terça-feira, 31 de agosto de 2010

ENVELHECER

À medida que envelhecemos, vamos gradativamente perdendo o predomínio dos hormônios construtores. Quando essa deficiência ocorre, os chamados hormônios destruidores (ou catabólicos) passam a ocupar seu lugar. É por isso que, com a idade, nosso corpo vai involuindo: vamos diminuindo de estatura, os ossos enfraquecem e perdem sua densidade, ocasionando a osteoporose. Perdemos músculos e ganhamos tecido adiposo. No aspecto emocional, podem surgir problemas com depressão, medo, insegurança e até certa desistência em relação à vida. Vale dizer aqui que os hormônios são os mesmos em homens e mulheres, e as diferenças ocorrem em função da quantidade secretada.
Um dos mais importantes hormônios construtores é o Hormônio do Crescimento (ou GH). Liberado em grande quantidade no fim da infância, ele se une aos hormônios sexuais para proporcionar a formação de um corpo adulto. A diminuição das taxas do Hormônio do Crescimento costuma provocar visíveis sinais de envelhecimento cutâneo, como rugas, ressecamento e descamação da pele, além da perda da disposição e do vigor físico.
Como sabemos , a suplementação de vários outros hormônios (como estrógeno e progesterona) também é aconselhável em inúmeros casos, porém o importante é que a reposição seja feita de forma a mais fisiológica possível , deste modo evitando efeitos indesejáveis.

Uma boa reposição pode ser bastante útil no caso de desequilíbrios emocionais que em geral não respondem aos tratamentos convencionais.



OBAMA OU ELES: OS ESPECULADORES FINANCEIROS

Barack Obama e os democratas que ele liderou em uma vitória formidável há dois anos estão caindo diante de uma crise econômica que ele não ajudou a criar, mas tampouco conseguiu resolver. Isso é um pouco injusto, pois a principal responsabilidade é de seus antecessores, Bill Clinton e George W. Bush, que soltaram os touros de Wall Street nas ruas onde viviam as pessoas comuns. E houve apoio universal republicano no Congresso à desregulamentação radical da indústria financeira que produziu esse fiasco.

A questão central para a economia é o custo continuado da bolha imobiliária que só se tornou possível depois que a "segurança legal" - alardeada como uma necessidade por Lawrence Summers, secretário do Tesouro de Clinton - foi garantida a pacotes de derivativos compostos por hipotecas subprime e Alt-A. Foi a Lei de Modernização dos Mercados Futuros de Commodities, redigida pelo senador republicano Phil Gramm e sancionada por Clinton, que legalizou o tráfico de pacotes de hipotecas residenciais duvidosas. Em qualquer sociedade decente, a criação dessas hipotecas insustentáveis e a "securitização" do risco irracionalmente associado a elas teriam sido qualificadas de esquema criminoso. Mas tal julgamento não foi possível porque, graças ao poder de Wall Street nos governos de Clinton e Bush, os banqueiros reescreveram as leis para sancionar sua traição.

GUERRA DE MENTIRA, MARCAS DE VERDADE

Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anuncia que cumpriu uma de suas grandes promessas de campanha, com algum atraso: a guerra no Iraque teria acabado. “Teria” porque 50 mil soldados estrangeiros continuarão no país sob a justificativa de treinar a força policial iraquiana. “Teria” porque a resistência ainda não foi vencida, e não se sabe se um dia será. “Teria” porque só é possível usar o verbo em sua forma condicional, já que empregá-lo no presente depende uma infinidade de fatores.

O PODER DA MÍDIA

O sujeito comunicacional é um sujeito centrado e não descentrado, logocêntrico, fonocêntrico, alheio a toda possível disseminação, informático, bélico, mascarador, submetedor de consciências, sujeitador de sujeitos, criador de realidades virtuais, criador de versões interessadas da realidade, da agenda que determina o que se fala nos países, capaz de derrubar governos, encobrir guerras, de criar a realidade, essa realidade que esse sujeito quer que seja, quer que todos acreditem que é, que se submetam a ela e que, submetendo-se, submetam-se a ele, porque aquilo em que o sujeito comunicacional acredita é a verdade, uma verdade na qual todos acabarão crendo e que não é a verdade, mas a verdade que o poder absoluto comunicacional quer que todos aceitem. Em suma, sua verdade.

Impor sua verdade como verdade para todos é o triunfo do sujeito comunicacional. Para isso, deve formar os grupos, os monopólios. Deve apoderar-se do mercado da informação para que só a sua voz seja escutada. Para que só os jornalistas que lhe são fiéis falem. Uma vez se consiga isso, o triunfo é seguro. A arma mais poderosa da supraposmodernidade do século XXI radica no domínio maior possível dos meios de informação. Que já não informam. Que transmitem à população os interesses das empresas que formam o monopólio. Interesses nos quais todas coincidem.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

FORUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO NA PALESTINA

Entre os dias 28 e 31 de outubro, será realizado o Fórum Mundial de Educação em Ramalah, cidade palestina. Não será um Fórum temático a mais. Realizá-lo na Palestina tem um significado especial.
Ao não obedecer a Resolução da ONU do direito de criação de um Estado palestino, com os mesmos direitos do Estado de Israel, ocupando os territórios que deveriam constituir esse Estado, Israel – com o apoio solitário dos EUA – impede que a decisão das Nações Unidas seja cumprida. Para chegar à Palestina, é necessário chegar ao aeroporto principal de Israel – Aeroporto Ben Gurion -, onde é necessário submeter-se aos interrogatórios dos serviços de segurança israelenses, que detêm o poder arbitrário de deixar uma pessoa passar ou não. A alternativa é descer na Jordânia e fazer uma longa viagem por terra até território palestino.
Embora com uma forte identidade, com uma história milenar, com uma extraordinária trajetória de lutas, a Palestina ainda não existe como território soberano, como Estado independente. Está invadida militarmente por Israel, que ocupa seus territórios, mantêm o país, separado entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, sendo esta, por sua vez esquartejada pelos muros que a cruzam, pelos assentamentos de judeus em pleno território palestino.
Os palestinos são dominados, oprimidos, humilhados, tenta-se fazer sua vida impossível nesses territórios para que se submetam definitivamente à superexploração ou a abandonar a Palestina, deixando o campo livre paro o objetivo de Israel – apropriar-se de todo o território palestino e incorporá-lo a Israel.
A realização do Fórum na Palestina tem muito mais significado do que simplesmente um espaço de discussão e intercâmbio dos movimentos que lutam por “um outro mundo possível”. Significa legitimar a existência da Palestina, dar voz aos palestinos, integrar a eles e às suas lutas no movimento global do Forum Social Mundial. Da mesma forma que foi importante que Lula não apenas visitasse a Palestina, mas fizesse o que os outros mandatários não fazem: dormisse lá, convivesse com o povo palestino, conhecesse as reais e opressivas condições de vida deles.
Mas, ao mesmo tempo, o Forum deve conhecer diretamente as condições muito precárias de funcionamento das escolas na Palestina, tanto materiais, como de materiais, que permitam o conhecimento, o estudo, a continuidade do conhecimento e da consciência da identidade palestina com as novas gerações.

FIDEL CASTRO AOS 84 ANOS TERMINOU ASSIM UMA ENTREVISTA AO JORNAL LA JORNADA - VALE A PENA LER.

– Tu sabes o poder nuclear que alguns países do mundo têm, na atualidade, em comparação com a época de Hiroshima e Nagazaki?

Quatrocentas e setenta mil vezes o poder explosivo que qualquer dessas bombas que os Estados Unidos jogou sobre essas duas cidades japonesas tinha. Quatrocentas e setenta mil vezes mais! Sublinha, escandalizado.
Essa é a potência de cada uma das mais de 20 mil armas nucleares que – se calcula – há hoje em dia no mundo.
Com muito menos do que essa potência – com tão só 100 – já se pode produzir um inverno nuclear que obscureça o mundo em sua totalidade.
Esta barbaridade pode se produzir em uma questão de dias; para sermos mais precisos, no próximo 9 de setembro, que é quando vencem os 90 dias concedidos pelo Conselho de Segurança da ONU para que se comece a inspeção dos barcos do Irã.
– Acredita que os iranianos vão retroceder? O que imagina? Homens valentes, religiosos que vêem na morte quase um prêmio...Bem, os iranianos não vão ceder, isso é certo. Vão ceder aos ianques? E o que ocorrerá se nem um nem outro ceder? E isto pode ocorrer no próximo 9 de setembro.
Um minuto depois da explosão, mais da metade dos seres humanos terão morrido, a poeira e a fumaça dos continentes em chamas derrotarão a luz solar e as trevas absolutas voltarão a reinar no mundo, escreveu Gabriel García Máquez por ocasião do 41 aniversário de Hiroshima. Um inverno de chuvas alaranjadas e furacões gelados inverterão o tempo dos oceanos e voltarão o curso dos rios, cujas espécies terão morrido de sede em águas ardentes...A era do rock e dos corações transplantados estará de volta a sua infância glacial...

domingo, 29 de agosto de 2010

FALAM DOS NOSSOS ESTUDANTES, MAS COMO SÃO ELES NOS EUA?

Uma reportagem da Agência France Press, publicada aqui pelo Jornal do Brasil que me deixou pensando como maltratamos a autoestima do brasileiro. Alguns apresentadores de televisão, volta e meia, se divertem reproduzindo besteiras escritas por estudantes brasileiros. Mas, e nos outros países?

