sexta-feira, 31 de maio de 2013

MORRER ABRAÇADO.


Amor é sempre sopro de vida, ainda que em meio à morte e aos escombros poeirentos de uma fábrica têxtil devoradora de vidas

 O edifício, que tinha cinco unidades de confecção, desabou no dia 24 de abril, quando quase três mil pessoas trabalhavam no local. A tragédia ocorrida em Bangladesh mobilizou emoções mundo afora, com seu balanço de mais de 1.000 mortos. 
Além de estrutural, a tragédia é também criminal. A polícia de Bangladesh apura as responsabilidades do proprietário do prédio que desmoronou e dos responsáveis pelas fábricas têxteis, onde centenas de pessoas trabalhavam em condições desumanas e foram impedidas de deixar o local apesar das rachaduras constatadas no edifício um dia antes. 
Em meio a todo este luto, a foto clicada pela ativista Taslima Akhter transformou-se em ícone da tragédia e denúncia profética da injustiça terrível que é sua causa direta. O casal abraçado morto sob os escombros transformou-se em símbolo eloquente daquilo que se espera que nunca mais aconteça. O rosto já enrijecido do homem, coberto de pó, apoiado sobre o corpo da mulher, cujo rosto não se vê, serve de rosto e identidade às vítimas sem voz desta tragédia. 
A parte de baixo dos corpos está enterrada no cimento. E do rosto visível do homem escorre sangue como lágrimas. Seguramente se abraçaram no momento em que ruía o prédio e eram soterrados. O abraço derradeiro dá testemunho de sua humanidade, de sua carne que procura em outra carne apoio e ajuda em um momento extremo. É o perfeito retrato da dor de um país inteiro, de um mundo inteiro. Pois quem, dotado de alguma sensibilidade, pode ficar intocado interiormente pela visão desta foto?
Com toda a dor que transmite, com toda a feiura e brutalidade da tragédia que revela, no entanto, a foto possui uma estranha beleza. Trata-se da beleza da humanidade, obra do Criador, que deixa o selo do amor mesmo em meio ao mais assombroso e aterrorizante desamor. Que marca com o selo da vida as situações onde só existe a morte e a destruição. A ternura que emana do abraço do casal não pode deixar de tocar e sensibilizar a todos que a veem e se sentem atingidos e sabem que nunca a esquecerão.
O casal da foto retrata um povo, uma parcela da humanidade que vive e trabalha em condições subumanas. Um povo solidário na opressão e na dor de sua subjugada situação. E que ao ser empurrado para a morte pela injustiça que o oprime só encontra no abraço do outro, da outra, do amor, da amizade ou da proximidade física um canal para expressar sua humanidade. 
Emocionada ao falar sobre a foto que fez, Taslima diz ser assombrada por essa imagem em seu sono e vigília. Sente como se o casal dissesse: “Nós não somos um número. Não somos apenas vidas baratas e mão de obra barata. Somos seres humanos como você. As nossas vidas são tão preciosas quanto a sua, e os nossos sonhos são preciosos também.”
Como na música de Chico Buarque “Futuros Amantes”, o casal da foto foi descoberto e seu abraço na morte trazido à luz não pelos escafandristas que mergulham em cidades submersas. Nem tampouco pelos sábios que se debruçam sobre pergaminhos e documentos antigos para decifrar seu sentido. Mas pelo clic de uma mulher inconformada com a injustiça que existe em seu país e no resto do mundo onde vive. 
Eles e ela hoje nos dizem que a única força capaz de ser sempre amável é o amor. E o amor acolhe e aplaude abraços ternos e amorosos. Mas repudia com veemência estruturas e meios de produção onde seres humanos são massacrados diariamente, expostos a perigos e agredidos em sua chama vital. 
No entanto, como diz ainda o poeta, “amores serão sempre amáveis”. E este também o é, apesar da tristeza que envolve a situação onde foi encontrado. Do fundo de seu abraço infinitamente terno, o homem e a mulher da foto de Taslima Akhter são novo Adão e nova Eva. Atestam que, apesar de tudo, amor é sempre sopro de vida, ainda que em meio à morte e aos escombros poeirentos de uma fábrica têxtil devoradora de vidas. 

MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL?

O Brasil deveria se olhar no espelho. O melhor sistema de saúde do mundo é o da França. O Brasil está no 125º lugar!
 O Conselho Federal de Medicina (CFM) está indignado frente ao anúncio da presidente Dilma de que o governo trará 6.000 médicos de Cuba, e outros tantos de Portugal e Espanha, para atuarem em municípios carentes de profissionais da saúde. Por que aqui a grita se restringe aos médicos cubanos? Detalhe: 40% dos médicos do Reino Unido são estrangeiros.
Também em Portugal e Espanha há, como em qualquer país, médicos de nível técnico sofrível. A Espanha dispõe do 7º melhor sistema de saúde do mundo, e Portugal, do 12º. Em terras lusitanas, 10% dos médicos são estrangeiros, inclusive cubanos, importados desde 2009. Submetidos a exames, a maioria obteve aprovação, o que levou o governo português a renovar a parceria em 2012.
Ninguém é contra o CFM submeter médicos cubanos a exames (Revalida), como deve ocorrer com os brasileiros, muitos formados por faculdades particulares que funcionam como verdadeiras máquinas de caça-níqueis.
O CFM reclama da suposta validação automática dos diplomas dos médicos cubanos. Jamais isso foi defendido pelo governo. A opinião do CFM importa menos que a dos habitantes do interior e das periferias de nosso país que tanto necessitam de cuidados médicos.
Estudos do próprio CFM demonstram que, em 2011, o Brasil dispunha de 1,8 médico para cada 1.000 habitantes. Temos de esperar até 2021 para que o índice chegue a 2,5/1.000 e até 2050 para termos 4,3/1.000. Hoje, Cuba dispõe de 6,4 médicos p/1.000 habitantes. Em 2005, a Argentina contava com mais de 3/1.000.
Dos 372 mil médicos registrados no Brasil em 2011, 209 mil se concentravam no Sul e Sudeste. O governo federal se empenha em melhorar essa distribuição através do Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica, oferecendo salário inicial de R$ 8 mil e pontos de progressão na carreira, para incentivá-los a prestar serviços de atenção primária à população de 1.407 municípios. Mais de 4 mil médicos já aderiram.
O senador Cristovam Buarque propõe que médicos formados em universidades públicas, pagas com o seu, o meu, o nosso dinheiro, trabalhem dois anos em áreas carentes para que seus registros profissionais sejam reconhecidos.
Se a medicina cubana é de má qualidade, como se explica a saúde daquela população apresentar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), índices bem melhores que os do Brasil e comparáveis aos dos EUA? O Brasil deveria se olhar no espelho. No ranking da OMS (2011), o melhor sistema de saúde do mundo é o da França. Os EUA ocupam o 37º lugar. Cuba, o 39º. O Brasil, o 125º lugar!
Se não chegam médicos cubanos, o que dizer à população desassistida de nossas periferias e do interior? Que suporte as dores? Que morra de enfermidades facilmente tratáveis? Que peça a Deus o milagre da cura?
Cuba, especialista em medicina preventiva, exporta médicos para 70 países. Médico cubano não virá para o Brasil para emitir laudos de ressonância magnética ou atuar em medicina nuclear. Virá tratar de verminose e malária, diarreia e desidratação, reduzindo as mortalidades infantil e materna, aplicando vacinas, ensinando medidas preventivas, como cuidados de higiene.
O prestigioso New England Journal of Medicine, na edição de 24/01/2013, elogiou a medicina cubana, que alcança as maiores taxas de vacinação do mundo, “porque o sistema não foi projetado para a escolha do consumidor ou iniciativas individuais”. Ou seja: não é o mercado que manda, é o direito do cidadão.
Por que o CFM nunca reclamou do excelente serviço prestado no Brasil pela Pastoral da Criança, embora ela disponha de poucos recursos e improvise a formação de mães que atendem à infância? A resposta é simples: é bom para uma medicina cada vez mais mercantilizada, voltada mais ao lucro que à saúde, contar com o trabalho altruísta da Pastoral da Criança. O temor é encarar a competência de médicos estrangeiros.
Quem dera que, um dia, o Brasil possa expor em suas cidades este outdoor que se ve nas ruas de Havana: “A cada ano, 80 mil crianças do mundo morrem de doenças facilmente tratáveis. Nenhuma delas é cubana”.

