sábado, 31 de julho de 2010

DUAS OLIGARQUIAS

Figura secundária da cena política colombiana até oito anos atrás, o atual presidente era um líder regional, governador de Antioquia, um dos 32 Departamentos do país, e membro da oligarquia local. Foi um firme opositor da política de negociação com a guerrilha, levada a cabo pelo ex-presidente Andrés Pastrana (1996-2002). Com este mote construiu a campanha que o levaria a vitória em 2002.
Juan Manuel dos Santos, por sua vez, é originário de uma linhagem tradicional da burguesia. Seu tio-avô, Eduardo Santos, presidiu o país entre 1938 e 1942. A família é dona do mais importante jornal colombiano, El Tiempo, fundado em 1911 e recentemente vendido ao grupo espanhol Planeta. Por fim, seu primo, Francisco Santos é vicepresidente de Álvaro Uribe. Ou seja, o novo presidente não é uma sombra de seu antecessor, mas membro destacado das classes dominantes locais. Para estas, Uribe cumpriu um bom papel, mas seria apenas um novo rico emergente.
bendo do jogo e com receio de sair definitivamente de cena num momento em que a elite tradicional reassume o centro do palco, Uribe resolveu imprimir sua marca para continuar presente na disputa política local. Com todo o beneplácito do Império e da grande imprensa do continente.

A LOUCA LOGICA DE URIBE

A poucos dias do fim de seu mandato, presidente colombiano monta uma provocação contra a Venezuela. Para além das articulações com os EUA, Uribe está de olho no jogo político interno. o novo presidente não é uma sombra de seu antecessor, mas membro destacado das classes dominantes locais. Para estas, Uribe cumpriu um bom papel, mas seria apenas um novo rico emergente. Sabendo do jogo e com receio de sair definitivamente de cena num momento em que a elite tradicional reassume o centro do palco, Uribe resolveu imprimir sua marca para continuar presente na disputa política local.

SERRA LIDERA PESQUISA DA REJEIÇÃO

exceto num país chamado 'Datafolha', Serra desce a ladeira e inspira rejeição crescente no eleitorado brasileiro. A tentativa de ocupar a vaga de Álvaro Uribe e trazer o belicismo de extrema-direita para a disputa política nacional não deu certo. A exemplo do Vox Populi, o IBOPE desta 6º feira (Dilma 39% X Serra 32%) confirma: um em cada quatro brasileiros não votariam de jeito nenhum no político arestoso que agride como Uribe, mente como Carlos Lacerda e pode acabar como Cristiano Machado, o mineiro que impôs a sua candidatura ao PSD nas eleições presidenciais de 1950, sendo abandonado pelo próprio partido, que apoiou Vargas. Seu nome inspirou o termo "cristianização" para designar o candidato ‘escondido’ pelos companheiros de sigla, que temem o contágio tóxico de sua impopularidade nas próprias bases eleitorais. O risco é cada vez maior para quem grudar seu nome no de Serra. Dados do último IBOPE: a) a vantagem Dilma chega a oito pontos (27% a 19%) na pesquisa espontânea; b) Dilma tem 11 pontos a mais que Serra no eleitorado masculino (44% a 33%), e empata com o tucano entre as mulheres (35% a 35%); c) Dilma vence em todas as regiões, exceto no Sul, subiu de 32% para 37% no Sudeste contra 35% de Serra no maior colégio eleitoral do País; e) no Nordeste, Dilma tem praticamente o dobro das intenções de voto do adversário (49% a 25%) ; f) no Norte/Centro-Oeste, houve uma inversão de posições: o tucano liderava por 41% a 33% e agora perde por 40% a 33%;g) o Sul é a única área em que Serra ainda cresce: tem 46% contra 32%.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

EDITORA ABRIL INVESTE EM ENSINO FORMAL

Nesses tempos velozes de recomposição dos modelos de negócios da mídia, e de deliberações premidas pelas urgências determinadas pela nascente economia digital, os controladores das empresas jornalísticas tradicionais começam a admitir a necessidade de mudanças estratégicas nos seus objetivos negociais. A nova realidade emergente transfere o foco da banca e do monitor para a produção ampliada do conhecimento. E a mídia tradicional não é capaz de dar conta disso sozinha.

No Brasil, um primeiro e notável movimento nessa direção deu-se a partir da decisão dos acionistas majoritários da Abril S.A., controladora da Editora Abril – historicamente vinculada ao ramo de revistas –, em investir pesado na área da educação formal. Para isso, instituíram um novo empreendimento, independente do seu negócio de mídia, como mostram a matéria do Valor Econômico. Os empresários parecem estar pensando em algo mais concreto, mais duradouro. Basta notar, por exemplo, que se oito anos são tempo suficiente para se consolidar uma revista, este é também um período em que se pode formar um cidadão plenamente alfabetizado. E, por óbvio, um futuro consumidor dos conteúdos produzidos pelas já então reconfiguradas empresas da nova mídia. A decisão dos Civita constitui um movimento indicador de que há algo de novo no horizonte. (Luiz Egypto)

E AGORA JOSÉ?

Insistindo em ignorar que um novo paradigma econômico reclama um novo paradigma político, com um Estado forte, dotado de poder econômico e capacidade, para fazer cumprir as leis e regulamentações que estimulem o crescimento econômico com justiça social.

O que o leitor lerá, até outubro, nas colunas da imprensa corporativa é tão previsível quanto a sucessão de dias e noites. O desequilíbrio do setor público será apresentado como resultante do modelo de intervenção do Estado na economia. O único problema é que, ao contrário da gestão neoliberal, não há qualquer evidência de exaustão macroeconômica. Na linha inversa do que afirma o credo conservador, o Estado não perdeu força como agente de desenvolvimento em uma economia complexa. Quem se mostrou um estorvo ao progresso, em razão de uma interferência caótica na vida das pessoas e das empresas, gerando privilégios para setores improdutivos, foi o mito do mercado como mecanismo capaz de regular-se a si mesmo.
Se a direita acredita ter alguma chance no terreno da moralidade abstrata, incorre em um outro  equívoco colossal. Há algum tempo, com a inclusão crescente de amplos setores da população na esfera do consumo, o brasileiro compreendeu que toda a campanha contra o governo petista envolveu apenas um moralismo de fachada.

Sob o espetáculo midiático, a defesa de valores abstratos é feita por pessoas que sempre foram coniventes com a injustiça social. A pedagogia do cotidiano removeu argumentos que não passavam de cortina de fumaça para encobrir outros interesses. A sabedoria do senso comum já aprendeu que a pior imoralidade é condenar o povo, depois de séculos, a continuar a ser explorado, a não ter onde morar, o que comer, a viver em um estado de miséria e ignorância. E agora, José? Qual o próximo dossiê a ser apresentado como substituto a um projeto de país?



CHAMA-SE AUSTERIDADE FISCAL: AS NOVAS ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA

Talvez o aspecto mais famoso do modo pelo qual nos foi vendida a Guerra do Iraque foi a falsidade de seu pretexto. Nunca houve armas de destruição de massa, conforme acabou por admitir o próprio Paul Wolfowitz. Elas eram apenas “algo sobre o que o todo mundo concordava”. E assim ocorre agora também com os déficits públicos. Os conservadores e seus aliados querem desmontar o Estado democrático e social de direito e redistribuir a riqueza para os de cima. Esse é o objetivo. Os déficits só são “algo sobre o que todo mundo concorda”, as armas de destruição de massa desta crise fabricada.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

ACORDO COM PORTUGAL TELECOM PARA COMPRA DA VIVO POR 7,5 BILHÕES DE EUROS

O grupo espanhol Telefónica finalizou negociação com a Brasil Telecom de Portugal e comprou 50% das ações que o grupo português detinha da Brasilcel, sociedade que controla a Vivo. As informações são do jornal espanhol El País.

A Telefónica confirmou há pouco que vai desembolsar 7,5 bilhões de euros pela participação da Portugal Telecom na Vivo. O montante será pago em três parcelas, até outubro de 2011.
"Estamos muito satisfeitos de haver alcançado este acordo com a Portugal Telecom, que beneficia os acionistas das duas companhias", afirmou o presidente da Telefónica, Cesar Alierta, em nota. "Trata-se de uma oportunidade única de criação de valor. A Vivo é líder do mercado de telefonia móvel no Brasil, país no qual a Telefónica mantém uma aposta decidida de futuro."
O preço final da transação é 31,5% maior que a oferta inicial de 5,7 bilhões de euros, feita no dia 6 de maio. Em junho, a proposta subiu para 6,5 bilhões de euros, para chegar aos 7,15 bilhões de euros no dia 30 do mesmo mês. Finalizado, o acordo foi bem visto pelo governo português, segundo informa o El Pais.

MASSACRE DAS BALEIAS E SEM SANÇÕES INTERNACIONAIS


Esta foto chocante, publicada na edição de hoje do caderno Planeta, do Estadão, chamou-me a atenção para a necessidade de que se ponha fim a uma das maiores hipocrisias ambientais do mundo, que é a burla à proibição do abate de baleias que, embora em vigor desde 1986, continua existindo pela caça disfarçada – aliás, nem disfarçada, como a foto prova – para a captura com finalidades científicas, que é praticada pelo Japão, pela Noruega e pela Islândia.

O Brasil, felizmente, é um dos países mais avançados neste tipo de proteção. Não apenas encerramos a caça baleeira em 1986, ano da moratória internacional, como, ano passado, o presidente Lula baixou um decreto que torna as águas territoriais brasileiras um santuário para baleias e golfinhos e habilita o Governo brasileiro a pressionar pelo respeito – que não existe – à proibição da caça em todo o hemisfério sul do planeta. E é justamente nas águas do Sul que a captura e abate de baleiras é mais realizada pelo Japão, o principal transgressor dos acordos internacionais.
Incrível é como um atentado ambiental como este não desperte no mundo desenvolvido, tão preocupado com o meio-ambiente, nenhum tipo de reação mais dura, como gostam de ter em relação aos países mais pobres.