Uma pesquisa sobre conhecimentos gerais realizada entre os alunos da Universidade de Beloit, no meio-oeste dos Estados Unidos, que para a maioria daqueles estudantes acredita que o compositor alemão Beethoven é um cachorro de filme e que o grande artista italiano Michelangelo seria um vírus de computador.
A pesquisa chamada Mindset, montada pelos professores Tom McBride e Ron Nief, teve por objetivo mostrar como as referências culturais se perdem rápido entre os jovens americanos, mas seus resultados mostram mais do que isso: são o reflexo de uma sociedade que ainda fecha seus olhos para qualquer referência cultural estrangeira e que esquece até mesmo os grandes ícones de seu próprio país.
Num país onde o modelo de educação é tão invejado e que é tido como a grande metrópole do mundo ocidental, os jovens estão simplesmente ignorando sua própria história e mostrando que pouco se importam com informações culturais que não sejam técnicas e consideradas necessárias por eles mesmos.
Na pesquisa, a maioria dos alunos disse acreditar que só havia existido um papa (João Paulo II), que a Iugoslávia nunca foi um país, que o Apartheid sul-africano era uma obra de ficção, que a Alemanha nunca foi dividida e disseram não compreender porque é que o nome do sindicato polonês Solidariedad, única instituição do tipo que tinha sua voz ouvida por toda a União Soviética no final do regime comunista, deveria ser escrito com letra maiúscula.
Nem as refrências tipicamente americanas permanecem na memória dos jovens. Para eles, Mike Tyson sempre foi um delinquente, os reality shows sempre existiram e que nunca foi permitido fumar no interior de aviões. Até mesmo quando o assunto é Hollywoood, a meca toda-poderosa da cultura americana, os jovens universitários decepcionaram na pesquisa, afirmando que o astro Clint Eastwood nunca foi o personagem Dirty Harry, dos clássicos filmes de faroeste.
A preocupação, na verdade, não é com a falta de referências pontuais sobre este ou aquele assunto. Claro que ninguém é obrigado a saber que Bethooven foi um dos mais importantes compositores clássicos da história. A grande questão é que os jovens americanos estão virando as costas para tudo aquilo que veio antes deles, dando de ombros até mesmo para história moderna dos EUA, tão importante na formação daquele país como ele é hoje.
Mas nossas elites bobocas continuam achando que aqui somos um bando de idiotas e que a educação boa, mesmo, é lá nos EUA. Os que podem, mandam os meninos para lá e eles voltam para, em geral, reproduzir o mesmo modelo de cabeça colonizada. Os que não podem, mas sonham em aculturar-se, contentam-se em aprender inglês, como o Otavinho Frias acha essencial para ser presidente, e passam a dizer que aqui, temos um “povinho burro”, que vai eleger “aquela mulher”.

sábado, 28 de agosto de 2010

UMA DICA AOS VENDEDORES DE ILUSÃO.

Lixo, esgoto e água são apenas três dos vários itens de um a lista de deficiências que atazanam a vida do brasileiro, onde figuram ainda educação, moradia, saúde, violência... Muitos deles foram agravados pelo descaso ao longo de décadas. Não serão os próximos presidente, governadores e parlamentares eleitos que resolverão todos. Mas que os concorrentes a esses cargos digam isso com clareza, para não vender ilusões. E que se limitem a prometer o que podem cumprir, o que pressupõe honestidade. Só assim será possível projetar quando uma solução poderá vir.

UMA REVOLUÇÃO PARA RESGATAR A CONFIANÇA

Para viver não é suficiente a satisfação das necessidades sociais e econômicas básicas. As pessoas necessitam, fundamentalmente, de paz, de comunhão humana e de um ambiente, no qual possam superar a si mesmas. “A confiança nos une na peregrinação interior em direção ao mistério mais profundo da vida”.

Não precisamos fazer muito esforço para nos convencer que, pelo mundo todo e em todas as instituições, está disseminada uma cultura de desconfiança. A desconfiança cria distâncias, leva a descrer na mudança e vai fechando a pessoa para um individualismo deprimente.
Todas as grandes religiões são unânimes em afirmar que o mundo não é destinado a viver mergulhado na desumanidade. A história já enfrentou crises muito piores do que as de nosso tempo. Foi justamente nas horas mais difíceis que apareceram os grandes heróis. Hoje, queremos encontrar um jeito de viver de forma nova os valores espirituais que sempre foram o grande remédio de uma civilização doente.
Nós cremos na possibilidade de empreendermos juntos a ‘revolução da confiança’ - confiança em Deus, para quem nada é impossível, confiança em nós e nos outros, confiança no potencial de bondade presente em toda a criação, especialmente no coração das pessoas.

ALGUNS DEPOIMENTOS COLHIDOS NO FORUM 101 DA OLINDA FM

Jovens e adolescentes de distintas épocas, lugares e ambientes sociais procuram constantemente dar às suas ações um estilo de vida que lhe seja peculiar, estilo este muitas vezes caracterizado pela inovação, pela negação dos valores considerados tradicionais. O lazer assume nesse sentido um contexto de possível fruição destas expectativas, atrelado a valores e significados que influenciam e são influenciados pelo modo de vida deste jovem em sua cultura mais ampla.

Lazer, espaços de convivência, a compatibilização do lazer com as expectativas da sociedade foi tema de debate no Programa Forum101 do dia 28 de agosto de 2010. Além deste mediador, estiveram presentes o vereador Álvaro Callegaro, Eliane Brum de Lima e Ricardo Rodrigues representando o Rotaract de Horizontina e representando o bloco os Augustus o diretor de habitação do município Marim.
Durante o programa foram explorados pelos debatedores a necessidade de procurar disponibilizar aos jovens alternativas de lazer e que via de regra esbarram em limitações, muitas vezes, não muito fáceis de resolver. O município de Horizontina possui um espaço privilegiado, o Parque Municipal de Eventos João de Oliveira Borges que, segundo os debatedores poderia ser melhor utilizado entretanto, carece ainda de uma melhor infraestrutura e de investimentos para abrigar de maneira sistemática os mais variados tipos de eventos.


Alguns depoimentos colhidos durante o debate:
- “Com um parque bem estruturado, nós poderíamos deslocar alguns eventos para o parque, dentro de uma estrutura maior”. Álvaro Callegaro, a respeito da possibilidade de utilização do Parque Municipal de Eventos João de Oliveira Borges como alternativa para de espaço de realização de eventos.
- “Mesmo sabendo que há pessoas que se incomodam com esses eventos realizados no centro do município, as pessoas também vão assistir, as pessoas de média idade de mais idade participam destes eventos e, muitas pessoas de fora do município vem pra conhecer o município de Horizontina”. Marim, a respeito da possibilidade de transferência dos eventos Augustus Fest e Jatão Fashion Weekend para o parque municipal de eventos, posicionando-se de maneira contrária, pelo menos nas atuais condições.7
 “O evento que nós fizemos, o Rotaract, foi há três anos atrás, foi uma festa have, lá no parque, e o evento foi muito bom e até surpreendeu, teve mais participação de pessoas de fora do que até daqui de Horizontina”. Ricardo Rodrigues falando a respeito de um evento realizado pelo Rotaract e que segundo o mesmo contou com a sorte em função da falta de infra-estrutura adequada no parque de eventos.
- “O Rotaract está de portas abertas em qualquer evento que tiver no Município para ajudar”. Eliane Brum de Lima.
- “A comunidade deve se envolver para encontrar um local adequado para o desenvolvimento de eventos ... buscar o equilíbrio entre a juventude, a meia idade e a melhor idade”. Ricardo Rodrigues.
- “Nós temos um parque em que vale apena ser investido e que pode abrigar muito dos eventos reduzindo o problema que se tem hoje”. Vereador Álvaro Callegaro que também ao finalizar sua fala retoma a ideia da criação de uma Secretaria Municipal da Juventude como alternativa para o trato e a inserção do jovem nas questões importantes do Município.
Ficou patente a partir da visão dos debatedores a necessidade da busca por espaços que proporcionem lazer bem como a variedade de eventos que possam contribuir para o desenvolvimento cultural da sociedade. Esse assunto está longe de ser esgotado e deverá ser tema de futuros programas.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

AS MANCHETES DESTA SEXTA-FEIRA 27/08/10

MANCHETES PEDAGÓGICAS DESTA SEXTA- FEIRA 27-08- 2010 [24 horas depois que Dilma abriu 20 pontos sobre Serra]

* Jornal do Brasil: 'Só um escândalo derruba Dilma'
* Globo: 'Núcleo da Receita no ABC devassou dados de 140'
*Zero Hora: 'Oposição se une em ataque ao PT pela quebra de sigilos'
*Estadão: 'Suspeitos de violar sigilo de tucanos são blindados pela Receita'
*Globo online: 'Numa última tentativa, a ordem, ainda que não consensual na campanha tucana, foi de jogar todas as fichas no episódio da violação do sigilo fiscal...

PMDB - RS LIBERA FILIADOS PARA VOTAR

No momento em que Dilma Rousseff (PT) abre 20 pontos de vantagem sobre José Serra (PSDB), segundo a mais recente pesquisa Datafolha, o PMDB gaúcho resolveu incentivar seus militantes a abandonar a neutralidade. Apesar de não indicar quem os peemedebistas devem apoiar na disputa pelo Planalto, a cúpula toma a decisão após um grupo de prefeitos lançar um movimento pró-Dilma, abrindo caminho para o fortalecimento da iniciativa.