"ENGANAR OS OUTROS É CONDENÁVEL, MAS A SACANAGEM MAIOR É ENGANAR A SI MESMO"

Surpreendido pela polícia em plena madrugada quando estourava o cofre de um bar, o cidadão protestou contra a detenção e considerou-se injustiçado. Diante do juiz, ele apresentou sua versão do fato. Durante a tarde ele entrara no bar, onde pediu um refrigerante e, por distração, esqueceu de pagar. À noite lembrou o fato e não conseguia dormir. Levantou e dirigiu-se ao bar que, nesta hora, estava fechado. Ele sentiu-se obrigado a arrombar a porta para depositar o dinheiro. Uma vez no estabelecimento, percebeu que não tinha o dinheiro certo e, por isso, tratou de abrir o cofre para fazer o troco exato. Aí chegou a polícia.
Sempre temos desculpas para tudo. Quando tomamos uma decisão, observa Paulo Coelho, aparentemente todas as forças do mundo se unem para nos dar razão. Judas deve ter tido bons argumentos para trair o Mestre. Adolf Hitler, certamente, em sua consciência, arranjou bons argumentos para enviar à câmara de gás milhões de judeus inocentes.
Não basta dizer: a minha consciência me aprova. A consciência pode ser adulterada por muitos motivos. Quase sempre aos poucos, passando, progressivamente, para coisas maiores. Pode ser comparada a um par de sapatos. Quando novos, machucam nossos pés. Mais tarde, eles se amoldam e dizemos: é como se eu nada tivesse nos pés. E em função desta nova situação tentamos justificar nossos erros. Enganar os outros é condenável, mas a cilada maior é enganar a nós mesmos. Coisa parecida acontece com os mentirosos. Iniciam enganando os outros e acabam por enganar a si mesmos.
Ninguém é bom juiz em causa própria, tanto que, em algumas situações, o juiz se considera impedido. É sempre importante uma auditoria externa. Os outros nos ajudam a ver com mais clareza. Isto vale para os processos comuns e vale também para nossa consciência.
 “A verdade vos fará livres”. Quando acolhemos o erro, a injustiça, a mentira, nos tornamos escravos deste engano. E nunca sairemos deste círculo vicioso, a não ser pela porta da verdade. A mentira nos torna reféns. É preciso outra mentira para cobrir a primeira. E sempre corremos o risco de sermos surpreendidos.
Cada um de nós constrói a própria história, através dos atos. Quase sempre começamos por pequenos atos, vamos construindo um caminho. E cada vez é mais difícil recomeçar. São correntes que nos vão tirando a liberdade. A sabedoria popular fala dos bons e maus hábitos. E o hábito é uma segunda natureza.
Morto com fama de santidade, dizia com humildade: “Eu sou o que sou diante de Deus”. Um dia, todas as coisas ficarão claras, luz e trevas ficarão evidentes. Mas aí pode ser tarde demais.
O Evangelho nos ensina que podemos recomeçar a cada dia. O estresse, uma doença moderna, tem muito a ver com o jogo da mentira e da verdade. A mentira é sempre cercada de tensões, a verdade não tem contraindicação. Ela sempre nos liberta.

O QUE É PATERNALISMO?


Ser paternalista ou maternalista é ir cedendo ao desejo dos filhos, sem nada exigir e nem provocar para que assumam suas responsabilidades como sujeitos da história. O pior é que muitos filhos fazem tudo para forçar paternalismos e maternalismos e assim não se aventurarem num caminho de desafios e garra diante da vida. Tantas crianças e jovens, portadores de um imenso potencial para a criatividade e o desenvolvimento, investem suas artimanhas para fazer de seus pais reféns de seus egoísmos, às vezes até ameaçando-os de morte.
Na relação com Deus, não é de se estranhar que aconteça algo parecido. Queremos um deus mágico, paternalista e milagreiro. Esse deus é um ídolo que tem boca, mas não fala; tem olhos, mas não enxerga; tem ouvidos, mas não ouve. Então, quem decide fazer o que quer, mesmo que seja totalmente errado, passa atribuir a esse deus o que o próprio egoísmo decide.
Conta-se que, num domingo à tarde, um ilustre intelectual que se achava propagador de uma bela ideologia, foi visitar os bairros de sua cidade. Passava e observava as ruas das favelas. Lá via esgotos correndo a céu aberto, crianças nuas e sujas, homens e mulheres mal vestidos e casas amontoadas. Na medida em que ia passando, aumentava nele a indignação.
Depois vieram as muitas perguntas, dentre elas, algumas dirigidas a Deus.
Terminado o dia, resolveu ir a um templo e olhar de frente uma grande imagem do Crucificado. Lá começou a reclamar e questionar o Cristo: “Se tu vieste para fazer uma grande revolução na humanidade, por que deixas toda essa gente no abandono e no sofrimento? O que fazes para sanar tantas desgraças? Depois de tanta reclamação e tantas perguntas, silenciou e ouviu uma voz que lhe dizia: “Meu filho, eu fiz a ti!”
Deus é Pai Criador. A nós confia o cuidado da criação; concede-nos dons de todos os tipos e nos brinda de qualidades imensas para transformar e aperfeiçoar o mundo. Ele não é paternalista que faz por nós o que a nós compete fazer. Acolher o amor do Pai e crer nele significa arregaçar as mangas para fazer a parte que nos cabe. “Não são os que dizem Senhor, Senhor que vão entrar no Reino dos céus, mas aqueles que fazem a vontade do Pai.
Quando Jesus nos ensinou a chamar o seu Pai de nosso Pai, na oração do Pai-Nosso, dá-nos um programa de fé, onde se confirma a permanente ação amorosa de Deus a nosso
favor, mas também o nosso compromisso com seu Reino de verdade, justiça e amor.

O QUE É TER FÉ?

