdade encontra-se em Deus e se implanta no coração e na consciência de cada pessoa. Os fatores externos podem favorecer ou atrapalhar. Daí a necessidade da pessoa ser sujeito do projeto vida e aprender, cada dia, a pegar o volante da vida com as próprias mãos e não querer viver sempre de carona.

EFÊMEROS DEMAIS!

A revista de fofocas dava uma notícia-furo: o atleta estava de nova paixão, a oitava de sua vida e terceiro casamento… O programa de televisão dava outra notícia sensacionalista, fofoca de primeira qualidade. O artista estava de namoro e de paixão com a ex do seu amigo, que era a terceira do seu amigo e a sétima dele.

Tudo dito de maneira sensacionalista, natural, como se natural fosse um homem ter tido nove companheiras mulheres, e o outro, sete. Mas, na era do troca-troca, acaba natural trocar de parceiro de cama. Vale o sentir do momento e a pessoa da hora…
Ainda bem que ele qualificava o relacionamento como nova paixão; vale dizer, não era amor. Isso ele teria que provar ao longo dos tempos, porque os casos anteriores não tinham sido amor.
Começa aí o desafio da vida a dois. Quando ele consegue ser fiel à carreira, mas não às mulheres nem ao clube, nem à Igreja, é porque, em primeiro lugar, vale o seu prazer e o seu lucro. Se valessem as fidelidades essenciais, ele certamente estaria no mesmo clube e com a mesma mulher. Na cabeça de uma geração imediatista, carreiras são para durar, mas contratos e contatos são efêmeros. Efêmeros demais!









DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E JUSTIÇA SOCIAL

Um recuo a meados do século passado permite o reencontro com um período de grande crescimento econômico do Brasil. Mais tarde um pouco, nos anos 1970, o marcante “milagre econômico” parecia dar ao país a aceleração necessária para chegar rapidamente ao patamar de grande potência mundial. Infelizmente, o que se viu foi outro cenário, com o acúmulo de crises e, o mais grave, o aumento de concentração de renda.

O valor social do aumento da produção das indústrias, do comércio, dos serviços e do campo só ocorre quando o resultado dessa evolução é distribuído de forma equânime. Uma nação só avança socialmente quando sua riqueza não fica nas mãos de pequenos grupos, em detrimento do restante da população.
É por esses exemplos recentes que deve ser saudada a queda na desigualdade social no país, registrada pelo décimo segundo ano consecutivo. Mais do que por esta realidade, pela tendência de que o abismo entre as classes sociais e econômicas diminua ainda mais, como aponta estudo da Fundação Getúlio Vargas - ampliado na página 8 desta edição.
Isso não significa a erradicação da pobreza e nem a eliminação das disparidades, mas dá um alento a todos que querem ver o Brasil no caminho certo - o que equivale, na prática, a possibilitar uma melhor qualidade de vida a todos os seus habitantes.
Se o brasileiro pode comemorar pequenas conquistas nesse campo, dá para imaginar o que seria se alcançasse o nível de nações desenvolvidas, aonde o cidadão recebe oportunidades e tratamento iguais. Isso quer dizer que a redução do número de pobres e de miseráveis e o aumento das classes média e alta precisam continuar para que mais pessoas sejam beneficiadas, invertendo a pirâmide que, historicamente, coloca na base a maioria dos brasileiros e no topo, os privilegiados de sempre.

LIXO CRESCE MAIS QUE A POPULAÇÃO.

A produção de lixo no Brasil não para de crescer, e em ritmo mais acelerado do que a população urbana. É o que mostra o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil - 2010, estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Pelo levantamento, os brasileiros geraram em 2010 quase 60,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), crescimento de 6,8% sobre 2009. No mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população cresceu em torno de 1%.

O total de resíduos coletados também aumentou, em 2010, aproximadamente 7,7%, comparativamente ao ano anterior. Segundo a Abrelpe, 54,2 milhões de toneladas foram recolhidos pelos serviços de coleta domiciliar. Mesmo assim, esse número corresponde a 89% do lixo gerado. Isso significa que os outros 11% ficaram espalhados nas ruas, em terrenos baldios ou foram jogados nos rios. Além disso, do lixo coletado, quase 23 milhões de toneladas, ou 42,4%, foram depositados em locais inadequados, como lixões, onde o chorume, líquido originado pela decomposição, não é tratado e pode contaminar os lençóis d’água.
A Abrelpe constatou ainda que os municípios recolheram 31 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) e 228 mil toneladas de resíduos de serviços de saúde (RSS) em 2010, mesmo não sendo responsáveis diretos por esses materiais.
Os serviços de coleta custaram R$ 11 bilhões aos cofres públicos em 2010. Outros R$ 12,04 bilhões foram gastos nos demais serviços de limpeza pública, como varrição e manutenção de praças. A taxa de limpeza pública, cobrada por muitos municípios, teve a legalidade reconhecida para a coleta domiciliar, mas, em geral, o valor não cobre os custos. (Com informações do Jornal do Senado).