Também contribuiu para impulsionar o gesto dos prefeitos a virada da petista no Estado. De acordo com o Datafolha, ela ultrapassou José Serra (PSDB) entre os gaúchos. O tamanho da adesão à candidata poderá ser medido em 2 de setembro, data em que seu vice, Michel Temer (PMDB), visitará Porto Alegre. Estão convidados para um almoço com ele dirigentes, vereadores, prefeitos e vices da legenda.
A visita é fruto do descontentamento de líderes municipais do PMDB que questionavam a movimentação de deputados em favor de Serra.
– No momento em que despertou esse movimento, o partido percebeu a divisão – diz o prefeito de Arambaré, Alaor Pastoriza Ribeiro, que faz propaganda para Dilma há semanas.
Presidente do PMDB, o senador Pedro Simon abriu ontem uma reunião do diretório anunciando a liberação dos militantes. Ele afirma não saber se hoje há no partido mais simpatizantes de Dilma ou de Serra, mas constata:
– Aquilo que diziam que todos (no PMDB) eram Serra, não é verdade.
Serristas tentam barrar crescimento do movimento
Apoiadores de Serra tentam evitar que o movimento pró-Dilma ganhe corpo. Uma das justificativas é a de que essa posição dificultaria o caminho de José Fogaça (PMDB) ao Piratini. Até o momento, avalia o deputado federal Osmar Terra (PMDB), o entusiasmo em favor da petista é minoritário:
– Eu ando por todo o Estado e posso te dizer que a base do PMDB é Serra. Se Dilma crescer, quem cresce é Tarso Genro (PT) e não Fogaça.
Prefeito de Quaraí e um dos líderes do grupo pró-Dilma, João Carlos Gediel calcula que 90% dos 247 prefeitos e vices do partido apoiarão a petista.
ZERO HORA

A LUTA NÃO PODE PARAR

Ontem, ao assistir o programa eleitoral de Dilma, fiquei pensando sobre nossa missão aqui na internet.
Como é bom ver que as forças do povo brasileiro, agora, podem contar com esta arma gigantesca da comunicação que é a TV, e que produz, em poucos dias, a mais avassaladora derrota que os nossos adversários poderiam ter: a derrota na comunicação.
Sim, porque aquilo que eles querem manter – um Brasil atrasado, elitista, excludente, submisso, injusto, infeliz – é algo tão feio que precisam cobrir esta chaga com mil imagens e mil preconceitos, para que não brotem -e brotam sempre – e mais ainda que não vicejem as forças da mudança e da libertação.
Como no diálogo socrático do mito das cavernas, precisam nos manter tomando as sombras por homens e as imagens por fatos, para que creiamos que o que projetam seja a realidade e a realidade nos pareça mentira.
Fiquei, por isso, ao assistir o avanço triunfal da candidatura Dilma na televisão, pensando no que coube e no que agora cabe a nós – não acho hora de ficarmos de rapapés autoelogiosos, mas é preciso falar, para que pensemos juntos – que fomos a infantaria ligeira que enfrentou, fustigou, guerreou ousadamente na internet quando a vantagem de nossos adversários era dominar praticamente toda a mídia, todas as tevês, rádios e grandes jornais.
Embora o corpo peça, suplique, implore, não é hora de descanso

A QUEM INTERESSAM OS TAIS DE DOSSIÊ?

Globo online 27-08: "...Numa última tentativa, a ordem, ainda que não consensual na campanha tucana, foi de jogar todas as fichas no episódio da violação do sigilo fiscal... "

Por que raios o PT , a candidatura Dilma ou quem quer que seja no âmbito progressista iria bisbilhotar o sigilo fiscal da apresentadora Ana Maria Braga? A quem interessaria, de fato, enredar a campanha do PT --como acusa Serra no leito da extrema-unção eleitoral -- numa trama improvável que transforma em vítimas de um mesmo redil alguns de seus 'homens de confiança e de caixa" e a apresentadora mais popular da televisão brasileira junto ao eleitorado feminino? Recorde-se que esta fatia majoritária do universo eleitoral, antes serrista, foi progressivamente conquistada por Dilma, que empatou e agora bate o adversário na preferencia das mulheres, por larga margem, em todas as pesquisas de intenção de voto. A própria apresentadora Ana Maria Braga já manifestou simpatia pela candidata à sucessão de Lula. Insuspeito de qualquer empatia equivalente, o comentarista da Folha, Janio de Freitas, sempre ácido contra Lula, alertava de forma quase premonitória em sua coluna de 5º feira: "...Menos pela excitação quase esportiva das pesquisas do que pelas atitudes de José Serra e do PSDB diante delas, a disputa eleitoral para a Presidência reduz-se a uma pergunta: o que dizer ainda a seu respeito? É verdade que a Polícia Federal, ao menos até agora, não entrou em cena, como fez nas últimas campanhas com insuspeitada vocação eleitoral, de feitos jamais esclarecidos dada a útil circunstância de que à própria PF coube o dever do esclarecimento.O ensaio de um ex-delegado federal não passou disso mesmo, agora, com o tal convite para abastecer de dados, sobre oposicionistas, um citado serviço de inteligência da campanha de Dilma Rousseff. Tempo há, mas seria impróprio atribuir a essa expectativa as atitudes de Serra e do PSDB diante da sua performance no skate em ladeira..." Recoloca-se assim pergunta: a quem interessa a reedição de um 'caso Lunus' versão 2010? Em 2002, como se recorda, uma obscura ação da PF envolvendo como sempre malas de dinheiro fotogenicamente oferecidas ao Jornal Nacional e correlatos, tirou da disputa Roseane Sarney, então a principal rival de Serra na disputa pela primazia eleitoral junto aos interesses de centro-direita na sucessão de FHC. Como ironiza Janio de Freitas coube à própria raposa investigar o esquartejamento das galinhas nquele episódio. O caso nunca foi esclarecido, mas a família Sarney sedimentou uma esférica certeza: Serra deixou digitais na chacina.

TARSO AMPLIA VANTAGEM SOBRE FOGAÇA

 Petista aparece com 42% das intenções de voto, seguido do peemedebista, com 27%, e de Yeda Crusius, com 14%
Na primeira pesquisa Datafolha para intenção de voto ao governo do Rio Grande do Sul, após o início do horário eleitoral obrigatório, Tarso Genro (PT) aparece com 42%. José Fogaça (PMDB) tem 27% e Yeda Crusius (PSDB) vem em terceiro, com 14%.
O levantamento mostra que o petista ampliou a vantagem sobre o segundo colocado desde a sondagem feita em julho, quando Tarso tinha 35%. No início de agosto, subiu três pontos, indo a 38%, e agora cresce quatro pontos, chegando a 42%. Fogaça continua com os mesmos 27% nas três pesquisas. Com isso, o candidato do PT aparece com 15 pontos à frente do peemedebista.
Yeda Crusius (PSDB) começou com 15% em julho, subiu um ponto no início de agosto (16%) e agora oscilou dois pontos para baixo (14%). Em quarto lugar, aparece Pedro Ruas (PSOL), com 1%. Os demais candidatos foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto. A pesquisa, encomendada por jornal Folha de S.Paulo e Grupo RBS, foi realizada entre os dias 23 e 24 de agosto, com 1.225 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Na intenção de voto espontânea, quando não são apresentados os candidatos, ainda é alto o índice de eleitores que não sabem em quem votar para o governo do Estado, chegando a 47%. Neste segmento, Tarso Genro aparece à frente, com 25% das citações, seguido de Fogaça, com 12% e Yeda, com 10%.
A candidata do PSDB é a que tem o maior índice de rejeição entre os entrevistados, com 47% das citações, seguida de Fogaça, com 16%, e Tarso, com 13%. A rejeição da governadora se concentra entre os moradores da Capital e da Região Metropolitana, com 50%.
A preferência do eleitorado pelo candidato do PT aumenta quanto maior é o nível educacional: entre aqueles com Ensino Fundamental, 38% afirmaram votar em Tarso. Entre aqueles com nível médio, o índice sobre para 43% e, entre os do Ensino Superior, sobe para 51%. Fogaça recebe mais votos entre os mais jovens, com 33% das intenções e entre aqueles com Ensino Médio (28%).
Em um eventual segundo turno, se a disputa para governador ficasse entre Tarso e Fogaça, 50% votariam no petista e 38% no peemedebista.
FICHA TÉCNICA
Solicitantes: Folha de S.Paulo e Grupo RBS
Período de campo: 23 e 24 de agosto de 2010
Tamanho da amostra: 1.225 entrevistas em 47 municípios
Margem de erro: três pontos percentuais para mais ou para menos
Registro: no TRE com o nº 41.529/2010 e no TSE com o nº 25.429/2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

UMA VERDADE INTERESSANTE ENVIADA POR UM LEITOR DO BLOG

Para que servem as mídias? Para informar e permitir a formação das opiniões, dizem. Ultimamente, quanto menos leio jornais e revistas, menos acesso tenho às programações das rádio, e menos ainda às das emissoras de TV, mais informado e capacitado me torno para formar minhas próprias opiniões.

Isso pode parecer um contrasenso, mas é exatamente o que tem acontecido. Posso não estar informado sobre mexericos do cotidiano, mas asseguro que estou informado sobre os aspectos mais importantes. Motivo? O que é importante se faz perceber no cotidiano.
As Itaocas da vida costumam ter seu próprio jornal, e é o único veículo de informação sobre o qual os itaoquences formam oficialmente as suas opiniões. Interessante notar que o jornal de Itaoca publica o que todos já sabem, mas os itaoquences por ele esperam como se contivesse alguma novidade. Igualmente instigante são as publicidades: "Farmácia Itaoca". Só tem uma farmácia, mas mesmo assim lá está a sua publicidade. Mensagens do executivo e do legislativo municipal, e outras propagandas políticas disfarçadas de notícias.
Não há nenhuma dúvida que as fotos dos aniversariantes, nubentes e "notáveis" lá estão estampadas em troca de algum punhado de dinheiro. Bem, é disso que o jornal sobrevive, pois sua distribuição é gratuita.
Não tem nada para ler, nenhuma novidade, nenhuma linha que possa exigir algum esforço para pensar, mas todo mundo lê. Lê e comenta, o que é ainda mais gozado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

REMÉDIO DENTRO DA CUIA

Uma pesquisa do programa de pós-graduação do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul mostrou que a bebida é eficaz na redução do colesterol ruim (LDL) e sua eficiência aumenta quando comparado com o chá verde. O trabalho foi apresentado no Congresso de Cardiologia, realizado em Gramado.

O estudo do Instituto de Cardiologia começou em 2007, inspirado em resultados de trabalhos que apontavam as qualidades do extrato das folhas de erva-mate (Ilex paraguariensis), no exterior e no Brasil. Universidades catarinenses comprovaram que o mesmo extrato pode ser eficaz para atenuar os danos cognitivos e de memória em pacientes com a doença de Parkinson.