Independentemente da crença de cada um, uma das frases mais ditas pelas pessoas é: “Você precisa ter fé!”. Normalmente, essa afirmação se origina em um período conturbado ou de aflição na vida daqueles que creem. Contudo, devemos nos indagar: O que é mesmo ter fé?
A teologia nos ensina que ter fé é esperar. Inclusive vai além: explica que quando a criatura encontrar-se com seu Criador, não há mais fé, por isso, teólogos ousam dizer que no Céu não há fé alguma, pois encontrou-se o que se estava esperando. 
Todavia, e na prática, no nosso cotidiano, qual é nossa postura perante Deus, para sentirmos que somos homens e mulheres de fé? Recorremos à profundidade de Santo Agostinho que nos diz: “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser!”. Que magnífico isso! Ter fé é fazermos um contrato com Deus, sem exigir nada Dele, sem termos qualquer garantia de que Ele fará algo por nós. A única certeza é a de confiar na Sua Divina Providência e na Misericórdia Infinita, ou seja, é ter fé, é esperar, é depositar toda a nossa vida em Deus.
Fácil é dizer, mas difícil concretizar. Como é difícil ter fé no tempo de Deus! Afinal, Ele demorou em torno de 500 anos para cumprir a promessa que fez a Isaías de fazer nascer de uma Virgem o nosso Senhor, o Emanuel. Como vamos esperar apenas um ou alguns dias que Deus faça o que nós queremos? 
Então, é mais fácil ir ao “shopping center da fé” e conseguir por nós mesmos, não é? Vamos para o esoterismo, outras religiões e até outras seitas, onde o retorno vem mais rápido. Aí, depois, caso não consigamos, brigamos com Deus porque Ele não quis nos dar, não nos atendeu e nos afastamos da Igreja. Afinal de contas, faço todos os meus deveres de cristão e não ganho o que quero, e por fim perco a minha fé. Entretanto, analisemos isso, ou seja, perco minha fé, mas em algum momento realmente tivemos fé? E a história do contrato em branco e em esperar por Deus? Será que não descumprimos nossa parte no “acordo”?
Neste ponto podemos pensar: Ah, mas se descumprimos então Deus vai nos cobrar a indenização e vai nos castigar! Por isso que estou sofrendo tanto! Porém, aí está a grandiosidade de Deus! Deus não se vinga de nós. Ele não pode, pois é puro amor. A maldade é propriedade do inimigo, não de Deus. Ele nos perdoa, porque Ele nos ama.
Dá-nos a oportunidade a cada dia de recomeçarmos, basta que nós peçamos a Ele e abramos a porta do nosso coração para que Ele entre e escreva nas doces linhas de nossa vida. Basta que tenhamos fé!

SOLUÇÕES: DO GRITO DA TERRA AO PLANTIO DIRETO

Do Grito da Terra ao plantio direto: soluções

Dois temas guardam uma relação estreita entre si, embora transitem por ambientes absolutamente distintos. O que há de comum entre o Grito da Terra Brasil e o plantio direto? A busca de respostas através de ações simples, porém ousadas, refletidas e planejadas.
A mobilização de milhares de agricultores familiares por avenidas e gabinetes de Brasília conseguiu o atendimento a grande parte das reivindicações apresentadas pela categoria. Mais do que isso: pela primeira vez as lideranças do movimento foram recebidas em audiências por 14 ministros, sinal de interesse e respeito. Para determinados itens pleiteados, a certeza de continuidade de negociações, com portas abertas ao diálogo, pode ser até mais relevante do que o anúncio de medidas precipitadas, imediatistas e demagógicas.
Além das providências adotadas e detalhadas em quase 40 reuniões, os produtores rurais aguardam com ansiedade o dia 6 de junho, quando o governo divulga o Plano Safra 2013/2014, com recursos para custeio e investimento.
Merece aplausos o catarinense Herbert Arnold Bartz, que há 40 anos viajou à Europa e Estados Unidos em busca de uma saída para o problema que o atormentava: ver a erosão avançando sobre terras férteis. De sua audácia, com boa dose de empreendedorismo, surgiu no Brasil o sistema de plantio direto na palha.
Bartz chegou a ser classificado de louco, injustiça corrigida em pouco tempo, com sua elevação à galeria dos gênios, porque a novidade é ambientalmente mais adequada, preservando o solo e reduzindo a emissão de gases, e, economicamente, traz vantagens. A determinação e a persistência, com a simplicidade e a honestidade dos que estão imbuídos de boas intenções, continuam construindo atalhos para a conquista de resultados – individuais, de grupos ou de uma categoria.

O ESQUEMA GLOBO DE PUBLICIDADE

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Mais de 16 milhões de comerciais por ano e um relacionamento com 6 mil agências. Esse é um resumo do desempenho da Rede Globo junto ao mercado publicitário brasileiro, orgulhosamente exibido na página de internet da emissora.
Líder na arrecadação de verbas publicitárias entre todos os meios de comunicação, a Globo também mostra sua força em cifrões. Somente em 2012, os canais de TV (abertos e por assinatura) das Organizações Globo arrecadaram R$ 20,8 bilhões de reais em anúncios, segundo informe divulgado pela corporação.
Por trás dos números, porém, se esconde uma prática que os grandes grupos de mídia preferem ocultar: o pagamento das Bonificações por Volume (BV), apontado por especialistas como um dos responsáveis pelo monopólio da mídia no país.

Monopólio
Desconhecidas pela grande maioria da população, as Bonificações por Volume são comissões repassadas pelos veículos de comunicação às agências de publicidade, que variam conforme o volume de propaganda negociado entre eles.
A prática existe no Brasil desde o início da década de 1960. Criada pela Rede Globo, seu objetivo seria oferecer um “incentivo” para o aperfeiçoamento das agências. Com o tempo, outros veículos aderiram ao mecanismo, que hoje é utilizado por todos os conglomerados midiáticos no Brasil.
O pagamento dos bônus, no entanto, é alvo de críticas de militantes do direito à comunicação, que argumentam que a prática impede a concorrência entre os meios de comunicação na busca por anunciantes. Isso porque, quanto mais clientes a agência direcionar a um mesmo veículo, maior será o seu faturamento em BVs.
Para o professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Venício Artur de Lima, a prática fortalece os grandes grupos, já que leva anunciantes aos meios que recebem publicida
Mais de 16 milhões de comerciais por ano e um relacionamento com 6 mil agências. Esse é um resumo do desempenho da Rede Globo junto ao mercado publicitário brasileiro, orgulhosamente exibido na página de internet da emissora.
Líder na arrecadação de verbas publicitárias entre todos os meios de comunicação, a Globo também mostra sua força em cifrões. Somente em 2012, os canais de TV (abertos e por assinatura) das Organizações Globo arrecadaram R$ 20,8 bilhões de reais em anúncios, segundo informe divulgado pela corporação.
Por trás dos números, porém, se esconde uma prática que os grandes grupos de mídia preferem ocultar: o pagamento das Bonificações por Volume (BV), apontado por especialistas como um dos responsáveis pelo monopólio da mídia no país.


PARA GUARDAR

Não duvide: o melhor está para acontecer.

Creia: tudo o que te causa dor, será eliminado.

Sinta: o amor de DEUS está tocando a tua alma.

Veja: você é reflexo, imagem e semelhança DELE.

Atente-se: movimentações à tua volta estão indicando mudanças.

Determine: busque a tua transformação interior.

Anime-se: olhe com olhos confiantes para o amanhã.

Espere: os teus sonhos ainda não foram apagados, esquecidos.

Entenda: o cumprimento das promessas está ligado ao teu posicionamento.

Respire: deixe de lado a ansiedade e viva um dia de cada vez.

Liberte-se: não te prendas a paradigmas ou experiências passadas.

Alegre-se: olhe positivamente para a tua vida.

Agradeça: tenha gratidão pelo que tem, pelo que recebe e por quem é.

Não se anule: com ponderação, faça o que sempre teve vontade, diga o que sempre quis dizer.

Cresça: busque a evolução do teu ser, da tua alma, do teu espírito.

Retribua: divida com outros aquilo que te faz bem, divulgue coisas boas.

Ame: ame a si mesmo, ame o próximo, ame a DEUS.