SAFRA REFLETE FALTA DE CHUVA

A seca provocada pelo fenômeno La Niña, em especial no final do ano passado e começo do atual, afetou as lavouras de milho, soja e feijão do país. A constatação é do sexto levantamento da safra 2011/2012, divulgado na quinta 8 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O trabalho indica uma redução de 3,1%, na safra de grãos, que deve ficar em 157,8 milhões de toneladas - ante 162,958 milhões da anterior. Porém, em relação ao quinto levantamento, publicado há um mês, houve aumento de 0,5%, - ou 744,2 mil toneladas. Segundo a Conab, o acréscimo sobre o último levantamento se deve à recuperação da lavoura do milho primeira safra e do crescimento do milho segunda safra. No total, a produção de milho deve crescer 7,5%, atingindo 61,7 milhões de toneladas. Considerando apenas o milho segunda safra, deve crescer 20,1%, com estimativa de 25,8 milhões de toneladas. A soja, no entanto, que com o milho compõe mais de 80% do volume de grãos, deve ter sua produção reduzida em 8,7%, ficando em 68,7 milhões de toneladas.
A área plantada deve chegar a 51,68 milhões de hectares, 1,79 milhão de hectares, ou 3,6%, a mais que os 49,88 milhões de hectares da última safra. De acordo com a Conab, o milho e a soja são responsáveis pela ampliação de área. O arroz e o feijão, no entanto, apresentaram redução.
Já o IBGE, que também divulgou o segundo levantamento deste ano, estima safra de 157,5 milhões de toneladas, com perdas de 1,5% em relação à safra anterior.



A MELHOR EXPECTATIVA DE FELICIDADE

Em termos de expectativa de felicidade futura, o Brasil parece imbatível. Ao atribuir nota 8,6, em uma escala que vai de zero a dez, para o índice de satisfação com a vida em 2015, o brasileiro lidera, pela quarta vez consecutiva, o ranking do Índice de Felicidade Futura (IFF), elaborado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV, a partir de dados do Gallup World Poll. Foram ouvidas cerca de 200 mil pessoas de 158 países com o objetivo de apurar a expectativa de felicidade nos próximos cinco anos e no presente.

Entre os brasileiros, a mulher é mais feliz. Elas informaram índice médio de 8,98 – contra 8,56 dos homens. Já sobre a felicidade presente, item em que o Brasil também lidera, as notas caem: 6,73 das mulheres e 6,54 dos homens.
Nos Estados Unidos, a nota para a felicidade futura foi 8, o que deu ao país a 14ª posição na lista. Países europeus estão mais atrás, como Irlanda, em 16º, Reino Unido, em 26º, Itália, em 56º e Alemanha, em 62º. Grécia e Portugal estão em 145º e 146º, respectivamente. A última colocada em esperança de felicidade é a Síria,
Entre os países da América Latina, a Argentina teve nota 7,4 e ficou na 41ª posição, enquanto o Uruguai ficou em 46º lugar, com 7,3. Já o Peru teve 7,2 e foi 51º colocado. A média mundial foi 6,7.
- O Brasil é o país mais positivo do mundo. As posições de Portugal e Grécia podem estar relacionadas à crise econômica, mas também é uma questão cultural: a música de Portugal é o fado, enquanto do Brasil é o samba”, afirmou o economista da FGV Marcelo Neri.

O CRUCIFICADO DEVE DEIXAR OS TRIBUNAIS.

O homem, as comunidades, os povos, hoje, são totalmente felizes. Não existe fome, as guerras foram abolidas, o ódio foi extirpado dos corações. O mundo é feliz. Existe amor, ternura, partilha, justiça, as famílias vivem em harmonia, a natureza está sendo preservada, a droga foi abandonada. Não temos mais problemas. A humanidade alcançou o definitivo estágio da felicidade.