OMISSÃO É O MAIOR PECADO DOS TEMPOS MODERNOS

O maior pecado dos nossos tempos se chama omissão. Assistimos pela televisão o massacre de inocentes, meninos dormindo na rua, políticos usando a função em seu favor... Naturalmente nos indignamos, mas nada fazemos. Em seu leito de morte, o escritor Georges Bernanos admitiu: “Sou responsável por tudo aquilo que não fiz”. O mundo não vai bem porque existe um grupo de pessoas egoístas e más. Ao seu lado, em número maior, está a grande multidão de braços cruzados. Sob a alegação de que não podemos resolver todos os problemas, optamos por nada fazer.

No grande dia do acerto de contas, não adiantará mostrar mãos limpas. O critério será outro: Eu tive fome, eu tive sede, eu estava doente... e você (não) me socorreu! (Mt 25,35). Muitos ficarão surpresos, mas não haverá possibilidade de recursos, o julgamento será definitivo.

CHEGOU A ERA DA UNIÃO PARA SOBREVIVER

Cada um e todos devemos agir rápido e juntos porque tudo é urgente. Temos que nos mobilizar para definir um novo rumo à nossa vida neste Planeta, caso quisermos continuar habitando nele.

Os tempos de abundância e comodidade pertencem ao passado. O que está ocorrendo não é uma simples crise, mas uma irreversibilidade. A Terra mudou de modo que não tem mais retorno e nós temos que mudar com ela. Começou o tempo da consciência da finitude de todas as coisas, também daquilo que nos parecia mais perene: a persistência da vitalidade da Terra, o equilíbrio da biosfera e a imortalidade da espécie humana. Todas estas realidades estão experimentando um processo de caos. No início ele se apresenta destrutivo, deixando cair tudo que é acidental e meramente agregado, mas em seguida se revela criativo, dando forma nova ao que é perene e essencial para a vida.
Até agora vivíamos sob a era do punho cerrado para dominar, subjugar e destruir. Agora começa a era da mão estendida e aberta para se entrelaçar com outras mãos e, na colaboração e na solidariedade, construir “o bem viver comunitário” e o bem comum da Terra e da humanidade. Adeus ao inveterado individualismo e bem-vinda a cooperação de todos com todos.

A LUTA CONTRA A DESERTIFICAÇÃO

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação. Objetivo é, até 2020, conscientizar o mundo sobre o avanço dos desertos e dos efeitos que provocam, na tentativa de despertar os setores público, privado e a sociedade civil para medidas de prevenção.

Estudos recentes classificam como área de risco de desertificação 33% da superfície da Terra, onde vivem 2,6 bilhões de pessoas. Se este perigo não for contido, um terço da população do planeta será obrigado a migrar.
A degradação do solo torna-o improdutivo. Uma área atinge este estágio pela interferência de fenômenos climáticos, como o aquecimento global, mas a principal causa é a ação humana - destaque para o desmatamento e uso descontrolado da terra com a agropecuária.
Mais de 100 países já sofrem os reflexos do acelerado processo de desertificação - o Brasil tem 1,1 milhão de quilômetros quadrados sob ameaça. Estudo da Universidade das Nações Unidas concluiu que 50 milhões de pessoas terão de migrar nos próximos dez anos porque vivem hoje em locais onde atividades predatórias estão formando desertos. Um volume muito maior tende a seguir este caminho.
Os dados atuais e as projeções já seriam suficientes para desencadear um conjunto de ações universais com a finalidade de conter o crescimento da degradação do solo. Mas as reações são muito tímidas; os projetos para impedir o crescimento de desertos são pífios, inócuos. Espera-se que a iniciativa da ONU ganhe adesões dos governantes e da sociedade em geral e produza resultados práticos e eficazes. Não há mais espaço para a omissão, o descaso ou a simples perplexidade diante da incapacidade de mudar o clima e suas consequências.

O VALOR DO PROJETO ÁGUA LIMPA

O capitalismo mercantiliza os bens da natureza, os frutos do trabalho humano, todos os aspectos de nossa vida. Aprendemos na escola: 71% de nosso corpo são água, a mesma proporção existente em nosso planeta.

Bebemos litros de água no decorrer do dia. Do velho e bom filtro? Não. Em geral, de garrafas pet vendidas em supermercados. Quem garante que a água engarrafada é mais potável que a filtrada em casa? A propaganda; ela faz nossa cabeça e direciona nossos hábitos.
De olho no faturamento, empresas transnacionais procuram incutir na opinião pública a ideia da água como mercadoria de grande valor econômico, capaz de tornar-se uma fonte de renda para um país como o Brasil. Retira-se da água sua dimensão de direito humano, seu caráter vital, sua dimensão sagrada. Quem se opõe a esta ideologia é rotulado como “contrário ao progresso”. Porém, é na defesa da água como direito e bem comum que reside a possibilidade de salvarmos o planeta Terra - “Planeta-Água” - da desolação, e assegurarmos a vida das gerações futuras.

OS AFOGADOS SE RECONCILIAM

"Estamos conversando com Yeda para dar uma colada nas duas campanhas" ,disse Guerra [Sergio Guerra,coordenador político de Serra]. Até agora a relação entre a governadora e Serra tem sido distante e os dois participaram juntos apenas de uma atividade pública [...] Foi na segunda-feira, dia 16, mas na ocasião ele não economizou elogios ao candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Fogaça; só fez o mesmo em relação a Yeda --a quem pouco antes havia citado como "Yeda Cruzes"-- depois de ser lembrado pela plateia. O episódio ofuscou o evento no parque Harmonia, em Porto Alegre, e criou um profundo mal-estar entre os tucanos gaúchos. [...] Guerra disse ontem que o fato não foi "relevante". "O candidato está com a cabeça muito cansada; às vezes ele esquece até o meu nome", justificou. Segundo ele, a governadora lhe disse que fará "referência" a Serra nos próximos programas ...'

BLOGUES ASSUMEM PAPEL DE CONTRA-INFORMAÇÃO NO BRASIL

323 jornalistas e comunicadores se juntaram para discutir o poder e o alcance dos blogues e debater a comunicação – de maneira geral – em São Paulo (SP), durante o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. O encontro ocorrido entre os dias 20 e 22 de agosto aproximou uma rede em expansão na internet de blogueiros conhecidos por fazerem o contraponto jornalístico dos fatos e opiniões da grande mídia.

Os jornalistas se classificam como independentes e ativistas dos movimentos sociais. O uso do blog foi a maneira que encontraram para driblar o bloqueio midiático a determinados assuntos e combater a concentração dos veículos de comunicação no Brasil.
foi um marco da comunicação no Brasil, inclusive isso acabou entrando até na agenda da campanha eleitoral. Um dos candidatos que está meio nervoso nas últimas semanas chegou a fazer uma declaração desqualificando os blogues. Mas, na verdade, passou um recibo da importância relativa que os blogues já tem no debate em comunicação no Brasil. Em muitas cidades há dezenas de blogueiros que conseguem ser um contraponto à imprensa escrita tradicional, ou seja, a velha imprensa brasileira que é controlada por meia dúzia de famílias. Então é um marco porque ele colocou frente a frente as pessoas que estão fazendo esse contraponto e essa rede dos blogueiros, que já é forte, vai ficar mais forte ainda a partir do Encontro.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

GETULIO E LULA O MESMO COMBATE

Há pouco mais de meio século – em 1954 -, em um dia 24 de agosto, morria Getúlio Vargas, o mais importante personagem da história brasileira no século passado. Ele havia sido antecedido na presidência do país por Washington Luis (como FHC, carioca recrutado pela elite paulista), que se notabilizou pela afirmação de que “A questão social é questão de polícia”, que erigiu como brasão de seu governo, produto da aliança “café com leite”, das elites paulista e mineira (essa que FHC queria reviver).

Getúlio liderou o processo popular mais importante do século passado no Brasil, dando inicio à construção do Estado nacional, rompendo com o Estado das oligarquias regionais primário-exportadoras, e começando a imprimir um caráter popular e nacional ao Estado brasileiro.
Os corvos daquela época – tal como os de hoje – desapareceram na poeira do tempo. Seu continuador, FHC, afirmou que ia “virar a página do getulismo”, porque sabia que o neoliberalismo seria incompatível com o Estado herdado do Getúlio. Fracassou seu governo e o projeto de Estado mínimo dos tucanos.

A figura de Getúlio permanece como referência central do povo brasileiro e se revigora com o governo Lula. Com a consolidação da Petrobrás, com a retomada do papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico, da afirmação dos direitos sociais dos trabalhadores e da massa da população.
Getúlio foi um divisor de águas na história brasileira, como hoje é Lula. Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente. O dia 24 de agosto encontra o Brasil reencontrado com o Estado nacional, democrático e popular, com a soberania na política externa, com o regaste do mundo do trabalho, com mais uma derrota da direita. O fio condutor da história brasileira passa pelos caminhos abertos e trilhados por Getúlio e por Lula.


FUNCIONÁRIO É FUNCIONÁRIO, PATRÃO É PATRÃO.

Não faz muito tempo, não: um dia, Joelmir Beting informou às Organizações Globo que decidira aceitar convite do Bradesco para participar de uma campanha publicitária. A Globo não concordou, Joelmir insistiu, e o antigo contrato de ambos foi rescindido, tanto na TV como no jornal. Como disse o comunicado interno de O Globo, a aceitação de convites para fazer propaganda comercial "não é compatível com a publicação da coluna e contraria as Normas de Conduta do jornal"
Mas amanhã, como diria Chico Buarque, já é outro dia. As Organizações Globo fecharam acordo com o mesmo Bradesco para difundir merchandising (pela primeira vez) no Jornal Nacional. A cobertura nacional das eleições usará como veículo oficial um avião com a logomarca do banco e da Globo. Sempre que as reportagens entrarem no ar, aparecerá atrás dos apresentadores uma arte com o jato, ostentando o nome do banco. O Bradesco coloca também seu comercial no intervalo do Jornal Nacional (e, ao mesmo tempo, patrocina a cobertura eleitoral de todas as outras tevês comerciais abertas).
Nada contra, nem a favor. A apresentação de anúncios ou de merchandising por jornalistas vale outra e extensa discussão. O curioso é como mudou a percepção das coisas. Um colunista não podia associar sua imagem ao Bradesco, por ser essa associação incompatível com as normas de conduta da empresa, mas o jornal inteiro pode. Funcionário é funcionário, patrão é patrão.