Adore: reconheça que há um SER SUPERIOR que cuida de ti e lhe preste total reverência.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

""MÍDIA BRASILEIRA É EXTENSÃO DA "CASA GRANDE E SENZALA"""

“Nesse mar, não vai dar peixe, podem crer”. É usando um ditado popular que o jornalista Mino Carta descarta qualquer possibilidade do Congresso Nacional aprovar legislação que remeta à regulamentação da imprensa. Durante a palestra “A história do jornalismo brasileiro através da ficção”, realizada nesta semana, em São Paulo, o diretor da revista Carta Capital se baseou em exemplos estrangeiros para defender a existência de um órgão regulador e criticou o fato da mídia brasileira ser “a extensão da casa grande”.
“Desse Parlamento que nós temos, jamais esperem essa lei. Eles não têm interesse de lançar ao mar essa lei”, ponderou. Mino ressaltou que a imprensa no Brasil está “alinhada de um lado só”. “A maior desgraça do país é representada por três séculos e meio de escravidão. A casa grande e a senzala continuam. É um pecado que indiretamente nós todos aceitamos, com a contribuição do jornalismo brasileiro, presente para nos confundir constantemente”, disse.
Italiano de Gênova, Mino afirmou não conhecer outro país que viva situação semelhante e avaliou que os veículos de comunicação nacionais representam os interesses da minoria dominante. “Não conheço um único país do mundo, dos desenvolvidos, dos democráticos, dos civilizados, não conheço um que tenha o mesmo tipo de mídia”, disse. “O que me leva a crer que a mídia [brasileira] é a extensão da Casa-Grande e Senzala”, complementou, ao se referir à obra do antropólogo Gilberto Freire, de 1933
Responsabilidade de jornalista
Em São Paulo desde 1946, o profissional conta que no início da carreira “trafegava pelo jornalismo com certo espírito mercenário”, porém com lealdade ao patrão que pagava seu salário. Ele percebeu a responsabilidade de sua tarefa, após passagem pela Editora Abril. “A família Civita entende de Brasil, como eu de numismática. Naquela época, realmente percebi a necessidade, a serventia do bom jornalismo. Ao jornalista não peçam para ser objetivo. A objetividade é das maquinas de escrever. O jornalista é subjetivo ao colocar uma vírgula em uma página em branco. A imprensa omite, mente e inventa. Na Veja pós-Mino se dizia: antes crie a frase e depois a coloque na boca de alguém”.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

MOJICA PARA O NOBEL DA PAZ, JÁ!

Um exemplo para a humanidade
Um exemplo para a humanidade
O Nobel da Paz já foi para almas bélicas e sangrentas.
Ted Roosevelt, presidente americano do começo do século 20, é um desses casos. Ele achava, como afirmou numa carta, que todo país deve guerrear de tempos em tempos para manter a “virilidade”.
Roosevelt, é certo, tinha um complexo familiar jamais superado. Seu pai não lutou na Guerra Civil. Pagou, como era comum naqueles dias, a um homem pobre para que o substituísse.
A covardia paterna pesou tanto em Roosevelt que, já velho e afastado da vida pública, ele tentou se alistar nas forças americanas na Segunda Guerra.
Barack Obama, naturalmente, é outro caso de acidente ao espírito pacifista que deveria dominar a entrega do Nobel da Paz.
Apenas para registro, Gandhi jamais levou o prêmio.
Mas.
Mas eis que surge uma rara notícia boa nessa área: a indicação, por uma ONG holandesa, do presidente Pepe Mujica para o Nobel da Paz.
Aplausos....
Mujica, segundo a ONG, trouxe paz à guerra contra as drogas, com sua política de liberação do consumo para minar o tráfico e os traficantes.
A contribuição ao mundo de Mujica vai muito além.
Sua simplicidade, digna dos grandes filósofos, é inspiradora. É um contraponto à ganância e ao consumismo doentio que levaram o mundo a ser o que é hoje.
Ele recusou o palácio para viver em seu sitiozinho. Ele doa 90% de seu salário para os pobres. Ele se locomove num fusca velho. E vital: ele não é um demagogo.
Mujica faz uma dupla extraordinária com o Papa Chico, que tomava mate no centro de Buenos Aires quando era bispo, andava de ônibus e, como ele, rejeitara um palácio.
Chico viajou para o conclave de Roma na classe econômica. Compare com as revelações das constantes viagens de primeira classe de Joaquim Barbosa e companheiros de STF – mais acompanhantes.
Barbosa já avisou que, terminado seu mandato, vai se recolher a uma quase contemplação, em vez de correr atrás de moedas no indecente circuito de palestras milionárias que atrai ex-presidentes de notoriedade internacional – uma atividade que une, no caso brasileiro, FHC e Lula.
Não há nada que substitua a força do exemplo pessoal, e é isso que estes dois sulamericanos formidáveis oferecem a todos nós.
O papa é outro nome que mereceria o Nobel da Paz, com sua pregação pacifista que inclui até os ateus.
Ouça pessoas como o pastor Feliciano falando e a diferença saltará. Num de seus momentos mais pecaminosos, Feliciano disse que Deus matou Lennon porque ele comparou os Beatles a Jesus num momento.
O Nobel da Paz já errou muito.
É hora de acertar. Mujica ou Chico. Já.

terça-feira, 28 de maio de 2013

COMO ENCONTRAR A TÃO PROCURADA FONTE DA JUVENTUDE,

Acordar e estar mais jovem do que ontem. É possível?

Sim é possível. E não estamos falando aqui do consumo de resveratrol (aquele flavonóide presente no vinho tinto), muito embora a ciência há de evoluir muito sobre os benefícios dessa substância ao corpo humano, fazendo-nos viver mais.

Pensando bem, talvez esteja sim falando de um tipo resveratrol. Só que de um que é e pode ser fabricado por nós mesmos. Sua composição basicamente consiste em: alegria, felicidade, amor, positivismo, desejo de viver e viver intensamente.

Devemos parar de olhar com os olhos e cabeça voltados para baixo. Devemos sim, levantar-nos e começar a viver diferente, de forma mais plena e abrangente.

Ligue para aquele(a) amigo(a), parente, e marque de se encontrar. Conversem, relembrem os bons momentos, façam planos, mantenham ativo esse relacionamento!

Aumente o teu contato com a natureza. Comece a desfrutar mais de tudo o que DEUS nos deu para o nosso deleite. Plante uma árvore, cheire uma flor, brinque com um animalzinho, abra os braços e sinta o vento bater em ti!

Pare de ficar na rotina casa – trabalho – casa. Vá a um parque, a um museu, a uma exposição. Faça coisas diferentes de formas diferentes. Realize tuas atividades com concentração, com o desejo de fazer o teu melhor. Aprenda um idioma, visite lugares desconhecidos, conheça novas culturas!

Leia e deixe se envolver pela leitura. Viaje com o escritor e permita que tua mente mantenha-se constantemente exercitada. Leia assuntos, temas diferentes, e conheça novos mundos!

Aprenda a tirar uma boa lição de tudo o que acontece a tua volta. Reflita, medite. Comece a perceber que nada acontece por acaso. Tudo tem um fim, um objetivo. Sinta-se parte do todo, figura importante no Universo. Não se veja como “mais um” e sim, como “único(a)”!

Vamos, sorria! Brinque! Se divirta! Traga à tona a criança que há dentro de você! Mantenha vivas as características peculiares da infância, acrescentando a elas tão somente o senso de responsabilidade que você adquiriu com os anos, mas a essência deve ser sempre a de uma criança!

Encontre em tudo e em todos um verdadeiro motivo para se viver e viva! Faça uso dessa maravilhosa fonte da juventude!

O GRANDE EXEMPLO QUE A ISLÂNDIA PROPORCIONA AO MUNDO.