TRABALHADORES PODEM SACAR ABONO SALARIAL

Na segunda-feira (19), o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) depositou o abono salarial de aproximadamente 4,5 milhões de trabalhadores. O valor pago para aqueles que possuem conta corrente ou poupança na Caixa Econômica Federal corresponde a um salário mínimo, que é de R$ 510.

Estão habilitados para receber o abono os trabalhadores cadastrados há pelo menos cinco anos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). Outra exigência é ter trabalhado pelo menos 30 dias no ano de 2009, recebendo no máximo dois salários mínimos.
Os trabalhadores que têm direito ao benefício e não foram contemplados receberão o pagamento no próximo dia 11 de agosto. Para aqueles que recebem o valor na folha de pagamento, os depósitos serão feitos entre julho e setembro de 2010.

JUSTIÇA SUSPENDE COMERCIALIZAÇÃO DE MILHO TRANSGÊNICO DA BAYER

A multinacional Bayer está proibida de comercializar o milho transgênico Liberty Link – resistente ao herbicida glufosinato de amônio – em todo o país. A decisão foi adotada nesta terça-feira (27) pela juíza federal Pepita Durski Tramontini, da Vara Ambiental de Curitiba (PR). A medida foi baseada na ausência de um plano de monitoramento pós-liberação comercial do grão.

De acordo com o assessor técnico da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), Gabriel Fernandes, a medida representa uma vitória para os que lutam por uma agricultura mais sustentável e para os agricultores que lutam pela autonomia das sementes. Ele reforçou que a medida da justiça evidencia a forma ilegal de como trabalha a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que é responsável pela liberação comercial de transgênicos.
“A justiça reconheceu que a CTNBio está trabalhando fora da legalidade, dando decisões de liberações de transgênicos sem levar em consideração os estudos de impactos ambientais nas diferentes regiões onde este milho pode vir a ser plantando. É uma decisão muito importante para os consumidores, porque eles não estarão expostos a esse tipo de produto que foi colocado no mercado de forma apressada e sem avaliação dos estudos de impactos a saúde.”
A sentença ainda reforça que se a Bayer não suspender a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e o descarte do Liberty Link, será multada em R$ 50 mil por dia.
A decisão veio depois de uma ação civil pública movida por diversas organizações da sociedade civil. A ação exigia da CTNBio uma análise adequada dos riscos à saúde e ao meio ambiente e a definição de normas de biossegurança para o milho transgênico.

ESTA EM NOSSAS MÃOS

Está em nossas mãos ascender para níveis de realidade superiores ou permanecer no limbo, onde a maioria vegeta semi-adormecida sem aceitar ainda o amadurecimento completo da Alma, vivendo muito aquém das ilimitadas possibilidades, restrita a um quinhão de Luz, a um mundo de repetição, a parcelas diminutas de iluminação consciente, migalhas de felicidade plena. Temos toda uma historia magnífica para escrever, uma missão bem definida a ser cumprida e descobertas inimagináveis que estão somente a um passo de distância, aguardando serem vivenciadas e em seguida compartilhadas com todos os companheiros de jornada, prendados que somos de qualidades sagradas, únicas e preciosas.

Seguindo o coração, colocando em prática nossas virtudes, materializaremos o divino aqui na Terra, iremos muito além do conhecido, desvendando sistemas de cura ainda mais suaves e menos invasivos, técnicas inovadoras a serem aplicadas em todas as áreas da Criação, num trabalho/serviço de pura doação que já foi delineado e aplicado no plano sutil. Faremos nossa vida valer a pena, empregando da melhor forma a energia superabundante que vibra em tudo que existe, em cada gota de chuva, em cada raio de sol, em cada sopro de vento, em cada punhado de terra.
A maioria da humanidade ainda se encontra prisioneira do mundo de ilusão, escrava de restrições financeiras e emocionais, e é responsabilidade nossa agir com a finalidade de tirá-la desse torpor, de toda forma possível: pela palavra, pela ação focada e pelo exemplo, sempre de forma que a lei maior do amor, a que está à base de todo Universo, prevaleça a cada movimento, a cada respiração dada. Sim, é possível que cada batida no teclado, cada pensamento ou sentimento que espalhamos seja de paz, de alegria, de contentamento...
De agradecimento.

POR CONHECER A CANDIDATA, ESTE BLOG INDICA PARA O BEM DA NOSSA JUVENTUDE

terça-feira, 27 de julho de 2010

TRATAMENTOS PARA DORMIR BEM

SOBERANIA E DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSOS NA POLÍTICA DE MEDICAMENTOS

Nos anos 1990, o Brasil exportava mais princípios ativos usados para a fabricação de remédios do que importava. Hoje, 80% do que o país usa na produção de medicamentos é importada. É esta realidade que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quer mudar. Em sua gestão, especialmente, e desde 2003, vem buscando inverter a lógica de favorecimento dos grupos farmacêuticos internacionais em favor da recuperação da soberania tecnológica do país neste setor.

Em paralelo, Temporão vem apostando nos genéricos e na melhoria das condições de compra de medicamentos pelo governo para ampliar o acesso da população a esses produtos e, ao mesmo tempo, gerar economia para o Estado. Entre 2003 e 2010, o governo federal investiu R$ 6 bilhões em pesquisa e tecnologia no setor. Durante o mesmo período, foram celebradas 17 parcerias entre a União, empresas privadas e laboratórios públicos que possibilitaram o início da fabricação de 22 produtos farmacêuticos. A economia resultante destas medidas vem sendo de R$ 170 milhões ao ano.
Outros R$ 60 milhões foram economizados com o licenciamento compulsório do medicamento Efavirez, usado no tratamento de soropositivos. Diferente do que é dito, esclarece Temporão, esta foi a primeira vez que o governo “quebrou uma patente” na área farmacêutica. “Todo mundo acha que quem quebrou patentes de medicamentos foi o Serra, mas isso é um grosseiro engodo. O Serra não quebrou patente nenhuma. Ele fez uma estratégia inteligente que nós também fazemos: ele ameaçava quebrar as patentes, não quebrava, e conseguia um bom acordo”, diz.
O ministro da Saúde também destaca a política de fortalecimento dos genéricos como um êxito de sua gestão. De 2002 a 2009, este grupo de remédios saiu de uma participação de 5,8% no mercado para 19,2%. A ampliação dos rótulos disponibilizados também é destacado como um feito importante. O número de registros desses medicamentos passou de 213, em 2003, para 2.972 em 2009.
Nesta entrevista à Carta Maior, o ministro da saúde fala sobre as ações para reverter a dependência tecnológica do país em relação à indústria farmacêutica internacional e sobre a política para levar mais medicamentos aos brasileiros.

JUVENTUDE RURAL SE ENCONTRA EM BRASILIA

Para definir propostas e políticas que garantam a permanência do jovem no campo, teve início, nesta segunda-feira (26) em Brasília (DF), o II Festival Nacional da Juventude Rural. Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o evento tem como temas centrais a reforma agrária, meio ambiente sustentável e trabalho e renda. O Festival terá encerramento na próxima sexta-feira (30) e deve contar com a presença de cinco mil jovens que moram em áreas rurais de todo o Brasil.

Durante os dias do evento as propostas serão debatidas em plenárias e oficinas. Temas específicos da juventude como educação do campo e formação profissional, juventude e organização sindical, sustentabilidade sócio-ambiental, entre outros, também estão na pauta.
Para a quarta-feira (28) está prevista uma marcha que terminará com um ato político na Esplanada dos Ministérios. Os jovens irão cobrar do governo mais atenção em relação às reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras do campo.

OIT REGISTRA 270 MILHÕES DE ACIDENTES DO TRABALHO POR ANO

Esta terça (27) é o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Isso porque o Brasil foi o primeiro país a ter um serviço obrigatório de Segurança e Medicina do Trabalho, em empresas com mais de 100 funcionários. Este importante passo foi dado no dia 27 de julho de 1972. Mas não há muito o que comemorar.

A AMERICA DO SUL EM 2022

1. A América do Sul é a nossa região, onde nos encontramos e de onde jamais sairemos. O futuro do Brasil depende da América do Sul e o futuro da América do Sul depende do Brasil.