TRES INTERROGAÇÕES AO PROJETO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO DA ANJ.

Nada soa mais extemporâneo no momento por que passa o país que a criação de um Conselho de Autorregulamentação. Extemporâneo por quê?

Oras, alguém já teve a feliz e oportuna idéia de criar um Conselho de Autorregulamentação para os presidiários do país? Um conselho com força para evitar rebeliões, motins, assegurar a segurança da população carcerária, dos agentes públicos etc?
Alguma entidade de classe das operadoras de telefonia celular já teve a brilhante iniciativa de propor a criação de um Conselho de Autorregulamentação como algo viável para coibir os milhares de abusos cometidos por suas afiliadas, desde aquela comezinha falha de cobrar taxas e impostos do tipo "se colar, colou" até a de não prover com rapidez e eficiência o direito do usuário à sua portabilidade?
Não chama a atenção o fato de que, até o momento, nenhuma entidade representativa dos proprietários de transporte público (ônibus, vans etc.) tenha criado o seu Conselho de Autorregulamentação com a missão de punir os motoristas que mostram descaso com seus usuários, dirigem em alta velocidade, não param nos pontos designados, freiam bruscamente, arrancam antes mesmo de o passageiro estar completamente dentro do veículo?
A presidente Judith Brito promete que será um conselho autônomo, destinado a examinar queixas contra periódicos afiliados e impor eventuais sanções. Autônomo? Como assim? O cordão umbilical do conselho em gestação não derivaria, em absoluto, de sua entidade-mater, a ANJ?
Sei não, depois que o monobloco da comunicação no Brasil decidiu tutelar o conceito de liberdade de expressão parece que tudo é possível. A começar por iniciativa como esta que já nasce fadada ao descrédito: como tratar de julgar com objetividade matéria de natureza eminentemente subjetiva?

O NOVO ANALFABETISMO

Um aspecto pouco lembrado: a informação que está disponível "em excesso" nem sempre é aquela que permite a "compreensão da realidade como uma totalidade". Ou ainda: não é nem mesmo a informação correta sobre fatos e dados de grande interesse público.
Faz tempo que os estudiosos chamam a atenção para o problema do excesso de informação nas sociedades contemporâneas. Em precioso artigo intitulado "O novo analfabetismo", publicado no Jornal do Brasil, há exatos seis anos, Emir Sader lembrava que:

"Até um certo momento, a capacidade de compreensão do mundo, e de nós dentro do mundo, esbarrava na falta de informações. Mais recentemente, passamos a sofrer o fenômeno oposto: excesso de informações. Nos dois casos, o que sofre é a capacidade de compreensão, de apreensão dos fenômenos que nos rodeiam, que produzem e reproduzem o mundo tal qual é e nós dentro dele. (...) A informação contemporânea, massificada, fragmentada, atenta contra a capacidade de compreensão da realidade como uma totalidade. Os noticiários de televisão enunciam uma enorme quantidade de informação, sem capacitar para sua compreensão, com um ritmo e uma velocidade que impedem sua assimilação e o questionamento do sentido proposto"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

BRASILEIROS DESCOBREM QUE NUNCA FORAM TÃO FELIZES

 Os indicadores econômicos mostram que, num certo sentido, vivemos o ápice do bem-estar. Depois de amargar crescimentos pífios nos anos 1980 e 1990, o Brasil vai encerrar a atual década com uma impressionante disparada de 163% em sua renda per capita, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional. Para efeito de comparação, no mesmo período os ganhos dos argentinos vão crescer só 10%. Curiosamente, a renda per capita brasileira deve ultrapassar os US$ 10 mil em 2011. Ou seja, o País vai atingir no ano que vem um grau de conforto que o equipara a nações ricas. “Sem inflação alta e com crescimento econômico, as sociedades ficam mais otimistas e confiantes no futuro”, diz o cientista político Bolivar Lamounier, coautor de “A Classe Média Brasileira.”

domingo, 22 de agosto de 2010

BRASIL ABRE MÃO DA COPA AMÉRICA PARA AJUDAR O CHILE

Com o desprezo que destina aos vizinhos do continente, vai ser difícil Serra entender a negociação entre os governos do Brasil e do Chile para que a Copa América de futebol, prevista para ser disputada no Brasil em 2015 seja transferida para o Chile.

O Brasil tem o direito de sediar a competição continental, a mais antiga do mundo entre seleções, mas está disposto a abrir mão para o Chile, que gostaria de receber a Copa América para marcar a reconstrução do país após o terrível terremoto de fevereiro, que afetou mais de 2 milhões de pessoas.
A isso se chama diplomacia e solidariedade, dois conceitos que exigem sensibilidade política. Lula e o presidente chileno Sebastián Piñera estão longe de se alinhar politicamente, mas têm a grandeza de se entenderem sobre o que é melhor para os seus povos e para a integração regional. Mesmo em um país fanático por futebol, Lula passaria o direito de sediar a Copa América de 2015 para contribuir com a recuperação do povo chileno. E receberia a competição em 2019 de acordo com os entendimentos que envolvem a Confederação Sul-Americana de Futebol.
Infelizmente, não é só Serra que demonstra estreiteza diante de atos magnânimos. O UOL, portal do Grupo Folha, ao noticiar o possível acordo, títulou sua matéria de maneira sórdida, afirmando que “Chile pode tirar Copa América de 2015 do Brasil”.

RICOS, DECADENTES E MALVADOS

A crise financeira de 2008 saiu do horizonte brasileiro de assuntos críticos. A visão mais ampla, é que a perigosa dinâmica de dominó que facilmente afeta os especuladores financeiros – incluídos aqui tanto os grandes bancos do primeiro mundo como as empresas produtivas que resolveram se arriscar no ganho fácil – foi estancada.Teceram-se louvores aos governos que tomaram atitudes corajosas, assumindo os imensos buracos financeiros dos grupos privados, estancando a quebradeira. Mas a realidade simples é que o déficit privado foi transformado em déficit público. O déficit público tem de ser coberto de altguma maneira.Poderia-se buscar a redução dos privilégios (lucros acumulados e bonus faraônicos que continuam a ser pagos), mas isto geraria sacrifícios aparentemente inadmissíveis no topo da pirâmide.

Diante da crise, governos dos países ricos investem contra os direitos sociais — especialmente na Europa. Baseada em dogmas e nos interesses das elites, tendência pode deprimir a economia internacional. Mas o mundo já não segue o velho Norte.

Em silêncio, porém rapidamente, alguns dos símbolos de civilização e prosperidade que tornavam o “primeiro mundo” orgulhoso e cobiçado estão se desfazendo.

TRIPLICAM O NÚMERO DE EMPRESAS NACIONAIS EM MÃOS DE ESTRANGEIROS

O número de aquisições de empresas brasileiras por grupos estrangeiros aumentou em mais de duas vezes, num período de apenas três meses. De acordo com levantamentos feitos pela empresa de consultoria KPMG do Brasil, entre os meses de abril e junho ocorreram 56 aquisições. No primeiro trimestre de 2010, 21 empresas nacionais haviam sido compradas.

Essas operações atingiram o maior volume de negócios desde 1994, quando foi feito o primeiro levantamento. O recorde foi atingido antes de duas grandes empresas nacionais anunciarem a abertura de seus negócios. No mês de julho, a empresa de telefonia Oi se abriu para a Portugal Telecom. Em seguida, a TAM, maior companhia aérea nacional, se uniu à chilena LAN para formar o grupo Latam Airlines.
Grupos estadunidenses e chineses são os campeões em aquisição de empresas nacionais. Juntos, eles foram responsáveis por 37 transações no período avaliado. Em contrapartida, ao mesmo tempo, empresários brasileiros investiram em 38 empresas no exterior.
A entrada de capital externo no país é comum em tempos de estabilidade econômica. A presença de estrangeiros já é sentida nos mais variados setores. No período de apenas uma década, a participação de estrangeiros no setor canavieiro aumentou de 1% para 10%.