A vida é uma festa, o Jardim Terreal voltou.
Diante disso, Deus foi convidado a se retirar.
A humanidade sabe como ser feliz. É neste contexto que podemos entender a decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que acatou um pedido da Liga Brasileira das Lésbicas. A partir de agora devem ser retirados todos os crucifixos e outros símbolos religiosos das repartições públicas. Justificativa: o Estado é laico.
Ainda está na memória de todos a data de 11 de setembro de 2001, quando as famosas torres gêmeas – World Trade Center – ruíram ao impacto de aviões de Bin Laden. O ataque terrorista deixou mais de 2.300 mortos. Onde estava Deus que permitiu isso? Dias depois, num programa de TV, o tema foi este: por que Deus não impediu isso?
Centenas de pessoas se pronunciaram, mas a solução magistral parece ter sido dada por Anne Graham, filha do famoso pregador evangélico Billy Graham. Anne afirmou: “Deus ficou triste como nós, mas respeitou nosso querer: não queremos que Ele interfira em nossas decisões. Pedimos que Deus saísse de nossa vida. Ele é cavalheiro e obedeceu”.
Nos Estados Unidos, na Itália, agora no Rio Grande do Sul, convidamos Deus a deixar a sala. É impróprio rezar nas salas de aula, não se pode corrigir uma criança, ela se sentiria oprimida. Mais: vamos distribuir camisinhas às jovens, vamos permitir e subsidiar o aborto. Em outras palavras: os Mandamentos se constituem em intromissão em nossas vidas. Nós sabemos ser felizes sozinhos. Nós sabemos ser felizes de nosso jeito.
A grande ironia: o crucificado deve deixar os tribunais. Ele que morreu, que foi justiçado num tribunal, acusado de falsidade e de blasfêmia. E com ele convidamos outros valores a deixar a sala. Não precisamos mais de religiosos e religiosas nos serviços sociais, não precisamos mais da ação social da Igreja, não mais precisamos de leigos colocando o fermento do Evangelho nas realidades temporais, não precisamos mais da ética individual e social. Qual o ganho real da retirada dos crucifixos?
Mas esta não é uma tragédia, nem uma derrota do cristianismo. Há um santuário de onde Ele não poderá ser expulso, sem nossa autorização. É o santuário do coração. Há uma lei que jamais poderá ser desativada. É a lei do amor. Enquanto deixa as repartições públicas, em algumas Ele não estava à vontade, declara: “No mundo tereis provações, mas tenham confiança, Eu venci o mundo”

DUAS IRMÃS INSEPARÁVEIS: SAÚDE E SALVAÇÃO.

Não foi apenas para reparar estragos ou lacunas que Deus enviou seu filho na plenitude dos tempos, nascido de mulher. Foi para revelar-nos que o desejo mais profundo desse Deus que Ele nos ensinou a chamar de Pai é conduzir-nos à vida e vida em abundância.
E essa vida abundante, que jorra generosamente do coração de Deus, toca e integra todas as dimensões do ser: corporeidade, psiquismo, sensibilidade, espiritualidade. Não se trata, pois, do fato de que cuidar da saúde física é algo material que não interfere nada com a saúde espiritual. Pelo contrário, todas essas dimensões devem ser cultivadas com igual carinho, dedicação, para que não sejamos pessoas hipertrofiadas em um dos polos do ser e atrofiadas em outro.
Isso é mais importante ainda quando vivemos uma época que tem como obsessão certa concepção de saúde. O culto ao corpo, a busca exaustiva pela forma perfeita, na verdade não conduz à saúde plena. Pelo contrário, leva à atrofia de outras partes do ser que ficam reduzidas e diminuídas. Não leva, pois, à saúde plena, por mais que pareça o contrário.
Da mesma forma, o não cuidado do corpo, às vezes por negligência própria, mas às vezes por não encontrar no atendimento público de saúde condições dignas e mesmo mínimas de manter a saúde, é desastroso.
A Campanha da Fraternidade enfoca todos estes aspectos. Não apenas deseja “disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável”, como também “despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento”.
Buscando uma saúde que se entenda não somente, nem principalmente, como ausência de doenças ou como padrão estético, chega-se mais perto da salvação. Não é a toa que o Evangelho nos mostra por muitas vezes Jesus muito próximo dos doentes, dando-lhes conforto e curando-os de suas enfermidades. E, a partir da cura, ensinava-lhes que Deus, além de curar doenças, perdoa pecados; além de restaurar a saúde corporal, restaura também a totalidade da pessoa, reintegrando-a na comunidade para que possa louvá-Lo e servi-Lo plenamente.
Saúde e salvação são, portanto, duas irmãs inseparáveis. Não se busca uma sem buscar a outra, e não se alcança verdadeiramente uma sem, ao mesmo tempo e inseparavelmente, ser alcançado pela outra.



PIPOCA: UM PRODUTO DA ANTIGUIDADE.

Apesar de ser uma guloseima associada às salas de cinema da sociedade moderna, estudos comprovam que os peruanos da antiguidade já consumiam pipoca 1.000 anos antes do que se acreditava, muito antes da utilização da cerâmica.

