Xampu, condicionador, creme fortificante, silicone, antiqueda etc. Comprar um produto para lavar cabelo virou missão complexa. São tantas as fórmulas, muitos os rótulos e embalagens, que fica difícil de escolher. Até o começo dos anos 90, os xampus se dividiam em três grupos: neutros, para cabelos oleosos e para cabelos secos.
Com o crescimento do mercado, o xampu, que é apenas lauril ou simplesmente detergente, nas palavras da especialista em cosméticos Stela Maris Pagno, foi ficando cada vez mais específico. Hoje, esse universo leva em consideração, entre outros apelos, o formato do fio, a cor e as intervenções químicas pelas quais o cabelo passou.
Com tanta oferta e variedade, será que o consumidor sabe a diferença entre os produtos e se eles atendem a sua necessidade? “A matéria-prima básica de qualquer xampu é o detergente”, resume Stela. No caso dos tipos de cabelo, explica ela, muda a concentração desse detergente: maior para oleosos, menor para secos. “É claro que produtos melhores são mais caros”, declara.
Se está difícil decidir entre as diversas marcas de xampu, a especialista dá umas dicas. “O ideal para a maioria é lavar os cabelos três vezes por semana, para não retirar o manto hidrolipídico, que recobre e protege a fibra capilar”, ensina. Para quem sofre com o excesso de oleosidade, indica usar água morna e alternar o xampu para cabelos oleosos com um mais suave, como os infantis.
Outro fator que interfere é a alcalinidade do produto. Na hora da compra, deve-se prestar atenção ao pH. O mesmo xampu pode dar respostas diferentes, dependendo do pH (sal). “Nem todas as marcas trazem essa informação no rótulo, e isso pode confundir”, alerta. “O pH deve ser levemente ácido, como o couro cabeludo, que é de 5,5. Quanto mais baixo, mais ácido, menos agressivo.”
Todo tipo - No Brasil, graças à mistura de raças e à variação climática, dá para encontrar quase todo tipo de cabelo e problema. Pesquisa da francesa L’Oréal identificou no país sete dos oito tipos de cabelo no mundo.
As brasileiras são fãs de alisamento e coloração e têm gosto particular por produtos para cabelo. O Brasil responde por 10,7% do mercado mundial de produtos para cabelos. É o segundo no consumo desses produtos, perdendo somente para os Estados Unidos.
Maioria no país tem cabelo seco
A mulher brasileira gosta muito de cuidar dos cabelos. A maioria tem cabelo seco e chega a comprar 3,5 produtos para amenizar o problema. Parte da solução pode estar no uso da água menos quente no banho. A água quente provoca aumento na retirada da oleosidade natural do couro cabeludo, gerando ressecamento e desidratação dos fios.
Outro problema com a água muito quente, bastante comum no inverno, pode ser o surgimento da caspa/descamação. Para reverter os efeitos negativos, é sempre importante manter fios hidratados.
Neste período é frequente o uso do secador. Os dermatologistas também alertam sobre os cuidados com gorros e chapéus. “O uso excessivo desses assessórios aumenta o risco de aparecimento de bactérias e fungos. Por isso, mantenha-os sempre bem limpos”, ensinam.
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