2. A América do Sul é um arquipélago de sociedades e economias separadas pela distância, por obstáculos geográficos e pela herança das políticas coloniais que as isolavam cada uma das demais e que as vinculavam exclusivamente a suas metrópoles, Madri e Lisboa. A histórica e geográfica dificuldade de contatos permanece até hoje, entre os sistemas de transportes, de energia e de comunicações dos distintos países, já de si pouco integrados nacionalmente, levou a um fluxo, que ainda é reduzido, de comércio, de investimentos, de pessoas e de cultura. A dificuldade de contatos entre os países contribuiu, juntamente com as características de seu desenvolvimento e de sua inserção na economia mundial, para fazer da América do Sul esse arquipélago de sociedades subdesenvolvidas, com elevadíssima concentração de renda, com índices sociais deploráveis, muitas delas primário-exportadoras, tecnologicamente dependentes, militarmente fracas.
3. A América do Sul é um continente rico ao extremo em recursos naturais, tanto em seu solo como em seu subsolo, distribuídos de forma desigual entre os países que a integram. Países de enorme capacidade agrícola ao lado de países importadores de alimentos. Países riquíssimos em energia ao lado de países sufocados pela sua falta. Países de razoável industrialização e outros voltados para a agricultura e a mineração. Países de reduzida dimensão territorial ao lado de outros de grande extensão.
4. As reservas de minérios, as fontes de energia, as terras aráveis, a água, a biodiversidade, constituem um enorme potencial, aproveitado de forma incompleta e muitas vezes predatória. Não foi e não está ele organizado para atender estruturas produtivas avançadas e grandes mercados internos mas, sim, para suprir a demanda de mercados tradicionais, que se originaram e se formaram desde os tempos do comércio colonial e que, hoje, assumem, por vezes, formas quase neocoloniais. Mesmo naqueles países mais avançados da América do Sul a economia se encontra organizada, em grande parte, para a produção e a exportação de produtos minerais e agrícolas, às vezes processados, e de semi-manufaturados, como se constata pela presença majoritária de produtos primários ou de baixa tecnologia na pauta de exportações de cada país.
5. Sobre essas riquezas do solo e do subsolo, em um território de 18 milhões de km2, vivem e trabalham 400 milhões de sul-americanos, em permanente mestiçagem, a partir de suas origens africanas, indígenas, européias e asiáticas, com toda sua pujante cultura, com sua unidade lingüística ibérica, valor extraordinário quando refletimos sobre o desafio que representam as vinte e três línguas da União Européia, os dezenove idiomas oficiais da Índia e as onze línguas da África do Sul. Os idiomas indígenas são falados por uma pequena parcela da população da América do Sul, ainda que, em certos países, sejam eles muito importantes por representarem a expressão viva de culturas e de valores de civilizações distintas daquelas implantadas e mantidas, pela força, pelos colonizadores europeus e seus descendentes.
6. A religião predominante, em especial nos países sul-americanos hispânicos, e em suas classes mais altas, é o catolicismo, enquanto avança com grande rapidez, a influência das igrejas evangélicas nas camadas mais pobres da população e, mais recentemente, nas classes médias, em especial no Brasil. A aprovação, há poucos anos, em muitos países da região de legislação sobre o divórcio e a longa sobrevivência da vinculação entre a Igreja e o Estado revelam a importância social e política do catolicismo em quase todos os países.
7. A própria intensidade da miscigenação nas sociedades da América do Sul, fenômeno de que participam indígenas, afro-descendentes, euro-descendentes, árabes, judeus e asiáticos, torna hoje difícil a emergência de manifestações agressivas de racismo e de discriminação, assim como de conflitos de natureza religiosa mais aguda.
8. Os 400 milhões de sul-americanos se encontram predominantemente em cidades, em metrópoles grandes e médias, em cujas periferias grassam a pobreza, a mortalidade infantil, a violência, as drogas, a desintegração familiar, a subnutrição, o desemprego e o subemprego, as doenças e o analfabetismo. São essas populações, excluídas e pobres, que correspondem à enorme maioria da população de cada país, que fazem da América do Sul o continente mais desigual do planeta. A pobreza, o desemprego, os baixos salários e a violência provocam a emigração de grandes contingentes de sul-americanos que enfrentam dificuldades extremas em busca de oportunidades nos Estados Unidos e na Europa. Em contraposição às metrópoles e a suas periferias, se encontram os grandes vazios demográficos da Amazônia, dos Andes e da Patagônia onde populações dispersas têm difícil e escasso acesso a bens públicos de toda ordem, tais como hospitais, escolas, esgotos, luz e transporte.

UM PLANO PARA A AMERICA DO SUL

 Após a II Guerra Mundial, os Estados Unidos constataram que os Estados europeus não conseguiriam reestruturar suas economias destruídas por falta de capital, inclusive para adquirir as máquinas e equipamentos necessários à reconstrução. De outro lado, a desmobilização de milhões de soldados americanos, seu regresso aos Estados Unidos e a redução drástica da produção bélica ameaçavam criar uma grave situação de desemprego. Diante da ameaça soviética, do prestígio dos movimentos socialistas e comunistas, alcançado na luta contra a ocupação nazista, do desprestígio das elites colaboracionistas e da necessidade de reativar a economia americana, lançaram os Estados Unidos o Plano Marshall, vasto programa de empréstimos e de doações dos Estados Unidos aos países europeus com o objetivo principal de acelerar a formação de capital, através do financiamento das importações de máquinas e equipamentos americanos.

 A América do Sul vive uma situação “semelhante” à da Europa após a Segunda Guerra Mundial. A histórica exclusão da enorme maioria das populações de quase todos os países, em situação de extrema pobreza, a violência contra as populações oprimidas, a mortalidade infantil, a desnutrição, a droga, fazem com que morram por ano, na América do Sul, milhões de indivíduos, em uma verdadeira “guerra”, em um continente que necessita com urgência de um programa de construção. No passado, iniciativas como a Operação Pan-Americana e a Aliança para o Progresso se revelaram insuficientes para enfrentar este desafio que, de lá para cá, se tornou maior e cada vez mais complexo.
Os países da região maiores e mais avançados, econômica e industrialmente, terão de articular programas de desenvolvimento econômico para estimular e financiar a transformação econômica dos países menores; abrir, sem exigir reciprocidade, seus mercados e financiar a construção da infraestrutura desses países e sua interligação continental. O Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul – FOCEM é um primeiro passo nesse sentido, ao reconhecer a especial responsabilidade dos países maiores no desenvolvimento do Mercosul e seus princípios podem servir como base para um programa, que terá de ser muito mais amplo, no âmbito sul-americano.
Caso o desenvolvimento de cada país da região for deixado ao sabor da demanda do mercado internacional e dos humores das estratégias de investimento das megaempresas multinacionais, as assimetrias entre os Estados da região, e dentro de cada Estado, se acentuarão assim como as tensões políticas e os ressentimentos, o que virá a afetar de forma grave as perspectivas de desenvolvimento do Brasil.

Muito tem sido feito pelo Brasil em termos de articulação política e de cooperação econômica nos últimos anos na América do Sul através do exercício paciente e persistente dos princípios de não intervenção, de autodeterminação e de cooperação. Mas as dimensões do desafio da América do Sul requerem esforços ainda maiores e mais persistentes, de uma duração que se deve medir por décadas

PERSPECTIVAS

01. As características da América do Sul – grande riqueza mineral e energética; grandes extensões de terras aráveis não utilizadas; população cada vez mais urbana em processo de estabilização demográfica; regimes políticos estáveis; inexistência e distância geográfica de áreas de conflitos intensos – tenderão a condicionar o papel da América do Sul em um cenário político mundial em que a disputa pelo acesso a recursos naturais e a alimentos será fundamental. De outro lado, para um grande número de países, com a concorrência chinesa e com a dificuldade de promover políticas nacionais de industrialização, será difícil agregar maior valor à produção e às exportações e diversificá-las, para reduzir a vulnerabilidade externa.
02. Em uma economia mundial em que países como a Índia e a China detêm cerca de 30% da população mundial, com índices de consumo de calorias extremamente baixos, e com economias em rápida e contínua expansão, já que a China cresceu a 10% a.a. em média nos últimos 30 anos e a Índia a 8% a.a. nos últimos dez anos, com escassez crescente de minérios e alimentos, em um contexto de acirrada disputa mundial por recursos, a América do Sul é vista como uma fonte especialmente importante desses recursos.
03. Até 2022 essas tendências tenderão a se agravar devido às tendências do sistema mundial, ao tipo de inserção da região na economia global, às resistências das elites em implantar políticas econômicas e sociais capazes de ampliar com vigor a produção e ao mesmo tempo redistribuir riqueza e renda; à escassez de capital doméstico e à dificuldade de acesso ao mercado mundial para financiar a construção da infra-estrutura; às resistências dos grupos privilegiados em cada sociedade à necessidade de transformação social e de conferir maior poder político à grande massa da população.
04. Assim, em grande número dos Estados da América do Sul, em especial naqueles de menor população e território, as tendências econômicas, sociais e políticas continuarão a ser as mesmas que hoje se apresentam enquanto que as características estruturais se manterão. Somente um esforço muito grande, em que o Brasil teria especial responsabilidade, poderá começar a reverter essa situação.

Grupo de trabalho do novo marco das comunicações sai nos próximos dias.

O presidente Lula deve publicar até o final desta semana o decreto criando o grupo de trabalho que desenvolverá um anteprojeto de marco regulatório para as comunicações. O trabalho, a ser coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, é parte do conjunto de ações pós-Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), e pretende deixar uma proposta de legislação a ser encaminhada pelo próximo governo ao Congresso.
O escopo e a amplitude da nova legislação serão definidos pelo grupo de trabalho, mas algumas coisas são tidas como certas: a primeira é que o marco regulatório da radiodifusão e das telecomunicações está completamente defasado. Outra certeza é que a nova proposta trará, portanto, um marco regulatório convergente, que dê conta dos problemas enfrentados pelas empresas de radiodifusão, pelas empresas de telecomunicações e Internet e pela sociedade civil não-empresarial em função da convergência tecnológica e dos meios digitais. Estes desafios, enumerados nos debates da Confecom, serão abordados de forma mais sistematizada no anteprojeto. Outra questão que deve voltar à tona é sobre a ampliação da atuação regulatória da Anatel, que poderia abarcar a radiodifusão, justamente por conta da convergência de serviços e do gerenciamento do espectro. Hoje, a radiodifusão é regulada pelo Ministério das Comunicações.

TV DIGITAL AINDA É PARA POUCOS.

Passados dois anos e meio da primeira transmissão em sinal digital no país, a população não tem encontrado motivos suficientes para adquirir um televisor com o receptor digital acoplado ou um conversor externo. Para o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, a transição está ocorrendo sem muitos problemas. “Está normal e muito acima da expectativa”, considera. Os dados citados pelo ministério são que, no Brasil, a cobertura do sinal digital já está disponível em 38 cidades – entre elas, 21 capitais. Atinge uma área em que vivem 70 milhões de pessoas.