Um grupo de pesquisa liderado por Tom Dillhay, da Universidade de Vanderbilt (EUA), e Duccio Bonavia, da Academia Peruana de História, descobriu alguns dos mais velhos milhos usados para estourar pipoca nas cidades de Paredones e Prieta, no norte do Peru. Os grãos de milho encontrados foram datados como sendo de 6,7 mil anos. Ou seja, apareceram bem antes das salas de cinema.
Os milhos com essa finalidade são os mais antigos descobertos na América do Sul e mostram que os nativos daquela época comiam milho de diversas formas, além da nossa pipoca. Dentre os pratos que tinham como base o milho, os peruanos de milênios atrás comiam também o milho em flocos e açucarados, parecidos com os dos atuais cereais, segundo Dillhay.
De acordo com Dolores Piperno, cientista do grupo e curadora do Museu Smithsonian de Nova York, no “Novo Mundo”, o milho foi “domesticado” primeiramente no México, quase nove mil anos atrás, antes de chegar às terras que hoje formam o Peru. “Nossas pesquisas mostram que apenas mil anos depois de ser iniciado o cultivo do milho na América do Sul, o milho evoluiu e se transformou em uma variedade de espécies diferentes, inclusive na região andina”, afirmou.





domingo, 18 de março de 2012

O CHOCANTE MESMO É O SOLDADO ESTAR LÁ.


O presidente Barack Obama disse que a morte de 15 afegãos – entre eles, nove crianças e três mulheres - assassinados por um soldado americano no Afeganistão, é um incidente “trágico e chocante”.

Não é chocante, embora seja trágico.
Porque ninguém mais pode se chocar depois do enésimo episódio de abuso violento de tropas americanas.
Não é um louco isolado, como pode surgir em Realengo, na Noruega ou lá no Oriente.
São episódios que se repetem, com uma brutalidade em série, e em crescendo.
Porque Afeganistão e Iraque não são guerras entre exércitos regulares, mas massacres.
É inútil o presidente Barack Obama dizer que esta chacina “não representa a qualidade excepcional de nossa força militar e o respeito que os Estados Unidos têm para com o povo do Afeganistão”.
Se respeitassem os afegãos, já teriam saído de lá, ainda mais agora que a “desculpa” Bin Laden já não existe, faz tempo.
Não teriam bombardeado o país durante anos, sem que nem mesmo houvesse uma força de resistência organizada, mas apenas pequenos grupos dispersos e mal-armados.
Não teriam cometido humilhações e violações, das quais a incineração de exemplares do Corão, há poucos dias, foi o corolário de um processo de desprezo pela cultura, pelas tradições e pela fé dos afegãos.
Não teriam, sobretudo, reservado a mais rápida e severa punição para o soldado Bradley Manning, cujo “crime hediondo” foi revelar algumas destas barbaridades.
Dizer que o soldado assassino sofreu “uma crise nervosa” é patético. Quem está em crise, profunda, são os valores universais da autodeterminação dos povos.
A “loucura” é da guerra, os “cães de guerra” são apenas sua expressão mais crua.

FEINTECH 2012 SUPEROU EXPECTATIVA DE PÚBLICO E NEGÓCIOS


A edição 2012 da Feira Internacional de Tecnologia em Horizontina encerrou-se no dia 4 de março com superação nas expectativas de público e negócios.

Durante os 6 dias de Feira, mais de 30 mil pessoas visitaram o Parque de Eventos João de Oliveira Borges para conferir a diversisficada programação, entre seminários para a indústria, agropecuária e educação. Também encontros de mulheres, agricultores, prefeitos, entidades de classe, além dos shows, cinema 3D e os mais de 320 stands de exposição das áreas de serviço, comércio, indústria, artesanato, agricultura familiar, agropecuária e tecnologia.
A 14° edição do Jeep Country Internacional movimentou Horizontina com 186 jipes inscritos para as trilhas que aconteceram no Sábado (3), e em seu último dia de Feira, as competições da 1° etapa do Campeonato Sul Brasileiro de Jeep cross trouxeram muita adrenalina e diversão aos expectadores que vieram de várias partes do Estado, Brasil e países vizinhos.
O volume de negócios chegou a marca dos R$ 22 milhões de reais, superando a meta estabelecida pela organização da Feira.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A FELICIDADE É UM MODO DE VIAJAR.

Luiz Paulo, 51 anos, retornou com a família de uns dias de praia. Tomou banho, deitou-se na cama e ingeriu uma dose letal de veneno. Adriana, 18, deixou um bilhete para os pais comunicando que estava fugindo com o namorado. Pedro Henrique, 22, morreu destruído pelo crack. Maria Aparecida, simplesmente, desapareceu. Ela foi vista embarcando num ônibus rumo ao desconhecido. Raul, 72, comunicou à esposa e às duas filhas que decidira recomeçar a vida com Luciana, uma mulher vinte anos mais nova.