Os filhos dos magnatas estudam nos mesmos colégios das outras crianças, na Islândia
Os filhos dos magnatas estudam nos mesmos colégios das outras crianças, na Islândia

O texto abaixo foi publicado originalmente na BBC.
Segundo o UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes), a taxa de homicídios na Islândia entre os anos de 1999 e 2009 nunca foi mais alta que 1,8 por 100 mil habitantes.
Os Estados Unidos, por sua vez, registraram no mesmo período taxas de homicídio anuais de 5 a 5,8 casos para cada 100 mil habitantes.
No Brasil, a taxa é ainda maior, de 23 homicídios por 100 mil habitantes.
Depois de conversar com professores, autoridades, advogados e jornalistas, os fatores do sucesso da Islândia nessa área começaram a ser delineados – embora seja impossível determinar em que medida cada um deles contribui para o resultado final.
Em primeiro lugar, quase não há diferença entre as classes alta, média e baixa na Islândia. Por causa disso, praticamente inexiste tensão econômica entre classes – algo raro em outros países.
Um trabalho de um estudante da Universidade do Missouri que analisou o sistema de classes islandês descobriu que somente 1,1% dos participantes do levantamento se descreviam como classe alta e apenas 1,5% como classe baixa.
Os 97% restantes se identificaram como classe média, ou trabalhadora.
Em uma das minhas três visitas ao Parlamento islandês, me reuni com Bjorgvin Sigurdsson, ex-presidente do grupo parlamentar da Aliança Social Democrata.
Para ele e para a maioria dos islandeses com quem falei, a igualdade é a principal causa da quase ausência de crimes.
“Aqui os filhos dos magnatas vão aos mesmos colégios que o restante das crianças”, afirmou Sigurdsson.
Para ele, os sistemas de serviços públicos e de educação do país promovem a igualdade.
Os poucos crimes que acontecem no país geralmente não envolvem armas de fogo, apesar dos islandeses possuírem muitas.
A página de internet GunPolicy.org estima que haja aproximadamente 90 mil armas no país – cuja população é de cerca de 300 mil pessoas.
Isso faz com que a Islândia figure na posição número 15 do ranking mundial de posse legal de armas de fogo per capita.
Mas adquirir uma arma de fogo não é fácil no país. O processo inclui um exame médico e uma prova escrita.
A polícia também não anda armada. Os únicos agentes que podem portar armas de fogo são uma força especial chamada “Esquadrão Viking”, que atua em poucas ocasiões.
Além disso, o tráfico de drogas na Islândia é pouco expressivo. Segundo um relatório da UNODC, o consumo de cocaína por cidadãos com idades entre 15 e 64 anos é de 0,9%, o de ecstasy, 0,5%, e o de anfetaminas, 0,7%.
Também há uma tradição na Islândia de denunciar os crimes diante de qualquer indício ou agir para freá-los logo no início, antes que a situação piore.
No momento, a polícia está combatendo o crime organizado enquanto o Parlamento discute leis para ajudar a desmantelar essas redes criminosas.
Quando as drogas pareciam ser um problema em expansão no país, o Parlamento estabeleceu uma política antidrogas independente e um tribunal especial para lidar com o problema. Isso aconteceu em 1973. Nos dez primeiros anos de funcionamento do tribunal, 90% dos casos foram resolvidos com multas.
Esses são os segredos da Islândia, que poderiam orientar outros países que buscam soluções para seus problemas de delinquência.
Por isso, enquanto eu subia naquela manhã no jipe daquele homem que sorriu para mim e perguntou se eu precisava de ajuda com as malas, me senti seguro, mesmo não sabendo quem ele era.

LULA E A PARÁBOLA DA MAGNANIMIDADE



Lula deu a seus seguidores o magnífico exemplo de estender a mão ao adversário caído; pena que nem todos tenham se inspirado com seu gesto.
A grandeza de estender a mão ao adversário
A grandeza de estender a mão ao adversário

Não sei se é verdade, mas acredito que sim. A fonte é um excelente jornalista, Nassif.
Eu chamaria a história de Parábola da Magnanimidade.
A ela.
Segundo Nassif, alguns meses atrás, Lula foi a um hospital se submeter a uma sessão a mais no tratamento de seu câncer.
Lá, soube que Roberto Civita estava internado, e em situação pior.
Lula foi massacrado pela revista Veja, sabemos todos.
E o que ele fez?
Foi visitar Roberto Civita. Levar um abraço solidário.
Raras vezes Lula terá agido com tamanha grandeza como naquele momento.
Ao ler nos Blogs  as demonstrações de ódio visceral, fanático, impiedoso de tantos admiradores de Lula por Roberto Civita no momento de sua morte sofrida, agoniada, cheguei à conclusão doída de que os admiradores de Lula não aprenderam uma lição de caráter essencial que ele, Lula, lhes deu.
A Parábola da Magnanimidade, tão importante na formação da alma, passou na frente deles, mas infelizmente eles não a notaram, tão ocupados estavam em cultivar um ódio que não leva a nada que não seja ruim.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

TEMOS TEMPO PARA TUDO NESTE MUNDO.


Uma tribo indígena vivia tempos difíceis no norte mato-grossense; a caça e a pesca haviam diminuído drasticamente, a seca castigava a pouca plantação e muitas doenças afligiam o grupo. Diante disso, o cacique sentiu-se obrigado a fazer alguma coisa. Altas horas da madrugada, acompanhado de um pequeno grupo, assaltou a farmácia do posto da Funai e levou todos os remédios disponíveis. 
Chegando à aldeia, reuniu a tribo e convidou os índios para que se servissem dos medicamentos. E explicou: são remédios, portanto, fazem bem à saúde. Xaropes, anticoncepcionais, sabão líquido, drogas contra a gripe, pomadas, remédios faixa preta, nada se salvou.
No dia seguinte, quase todos os índios estavam internados com diferentes sintomas, sendo alguns casos graves de intoxicação. O bom senso garante que tudo é bom no tempo certo e na medida certa. Apenas a proporção separa o remédio do veneno. Isso vale para medicina e vale para a vida.
Dois viajantes foram surpreendidos por um leão na floresta. Um deles ajoelhou-se e
começou a rezar enquanto que o outro, mais esperto, subiu numa árvore. Certamente,
aquela não era a melhor ocasião para rezar.
Primeiro devemos fazer a nossa parte. Só depois temos o direito de pedir ajuda divina. Primeiro suba na árvore, aí você terá tempo de rezar e esperar que o leão canse e vá embora.
Uma farmácia não faz parte do mundo da saúde, mas da doença. O remédio é um caso já do excepcional. A saúde é garantida por uma vida metódica, sem exageros de qualquer tipo, com alimentação sadia, com o necessário descanso. É a saúde preventiva. Quando, apesar de todos os cuidados, a saúde não vai bem, ai é a hora do médico, do hospital e da farmácia. De preferência no tempo certo. Pode ser perigoso esperar para mais tarde.
A milenar sabedoria bíblica lembra: “Há tempo para tudo debaixo do céu e o momento certo para cada coisa. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo para chorar e tempo para rir. Tempo para abraçar e tempo para separar. Tempo para calar e tempo para falar. Tempo para guardar e tempo para jogar fora. Tempo de rasgar e tempo para costurar...”
Há tempo certo para orar e tempo certo para trabalhar. Por melhor que seja a oração não esgota a dimensão humana. Mais: ela deve estar unida à vida. A oração diária  não podem faltar, mas Deus não está apenas nesses momentos. No dia a dia, nas frestas do cotidiano, devemos perceber a presença de Deus. Aquilo que celebramos no domingo, devemos executar ao longo da semana, unindo assim fé e vida.
Remédios e orações não plenificam. Vida é também sonhar, sorrir, amar, perdoar, recomeçar... E este modo de viver é porta da vida plena e definitiva.