Porém, os 8 milhões de receptores que deverão estar em funcionamento até o fim do ano são menos de 10% deste total. Além disso, os números eventualmente divulgados pelo Fórum SBTVD ou pelos fabricantes não atestam, como se poderia crer, que o Brasil acelera o processo de digitalização da TV aberta. Pelo contrário, o que se observa é que a compra de televisores adaptados à tecnologia digital é feita por aqueles que querem aproveitar o serviço de alta definição oferecido pela TV por assinatura, da qual boa parte já é assinante.

domingo, 25 de julho de 2010

O FIM DA MISÉRIA VAI INICIAR PELO SUL

Fim da miséria inicia pelo Sul

Estudo do Ipea projeta erradicação em SC e no PR em 2012; no RS, em 2015
Até 2016, o Brasil pode superar a miséria e diminuir a taxa nacional de pobreza absoluta. Nessa corrida, dois Estados do Sul estão na dianteira: Santa Catarina e Paraná devem atingir essa meta em 2012. Esses dados foram apurados por estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre pobreza e miséria. O levantamento alerta que, para atingir esse ideal, o país precisa equilibrar a desigualdade que existe entre os Estados em relação às taxas de redução da pobreza.
Segundo o estudo, baseado em dados da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios (Pnad), entre 1995 e 2008 saíram da condição de pobreza absoluta (rendimento médio domiciliar per capita de até meio salário mínimo por mês) 12,8 milhões de pessoas, enquanto 13,1 milhões superaram a condição de pobreza extrema (rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo mensal).
Entre 1995 e 2008, as taxas de pobreza extrema entre as unidades da federação foram bem desiguais. Em 1995, Maranhão (53,1%), Piauí (46,8%) e Ceará (43,7%) eram os Estados com maior proporção de miseráveis em relação à população. Treze anos depois, Alagoas assumiu o topo do ranking, com a taxa de pobreza extrema de 32,3%. Santa Catarina (2,8%), São Paulo (4,6%) e Paraná (5,7%) apresentaram os melhores resultados.
Em relação à pobreza absoluta, entre os Estados que tiveram os melhores resultados nesse período estão Santa Catarina, que reduziu a taxa em 61% no período de 13 anos, Paraná (52,2%) e Goiás (47,3%). Já o Amapá (12%), o Distrito Federal (18,2%) e Alagoas (18,3%) tiveram as menores taxas de redução do universo de pessoas nessas condições.
A situação de Santa Catarina e do Paraná se deve em boa parte ao fato de esses dois Estados terem baixa incidência de miseráveis do país. Em 2013, deve ser a vez de Goiás, Espírito Santo e Minas Gerais entrarem para a lista dos Estados sem miseráveis. No ano seguinte, São Paulo e Mato Grosso devem passar a integrar esse grupo.
Desafios - O Rio Grande do Sul deverá erradicar a pobreza extrema somente em 2015. Para que essa projeção se concretize, o Estado deverá reduzir 1% ao ano a taxa de pobreza extrema, que em 2008 era de 6%. Já para erradicar a pobreza absoluta em 2015, o RS deverá reduzir 2,8% ao ano a taxa que em 2008 era de 19,5%.
Em sua conclusão, o Instituto diz que o Brasil está diante de uma “inédita oportunidade” de superação da pobreza e que, para aproveitá-la, o país precisa investir em “políticas de Estado”. “Por meio dessas políticas, o Brasil protagonizaria um novo padrão de desenvolvimento capaz de torná-lo a quinta economia do mundo”, diz o texto final do estudo.

VAI PASSAR O QUE NA SUA CABEÇA. TA CADA VEZ MAIS DIFÍCIL.

Xampu, condicionador, creme fortificante, silicone, antiqueda etc. Comprar um produto para lavar cabelo virou missão complexa. São tantas as fórmulas, muitos os rótulos e embalagens, que fica difícil de escolher. Até o começo dos anos 90, os xampus se dividiam em três grupos: neutros, para cabelos oleosos e para cabelos secos.

Com o crescimento do mercado, o xampu, que é apenas lauril ou simplesmente detergente, nas palavras da especialista  em cosméticos Stela Maris Pagno, foi ficando cada vez mais específico. Hoje, esse universo leva em consideração, entre outros apelos, o formato do fio, a cor e as intervenções químicas pelas quais o cabelo passou.
Com tanta oferta e variedade, será que o consumidor sabe a diferença entre os produtos e se eles atendem a sua necessidade? “A matéria-prima básica de qualquer xampu é o detergente”, resume Stela. No caso dos tipos de cabelo, explica ela, muda a concentração desse detergente: maior para oleosos, menor para secos. “É claro que produtos melhores são mais caros”, declara.
Se está difícil decidir entre as diversas marcas de xampu, a especialista dá umas dicas. “O ideal para a maioria é lavar os cabelos três vezes por semana, para não retirar o manto hidrolipídico, que recobre e protege a fibra capilar”, ensina. Para quem sofre com o excesso de oleosidade, indica usar água morna e alternar o xampu para cabelos oleosos com um mais suave, como os infantis.
Outro fator que interfere é a alcalinidade do produto. Na hora da compra, deve-se prestar atenção ao pH. O mesmo xampu pode dar respostas diferentes, dependendo do pH (sal). “Nem todas as marcas trazem essa informação no rótulo, e isso pode confundir”, alerta. “O pH deve ser levemente ácido, como o couro cabeludo, que é de 5,5. Quanto mais baixo, mais ácido, menos agressivo.”
Todo tipo - No Brasil, graças à mistura de raças e à variação climática, dá para encontrar quase todo tipo de cabelo e problema. Pesquisa da francesa L’Oréal identificou no país sete dos oito tipos de cabelo no mundo.
As brasileiras são fãs de alisamento e coloração e têm gosto particular por produtos para cabelo. O Brasil responde por 10,7% do mercado mundial de produtos para cabelos. É o segundo no consumo desses produtos, perdendo somente para os Estados Unidos.
Maioria no país tem cabelo seco
A mulher brasileira gosta muito de cuidar dos cabelos. A maioria tem cabelo seco e chega a comprar 3,5 produtos para amenizar o problema. Parte da solução pode estar no uso da água menos quente no banho. A água quente provoca aumento na retirada da oleosidade natural do couro cabeludo, gerando ressecamento e desidratação dos fios.
Outro problema com a água muito quente, bastante comum no inverno, pode ser o surgimento da caspa/descamação. Para reverter os efeitos negativos, é sempre importante manter fios hidratados.
Neste período é frequente o uso do secador. Os dermatologistas também alertam sobre os cuidados com gorros e chapéus. “O uso excessivo desses assessórios aumenta o risco de aparecimento de bactérias e fungos. Por isso, mantenha-os sempre bem limpos”, ensinam.

O SUCESSO E AS DIFICULDADES DA AGRICULTURA FAMILIAR

Nunca tantos deveram tanto a tão poucos. A afirmação feita pelo primeiro-ministro inglês Winston Churchill (1874-1965), referia-se aos heróicos pilotos dos Spitfire e Hurricane, que em desigualdade de condições, impuseram-se à poderosa aviação alemã, na Batalha da Inglaterra, de 1939 a 1942.
A frase, mantida a diferença de situações, pode ser dirigida aos pequenos agricultores brasileiros. E estes poucos são cada vez menos. Em 1940, cerca de 70% da população brasileira vivia no campo. Hoje, mais de 80% vivem nas cidades. E 20% respondem por 30% da produção global. Em alguns produtos básicos, como feijão, arroz, milho, mandioca, hortaliças e pequenos animais, os pequenos agricultores são responsáveis por 60% da produção. Outros números ajudam a avaliar a questão. A mesa do brasileiro continua sendo abastecida em 70% pela agricultura familiar, que emprega 12 milhões de pessoas. O agronegócio contrata apenas 600 mil e seu objetivo é a exportação.
Uma visão ampla sobre o setor revela dois aspectos. O primeiro é otimista: foram dados passos na organização dos produtores, na qualificação da mão de obra, no crédito, na pesquisas, em tecnologias adequadas, o que resultou em qualidade e lucratividade. O dado pessimista refere-se à difícil condição de vida da maioria dos agricultores brasileiros, sobretudo na educação, higiene e rendimento. O governo tem feito esforços, mas em ritmo lento. Enquanto os bancos, a indústria automobilística e a construção civil conseguem medidas de curto prazo, a agricultura recebe - quando recebe - as sobras.
Alterado o panorama, o mesmo enfoque serve aos motoristas. Para o pão de cada dia são obrigados a longas viagens, mal remuneradas, por rodovias inseguras. Agricultores e motoristas são heróis esquecidos à espera do reconhecimento do país.

DE GOLFO A GOLFO, ENGOLFADOS.

A exploração e uso de petróleo vão levar a humanidade a um estado de caos generalizado. Somos petrodependentes. O homem tem contacto com o petróleo há mais de quatro mil anos antes de Cristo. Os povos antigos do Egito, Mesopotâmia e Pérsia, usavam o betume para pavimentar estradas, calafetar construções, aquecer e iluminar suas casas. Tudo no mundo é petróleo. E movidos pela cobiça e poder das grandes empresas transnacionais de exploração, manufatura e comércio do “ouro negro” no mundo, comprometemos nosso futuro comum. Esta dependência somente se amplia, se agrava. Embora já sabendo dos prejuízos ao meio ambiente e a saúde humana não conseguimos alterar nossa matriz energética e produtiva.

Em detrimento do progresso e do consumo de bens duráveis e de consumo direto, de uma pequena parcela da população mundial, colocamos a vida em sua maior magnitude no perigo eminente. Colocando populações sobre a mira de forças bélicas internacionais. Temo pelos países com reservas. Temo pelo anuncio do pré-sal, que nos coloca na mira de interesses que nem o tempo e a história conseguem ou conseguirão sintetizar.
Os Estados Unidos, numa coalizão histórica, pois não é coisa deste século, numa aliança entre empresas de petróleo, montadoras de automóveis, indústria armamentista, indústria de derivados, como a farmacêutica e química estão levando o terror para regiões do mundo onde em seu subsolo existe petróleo.
Seja pelo lobby estatal/empresarial, seja pela força econômica que financia governos locais, seja pela promoção e financiamento de guerras civis, seja pela força armada oficial.
É assim na Nigéria, na Rússia (Cálcaso), na Malásia (Bornéu), é assim no Golfo Pérsico (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait), é assim no Golfo no México.
De Golfo a Golfo, populações e a natureza vão sendo engolfadas.

SEGURANÇA PRIVATIZADA E A DEMOCRACIA DOS EUA.