Além dos motivos circunstanciais, todos eles tomaram essa atitude em busca da felicidade. Desde o nascimento, toda a pessoa começa uma incessante luta pela felicidade. Mesmo quando assume atitudes dolorosas tem como objetivo a felicidade. Todos desejam a felicidade, independente da idade, cultura ou etnia. O homem sempre quer ser feliz mesmo quando se enforca, garantiu o filósofo Schopenhauer.
O conceito de felicidade é amplo e todos se acham no direito de estabelecer seus limites, limites que acabam sendo alterados ao longo da vida. Para a criança, felicidade pode ser um brinquedo ou uns dias na casa dos avós. Para o jovem, felicidade pode ter o nome de um carro ou da namorada. Para outros, a felicidade está num copo de bebida, numa noite de amor ou na droga. Outras alternativas: o clube de futebol, o sucesso na faculdade, a conquista de prestígio e salário. Há também quem assuma alternativas diferentes em nome da fé, da ideologia ou da ciência.
Quase sempre essa felicidade é ilusória. Ou porque existe o dia seguinte com gosto amargo ou porque se decepcionou com a conquista. E a vida ensina que duas frustrações acontecem: porque o objetivo não foi alcançado ou porque, uma vez alcançado, não lhe trouxe a desejada felicidade.
Existem momentos felizes e felicidade. Não se equivalem. O momento feliz reveste-se de intensidade, mas fica no superficial e logo se esgota. A felicidade é algo que atinge todo o ser, o harmoniza e tende a se perpetuar. Momentos felizes são envolvidos pela euforia e prazer. Felicidade é ampla, abrange todo o ser e não empalidece mesmo diante do sofrimento.
Há pessoas que colocam a felicidade num tempo ou lugar. Eu era feliz e não sabia, lamenta-se alguém. Outros colocam a felicidade lá adiante, num contexto que pode não acontecer. Felicidade é um modo de viajar. E essa viagem tem um destino: Deus. Agostinho de Hipona – Santo Agostinho – passou por todos os patamares. Encontrou a realização em todas as alegrias humanas. E porque continuou sentindo-se insatisfeito, continuou procurando. Um dia encontrou Deus e com Ele a felicidade. Ele resumiu sua longa travessia: fizeste-nos para Ti e nosso coração permanecerá sempre inquieto até não repousar em Ti. A alma humana é demasiadamente grande para satisfazer-se com coisas criadas.

TRES PIPULAS DE GENTILEZA POR SEMANA

Selecionei, com muito carinho, três pílulas de gentileza para você tentar praticar durante esta semana e verificar quais as consequências. Estou certo de que ser gentil só nos traz benefícios, ainda que não imediatamente, ainda que não pela via que esperamos. Mas basta praticar e ter paciência que o resultado -sempre muito bom- virá!