VAMOS PENSAR NA PRODUÇÃO DE SENTIDO

De onde beber esperanças lúcidas se as fontes de sentido parecem ressecadas? Parecem, mas não desaparecem. As fontes estão aí...
Muitos pais se queixam do desinteresse dos filhos por causas altruístas, solidárias, sustentáveis. Guardam a impressão de que parcela considerável da juventude busca apenas riqueza, beleza e poder. Já não se espelha em líderes voltados às causas sociais, ao ideal de um mundo melhor, como Gandhi, Luther King, Che Guevara e Mandela.
O que falta à nova geração? Faltam instituições produtoras de sentido. Há que imprimir sentido à vida. Minha geração, a que fez 20 anos de idade na década de 1960, tinha como produtores de sentido Igrejas, movimentos sociais e organizações políticas.
A Igreja Católica, renovada pelo Concílio Vaticano II, suscitava militantes, imbuídos de fé e idealismo, por meio da Ação Católica e da Pastoral de Juventude. Queríamos ser homens e mulheres novos. E criar uma nova sociedade, fundada na ética pessoal e na justiça social.
Os movimentos sociais, como a alfabetização pelo método Paulo Freire, nos desacomodavam, impeliam-nos ao encontro das camadas mais pobres da população, educavam a nossa sensibilidade para a dor alheia causada por estruturas injustas.
As organizações políticas, quase todas clandestinas sob a ditadura, incutiam-nos consciência crítica, e certo espírito heroico que nos destemia frente aos riscos de combater o regime militar e a ingerência do imperialismo usamericano na América Latina.
Quais são, hoje, as instituições produtoras de sentido? Onde adquirir uma visão de mundo que destoe dessa mundividência neoliberal centrada no monoteísmo do mercado? Por que a arte é encarada como mera mercadoria, seja na produção ou no consumo, e não como criação capaz de suscitar em nossa subjetividade valores éticos, perspectiva crítica e apetite estético?
As novas tecnologias de comunicação provocam a explosão de redes sociais que, de fato, são virtuais. E esgarçam as redes verdadeiramente sociais, como sindicatos, grêmios, associações, grupos políticos, que aproximavam as pessoas fisicamente, incutiam cumplicidade e as congregavam em diferentes modalidades de militância.
Agora, a troca de informações e opiniões supera o intercâmbio de formação e as propostas de mobilização. Os megarrelatos estão em crise, e há pouco interesse pelas fontes de pensamento crítico, como o marxismo e a teologia da libertação.
No entanto, como se dizia outrora, nunca as condições objetivas foram tão favoráveis para operar mudanças estruturais. O capitalismo está em crise, a desigualdade social no mundo é alarmante, os povos árabes se rebelam, a Europa se defronta com 25 milhões de desempregados, enquanto na América Latina cresce o número de governos progressistas, emancipados das garras do Tio Sam e suficientemente independentes, a ponto de eleger Cuba para presidir a Comunidade do Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Vigora atualmente um descompasso entre o que se vê e o que se quer. Há uma multidão de jovens que deseja apenas um lugar ao sol sem, contudo, se dar conta das espessas sombras que lhes fecham o horizonte.
Quando não se quer mudar o mundo, privatiza-se o sonho modificando o cabelo, a roupa, a aparência. Quando não se ousa pichar muros, faz-se tatuagem para marcar no corpo sua escala de valores. Quando não se injeta utopia na veia, corre-se o risco de injetar drogas.
Não fomos criados para ser carneiros em um imenso rebanho retido no curral do mercado. Fomos criados para ser protagonistas, inventores, criadores e revolucionários.
Quando Hércules haverá de arrebentar as correntes de Prometeu e evitar que o consumismo prossiga lhe comendo o fígado? “Prometeu fez com que esperanças cegas vivam nos corações dos homens”, escreveu Ésquilo. De onde beber esperanças lúcidas se as fontes de sentido parecem ressecadas?
Parecem, mas não desaparecem. As fontes estão aí, a olhos vistos: a espiritualidade, os movimentos sociais, a luta pela preservação ambiental, a defesa dos direitos humanos, a busca de outros mundos possíveis

RESPONSABILIDADE SOBRE A ESPÉCIE HUMANA

Temos que realmente nos responsabilizar pelo futuro da espécie humana por temor e muito mais por amor à nossa própria vida

Numa votação unânime de 22 de abril de 2009, a ONU acolheu a ideia, durante muito tempo proposta por nações indígenas e sempre relegada, de que a Terra é Mãe. Por isso a ela se deve o mesmo respeito, a mesma veneração e o mesmo cuidado que devotamos às nossas mães. A partir de agora, todo dia 22 de abril não será apenas o dia da Terra, mas o dia da Mãe Terra.
Esse reconhecimento comporta consequências importantes. A mais imediata delas é que a Terra viva é titular de direitos. Não só ela, mas também todos os seres orgânicos e inorgânicos que a compõem; são, cada um a seu modo, também portadores de direitos. Vale dizer, cada ser possui valor intrínseco, como enfatiza a Carta da Terra, independentemente do uso ou não que fizermos dele. Ele tem direito de existir e de continuar a existir nesse planeta e de não ser maltratado nem eliminado.
Essa aceitação do conceito da Mãe Terra vem ao encontro daquilo que já nos anos 20 do século passado o geoquímico russo Wladimir Vernadsky (1983-1945), criador do conceito de biosfera, chamava de ecologia global - no sentido de ecologia do globo terrestre como um todo. Conhecemos a ecologia ambiental, a político-social e a mental. Faltava uma ecologia da Terra tomada como uma complexa unidade total. Na esteira do geoquímico russo, recentemente James Lovelock, com dados empíricos novos, apresentou a hipótese Gaia, hoje já aceita como teoria científica: a Terra efetivamente comparece como um superorganismo vivo que se autorregula, tese apoiada pela teoria dos sistemas, da cibernética e pelos biólogos chilenos Maturana e Varela.
Vernadsky entendia a biosfera como aquela camada finíssima que cerca a Terra, uma espécie de sutil tecido indivisível que capta as irradiações do cosmos e da própria Terra e as transforma em energia terrestre altamente ativa. A vida se realiza aqui.
Nesse todo se encontra a multiplicidade dos seres em simbiose entre si, sempre interdependentes de forma que todos se autoajudam para existir, persistir e coevoluir. A espécie humana é parte deste todo terrestre, aquela porção que pensa, ama, intervém e constrói civilizações.
A espécie humana possui uma singularidade no conjunto dos seres: cabe-lhe a responsabilidade ética de cuidar, manter as condições que garantam a sustentabilidade do todo.
Vivemos gravíssimo risco de destruir a espécie humana e todo o projeto planetário. Fundamos o antropoceno: uma nova era geológica com altíssimo poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram um desarranjo perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes de forma globalizada?
Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do cuidado como relação amigável e cooperativa para com a natureza. Queremos agora, brevemente, apresentar um complemento necessário: a ética da responsabilidade do filósofo alemão Hans Jonas (1903-1993), com o seu conhecido Princípio Responsabilidade, seguido pelo Princípio Vida.
Jonas parte da triste verificação de que o projeto da tecno-ciência tornou a natureza extremamente vulnerável a ponto de não ser impossível o desaparecimento da espécie humana. Daí emerge a responsabilidade humana, formulada nesse imperativo: aja de tal maneira que os efeitos de tuas ações não destruam a possibilidade futura da vida.
Jonas trabalha ainda com outra categoria que deve ser bem entendida para não provocar uma paralisação: o temor e o medo (Furcht). O medo aqui possui um significado que nos leva instintivamente a preservar a vida e toda a espécie. Há efetivamente o temor que se deslanche um processo irrefreável de destruição em massa, com os meios diante dos quais não tínhamos temor em construir e que, agora, temos fundado temor de que podem realmente destruir a todos. Daí nasce a responsabilidade face às novas tecnociências como a biotecnologia e a nanotecnologia, cuja capacidade de destruição é inconcebível. Temos que realmente nos responsabilizar pelo futuro da espécie humana por temor e muito mais por amor à nossa própria vida.

NÃO DIRIJO! POSSO BEBER!