Empresas privadas estão atuando em todos os setores que cuidam da segurança nacional dos serviços de inteligência dos EUA (cerca 70% do orçamento). Com o fim da Guerra Fria, as companhias militares privadas passaram a converter-se em soluções do mercado frente às novas tendências à privatização de várias funções governamentais. Crescimento do mercado privado de segurança anda de mãos dadas com a também crescente avaliação nos EUA de que as democracias não conseguem vencer as “pequenas guerras”, principalmente porque as exigências morais e políticas vão muito além do que a oposição doméstica está disposta a aceitar.

"UMA NOTICIA ESTÁ CHEGANDO LÁ DO INTERIOR. NÃO DEU NO RÁDIO, NO JORNAL OU NA TELEVISÃO" - Milton Nascimento e Fernando Brand


Nesta semana que termina o Estatuto da Igualdade Social foi sancionado pelo presidente Lula. Para um país que teve quase 4 séculos de escravatura, sendo o último a abolir este opróbrio, e , tendo ficado 112 anos à espera de uma legislação que consolidasse bases para um enfrentamento mais vigoroso ao racismo ainda vigente em nossa sociedade tão desigual, o episódio mereceria um destaque muito maior por parte dos meios de comunicação. Mas, sem surpreender, a grande mídia comercial noticiou apenas discretamente o evento. Nenhum grande jornal deu na primeira página. E o Jornal Nacional da TV Globo fez apenas uma notinha curtíssima para a importância do fato, sem imagens. Ou seja, na proporção inversa da ampla divulgação que deu, por meses, à campanha do DEM contra as cotas para alunos pobres e negros na universidade.
Já a Voz do Brasil, programa radiofônico que também nesta semana fez mais um aniversário, cobriu decentemente a sanção do Estatuto da Igualdade Racial, mesmo estando sob ataque da ideologia mídia de mercado, que quer mais uma hora para entupir os ouvidos do povo, predominantemente, com mais baixaria e publicidade. Portanto, nos grotões, nos quilombos, nos assentamentos da reforma agrária onde a Voz do Brasil alcança, a notícia até que chegou. Mas, como diz a música “Notícias do Brasil”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, a depender da grande mídia comercial, a informação ou é nula ou é a mais resumida possível. Será nostalgia das senzalas e do pelourinho por parte dos barões da mídia?

A INSENSIBILIDADE S0CIAL DA MIDIA

Dois episódios me ocorrem para provar a insensibilidade social das oligarquias que dominam estes meios de comunicação como se administrassem um latifúndio do espectro eletromagnético ou impresso informativos. Quando Monteiro Lobato, revoltado com o analfabetismo de nossa gente, apelou a uma família proprietária de grande jornal paulista para que a imprensa realizasse uma cruzada contra este subproduto da deseducação, da ignorância e da pobreza. A resposta que recebeu deveria estar em todos os cadernos de alfabetizadores para lembrar que a alfabetização sempre teve inimigos nas oligarquias. “ Ô Lobato, mas se todos os negros analfabetos forem aprender a ler, quem é que vai pegar na enxada??”, ouviu um atônito Lobato, registrando-se no episódio uma soma de elitismo com racismo.
No outro episódio, ocorrido décadas depois, o diretor de redação deste mesmo jornalão paulista mata a sua namorada com três tiros, confessa o crime, é condenado e continua absolutamente livre. O motivo para o crime? A jovem jornalista, de origem pobre, meio mulata, queria terminar o namoro. Pena de morte! Ou seja, mesmo sendo proibido matar, mesmo tendo havido a confissão, mesmo tendo sido condenado, o tal jornalista, está desfilando sua impunidade livremente, indicando que tipo de ódio social pode estar sendo cultivado nas cúpulas de quem faz a comunicação no Brasil e a maneira muito especial que o Judiciário tem para julgar casos assim!. Quem será a próxima? Por isso, sem uma convocação da sociedade para transformar este Estatuto em muito mais que uma referência longínqua e teórica, nós poderemos talvez constatar que o racismo ainda irá resistir por mais tempo, mesmo sem qualquer razão para existir, pois trata-se de um crime.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

DA COSTA LEVA NA CABEÇA.

A justiça começou a ser feita. O Tribunal Superior Eleitoral concedeu direito de resposta à Dilma Rousseff e ao PT, que terão o direito de publicar mensagens por 10 dias no site Mobiliza PSDB para rebater as acusações do vice de Serra sobre uma ligação do partido com as Froças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o narcotráfico.
A pena atribuída pelo TSE foi o dobro do mínimo previsto em lei pela reincidência do PSDB, que já tinham ofendido o PT com o mesmo argumento, em 2002, quando Serra perdeu parte de seu horário eleitoral para o direito de resposta.

Agora falta o PT processar Serra que anda por aí repetindo o que o seu vice falou.

COMO DIRIA BRIZOLA: TEM BATATA NA CHALEIRA

VENEZUELA ROMPE RELAÇÕES COM A COLOMBIA.
O presidente colombiano parece mirar dois objetivos. O primeiro deles é interno: a reiteração da “linha dura” como política interna facilita sua aposta de manter hegemonia sobre os setores militares e sociais que conseguiu agregar durante seu governo. O segundo, porém, tem alcance internacional. O uribismo é parte da política norte-americana para combater Chávez e outro governos progressistas; mesmo fora do poder, o líder ultradireitista não quer perder protagonismo e se apresenta como avalista para manter Santos na mesma conduta.

Fontes do Palácio de Miraflores não hesitam em afirmar que as provocações de Uribe, além de fixar seu alvo no presidente venezuelano, seriam estranhamente coincidentes com o discurso de José Serra e Indio da Costa no Brasil, retomando a pauta de eventuais relações entre o PT e a guerrilha colombiana. Esses analistas afirmam que o governante de Bogotá deu um lance para se manter em evidência na disputa regional entre os blocos de esquerda e direita.
Autoridades venezuelanas, nos bastidores, se empenham para que haja uma condenação generalizada, dos países latino-americanos, à conduta de Bogotá e ao cúmplice silêncio norte-americano. Não desejam que outras nações sigam o caminho da ruptura, mas Chávez parece convencido que seu colega colombiano não poderá ser detido com meias-palavras ou atos de conciliação.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

IMPRENSA LIVRE?

O que é realmente uma imprensa livre? A que temos no Brasil é prisioneira do poder econômico, controlado pelas classes endinheiradas. Rigorosamente aprisionada dos preconceitos e visões destas classes. Imprensa livre de quem, então? A preferência dos barões da mídia é escandalosa. Há uma unanimidade contra a candidata de Lula. Exceção feita, nas revistas de circulação nacional, à Carta Capital. Exceção que também se verifica na chamada mídia alternativa, porém extremamente pulverizada e de escassa circulação nacional. Com todo o heroísmo que significa a sua sustentação,

"BRASIL PRECISA DISCUTIR SE QUER UM RURAL COM GENTE OU SEM GENTE"

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, faz um balanço de quase oito anos das políticas de Reforma Agrária do governo Lula. Cassel assinala que 59% de todas as famílias assentadas na história do país, o foram durante o governo Lula, que já destinou 45 milhões de hectares de terra para Reforma Agrária. O ministro reconhece, por outro lado, que ainda há muito que fazer para construir uma estrutura fundiária mais equilibrada no país. E destaca o crescimento da agricultura familiar no país e a importância da diversidade de populações rurais no Brasil. A agenda da Reforma Agrária, conclui, está diretamente ligada aos temas da segurança alimentar, da matriz energética e das mudanças climáticas.

APROVEITANDO A POPULARIDADE DO PRESIDENTE

De repente, o candidato parece ter sido vítima de pedrada na cabeça. É o que depreendo do título de matéria saído na Folha de S.Paulo de 17/7: "Lula e FHC são mais parecidos do que parece", afirma Serra. O texto é de uma sem-cerimônia de causar espécie. Vejamos como continua a matéria:

"Ao fazer campanha pelo estado natal de Lula, o candidato tucano à presidência José Serra disse que é ‘amigo pessoal’ do presidente e que o líder petista e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ‘são muito mais parecidos do que parece’. ‘O ouvinte aqui pode estar surpreso, mas eu conheço os dois’, disse Serra em Recife (PE), em entrevista a uma rádio local. ‘Ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais, independentemente das diferenças em política’."
Diferenças e mais diferenças