1. DÊ UM CRÉDITO
Sabe aquele dia em que você acorda, sai para o trabalho ou para seus compromissos e tem a nítida sensação de que deveria ter ficado em casa, dormindo? Definitivamente, você pensa, este não é o seu dia! Tudo o que gostaria é de não ter que resolver problemas nem manter as aparências com ninguém. Pois é... saiba que você não é o único "privilegiado". Todos nós experimentamos dias assim. E é justamente nesses dias, que tudo o que gostaríamos é que nos dessem um desconto ou, melhor ainda, um crédito. Que esperassem nosso mau-humor passar e pegassem leve, não é? Então, faça o mesmo quando se deparar com uma situação em que uma pessoa é grosseira com você do nada, sem motivos. Dê um crédito a ela. Pense: bem, hoje não deve ser o melhor dos dias para ela, então, vou deixar passar, vou relevar! E assim, certamente estará praticando a gentileza e evitando aborrecimentos desnecessários!
2. ESCUTE MELHOR
Durante algum tempo de minha carreira, tratando dos temas "relacionamento e comunicação", insisti que não existe melhor maneira de resolver um conflito do que conversando. Mas terminei descobrindo, que pela palavra "diálogo" entendia-se, sobretudo, falar. Acontece que só falar, embora já seja um ótimo começo, resolve bem pouco. Mais eficiente é realmente escutar o que o outro tem a dizer. Ouvir com o coração aberto e a intenção real de solucionar o problema. Afinal, só quando compreendemos o que o outro está pensando e sentindo é que podemos tomar uma atitude mais certeira. Note que estou sugerindo que você escute 'melhor' e não escute 'mais'. O que conta é a qualidade da escuta! Escutar ignorando, fazendo outra coisa, sem olhar nos olhos, é péssimo. Só faz com que o outro se sinta totalmente desconsiderado e a situação piore. Escutar fingindo, sem realmente dar atenção, também é lastimável, porque a pessoa termina percebendo que você não se envolveu e que ela foi tratada como se não tivesse a menor importância. Escutar seletivamente é típico dos casais em crise ou de colaboradores que só fazem o que querem. Já escutar com atenção é muito bom, mas existe uma qualidade de escuta ainda melhor. É a empática. Aquela em que você consegue se colocar no lugar do outro enquanto ele vai falando sobre o que pensa, sente e quer. Esta sim, faz com que a pessoa se sinta acolhida e compreendida. E possibilita a você uma mudança de atitude que faz toda a diferença!
3. PESSOAS GENTIS TAMBÉM DIZEM "NÃO"
Muita gente pensa que ser gentil é estar sempre disponível e levar aquela bendita fama de "bonzinho". Não, não e não! Ser gentil não é isso e também não é ser feito de bobo. Pessoas gentis sabem reconhecer seus próprios limites e respeitar o outro tanto quanto a si mesmo. E isso significa que, muitas vezes, terá de negar um pedido do outro, para que esteja sendo coerente consigo mesmo, com seus compromissos e até com seus valores. Pessoas que não sabem dizer "não" certamente apresentam uma questão mal resolvida com sua autoestima. Usam o "sim" para, talvez inconscientemente, conseguir a aprovação ou o amor do outro. Não funciona! Resultado? Sentem-se frustradas, vítimas das relações e muito insatisfeitas com suas vidas. Saber dizer "não" quando necessário é sinal de maturidade e equilíbrio. E nem é preciso alterar o tom de voz ou ser grosseiro. Um "não" dito com firmeza e coerência é muito eficiente e, quase sempre, mais produtivo do que supomos.



OS LUCIDOS DIALOGAM, OS LOUCOS VÃO A GUERRA.

Bilhões de vidas foram jogadas fora em guerras, assaltos, roubos, drogas, violência estúpida e sem nenhum significado, bombas, incêndios, enchentes, explosões.

A maioria dos casos poderia ter sido evitada se as pessoas tivessem construído cidades mais seguras ou sentado à mesa e dialogado. Mas os lados teimosos acharam que venceriam pela força e políticos, que nunca vão à guerra, enviaram soldados a morrer pelas suas palavras. Como não sabiam sentar e conversar, mandaram generais, capitães e soldados para morrer no seu lugar e milhões morreram.
À ponta de lança, de espada ou sob os tanques e as bombas, tudo isso aconteceu porque quem deveria dialogar não soube dialogar e não conseguiu resolver as coisas antes com palavras. Depois que morreram milhões, aí então sentaram-se à mesa e selaram mais um armistício. Se eram tão inteligentes por que não fizeram antes?
Morreram homens vigorosos, jovens na flor da idade, mulheres ficaram viúvas, filhos ficaram órfãos, tudo porque os políticos não souberam dialogar. O grande problema do mundo é a falta de diálogo. Foi ela quem criou as guerras, os conflitos religiosos, os fanatismos e todas as loucuras que se possa imaginar. Os lúcidos dialogam. Os loucos vão à guerra!





TEMOS NECESSIDADE DE SER LIVRES.

Aprocura da liberdade confirma-se e se traduz como uma necessidade pessoal e coletiva tanto quanto o desejo de vida. Não há vida sem liberdade e não há liberdade sem vida. Há uma luta incessante contra tudo o que impeça ou reduza o acontecer da liberdade.