Despertou-me a atenção uma cena do cotidiano numa rua da cidade. Era cedo da manhã. Dois amigos caminhavam com uma garrafa cada um na mão. Cheguei perto e percebi que um tinha a garrafa vazia e o outro, cheia. Não imaginava qual seria o seu conteúdo. Ouvindo a conversa fiquei curioso e me aproximei ainda mais. Um lamentava que não tinha mais cachaça para passar o dia. O outro, manifestando-se solidário, logo se prontificou em partilhar a metade da que tinha em sua garrafa.

Na medida que andavam iam tomando seus goles. Por coincidir o caminho deles com o meu, ouvi que um comentava com o outro:
“Eu preciso tomar! Já estou acostumado! Afinal, é minha única diversão. E ainda mais, eu não tenho carro, não dirijo e o bafômetro não me atinge, posso beber”. O amigo e companheiro também confirmou a mesma sorte.
“Não dirijo! Posso beber!” Seguindo o caminho ia pensando na cena, nas palavras e nas duas criaturas que andavam sem rumo. Não dirigir carro não é problema algum. Tanta gente bem sucedida na vida não dirige. Tantas pessoas responsáveis e realizadas não têm carro e não dirigem. Até há gente que tem carros de última geração e não dirige.
O pior que pode acontecer para uma pessoa é deixar o volante da vida nas mãos de qualquer um, ou da cachaça, da droga ou da alienação. Deus nos concedeu o dom da liberdade para que aprendamos a dirigir a vida como sujeitos responsáveis e não como os objetos à deriva, desprovidos de rumos e ideais.
Ao pensar nos dois amigos que encontrei no caminho, um deles de uns trinta anos e outro de uns quarenta, imaginei o potencial de dons que estaria dentro deles. O que estavam fazendo de suas vidas e o que poderiam fazer. É verdadeira aquela história dos jovens que foram consultar um sábio para apanhá-lo em contradição. Cada um levava um pássaro na mão. Combinaram em perguntar ao sábio como estaria o pássaro. Caso dissesse que estaria vivo, apertariam a mão e o matariam. Caso disse que estaria morto, abririam a mão e o soltariam com vida.
Com a armadilha pronta, chegaram ao velho sábio e o encontraram sorridente e aberto para o diálogo. Logo perguntaram: “Como está o pássaro em nossa mão?” O velho olhou com carinho para os jovens e lhes disse: “O pássaro está como vós quereis que esteja!” Encantados com a sabedoria o abraçaram, mas o sábio logo fez a aplicação da cena simbólica dizendo: “Meus jovens, a nossa vida está em nossas mãos. Deus no-la deu e dela nos fez responsáveis. A cada dia a vida está como nós queremos”.
É claro que tantas vezes somos atingidos por situações e condicionamentos que nos prejudicam e até nos imobilizam por um tempo. Porém é sempre necessário resgatar a capacidade de dirigir a vida, assumindo o volante, sem nos deixar levar de carona, ou então movidos a álcool sem futuro, atrofiando um potencial de vida que Deus colocou em nós para sermos construtores de um mundo melhor.

DEMOS MAIS UM PASSO RUMO AO DESCONTROLE CLIMÁTICO


Maio de 2013 crava mais uma marca negativa no calendário ambiental do planeta. Pela primeira vez na história recente o nível de concentração de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassou o patamar simbólico de 400 partes por milhão (ppm). Eram 314,7 em 1958, 385,4 em 2008 e, dia 9, atingiram 400,03 ppm.
Na prática, isso quer dizer que os alertas emitidos há décadas pela comunidade científica, em particular os 2.500 cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climática da ONU, foram ignorados. E a Terra entrou em “zona de perigo”, segundo classificação das Nações Unidas.
O mais preocupante é que atingiu-se o nível considerado de risco para que os fenômenos climáticos ocorram sem um mínimo de previsibilidade. Ou seja: saem os ciclos da natureza, entra o descontrole.
Outra ameaça: o objetivo fixado em 2009 era manter o aquecimento global a um máximo de +2°C em relação aos níveis de antes da era industrial. Se esse limite for superado, o planeta pode entrar em um sistema climático marcado por fenômenos extremos. Com 400 ppm de concentração de CO2, o aquecimento global será de pelo menos 2,4°C.
O planeta já havia registrado concentração superior, mas isso foi entre 3 e 5 milhões de anos atrás, na era do Plioceno. Com uma relevante diferença: jamais houve acumulação de gases na atmosfera tão rapidamente como está ocorrendo.
É possível reverter este quadro? Sim, com a redução da emissão de gases, o que depende de uma resposta política dos grandes poluidores, China e Estados Unidos à frente. Passa também por atitudes individuais, como a exposição “Cool Globes”. Promovida por ambientalistas, tenta sensibilizar as pessoas e provocar reflexão sobre o aquecimento global através da arte. Se a frieza dos números não surte efeito, pode ser que a educação ambiental a partir da simplicidade consiga.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

JÁ PENSOU NUMA MUDANÇA PESSOAL?


Eu sou assim, ponto e acabou! Quem quiser que me aceite...

Já ouviu ou já usou tal expressão?

Pois bem, ela demonstra entre outras coisas: limitação. Limitação, pois somos seres pensantes e que foram colocados em uma corrente evolutiva. Precisamos crescer, amadurecer, adaptar e, portanto, mudar. Se não fazemos ou não conseguimos isso, somos limitados.

Sim, é fato comprovado que sobrevive aquele que melhor se adapta ao ambiente. E não aquele que faz o ambiente se adaptar a ele.

Mas, vemos um grande número de pessoas que acham que tudo e todos devem se adaptar ao seu modo de vida. Este é um pensamento retrógrado. Faz lembrar do tempo em que se acreditava que a Terra era o centro do Universo. Pessoas assim acham que são também o centro dele. Imagine os povos que passaram pela Era Glacial, há milhares de anos, e ao verem a temperatura baixar, as plantações morrerem, os animais desaparecerem dissessem: “Vamos continuar aqui! Vamos permanecer com nossos costumes, nossa vestimenta. O gelo vai ser obrigado a ir embora!”. Certamente eles teriam morrido.

Muito embora muitos morreram nesse período, se hoje estamos aqui, é também porque alguns desses povos ou se adaptaram à nova realidade (buscando abrigo, aquecimento e adequando novas maneiras de obter alimento) ou migraram para regiões mais quentes nas regiões equatoriais.

E isso ocorreu há milhares de anos. E nós? E nós que somos muito mais desenvolvidos, evoluídos e detemos muito mais conhecimento, vamos permanecer parados, imutáveis?

Não! Definitivamente não! Devemos sim, entender que mudanças podem ser necessárias, inevitáveis. Precisamos nos adaptar às pessoas e ao nosso ambiente.

Não que venhamos a perder a nossa identidade ou personalidade, mas se ela não condiz com o nosso meio, precisamos sim, adaptá-la.

Deixe o orgulho de lado e busque “talhar” o teu “eu”.

UMA DECLARAÇÃO MINHA.