Não precisamos ir muito longe para ir apontando diferenças. Mas, considerando que quem leu os jornais do dia 18 último poderia ingenuamente ser levado a concordar com a tonitruante assertiva do ex-governador paulista, uma vez que nenhum jornalista, articulista, colunista, comentarista de política ou de economia se atreveu a detalhar pontos de completa dessemelhança ou mesmo de alguma confluência, decidi listar apenas 10 dessemelhanças que saltam aos olhos do leitor imparcial:
** Lula tem sensibilidade social, FHC tem sensibilidade econômica. Lula criou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. FHC criou o Conselho Nacional de Desestatização.
** Lula brilha em cima de caminhões, dispõe de apenas três escassos diplomas – o conferido em sua juventude pelo Senai e os dois de presidente da República, outorgados pelo Tribunal Superior Eleitoral. FHC brilha na academia, é festejado como o "Príncipe da Sociologia Brasileira", é autor de diversos livros publicados em diversos idiomas.
** Lula viu o risco Brasil despencar para 200 pontos enquanto nos anos FHC o risco Brasil alcançou o recorde de 2.700 pontos. Lula pagou a dívida e ainda emprestou módicos US$ 10 bi ao FMI para socorrer a economia da Grécia. FHC não mexeu na dívida externa brasileira.
** Lula elevou o salário mínimo a US$ 210, FHC deixou o salário mínimo no último ano de seu governo em exatos US$ 78. O dólar no governo Lula baixou a R$ 1,78 enquanto no governo FHC alcançou R$ 2,79.
** Lula reconstruiu a indústria naval brasileira. FHC em seus oito anos de mandato não tratou do assunto. Lula criou 10 novas Universidades federais, FHC não criou uma sequer. Lula criou 214 Escolas Técnicas Federais, FHC passou em branco.
** No governo Lula, os valores e reservas do Tesouro Nacional alcançaram a cifra dos 160 bilhões de dólares positivos, no governo FHC este saldo era negativo em exatos 185 bilhões de dólares negativos. Lula deixará em andamento a construção de três estradas de ferro, FHC não deixou nenhuma.
** Ao assumir, Lula encontrou 80% das estradas rodoviárias em estado precário, ao deixar o governo saberá que 70% destas foram recuperadas. Sob FHC a indústria automobilística estava em baixa de 20%, sob Lula esta indústria verifica alta na casa dos 30%, estando o Brasil atualmente ocupando a 4ª posição mundial de maior fabricante de veículos do mundo.
** Nos anos Lula verificou-se acentuada mobilidade social: 23 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza. Nos anos FHC esse número chegou a 2 milhões de pessoas dando adeus à pobreza. Nos anos Lula foram criados 11 milhões de empregos. Nos anos FHC foram 780 mil empregos.
** Lula não privatizou nenhuma empresa estatal e, ao contrário, criou dez novas estatais, como a Empresa de Pesquisa Ferroviária (EPF), o Banco Popular do Brasil, a Empresa de Planejamento Energético (EPE), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Hemobras, que fabrica hemoderivados, e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). FHC privatizou jóias da coroa como a Vale do Rio Doce e Empresas de Telecomunicação do grupo Telebrás como Embratel, Telesp, Telemig, Telerg, Telepar, Telegoiás, Telems, Telemat, Telest, Telebahia, Telergipe, Teleceará, Telepará, Telpa, Telpe, Telern, Telma, Teleron, Teleamapá Telamazon, Telepisa, Teleacre, Telaima, Telebrasília, Telasa. FHC privatizou empresas como Light (vendida ao grupo francês e americano EDF/AES), Eletropaulo (vendida para a empresa americana AES), Petroquímica União S.A... a verdade é que a lista é longa. A maioria das empresas estatais foi vendida a grupos internacionais: espanhol, italiano, mexicano. Em 2002, sob FHC, o Brasil conseguiu reduzir o número de estatais a meros 108 e, em 2010, sob Lula, o país passou a dispor de 118.
** Em dezembro de 2002 o Brasil era um país sem crédito no mercado internacional. Desde o primeiro mandato de Lula o Brasil conquistou o cobiçado investment grade. No período FHC o Brasil sofreu os efeitos de 4 arrasadoras crises internacionais. No período Lula, até mesmo a chamada "mãe de todas as crises", aquela de setembro de 2008, comparada apenas à Grande Depressão Econômica de 1929, graças às reservas financeiras acumuladas pelo governo chegou aqui como "marolinha". Para outros países, ainda em fase de penosa recuperação, continua surtindo efeitos de tsunami.

MAIS UM LOBBY MIDIÁTICO-FINANCEIRO QUE CAI: O DO SUPER AQUECIMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA

O Bank of America Merrill Lynch, que desde o princípio do ano se manteve fiel à tese de que os receios inflacionários eram exagerados, divulgou um relatório que faz um diagnóstico interessante do breve surto de supercrescimento da nossa economia e de suas consequências inflacionárias...O Brasil, segundo essa leitura, apresentou um forte surto de crescimento, algo bem diferente de entrar numa trajetória de superaquecimento... O que os economistas dizem é que o mercado financeiro pintou um dragão inflacionário mais feio do que ele realmente era. Havia pressões sobre salários e preços de serviços, que mereciam atenção, mas as preocupações acabaram exageradas pela alta temporária dos preços dos alimentos. O BC tinha que agir, mas não com a força prevista pelos contratos de juros futuros negociados no mercado financeiro. "Onde está o superaquecimento?", questionam os economistas

OS MILIONARIOS DA POLÍTICA;

A revista Época e os jornais do fim de semana fazem uma radiografia do poder político no Brasil, concentrando-se na formação de fortunas com cargos públicos. Circulam na passarela dos milionários do voto governadores, deputados e senadores, suplentes e vice-governadores. Por absoluta impossibilidade, o levantamento deixa de lado prefeitos e vereadores, que, aos milhares, também devem estar contribuindo para inflar as estatísticas das fortunas compostas com dinheiro público.

Segundo Época, a figura pública mais bem sucedida em termos financeiros é a governadora de Santa Catarina, Ângela Amin, cujo patrimônio cresceu nada menos do que 750% de 2006 a 2010.
O Estado de S. Paulo contribui para pintar o retrato da política nacional com uma reportagem sobre o nepotismo na composição de chapas, revelando como os mandatos de senador e deputado vão passando de mão em mão dentro das mesmas famílias, como se o cargo eletivo fosse um negócio.
A Folha de S. Paulo reproduz investigação da Polícia Federal mostrando o Rio de Janeiro como o Estado campeão de crimes eleitorais como a compra de votos e caixa 2. Além disso, também faz seu levantamento sobre os novos-ricos da política e analisa o estranho hábito de candidatos de guardar dinheiro embaixo do colchão.
A revista Veja contribui com uma entrevista do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, na qual ele denuncia o domínio de muitas comunidades por parte de grupos criminosos, que decidem em quem os eleitores devem votar e fornecem uma espécie de salvo-conduto para candidatos apoiados pela bandidagem.

SECRETARIA DA AGRICULTURA FAZ REUNIÃO EM CASCATA

Nos encontros, são convidados para participar os agricultores, não só associados do condomínio ou da associação, mas todos os agricultores e moradores, pois são escolhidos os representantes da comunidade, um titular e um suplente, junto ao Conselho Municipal da Agricultura. Na oportunidade tambem foi eleito o novo presidente do Condomínio, Nilson Pilz, com os demais membros da diretoria permanecendo os mesmos. No evento tambem foi feita a entrega do trator John Deere 5.700, 4 X 4, que na administração passada havia sido encaminhada a reforma do motor, e não havia sido paga junto a concessionária local. O pagamento foi efetuado no final do ano passado, num valor aproximado de R$ 29.000,00, que a partir de agora faz parte, em regime de comodato, a Associação dos Produtores Rurais de Vila Cascata. Esta Associação, abrange as localidades de Jacutinga, Esquina Bonita, Cascata do Buricá, Lajeado Póca e Esquina Schweigert.

ASFALTO A CASCATA PARECE QUE AGORA SAI

A empresa SBS segundo assessoria de imprensa do município, já está instalando seu escritório em Horizontina, será na Rua Imigrantes, e a partir daí começa os trabalhos de reperfilagem, ou seja, colocação da camada asfáltica no trecho. Inicialmente as obras iniciarão de Horizontina à Vila Cascata. Os engenheiros afirmaram que havia alguns problemas relacionados ao projeto da obra, material para efetivar o trabalho, além de questões ambientais que agora estão sendo solucionados. Com isto, depois de muito tempo, agurda-se com expectativa que a obra na prática tenha seu reinício.

GRUPOS DA TERCEIRA IDADE CONTEMPLADOS COM RECURSOS MUNICIPAIS

Foi assinado nesta terça feira dia 20, no gabinete do Prefeito, convênio com os 9 grupos da 3ª idade, do município.  Foram contemplados com recursos na ordem de R$ 1.500 reais cada grupo, sendo eles; grupo Ipiranga, Amigos do Sol, Amar e Servir, Liberdade, Alegria, Martinho Luthero, Recanto da Saudade, Grupo da Paz de Cascata e Concórdia e Harmonia de Km 20. Os recursos serão repassados através do Fundo Municipal de Assistência Social, durante o mês de agosto.

domingo, 18 de julho de 2010

É PRECISO CONHECER PARA PODER JULGAR

Os jornais deste (17/7) estampam declaração do presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa, Alejandro Aguirre, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não pode ser chamado de democrático”. O ataque se estende aos demais países da região que são administrados por partidos de esquerda. Esses governos, de acordo com o dirigente da SIP, “se beneficiam de eleições livres para destruir as instituições democráticas”.

Certamente é importante, para os leitores, conhecer a história dessa entidade antes de julgar a credibilidade das declarações de seu principal dirigente. Fundada nos Estados Unidos em 1946, a SIP teve papel fundamental durante a Guerra Fria. Empenhou-se com afinco a etiquetar como “antidemocráticos” os governos latino-americanos que não se alinhavam com a Casa Branca. Constituiu-se em peça decisiva da guerra psicológica que antecedeu os levantes militares no continente entre os anos 60 e 80.
Orgulha-se de reunir 1,3 mil publicações das Américas, com 40 milhões de leitores. Entre seus membros mais destacados, por exemplo, está o diário chileno El Mercurio, comprometido até a medula com a derrubada do presidente constitucional Salvador Allende, em 1973, e a ditadura do general Augusto Pinochet
Outros jornais filiados são os argentinos La Nación e El Clarín, apoiadores de primeira hora do golpe sanguinário de 1976, liderado por Jorge Videla. Aliás, suspeita-se que a dona desse último periódico recebeu como recompensa um casal de bebês roubado de seus pais desaparecidos.
A lista é interminável. O vetusto diário da família Mesquita, Estado de S.Paulo, também foi militante estridente das fileiras anticonstitucionais, clamando e aplaudindo, em 1964, complô contra o presidente João Goulart. Mas não foi atitude solitária: outros grupos brasileiros de comunicação, quase todos também inscritos na SIP, seguiram a mesma trilha golpista.
Os feitos dessa organização, entretanto, não são registros de um passado longínquo. Ou é possível esquecer a histeria da imprensa venezuelana, em abril de 2002, no apoio ao golpe contra o presidente Hugo Chávez? Naquela oportunidade, a SIP não deixou por menos: a maioria de seus filiados foi cúmplice da subversão oligárquica em Caracas.
Uma trajetória dessas é para deixar até o mais crédulo com as barbas de molho. Qual a autoridade dos dirigentes dessa agremiação para falar em democracia, com sua biografia banhada na lama e no sangue? O que fazem é se aproveitar dos espaços públicos sobre os quais exercem propriedade privada para conspirar, agredir e manipular.
Ainda mais quando apelam à calúnia. A imensa maioria dos veículos de imprensa no Brasil dedica-se à desabusada oposição contra o presidente Lula e seu partido. Nenhuma publicação dessas foi fechada ou censurada por iniciativa de governo. Circulam livremente, apesar de muitos terem atravessado o Rubicão que separa o jornalismo da propaganda política, violando as mais comezinhas regras de equilíbrio editorial.
As palavras do presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa, dessa forma, devem ser compreendidas através do código genético de Aguirre e seus pares. Hoje, como antes, atacam os governos progressistas porque desejam sua desestabilização e derrocada. Insatisfeitos com os resultados e as perspectivas eleitorais de aliados políticos, tratam de vitaminá-los com factóides de seu velho arsenal.
A história do presidente Lula, afinal, é de absoluto respeito à Constituição e à democracia. O mesmo não pode ser dito da SIP, cujas impressões digitais estão gravadas na história dos golpes e ditaduras que infelicitaram a América Latina.