O AMIGÃO VISTO PELO RETROVISOR

Em outubro de 2002, em momento igualmente desfavorável como candidato de FHC contra Lula, Serra que hoje se apresenta como o novo amigão do peito do Presidente da República, dizia coisas distintas sobre o adversário. A tese da ‘inexperiência’ e do ‘despreparo’ para chefiar o país ,agora endereçada contra Dilma Rousseff, era recorrente na boca do tucano e da mídia que o apoiava. Em vez da ‘mulher inexperiente, que nunca foi eleita para nada’, o alvo era o metalúrgico ‘ que nunca administrou nada’, como alardeava a matraca conservadora do candidato e de sua entourgae. Liderar sindicatos e conduzir greves históricas, como se sabe, pertence ao universo do nada na visão do conservadorismo nativo, que já nasce póstumo graças a uma vocação inata para mandar e ser obedecido. Inclui-se entre os clássicos dessa visão da casa-grande, o episódio-síntese da cordialidade do serrismo em relação a Lula. Em plena campanha, o herdeiro de conhecido jornal de São Paulo, em almoço na sede da empresa, apontaria seu dedo magro e deselegante para Lula a ponto de causar constrangimento no próprio pai, então diretor do veículo e hoje falecido. Apoplético, o filho que atende pelo diminutivo, desautorizou o candidato-operário a postular a presidência entre outras coisas por não ter diploma universitário e não falar inglês. Ontem, como hoje, mídia e candidato tucano operavam na cadência de um jogral. Se o petista vencesse as eleições --como de fato venceu e gerou 14 milhões de empregos até agora-- o Brasil, de acordo com a pregação do tucano, seria palco de uma inevitável tragédia econômico financeira, associada a devastadora desestabilização política. Segundo o ‘amigão’, Lula na presidência cindiria o Brasil, a exemplo do que já ocorria, segundo ele, na Venezuela. Índio da Costa, então, era só um aspirante a picollo balilla, mas o udenismo lacerdista já maturava no arsenal político de Serra, a inocular na classe média o veneno de um apartheid social cevado a poções diárias de medo, mentiras e arrogância. Com Lula, alardeava o serrismo, haveria uma argentinização da economia, seguida de desemprego e inflação explosiva. Ao jornal Gazeta Mercantil , o tucano ardiloso gotejava em 9 de outubro de 2002 o mesmo bordão que sua campanha agora martela Dilma: "Precisamos mostrar quem está mais preparado e mais cercado de forças políticas capazes de garantir a governabilidade". Diante da escalada terrorista, dias depois, o saudoso economista Celso Furtado faria um desabafo incomum para um homem público conhecido pelo estilo reservado e austero. Aspas para as atualíssimas observações do grande economista brasileiro ao site de campanha do PT, em entrevista publicada em 13-10-2002. 'O Serra está aperreado. Como ele vê que todos os apoios vão para o Lula, ele se destempera, diz coisas descabidas, tenta juntar fatos sem nexo. Mistura tudo, Brasil, Venezuela, descontrole cambial e eleições. Um pouco mais de seriedade. O Brasil precisa de seriedade. Existe uma expressão francesa para definir esse comportamento [de Serra]: aux bois, quer dizer, ladrando a torto e a direito. Enfim, o sujeito está no sufoco, fala qualquer coisa. É o fim de festa'.

sábado, 21 de agosto de 2010

GLOBALIZAÇÃO - UM OUTRO MUNDO É POSSIVEL

Institucionalizada pelos atenienses, a democracia tem perdido seu significado e valor nas mãos de séculos de incontáveis tiranos que a corromperam por completo. Seu significado inicial, claro e direto que diz “o poder do povo” tem pouco significado hoje. A palavra se enfraqueceu, ficou ultrapassada. Todo cidadão, isto é, aqueles que não eram escravos ou estrangeiros, podia representar-se no governo da cidade.

A representação cidadã é hoje em dia pouco menos que uma ilusão, quase um mito. A chamada democracia é atualmente um eufemismo com poderosos efeitos sedativos sobre uma população sonolenta. Os chamados governos democráticos mantém seus súditos em estado hipnótico, fazendo-os crer que seus interesses como cidadãos, estão representados e protegidos por um grupo de pessoas que pouco ou nada tem em comum com eles.
Para isto, os usurpadores das democracias modernas se serviram de poderosas armas de controle da sociedade. Tradicionalmente utilizou-se a fé e a bala contra o povo, e mais recentemente, a palavra.
Com a fé, em franco e claro retrocesso, e a bala destinada a democratizar distantes países ricos em recursos naturais, a palavra se tornou uma forte arma para usurpar as democracias ocidentais. A palavra foi moldada à imagem e semelhança do capitalismo globalizador, que a converteu na mais eficaz das armas já usadas contra o povo. Os meios de comunicação de massa tornaram-se a ultima etapa de aperto do pescoço do povo com a corda do capitalismo
Mas ainda há esperança, ainda temos algo a fazer pelo povo pisoteado. Como se tivesse passado despercebido, depositaram em nossas mãos um tipo de poder que emana de nós: o dinheiro, seu dinheiro, o alimento desta fera voraz, devoradora de homens e corruptoras de almas que é o capitalismo. O circulo formado pela corda ao redor do nosso pescoço só se fechará se deixarmos escapar este poder. O circulo só se fechará se consumimos e devolvemos ao circuito financeiro todo o dinheiro que esperam que geremos.

Além do essencial, não consuma.
Além de uma vida digna e suficiente, não consuma.
Além de preservar o planeta, não consuma.
Além do que seja moral, não consuma.
Além do que te satisfaz, não consuma.
Além do que consideraria justo e racional para teu vizinho, não consuma.
Se não consumirmos além disto, essa máquina que nos degrada como pessoas se deterá, cedo ou tarde. Todo cárcere precisa de seus presos, todo supermercado precisa de seus clientes, todo capitalismo precisa de suas vitimas.
Ficou demonstrado então que não vivemos em uma democracia, vivemos como aqueles escravos ou estrangeiros que esperavam em Atenas uma liberação que não chega, que temos que sair procurando onde quer que esteja. Juntos podemos encontrar. Outro mundo é possível.

A MULHER EM ARTE

AUTO AJUDA?

Este não parece ser o termo mais adequado. Por quê?
Livros que possuam uma mensagem orientadora existem há milhares de anos. Um desses escritos é o Bhagavad Gita que, através de uma linguagem bastante metafórica, traz ensinamentos profundos quanto a como agir se queremos crescer quais seres divinizados. Temos também o Torá ou Pentateuco com suas amplas lições, leis e mandamentos de conduta. Os livros poéticos como Salmos, Provérbios e Eclesiastes, que reúnem preciosos, profundos e riquíssimos ensinamentos. O Tao, com seus versos de aguda sabedoria. Os Pitakas com o Cânone Páli que apontam de forma esclarecedora o caminho para a iluminação. Os Evangelhos e demais livros que compõem o Novo Testamento que, numa linguagem clara e às vezes bastante direta, mostra o passo-a-passo de quem busca sua evolução. O Alcorão, que para os ocidentais pode parecer de difícil interpretação, mas que agrupa lindas mensagens, muitas das quais lembram ou fazem referência ao que já havia sido escrito. O mesmo se dá com aquele que ficou conhecido como Livro dos Mórmons que, com alguns escritos únicos, traz também à tona muitas das histórias e lições já registradas em outros livros.
Isso sem contar os inúmeros livros que encontramos nas prateleiras e vitrines de livrarias, hipermercados e até lojas de conveniência, com títulos sugestivos e que evocam o crescimento pessoal, a melhoria na qualidade de vida, as chaves para o sucesso profissional, os caminhos para a prosperidade, a auto-realização, etc., etc.
A maioria das pessoas – quase em sua totalidade – tem pelo menos um desses livros: sejam dos chamados sagrados, quer dos mais contemporâneos de autorias diversas. E quer saber? Parecem não ter lido.
Na mesma medida que lêem e relêem, repetem e repetem atitudes, palavras e gestos que já deveriam ter ficado para trás.
Na mesma medida que ouvem programas de rádio e televisão com alto teor motivacional, condutor e educativo, na mesma medida parecem esquecer tudo o que ouviram na primeira oportunidade.
Os cultos, as reuniões, os encontros, as palestras, as conferências têm cumprido o seu papel. A pergunta é se os que os (as) assistem têm cumprido o seu papel.
E parece que não.
Não podemos generalizar mas, é quase geral a estagnação das pessoas diante da vida, diante dos ensinamentos que lhes são dados, das instruções que lhes são passadas, das correções que são dadas, no caminho que se mostra a trilhar.
Vamos arrancar a hipocrisia. Vamos eliminar o comodismo. Acabemos de vez com o espírito regressivo e/ou estagnatório.
Serão realmente necessários mais livros, mais colunas de revistas, mais programas de rádio e televisão, mais cultos, mais palestras, mais conferências?
O que é realmente necessário é deixar de lado o “Que palavras bonitas!”, “Que discurso edificante!”, “Esse conselho veio na hora certa!”, “Esse texto foi feito para mim!” e, de fato, colocar em prática tudo o que entende ser correto e evolutivo. Se não, é melhor rasgar os livros que tem, ignorar seus autores, deixar de freqüentar os locais em que tem buscado ajuda.
Radical?
Pode parecer, mas é exatamente isso que tem feito ao não colocar em prática aquilo que tem lido, aquilo que tem buscado.

F.I.M - Fraternidade de iluminadores do mundo

O VERDE É CONSERVADOR?

Marina Silva se tornou uma política conservadora, que facilmente pode ser incorporada no discurso religioso de salvacionismo do planeta, com o qual ela está afinada. As suas idéias encontram uma pirâmide consistente de valores: Deus, Ambiente e Sociedade. Ela é a primeira do novo cristianismo brasileiro a parecer viver pela idéia que considera verdadeira. Com capacidade, inclusive, de conquistar os conservadores brasileiros - aqueles que não possuem um projeto de poder deliberado, mas que aceitam a vida tal como ela é. O projeto ambiental no Brasil é um projeto por acontecer. E não virá do PV, que deve ser implodido como casa de um pobre conservadorismo sem poder.

VENCEMOS, DIZEM AGORA.

