domingo, 22 de agosto de 2010

RICOS, DECADENTES E MALVADOS

A crise financeira de 2008 saiu do horizonte brasileiro de assuntos críticos. A visão mais ampla, é que a perigosa dinâmica de dominó que facilmente afeta os especuladores financeiros – incluídos aqui tanto os grandes bancos do primeiro mundo como as empresas produtivas que resolveram se arriscar no ganho fácil – foi estancada.Teceram-se louvores aos governos que tomaram atitudes corajosas, assumindo os imensos buracos financeiros dos grupos privados, estancando a quebradeira. Mas a realidade simples é que o déficit privado foi transformado em déficit público. O déficit público tem de ser coberto de altguma maneira.Poderia-se buscar a redução dos privilégios (lucros acumulados e bonus faraônicos que continuam a ser pagos), mas isto geraria sacrifícios aparentemente inadmissíveis no topo da pirâmide.

Diante da crise, governos dos países ricos investem contra os direitos sociais — especialmente na Europa. Baseada em dogmas e nos interesses das elites, tendência pode deprimir a economia internacional. Mas o mundo já não segue o velho Norte.

Em silêncio, porém rapidamente, alguns dos símbolos de civilização e prosperidade que tornavam o “primeiro mundo” orgulhoso e cobiçado estão se desfazendo.

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