sábado, 17 de julho de 2010

TOTAL ISENÇÃO AO INFORMAR

Quando a economia cresce forte, os jornalões advertem: 'insustentável'; quando a atividade se acomoda, gerando 202 mil empregos por mes, como em junho, o diretório midiático carimba: 'estagnação'. Quando o país atingiu a autossuficiência em petróleo, em 2006, 'sardenbergs & mirians leitões' minimizaram: 'Brasil ainda importa óleo leve'. Quando a Petrobras inicia a extração de óleo leve do pré-sal, retrucam: 'há riscos, melhor não mexer nisso'. Quando Dilma faz passeata com 15 mil pessoas debaixo d'água, no Rio, como 6º feira, um uníssono: 'fra-ca-sso'; Serra vai da Central do Brasil a Bangu, anônimo e ignorado, a turma obsequiosa reporta: 'passeou e conversou com populares'. O PT critica a mídia, mervais & que tais fuzilam: 'chavismo'. Serra destrata jornalistas, afasta, pune e corta cabeças na TV Cultura para intimidar quem faz perguntas incomodas, vem a SIP, o sindicato dos donos de jornais das Américas, dirigida por um exilado cubano da comunidade golpista de Miami e diz: 'Lula é falso democrata...' Os associados nativos repercutem o cinismo como uma 'grave denúncia'.

SIGA EM FRENTE O PASSADO SERVE APENAS COMO REFERÊNCIA

Dotado de uma inteligência acima da média e uma vontade enérgica, ele tinha tudo para vencer na vida. Mas os fatos estavam contra ele. Aos 31 anos, viu seu pequeno estabelecimento comercial ir à falência. No ano seguinte tentou a política como deputado, mas foi derrotado. Tentou de novo o comércio, mas mais uma vez quebrou. No ano seguinte aconteceu uma tragédia familiar, com a morte da esposa. A perda motivou um colapso nervoso. Por alguns anos a apatia apoderou-se dele, mas aos 46 anos disputou a eleição para a prefeitura de sua cidade. Para variar, perdeu. Nos dez anos seguintes disputou, e perdeu, quatro eleições, sendo a última para Senador. Aos 60 anos - em 1861 - foi eleito presidente dos Estados Unidos. Seu nome Abraham Lincoln.

Hoje ninguém comenta seus fracassos. Lincoln é lembrado como um dos maiores estadistas da história norte-americana e mundial, evitou a divisão do país em dois Estados - Guerra da Secessão - e comandou a libertação dos escravos.
A vida não é aquela que sonhamos, mas aquela que acontece de verdade. Ela tem luzes e sombras, sucessos e fracassos, alegrias e tristezas. A vida não é feita de sonhos, mas daquilo que fazemos quando nossos sonhos não dão certo. E por isso, ela deve ser vista no seu conjunto. Ninguém vai comer algumas colheradas de fermento, nem engolir dois tabletes de manteiga, duas xícaras de farinha e 30 gramas de sal.
Mas é com estes ingredientes que se faz um bolo. Milhares de peças não servem para nada, a não ser quando formam um conjunto harmonioso que chamamos relógio. Assim é a vida. Um momento pouco significa, vale o conjunto dos momentos, vale a direção que assumimos. Vale o que vem depois.

A SEMELHANÇA ENTRE A VIDA E UM RIO...

Os rios não param. E porque não param, as águas continuam vivas e puras. Podem trancar o seu curso, mas eles sempre encontrarão um lugar para escapar. E se não puderem superar a barreira e continuar a viagem, a morte se aproxima desse rio. As águas paradas apodrecem e jamais conhecerão a beleza do mar.

Há pessoas que são rios enormes, cheias de vida. Nada pode impedir sua corrida. Se outras pessoas tentam impedir sua força, sua caminhada, seus empreendimentos, seu amor à vida, elas não reparam e continuam seu curso. Há pessoas que são rios pequenos e de muito pouca força. Uma crítica, uma calúnia, uma falta de atenção fazem essas pessoas mudarem de rumo. São rios pequenos que, por qualquer motivo, mudam de curso.
Há pessoas que são águas paradas. Porque encontraram várias barreiras em sua vida, não mais sentem coragem de lutar e entregam os pontos. Param suas atividades, não tentam novas realizações, se acomodam numa vidinha sem graça e aos poucos vão apodrecendo no desânimo, como as águas paradas.
A vida, dentro de nós, é uma força que nos impele para frente. É uma força enorme que não pode parar. Quanto mais vivemos, mais vida se soma à nossa vida, como águas de um rio que aumentam à medida que vão avançando.
Não é verdade que a mocidade é a manifestação maior de nossa vida e que, depois, vai diminuindo na medida que os anos passam. Ela diminui se perde sua força. Como um rio, pode aumentar suas águas na medida que se aproxima do mar. Assim a pessoa deve aumentar sua vida, dentro de si, na medida que avança em idade. Se isso não acontecer é porque a vida se estagnou como as águas que cansaram de correr.
Não podemos dizer a uma pessoa idosa que tenha menos vitalidade que uma pessoa nova. O corpo pode estar mais gasto, mais fraco. Mas a vontade de viver, o gosto de viver, a paixão pela vida, que não acaba, deve aumentar dentro dela.
Somente assim poderá desembocar no mar da vida, que é Deus. Deus é vida. E nosso destino é viver para sempre neste mar de vida.

"CONCESSÃO SEM FISCALIZAÇÃO É DOAÇÃO"

No Brasil, os concessionários de emissoras de rádio e televisão agem como se fossem seus proprietários. O Estado brasileiro, que fundamenta como serviço público o seu sistema de radiodifusão, tem dificuldades para controlar o setor. Parte deste “descontrole” se deve à estrutura dividida entre o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mas o que falta, realmente, é vontade política de fazer valer os princípios constitucionais, entende o procurador regional da República no Rio Grande do Sul Domingos Sávio Dresch da Silveira*.
O modelo brasileiro sofre pela ausência do Estado no papel que é fundamental na relação do poder público com os concessionários - a fiscalização. E concessão sem fiscalização é doação, resume Domingos.

A elevada abrangência dos meios de comunicação de massa os torna instrumentos de poder especialmente significativos na vida política, cultural e econômica da nação. Em modelos de radiodifusão privados – o norte-americano, por exemplo - a figura do órgão regulador e fiscalizador é decisiva e os veículos têm sua autonomia controlada pelo Estado. No Brasil, onde o modelo caracteriza-se pela concessão pública, as restrições deveriam ser, no mínimo, igualmente severas, mas o sistema funciona “como se fosse uma rede de McDonalds”.

ATÉ QUANDO...

Primeiro foi o fechamento da Tribuna da Imprensa, logo seguido pelo fechamento da Gazeta Mercantil. Agora, o curso de agonia da imprensa comercial anuncia o fim do Jornal do Brasil em sua versão impressa. Junto dele está a vertiginosa queda de tiragem dos jornais que resistem, evidentemente acompanhada da clamorosa queda de sua credibilidade. Este talvez seja mais um alerta e mais uma oportunidade para discutir os limites quase que intransponíveis para o jornalismo no modelo comercial e a necessidade de insistir e estimular a conscientização e as iniciativas para a construção de um jornalismo público.. Indo direto ao tema: é bem provável que o presidente Lula tenha um papel histórico também para romper os tabus e preconceitos que impedem os brasileiros de ter um jornal de missão pública, nacionalista, popular.

Um jornal centenário, sonho de uma geração de jornalistas, inovador em forma e conteúdo, o Jornal do Brasil, que já vinha definhando, como muitos outros diários, agora anuncia que deixará as bancas. Não estará mais nas praias, nos botequins, nos escritórios, nos ônibus, nas universidades, nem mesmo nas feiras para embrulhar peixe.
Durante anos registrou dificuldades financeiras. Arrastou-se endividado em bancos públicos, muito embora sua linha editorial, como de resto de toda a mídia, hostil ao papel do estado na economia. Mas, não quando os recursos públicos salvam a crise.
A dívida informativo-cultural
Até quando vamos assistir este definhamento sem abrir um grande debate nacional sobre o futuro da imprensa no Brasil, sobre a dívida informativo-cultural acumulada, sobre a proibição, na prática, da leitura de jornal no Brasil pelo o povo? Até quando os jornalistas vão superar a discussão estreita que vem fazendo acerca da titularidade e diploma desvinculada da extinção concreta e incontornável de postos de trabalho e da proibição da leitura de jornal pelo povo? Multiplicaram-se as faculdades de jornalismo e reduzem-se os jornais e os postos de trabalho. Paradoxo! Tínhamos um exército de desempregados diplomados. Mesmo que o diploma volte a ser obrigatório, teremos ainda mais desempregados e menos lugar para trabalhar. E o povo sem ler jornal!
Enquanto a Argentina tem o jornal Página 12, o México tem o La Jornada, a Bolívia tem o jornal Cambio - criado há apenas 8 meses e já é líder de vendas - a Venezuela tem o Correio do Orenoco, todos fazendo o contraponto da linha editorial da imprensa oligárquica, teleguiada pelos interesses estrangeiros, no Brasil temos o domínio completo de uma imprensa anti-nacionalista e anti-popular. Não por acaso, com hostilidade unânime à candidata de Lula. São estes jornais e revistas contra a nacionalização do petróleo, criticam a reconstrução da indústria naval, exasperam-se com a valorização do salário mínimo, insistem na tese conservadora da disciplina fiscal, da austeridade, do corte de gastos, quando, evidentemente, o país precisa aumentar decididamente os investimentos públicos para dar sustentação ao crescimento econômico, que lhe permita reduzir as disparidades internas e as vulnerabilidades externas. Esta imprensa chega ao ponto de publicar documentação falsificada sobre uma candidata à presidência, a colocá-la em uma charge como personagem da prostituição (nenhuma ofensa deste escriba às trabalhadoras do sexo), mas, no seu discurso de falsa ética e moral, esta imprensa esquece que em suas páginas de classificados divulga, portanto associa-se comercialmente, deprimente atividade do comércio de sexo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