Na cela da prisão onde estava recluso, por haver lutado pela liberdade democrática de sua pátria, o grego Alessandros Panagulis escreveu: “A sabedoria é uma coisa boa, mas se existe a liberdade. A razão é boa, mas se existe a liberdade. Os tiranos se debatem com a luta, mas com sangue se escreve a história dos homens livres”.
Um negro-spiritual canta com decidida voz: “Fazei-me a tumba onde quiserdes, numa planície ou numa elevada colina. Fazei-a no meio das tumbas mais humildes, mas não numa terra onde os homens são escravos. Não poderei repousar se, ao redor de minha tumba escutar passos trepidantes de escravos. A sua sombra sobre meu sepulcro silencioso o tornaria um lugar de terror”.
Rabindranath Tagore, grande pensador e escritor indiano, reza: “ Onde a mente não sofre temores e onde a cabeça pode se manter erguida; onde o conhecimento é livre; onde o mundo não foi fragmentado pelo egoísmo dos muros domésticos... Tu, ó Pai Nosso, guias a mente para um pensamento e uma ação sempre mais vastos, onde se faz o paraíso da liberdade”.
De modos diversos os homens contemporâneos provam a necessidade incontida de libertar-se ou de serem libertados de toda a opressão para poder conquistar uma vida na plenitude da liberdade. Por exemplo:
. Libertação de condições desumanas de vida, seja no que se refere ao trabalho escravo, ao ambiente geográfico, à alimentação, à moradia etc...Essas condições desumanas podem advir de causas sociais ou naturais...
. Libertação dos contrastes de empobrecimento porque geram frustração, exclusão e marginalização...
. Libertação das opressões econômicas quando se sabe que se é utilizado e instrumentalizado para enriquecer pessoas, grupos ou até nações...
. Libertação das opressões políticas. Aqui basta lembrar os movimentos de libertação popular nas nações dominadas por ditaduras, os movimentos de independência das colônias nos últimos tempos, os jovens de cara pintada contra a corrupção...
. Libertação das opressões ideológicas onde se tenta prender e condicionar o pensamento e as decisões das pessoas. Tantos “ismos” foram caindo e deixando espaço a um novo pensamento e novas formas de organização social...
. Libertação do absurdo de uma vida sem sentido, principalmente gerada pelo consumismo desenfreado...
. Libertação do pecado pessoal e coletivo que desequilibra a pessoa em suas relações e a sociedade em relação à pessoa...
A liberdade humana é como uma bola inflada de ar que se quer manter à força debaixo da água. Quando mais se tenta oprimi-la, mais ela busca saltar para fora, onde é seu lugar natural e seu ambiente normal. Somos feitos para a liberdade! A liberdade é o nosso lugar!

A GRANDE CONTRADIÇÃO BRASILEIRA

Cresce a convicção, inclusive entre os economistas seja do stablisment seja da linha neokeynesiana, de que nos acercamos perigosamente dos limites físicos da Terra. Mesmo utilizando novas tecnologias, dificilmente poderemos levar avante o projeto do crescimento sem limites. A Terra não aguenta mais e somos forçados a trocar de rumo.
Os Prêmios Nobel como P. Krugman e J. Stiglitz caem na armadilha de propor como saída para a crise atual um maior gasto público no pressuposto de que este produzirá crescimento econômico e maior consumo, com os quais se pagarão mais à frente as astronômicas dívidas privadas e públicas. Um planeta finito não suporta um projeto desta natureza que pressupõe a infinitude dos bens e serviços. Esse dado já é assegurado.
O que Jack e Victor propõem é uma “prosperidade sem crescimento”. Nos países desenvolvidos o crescimento atingido já é suficiente para permitir o desabrochar das potencialidades humanas, nos limites possíveis do planeta. Então chega de crescimento. O que se pode pretender é a “prosperidade”, que significa mais qualidade de vida, de educação, de saúde, de cultura ecológica, de espiritualidade etc. Essa solução é racional, mas pode provocar grande desemprego, problema que eles resolvem mal, apelando para uma renda universal básica e uma diminuição de horas de trabalho. Não haverá solução sem um prévio acerto de como vamos nos relacionar com a Terra, amigavelmente, e definir os padrões de consumo para que todos tenham o suficiente e o decente.
Para os países pobres e emergentes se inverte a equação. Precisa-se de “crescimento com prosperidade”. O crescimento é necessário para atender as demandas mínimas dos que estão na miséria e na exclusão social. É questão de justiça assegurar a quantidade de bens e serviços indispensáveis. Mas simultaneamente deve-se visar a prosperidade que tem a ver com a qualidade do crescimento. Há o risco real de que sejam vítimas da lógica do sistema que incita a consumir mais e mais, em especial bens supérfluos. Então acabam agravando os limites da Terra, o que se quer evitar. Estamos face a um angustiante círculo vicioso que não sabemos como fazê-lo virtuoso sem prejudicar a sustentabilidade da Terra viva.
A contradição vivida pelo Brasil é esta: urge crescer para realizar o que o governo petista fez: garantir os mínimos para que milhões pudessem comer e, por políticas sociais, serem inseridos na sociedade. Para as classes já atendidas, precisa-se cobrar menos crescimento e mais prosperidade: melhorar a qualidade do bem viver, da educação, das relações sociais menos desiguais. Mas quem vai convencê-los se são violentamente cooptados pela propaganda que os incita ao consumo? Ocorre que até agora os governos apenas fizeram políticas distributivas: repartiram desigualmente os recursos públicos. Primeiro garantem-se 140 bilhões de reais para pagar a dívida pública, depois para os grandes projetos e somente cerca de 60 bilhões para as imensas maiorias que só agora estão ascendendo. Todos ganham, mas de forma desigual. Tratar de forma desigual a iguais é grande injustiça. Nunca houve políticas redistributivas: tirar dos ricos (por meios legais) e repassar aos que mais precisam. Haveria equidade.
O mais grave é que com a obsessão do crescimento estamos minando a vitalidade da Terra. Precisamos de um crescimento, mas com uma nova consciência ecológica que nos liberte da escravidão do produtivismo e do consumismo. Esse é o grande desafio para enfrentar a incômoda contradição brasileira.