Os soldados estadunidenses que passaram pelo Iraque trouxeram aos iraquianos uma doença vinda do Afeganistão: a infecção da Al Qaeda. O desastre dos EUA no Iraque também infectou a Jordânia com a Al Qaeda e o Líbano. De maneira que não deveríamos nos deixar enganar com as palhaçadas das últimas horas da partida na fronteira com o Kuwait, das últimas tropas de “combate” duas semanas antes do previsto. Deixam para trás 50 mil homens e mulheres, que serão atacados e terão de lutar contra a insurgência.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

FRANKLIN MARTINS: SERRA FALTA COM A VERDADE

O Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, divulgou nota oficial repudiando as acusações feitas ontem por José Serra, candidato do PSDB à presidência da República. Como se sabe, Serra acusou o governo de “censurar” a imprensa e de financiar “blogs sujos”. O tucano não apontou nenhum exemplo de censura que teria ocorrido nem identificou quais seriam os “blogs sujos”. Segue a resposta de Franklin Martins:

O candidato do PSDB a presidente da República, José Serra, acusou ontem (19) o governo federal de cercear, constranger e censurar a imprensa. Trata-se de uma acusação grave e descabida, sem qualquer apoio nos fatos.
A imprensa no Brasil é livre. Ela apura – e deixa de apurar – o que quer. Publica – e deixa de publicar – o que deseja. Opina – e deixa de opinar – sobre o que bem entende. Todos os brasileiros sabem disso. Diariamente lêem jornais, ouvem noticiários de rádio e assistem a telejornais que divulgam críticas, procedentes ou não, ao governo. Jornalistas e veículos de imprensa jamais foram incomodados por qualquer tipo de pressão ou represália.
Para nós, a liberdade de imprensa é sagrada. O Estado Democrático só existe, consolida-se e se fortalece com uma imprensa livre. E, ao garantir a liberdade de imprensa no país, o governo federal sabe que está em perfeita sintonia com toda a sociedade. Ela é uma conquista do povo brasileiro.
Compreendemos que as paixões da campanha eleitoral podem, em determinadas circunstâncias, toldar julgamentos serenos, mesmo naqueles que dizem ter nervos de aço. Mas seria prudente que certos excessos fossem evitados. Ao dizer que o governo federal censura e persegue a imprensa, o candidato Serra não apenas falta com a verdade. Contribui também para arranhar a imagem internacional do Brasil, dando a entender que nossas instituições são frágeis e os valores democráticos, pouco consolidados.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ELBA RAMALHA DO JINGLE É MENTIRA

Pegaram Serra na mentira mais uma vez. A cantora Elba Ramalho divulgou nota para afirmar que não é ela que canta a versão de “Bate Coração”, canção que ficou famosa com sua voz, no programa eleitoral do candidato tucano. A cantora paraibana disse que sequer foi consultada sobre a veiculação da música.

A declaração de Elba Ramalho é surpreendente, já que qualquer brasileiro identificaria na versão adaptada à campanha de Serra a sua voz. Sem uma manifestação oficial como a que fez através de seu site, jamais se saberia que não era ela que estava cantando.
Assim como muita gente, até do mesmo partido de Serra, Elba Ramalho preferiu se desvencilhar do candidato tucano. Em sua nota, Elba Ramalho diz que apoiou Serra em sua candidatura à Presidência, em 2002, mas que prefere não se pronunciar sobre a disputa este ano.
Depois da favela cenográfica, da tentativa de se mostrar como a continuidade de Lula e de usar um personagem fictício cuja voz se assemelhava à do presidente, Serra usou também uma falsa Elba Ramalho para iludir o eleitor desatento. Até o fim da campanha, quantas mentiras mais ainda serão descobertas?

OS GASTOS DO LOBBY NOS EUA

A revista mexicana Contralínea diz que a maior ameaça à democracia nos EUA não vem do terrorismo, mas da corrupção no Congresso, citando resultado de investigação realizada pelo Projeto Censurado 2010. Os gastos do lobby dos grupos empresariais para comprar (é esta a palavra correta) a aprovação de leis de seu interesse ou o engavetamento de alguns poucos projetos contra, que ainda ousam ser apresentados, ascenderam a US$ 3,2 bilhões em 2008. O Projeto Censurado, criado para denunciar a permanente censura exercida pelos oligopólios informativos do país, para impedir a divulgação de matérias sobre assuntos incômodos à classe dominante, mostrou que 28% dos membros da Câmara de Representantes enriquecem investindo em empresas que receberam contratos do Pentágono, aprovados por eles mesmos . O dinheiro gasto pelo lobby empresarial naquele ano, US$ 3,2 bilhões, representou um crescimento sem precedente de 13,7% em relação a 2007, conforme levantamento efetuado pelo Center for Responsive Politics (Centro para a Responsabilidade Política). Foram US$ 17,4 milhões diários (ou US$ 32.523 gastos diariamente por deputado). Os setores que mais “investem” na compra do Congresso são: farmacêutico e de saúde, elétrico, de seguro e petrolífero, além do lobby pró-Israel.


O POVO VOTA A CADA 4 ANOS; O MERCADO, TODOS OS DIAS

É evidente que campanhas eleitorais caras, como as dos EUA e dos demais países que acompanham o modelo, inclusive Brasil, aumentam o poder dos detentores de dinheiro. Afinal, como um partido sem apoio empresarial poderia bancar uma campanha tão cara e privatizada? Não é casual que, nos Estados Unidos, os candidatos presidenciais não vinculados à elite econômica sequer são mencionados pela mídia, permanecendo desconhecidos da própria população. Como considerar democráticas eleições como essas? Mas além dessa influência eleitoral, os grandes grupos econômicos exercem a sua “capacidade de persuasão” no dia-a-dia dos representantes que ajudaram a eleger, em todos os níveis de poder. O presidente Eisenhower não foi o primeiro a advertir, no final de seu governo, contra a perniciosa influência das empresas, especificamente do complexo industrial-militar, cujo poderio classificou como um risco para o processo democrático. Nos anos 90, um dos mais ativos especuladores financeiros, George Soros, proclamava alto e bom som: “Enquanto o povo vota a cada quatro anos, o mercado vota todos os dias”. Nada mais verdadeiro.

DISCUTIMOS TUDO, MENOS DEMOCRACIA.

 Democracia é o que menos interessa aos seus promotores. Qualquer inimigo de Washington – o governo cubano, o iraniano ou o venezuelano – é invariavelmente fustigado por violação aos princípios democráticos, mas o mesmo não ocorre com os seus amigos. Na Arábia Saudita, por exemplo, não há sequer partido político, mas a mídia jamais foi acionada para pressionar o rei Abdallah por isso. Isso ficará ainda mais claro nos arranjos para a sucessão do presidente egípcio Hosni Mubarak, outro aliado dos Estados Unidos que nunca foi incomodado por reprimir a oposição, censurar a imprensa e fraudar eleições. Por isso, o oposicionista Mohamed El Baradei, ex-chefe da agência atômica ONU, que defende a implantação de uma democracia de tipo ocidental no Egito, dificilmente terá o apoio de Washington e de seus seguidores.

A democracia, definitivamente, tem sido mero pretexto para atacar governos que contrariam interesses dominantes no capitalismo. Assim, os modernos cruzados declaram combater o governo venezuelano porque supostamente ele está sufocando a democracia, escondendo que o fazem, de fato, porque sua política ameaça os interesses de grandes grupos econômicos, pondo em risco o próprio capitalismo. Como já disse outrora o economista John Kenneth Galbraith: “Quando a mídia dominante ataca o governo cubano, seus porta-vozes evitam cuidadosamente colocar os termos ‘socialismo’ e ‘capitalismo’. Atacam Cuba, mas sem falar que combatem o socialismo ou, pior ainda, que defendem o capitalismo”.

Eleição nos EUA, política ou negócio?
Em todo caso, os países afetados pela campanha costumam ser acusados de se afastar da democracia. Mas que democracia, afinal? O modelo apresentado como exemplo é o do regime vigente nos Estados Unidos, onde funcionam diversos partidos políticos e há eleições periódicas, além de liberdade de expressão. Mas será essa uma democracia tão exemplar, a ponto de justificar sua apresentação como modelo e até de ser usada para pressionar países soberanos? A eleição presidencial de 2008, que levou Barack Obama à Casa Branca, pode habilitar-nos a responder negativamente a essa questão. Está certo que esse foi um pleito com excepcional participação popular, mas com tudo isso pouco mais de 50% dos eleitores potenciais compareceu às urnas. E, pasmem, há um século não se alcançava essa marca! Em outras palavras, há mais de cem anos todos os presidentes estadunidenses vêm sendo eleitos por uma pequena minoria da população. Nem por isso, cogitou-se estimular maior participação popular: as eleições acontecem em pleno dia de trabalho e não há sequer exortação do governo para que os assalariados sejam liberados para irem votar.

DILMA, COMO OS ELEITORES, IGNORA DESESPERO DE SERRA

Nas duas horas de evento, a petista praticamente não virou para o lado dele.O tucano, disposto a provocar a ex-ministra chefe da Casa Civil, bem que tentou atrair a atenção, chamando a oponente para discussões mais acaloradas. Gesticulava, apontava o dedo em riste e fazia críticas ao governo do PT, esquecendo o posicionamento para as câmeras e inclinando o corpo para Dilma....Ela seguia imóvel, apesar de prestar atenção a cada palavra dita pelo adversário. Quando Serra a chamou de "ingrata" por não reconhecer avanços do governo Fernando Henrique Cardoso, a petista chegou a sorrir, mas nem sequer ensaiou olhar para quem a estava acusando. Mais tarde, ela foi chamada de "mentirosa" -e repetiu o comportamento de ignorar o vizinho. A candidata, visivelmente mais segura que no último debate da Rede Bandeirantes, também abusou em seu discurso da primeira pessoa do plural. "Nós lançamos o programa Minha Casa, Minha Vida", "nós discutimos a reforma política", "nós começamos a investigar o vazamento do Enem ... (relato da UOL sobre debate online desta 4º feira;

MP ARQUIVA INQUERITO CIVIL CONTRA A PREFEITURA DE HORIZONTINA

O Município de Horizontina, no mês de julho de 1999, havia firmado um TAC- Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, em função de dano ambiental na área destinada ao depósito de lixo situado próximo ao Lajeado Bugre, saída para Lajeado Mato Queimado. No termo, o Município comprometeu-se a recompor os danos causados ao meio ambiente em diversos pontos, porém como desde então não havia sido efetivada a regularização total da área, a atual administração terceirizou a coleta e o destino final do lixo e desativou o depósito de lixo no local, bem como a Secretaria Municipal de Obras, Viação e Trânsito realizou uma limpeza geral na área e fez diversas melhoria, tais como fechamento dos portões e retirada dos resíduos. Considerando que ocorreu a desativação de depósito de lixo no local e as melhorias realizadas, o MP enviou comunicado ao executivo municipal, informando que foi promovido o arquivamento do Inquérito Civil 001/99, da 2ª Promotoria de Justiça, instaurado para investigar as condições ambientais do depósito de resíduos sólidos instalados na localidade de Mato Queimado. O Ministério Público informou ainda, que com relação ao depósito de lixo situado na localidade de Esquina Eldorado, a promotoria continuará a fiscalização do cumprimento do projeto técnico de reposição ambiental por intermédio do inquérito civil 012/2008. O Departamento de Meio Ambiente do Município está estudando a possibilidade de realização de um projeto para ser implantado naquela área. Com relação a área em Esquina Eldorado, o Departamento de Meio Ambiente já apresentou junto a Promotoria um Plano de Recuperação Ambiental e a Secretaria Municipal de Obras, Viação e Transito está providenciando o cercamento do local e posteriormente será realizado o plantio de 517 mudas de árvores. É uma pena que a Prefeitura leve tanto tempo para sanar problemas ambientais que ela mesma criou.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

