terça-feira, 6 de julho de 2010

JOGADORES DE FUTEBOL PASSAM A SER PODEROSOS

Diante de uma prateleira de supermercado, a mulher, de aparência muito humilde, explica à outra por que não tinha torcido pela seleção brasileira: "Eu, aqui, me virando para comprar comida, e aquela turma de milionários correndo atrás de uma bola no campo..."

Em princípio, uma frase dessas, colhida ao acaso no instante fugaz de uma ida ao mercado, não justificaria um texto na Imprensa. Se constasse de uma carta de leitor ou de qualquer uma das chamadas mídias sociais (Twitter, Facebook etc.), sim. Mas é possível tomá-la como pretexto para ser coerente com o pensamento de que, às vezes, é necessário complementar a informação de imprensa com o que se observa ao redor, na comunidade.
Essa "informação de imprensa" apareceu numa matéria na edição dominical (4/7) de O Globo, em que a repórter Carla Rocha discorre sobre as consequências da meteórica ascensão social de jogadores de futebol:
"Num dia, são jovens que passam fome em categorias de base, enfrentando privações na esperança de um lugar num grande clube; no outro, adultos para os quais a sorte brilhou, descortinando um mundo maravilhoso de carrões, mulheres lindíssimas e muito, muito dinheiro. Esse jato social, porém, está sujeito a turbulências, principalmente no campo emocional."
"Eles passam a se achar poderosos"

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