NÚMEROS NOMEIAM RUAS

Em que rua você mora? Na Rua Dois. Se estiver no Brasil, esta deve ser a resposta mais frequente a esta pergunta. Explica-se: este é o logradouro mais comum no país. Mais de 1.534 ruas brasileiras têm esse nome.

Segundo levantamento da ProScore, Bureu de Informação e Análise de Crédito, os nomes de ruas mais utilizados no Brasil são os alfanuméricos. A partir de uma base de dados com mais de 710.000 registros de ruas, os pesquisadores constataram que Rua Dois é o logradouro mais comum, seguido de perto pelo Rua Três, com 1.513 repetições em todo território nacional. De acordo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, existem aproximadamente 815.000 diferentes nomes de ruas nos 5.565 municípios brasileiros.
“A liderança dos nomes alfanuméricos provavelmente ocorre porque eles são usados para identificar ruas criadas provisoriamente em bairros, distritos e loteamentos novos, as quais acabam ficando com esses nomes por longos anos. Todas possuem CEP´s diferentes, ou seja, são localizações distintas”, explica Mellissa Penteado, diretora de Marketing da ProScore.
Curiosamente, a cidade que mais usa os nomes Rua Dois e Rua Três é a mesma: Cuiabá, no Mato Grosso, com 46 logradouros cada. As demais são Belo Horizonte (MG), Campinas (SP) e Rio de Janeiro (RJ), com uma média de 41 logradouros para a “Rua Dois” e 36 logradouros para “Rua Três”. Já a cidade campeã em repetição de nome de rua é Aracaju, no Sergipe, com 107 ruas B. No ranking geral, a Rua B aparece em quarto lugar, com 1.380 repetições no país.
Homenagens a santos, datas comemorativas e a personalidades também são bastante utilizados para nomear ruas. São José em 19º lugar no ranking geral tem 638 logradouros; Santo Antônio, na 25ª posição, possui 554 ruas no território nacional. Sete de Setembro ocupa a 37º lugar, nomeando 428 ruas; Tiradentes fica em 42º lugar com 384 logradouros.

segunda-feira, 12 de março de 2012

RESPEITO CIMA DE TUDO, É O QUE MERECE A MULHER.

Que sociedade é esta que ainda convive com a discriminação e a violência praticadas contra a mulher? A resposta é complexa, e certamente não encontra respaldo na justiça social ou nas regras de boa convivência – muito menos, é claro, no amor ao próximo.

Estudo da Johns Hopkins University School of Public Health, dos EUA, aponta “justificativa” para a violência contra a mulher em normas sociais que reforçam a valorização diferenciada para papéis masculino e feminino. O que muda são as razões alegadas - no Brasil, Chile e Venezuela, por exemplo, é comum a violência aprovada socialmente quando ocorre infidelidade feminina; em outros países a mulher deve ser punida quando não cuida da casa e dos filhos, se recusa a ter relações sexuais ou desobedece ao marido.
A cultura de um povo deve ser respeitada. Mas não exageros, injustiças. É totalmente injustificável que uma mulher seja obrigada à subserviência e a agressões físicas e psicológicas; que seja tratada como um ser inferior. E isso ocorre mesmo aqui no Brasil, país que avançou no combate a essas barbáries através de uma legislação mais enérgica, no caso a Lei Maria da Penha.
Punir com rigor é um passo importante para coibir a violência. Mas são necessários mecanismos, socialmente melhor elaborados, para tentar impedir que ela ocorra. É preciso rever conceitos e critérios para evitar, por exemplo, que uma mulher com o mesmo grau de capacitação e desempenho no trabalho receba bem menos que o homem. É fundamental, ainda, dar a minorias femininas meios para alcançar a emancipação plena, e isso passa pela autonomia financeira.
É impossível desfazer o sofrimento que a mulher passou ao longo da história. Mas é possível que ela – mãe, irmã, amiga... – sofra menos. Se não pelo aprimoramento das leis, pela mudança de comportamento e de atitudes do homem. O respeito, acima de tudo.