RIR... AINDA É O MELHOR REMÉDIO

SERRA VAI DIVULGAR PLANO EM PÍLULAS: ECONOMIA REGISTRA RECORDES.

a) emprego na construção civil bate novo recorde em maio, com crescimento de 9,7% na comparação com maio de 2009. Setor emprega 2,695 milhões de trabalhadores com carteira assinada –um patamar inédito, segundo o Sindicato da Indústria da Construção; b) venda de máquinas para construção pesada acumula alta de 16% até junho, com o mercado aquecido pelas obras do PAC; c) produção de automóveis fecha o 1º semestre com alta de 19% -- um novo recorde no setor; d) vendas de máquinas agrícolas têm crescimento de 51,7% no 1º semestre --20 mil pequenos tratores são vendidos à agricultura familiar, graças ao crédito do BNDES para o programa 'Mais Alimentos'; e) pré-sal --cuja exploração soberana é contestada pelo candidato do conservadorismo brasileiro-- inicia produção comercial permanente no Espírito Santo --são mais 40 mil barris de petróleo por dia; f) trem-bala que unificará Campinas-SP e RJ tem edital de licitação divulgado pelo governo em Brasília.

BEM AVENTURADOS OS PACIFICADORES

Há um sonho no coração do homem: poder viver em paz com todos. É o sonho do paraíso. O paraíso perdido e que continua sendo o desejo de todos.

Paraíso. O leão ao lado do cordeiro. A criança brincando com a cobra, a formiga acariciando o elefante, a gato e o cachorro em festa... tudo de maneira fraterna. Esse é o paraíso.
As pessoas se gostando. Eliminação total dos armamentos. Destruição de todos os quartéis. Mundo sem polícias, sem exércitos e sem agressividades. Mundo de irmãos. Sem exploração e sem egoísmos. Mundo onde todos se aceitam como irmãos e se amam porque antes aceitam a Deus como Criador e Pai. Não há possibilidade de fraternidade sem o reconhecimento de Deus como Criador e Pai. Como podem existir irmãos se não se aceita um mesmo Pai?
O destino do mundo é a fraternidade total. Tudo convida para a fraternidade. Os vegetais formam famílias. Os animais se ajuntam em grupos. Tudo neste universo é convite à fraternidade. Os astros vivem em família. Um depende do outro. Nada é isolado. Tudo tem um sentido, tudo tem uma direção.
O mundo anda ao ritmo do homem, ao compasso dos corações humanos. A paz na terra, o mundo em paz depende somente do homem. Os animais e os vegetais são agressivos porque o homem é o agressor. Os fenômenos do tempo se tornam trágicos porque trágicos se tornam os sentimentos humanos e sua insensibilidade diante da natureza.
O mundo em paz depende do homem. É do coração do homem que nascem as guerras e as maldades. É do coração do homem que nascem as divisões e as desigualdades sociais.Mundo em paz. Um dia os anjos cantaram: “Paz na terra aos homens de boa vontade”. A paz é possível. É possível um mundo em paz. Mundo que nasce do coração do homem porque já nasceu do coração de Deus como filho da paz. É certo que o destino do mundo é a paz total. A paz que vai correndo como um rio. Paz que se vai construindo. Paz caminho que se faz. Paz que começa em mim, em você e vai se somando.
Alguém que criou este mundo diz: “eu sou a paz... eu vos deixo a paz... eu vos dou a paz... vivei em paz”. É necessário acreditar na possibilidade da paz. Paz que é resultado de uma vida em harmonia. Harmonia com todos, harmonia com o Criador deste universo imenso e lindo, universo que é berço e casa da paz.
Mundo em paz. Ele começa dentro de mim. Continua ao redor de mim. Vai se espalhando na minha vizinhança. Vai se refletindo em todo o universo até chegar ao coração de Deus.
Eu quero um mundo em paz. Vida é paz. Amor é paz.



CONFIRMADA LEGALIDADE DOS CONVÊNIOS

Não há desvio de dinheiro público para a ocupação de terra no Brasil. Foi o que concluiu o relatório apresentado nesta quarta-feira (08) da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigou a ligação entre entidades da reforma agrária e ministérios do governo. No total, foram realizadas treze audiências públicas em oito meses. A CPMI também investigou as contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária.

O relator da CPMI, deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP), comenta as conclusões do trabalho.
“Foi uma CPMI desnecessária. Na verdade são entidades sérias que desenvolvem um trabalho de aperfeiçoamento e de qualificação técnica do homem do campo. O que deu para perceber foi que a oposição, principalmente o DEM e o PSDB, estavam com uma política de criminalizar o movimento social no Brasil. Tanto é verdade que, depois de instalada a CPMI, eles não apareceram nas reuniões.”

QUERES SER FELIZ PARA SEMPRE? - PERDOA.

A vingança era um dever sagrado na tribo. E esta precisava ser bem maior que a ofensa. Um índio, extremamente furioso, comunicou a um velho cacique sua disposição de matar um rival que o havia ofendido gravemente. O idoso escutou-o com atenção, concordou com ele, mas fez um pedido: antes de realizar seu objetivo, deveria encher o cachimbo da paz, fumá-lo calmamente. No dia seguinte, o índio, menos irado, comunicou que não assassinaria o rival, mas daria a ele uma surra memorável. O velho cacique elogiou sua decisão, mas pediu que enchesse novamente o cachimbo e o fumasse mais uma vez... No dia seguinte voltariam a conversar.

O sono é sempre um bom conselheiro e, no dia seguinte, o índio informou ao cacique que não bateria no desafeto, mas lançaria no seu rosto sua má ação e o faria passar vergonha diante de todos. Novamente o cachimbo foi acionado e - após uma serena meditação - o índio comunicou sua decisão final: iria até o agressor e lhe daria um apertado abraço. Fazendo isso, liquidou um inimigo e conseguiu um amigo.
Para os gregos antigos, a vingança se constituía no supremo prazer, na alegria mais intensa permitida a um mortal. O Evangelho ensina uma maneira mais inteligente de vingança: o perdão. Isso espanta ao apóstolo Pedro, que acha de bom tamanho perdoar sete vezes, mas o Mestre esclareceu: não te digo sete vezes, mas setenta vezes sete” . No linguajar bíblico, setenta vezes sete equivale ao infinito.
O perdão não significa um gesto de covardia ou omissão. O perdão é a possibilidade da pessoa recomeçar em outras bases. É zerar o mal. Perdoar não significa esquecer a ofensa nem supor que o errado seja certo. Também não significa a possibilidade do agressor continuar infernizando a vida dos outros. O perdão é a atitude evangélica que possibilita ao irmão recomeçar. É a atitude do pai que abraça o filho ingrato, que estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado.
O perdão não é uma atitude unilateral. Perdoar faz bem ao ofensor e ao ofendido. A falta de perdão - é um dado científico - adoece as pessoas. Mais ainda: a pessoa que odeia perde a beleza interior e a própria beleza física. E a vingança nunca trouxe nada de bom. Um provérbio popular garante: se queres ser feliz um momento, vinga-te; se queres ser feliz para sempre, perdoa!

LIXO: NA EMCRUZILHADA QUE LEVA AO FUTURO

O lixo se situa, simbolicamente, na encruzilhada que leva ao futuro. O dicionário registra lixo como uma coisa imprestável, resíduos, restos sem utilidade que devem ser jogados fora. Esta concepção ingênua é denunciada pelos lixões das cidades e pela contínua e perigosa degradação do planeta.

Cuidar da Terra, a nossa casa, tornou-se, possivelmente, a mais universal das bandeiras de nosso tempo. Jogue o lixo no lixo, pede um cartaz; nem todo o lixo é lixo proclama outro folheto. O problema do lixo deve ser abordado por dois ângulos distintos. Difícil é apontar qual deles o mais grave.
Os recursos da mãe terra foram e estão sendo dilapidados. Estamos sacando contra o futuro, gastando o que é direito das gerações que virão. Consumimos demais e somos induzidos a usar e jogar fora. Tudo é descartável. Ao mesmo tempo, tornamos a Terra um lugar quase inabitável. Terra, água, ar, flora e fauna são duramente atingidas pela poluição. Estamos transformando a Terra numa lata de lixo.
O capítulo da degradação torna-se cada vez pior. São os resíduos tóxicos, com um período extremamente longo de duração. É o uso indiscriminado de agrotóxicos; é o lixo nuclear que não sabemos onde colocar.
A questão é tão grave e urgente que as tentativas já afetam as cúpulas mundiais, embora com resistência dos países ricos, os maiores poluidores. Todas as comunidades precisam mobilizar-se, sem perda de tempo, com leis severas, com atuação da escola e dos meios de comunicação. Na realidade, somos todos predadores e poluidores.
Os recicladores de lixo podem ser considerados os maiores profetas de nosso tempo, já que combatem dois problemas angustiantes: a falta de recursos e a destruição do planeta. Ensinam a nós como cuidar da mãe Terra.