AUTORES & AUTORES

Os intelectuais do tempo presente estão, salvo exceções, integrados ao sistema simbólico e material do capitalismo ocidental. Produzem, mais do que em qualquer outra época, para o mercado. Sem acesso a este, tendem a ter seus textos mofando nas antigas gavetas que serviam para guardar papéis e nas memórias de massa dos computadores. Há quem se contente em atingir um número pequeno de pessoas. Este valorizará o que ler e, possivelmente, fará aduções significativas às reflexões que irão incorporar aos seus saberes. Tal como o professor que dá uma aula e espera que os alunos usem o que ouviram nas suas vidas, o autor é alguém que, sendo ético, deseja profundamente ter aberto perspectivas e novos horizontes.

Para um autor sério, é uma vitória ser lido por mil ou mais pessoas. Isto significa que não perdeu seu tempo e o que escreveu despertou a curiosidade de leitores que irão multiplicar suas idéias. Ele não pode mudar determinações sociais que formam a massa de leitores. Elas são muito mais fortes do que qualquer autor. Se o que ele escreve é matéria complexa, que exige outros conhecimentos para ser compreendida, é natural que não muitos o leiam. Seria estranho se acontecesse ao contrário. O que importa é que ele tenha penetrado em algumas consciências e despertado o desejo de compreender mais e melhor os temas abordados.
Os livros e blogs que divulgaram idéias que resultaram em mudanças substantivas foram, pelo menos inicialmente, lidos por poucos. Em alguns casos, jamais alcançaram um grande número de leitores. Mas, as idéias ali existentes foram desenvolvidas e multiplicadas pelos seus sucessores e discípulos. Tudo isto já é uma glória para quem escreve, repetindo, com seriedade. Não há receita contra os modismos. Eles aparecem e desaparecem como o dia e a noite. Muitos saem dos livros e chegam às grandes mídias. Os que aderem aos mesmos, não raro, jamais acessaram às idéias originais gravadas nos volumes impressos. Repetem o que ouviram sem saber exatamente o que estão dizendo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

UM NOVO OLHAR SOBRE O BURRO

O mínimo que se pode dizer do burro é que ele é um injustiçado. A ele se atribuem a ignorância e a teimosia. A fama acaba contagiando os sinônimos. Assim como existe a burrice, existe o asno e a asneira. O máximo que lhe é concedido: o trabalho. Por vezes, as pessoas admitem: trabalhei como um burro. Trata-se de uma avaliação preconceituosa. Na realidade, o burro não é burro. E nada tem a ver com a burrice dos humanos.

Bernardino Leers, um frade franciscano holandês, que há cinquenta anos trabalha no Brasil, escreveu um livro apontando as muitas qualidades do animal. Título do livro: A moral do burro. Vindo da Europa para as montanhas de Minas Gerais, o religioso começou a visitar as comunidades no lombo de um burro: “Fiel companheiro, era um burro manso, que teve muita paciência, ensinando o frade novato”. O burro também foi elogiado pelo Prêmio Nobel de Literatura de 1956, o espanhol Juan Ramon Jiménez. É dele a obra prima: Platero e eu. Platero é um asno bom, que come flores com o pasto e bebe estrelas, refletidas no balde de água.
Algumas lições que o burro nos ensina: ele caminha com segurança, descendo ladeiras íngremes, escolhendo o melhor lugar para atravessar um rio, coisas que nem sempre o cavalo sabe fazer com segurança. Ele conhece o caminho para retornar à casa e não se deixa impressionar com a pressa de seu dono. O burro presta serviços de maneira digna, é manso com todos, sabendo ser compreensivo com crianças e idosos. O burro não é vaidoso, não se assusta com foguetes ou grandes multidões. Come apenas o necessário e não escolhe o que comer. Qualquer coisa serve.
O burro não peca, não fala, não mente, sabe onde pisa, usa sempre a calma, contorna obstáculos. Ele não tem pressa e não perde de vista seu destino. É leal ao seu dono, mesmo pobre, idoso ou doente. Não se queixa do trabalho e da fadiga. E todas as dificuldades não o fazem perder a ternura.
Ele poderia ser vaidoso, mas não é. Muitas vezes tem ocupado lugares importantes na história do homem. No primeiro Natal, quando não havia lugar para o Menino, o burro o acolheu em sua pobre casa, uma estrebaria. Foi ainda ele quem o ajudou na fuga para o Egito e que carregou Jesus na entrada triunfal em Jerusalém. O burro foi também amigo de Santo Antônio. E Francisco de Assis chamou-o com o doce nome de irmão.
Na realidade, o burro não é tão burro como imaginamos. Nem teimoso. Ele parece entender muito de amor, pois faz de sua vida um serviço. Não é vaidoso, não espera aplausos, não se irrita com as críticas, mesmo injustas. Ele é competente e sabe o seu lugar. O mundo seria melhor se o homem imitasse suas atitudes, fazendo menos burrices.

TEMOS MOTIVOS PARA RECUPERAR

Hoje, não há muita gente assoviando ou cantando nas ruas, mesmo que os pássaros voltem a cantar. Há muitos com dificuldade de erguer os olhos, porque o peso dos dias ameaça paralisar suas esperanças. Nas ruas e avenidas, o nervosismo se comunica nas buzinas e acelerações irritadas. Vivemos em outros tempos e sabemos que o tempo não para de trazer novas mudanças e novas preocupações.

Porém, no coração da vida, continuamos tão humanos como todos os humanos pensados por Deus em outros tempos da história. Mudam as circunstâncias, mas o essencial permanece. Deus, porém, continua encantado com a vida e continua acreditando em nós!
A humanidade foi conquistando muitos ganhos e avançando com seus novos meios. Muitas ocupações que no passado eram complicadas e difíceis, hoje são facilitadas por instrumentos e invenções inéditas. Não seria por falta de meios que a humanidade deveria ficar mais triste e oprimida. Porém, a obscuridade dos fins confunde nossas grandes perguntas e dificulta as verdadeiras respostas no coração da vida.
Somos unânimes em confirmar a necessidade de recuperar motivos e valores fundamentais que tornem a nossa hora mais abençoada e menos pesada. Ninguém merece não gostar de viver agora. Agora é a nossa hora e o nosso tempo favorável de recuperar, redescobrir e assimilar verdadeiras motivações para viver e conviver.
Mas, o que podemos fazer? Que valores precisamos preservar ou recuperar para gostarmos mais de viver e sermos quem somos, agora? Há convicções que estão na raiz de nosso existir e que já estão plantadas em nós, antes de nós. Estas poderão nos ajudar a nos situar com alegria em nosso tempo.

BRASILEIRO COMEÇA A SENTIR ORGULHO DA SUA PÁTRIA

A taxa de desemprego entre os jovens no mundo é a mais alta já registrada. Um relatório divulgado nesta quinta-feira (12) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que aproximadamente 80 milhões, em em um universo de 620 milhões de jovens economicamente ativos – com idade entre 15 e 24 anos – estavam desempregados até o final de 2009. O documento, “Tendências Mundiais de Emprego para a Juventude – 2010” aponta a crise econômica mundial como o principal fator para o aumento recorde do desemprego.

Em relação ao último levantamento, realizado em 2007, houve um aumento de mais de 1% em relação ao desemprego. Subiu de 11,9% para 13%. Ainda segundo a OIT, o desemprego entre os jovens deve aumentar durante este ano para 13,1%.
O número de jovens desempregados também é alto nos países ricos. Passou de 8,5 milhões em 2008 a 11,4 milhões em 2009, o que representa um aumento de mais de 34%.
O estudo aponta que os desempregos trarão consequências negativas nas gerações futuras, deixando um legado “geração perdida”. Segundo o documento, esses números vão ajudar a “engrossar” às fileiras do desemprego nessa geração que não terá perspectiva futura de emprego.

CORRIDA AO PLANALTO SEGUNDO O IBOPE - GLOBO - E ESTADÃO

A petista aparece com 43% das intenções de voto contra 32% do adversário José Serra (PSDB). De acordo com o Ibope, em terceiro lugar está Marina Silva (PV), com 8%. No levantamento anterior de Ibope, divulgado no último dia 6, Dilma tinha 39%, Serra, 32%, e Marina, 8%.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos. Isso indica que Dilma pode ter entre 41% e 45% e Serra, entre 30% e 34%.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O Ibope ouviu 2.506 eleitores com mais de 16 anos em 174 municípios de quinta-feira (12) a domingo (15). Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 23548/2010.
Dos demais candidatos, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU), nenhum alcançou 1% das intenções de voto.
Os eleitores que responderam que votarão em branco ou nulo somaram 7% e os que se disseram indecisos, 9%.

STALIN TINHA RAZÃO

Nada mais justos do que os protestos internacionais no caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento. O caso não é único. No Iraque, um país sob ocupação dos EUA, foram assassinadas (“assassinatos pela honra”), somente em Bagda, 133 mulheres em 2007. Calcula-se que a invasão dos EUA já deixou mais de um milhão de iraquianos mortos. Em que termos deve ser colocado o debate sobre direitos humanos? Será preciso dar razão a Stalin quando disse que “a morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística”?