Esta é uma mensagem minha para muitos e espero de que de muitos para tantos outros...ou não...Amo. Amo por amar, amo ao respirar, amo em meu viver e vivo para amar.Saudade sinto de pessoas que de tão próximas, Pai me fiz. Filhos e Filhas me foram. Sinto saudade de amigos, de ouvintes, de confidentes, de conselheiros e de transmissores - transmissores em seu ser e em seu buscar Ser.A saudade existe e o amor ainda permanece. Amor dói? Se dói, acho que amo ainda mais.Ao olhar pela janela do tempo, vejo tantos que pelo meu caminho passaram, alguns avançaram à frente, outros que de mim se distanciaram. Ao olhar para o lado, quase não vejo ninguém - apenas sinto. Sinto que assim se deu por motivos vários, porque assim tinha que ser. Não! Não tinha que ser! Quem disser isso, pedirei que se cale.Por que não podemos carregar conosco, porque não podemos estar juntinhos, até que a morte nos separe?Espero ter deixado semente, ter sido semente. Espero, mesmo que em solo seco, que um dias as águas dos céus faça ainda germinar - ainda que eu não veja.Não me pergunto mais o que fiz de errado nessa condução, afinal os meu erros procurei saber. Dos meus erros procurei retratar. Mas, e do outro lado? Por esses não posso responder. Até porque, talvez, nem essa pergunta se fizeram. Não importa...Carrego comigo o amor. Pois eu amei. Amei e amei. Amo e amo, ainda que as demosntrações possam parecer diminuídas ou espaçadas. A intensidade não se alterou. Mas, tive que me manter de longe, em maior observação, em forte reflexão e aprimorando o entendimento.Mas, preciso desbravar. Preciso subir o monte e os cipós não poderão prender meus pés. Não posso permitir.Vou com o sentimento de dever não cumprido, mas vou exatamente sabendo onde não passar.Vou com o coração doído, por já não ter as mesmas mãos dadas às minhas nessa caminhada triunfal.Vou, amando, indo, sentindo, chorando e rindo pelo que é e pelo que ainda será.Ora, as mãos que que me apoiam não bastam? Acalentam, apoiam, mas sinto falta de outras. No entanto, ainda que só em carne, já O teria. Mas, SUAS mão me conduzem. E eu devo conduzir outros para onde SUAS mãos me levam. E, quando busco, poucas eu pego - ainda. Não nego o coração rasgado pela ausência de quem, no início comigo esteve.Nem tudo será como era antes, eu sei. Mas, o amor será.Meu desejo de que cada um atinja seu nível de felicidade, sucesso, prosperidade e paz, será refletida em minhas conversas com DEUS, em meu olhar sincero, em meu braço apertado.Mas, a noite dá lugar ao dia e na luz vou caminhar, e conduzir, e amar.Os raios de Sol apontam na janela e é hora de levantar. De seguir meu caminho e de continuar a amar.Que ELE se faça ainda mais em ti e muito mais poderosamente!Beijo fraternal.

terça-feira, 21 de maio de 2013

EU NÃO SOU POBRE. POBRE É QUEM PRECISA MUITO PARA VIVER.


Mujica
O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou esta semana à rede estatal chinesa Xinhua que não concorda com o título que lhe foi atribuído pela imprensa internacional de “presidente mais pobre do mundo”, em razão de seu estilo de vida simples.Segundo ele, esse título é incorreto porque “pobres são aqueles que precisam de muito para viver”. Sua vida austera tem como objetivo “manter-se livre”.
“Eu não sou pobre. Pobre são aqueles que precisam de muito para viver, esses são os verdadeiros pobres, eu tenho o suficiente”, afirmou.
“Sou austero, sóbrio, carrego poucas coisas comigo, porque para viver não preciso muito mais do que tenho. Luto pela liberdade e liberdade é ter tempo para fazer o que se gosta”, disse o presidente. Ele considera que o indivíduo não é livre quando trabalha, porque está submetido à lei da necessidade. “Deve-se trabalhar muito, mas não me venham com essa história de que a vida é só isso”.
Assim como já fez com outros correspondentes internacionais, Mujica recebeu a equipe de reportagem chinesa em sua modesta propriedade rural em Rincón del Cierro, nos arredores de Montevidéu, ao lado dos cães e galinhas que cria.
Aos 77 anos, Mujica doa 90 % de seu salário de 260.000 pesos uruguaios (quase 28 mil reais) a instituições de caridade. Não possui cartão de crédito nem conta bancária. Sua lista de bens em 2012 inclui um terreno de sua propriedade e dois com os quais conta com 50% de participação, todos na mesma área rural – diz ter alma de camponês, e se orgulha de sua plantação de acelgas, e já pensa em voltar a cultivar flores.
Possui dois velhos automóveis dos anos 1980 (entre eles um Fusca com o qual vai ao trabalho) e três tratores. Segundo o presidente uruguaio, essa opção de vida surgiu durante os anos em que viveu preso sob duras condições (1972-1985) em razão de sua atividade de guerrilheiro. Ele foi membro dos Tupamaros, grupo que lutou contra a ditadura militar.
“Por que cheguei a esse ponto? Porque vivi muitos anos em que, quando recebia um colchão à noite para dormir, já me dava por contente. Foi quando passei a valorizar as coisas de maneira diferente”, disse ele sobre seus tempos de cárcere, quando disse ter conversado com rãs e formigas para “não enlouquecer”.
Ele afirmou duvidar que a próxima eleição presidencial, marcada para 2014, vá atrapalhar sua gestão, e se diz animado com um projeto pessoal para quando deixar o Executivo, em março de 2015: “Quando terminar esse trampo (changa em espanhol, referindo-se à Presidência) que tenho agora, vou me dedicar a fazer uma escola de trabalhos rurais nesta região”.
Quando perguntado se após deixar o governo ele tentará acumular fortuna, ele disse: “Depois terei de gastar tempo para cuidar do dinheiro e muito mais tempo da minha vida para ver se estou perdendo ou ganhando. Não, isso não é vida.”

O MERCADA DE MEDICAMENTOS NÃO TEM BASE MORAL

Albert Sabin, cientista que dispensa apresentações,  descobriu a vacina que leva seu nome e que foi aprovada pelo Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos em 1961. Seu produto, preparado com o vírus atenuado da pólio, poderia ser tomado oralmente e prevenia a contração da moléstia.
Sabin renunciou aos direitos de patente da vacina que criou, facilitando sua difusão e permitindo que crianças de todo o mundo fossem imunizadas contra a poliomielite. Sua descoberta efetivamente eliminou a pólio em quase todo o mundo
Não se fazem mais cientistas como Sabin. Atualmente, a corrida por registros e  patentes é uma forte marca da “inventividade humana”, aliás, na maior parte dos casos, produzidas por cientistas-empregados das grandes corporações de medicina, biologia e medicamentos. Onde foi parar a humanidade da ciência?
O noticiário internacional das últimas semanas mostrou que cerca de cem oncologistas de quinze países denunciaram em um artigo[1] os preços abusivos dos medicamentos contra o câncer necessários para preservar a vida dos doentes, particularmente nos Estados Unidos, e fizeram um apelo para que prevaleçam "as implicações morais".
Veja isto: Entre os doze tratamentos contra o câncer aprovados em 2012 pela agência americana que regula alimentos e medicamentos (FDA), onze custam mais de 100.000 dólares por ano. Segundo esses médicos especializados em leucemia, um custo desta magnitude não se justifica moralmente porque os medicamentos, dos quais dependem os doentes para preservar sua vida, não deveriam estar submetidos às leis do mercado.
"Quando um produto afeta a vida ou a saúde das pessoas, o preço justo deveria prevalecer por suas implicações morais", escreveram os médicos, dando como exemplo o preço do pão na época da fome, da vacina da poliomielite e de tratamentos de patologias crônicas como diabetes, hipertensão arterial ou tuberculose.
O mercado engole tudo. E, na medida em que os conservadores liberais passaram a  dominar o livre mercado e a defender que a economia deve ser deixada a si mesma, sendo que a ciência econômica deve ser neutra, isto é, não pode emitir juízos de valor, mas apenas descrever os fatos, parece que algo do humano de perdeu. E, de fato, um ser humano absolutamente “neutro”, sem uma base moral, não é “bem” um ser humano, pois falta algo nele. Falta um mínimo de senso de solidariedade, de bom senso, de conduta justa etc., enfim, de “humanidade”.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

"NÃO AO FETICHISMO DO DINHEIRO" AFIRMOU O PAPA.


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“O dinheiro deve servir, não governar.” Foi o papa quem disse isso ao receber, há poucos dias, os novos embaixadores de cinco países no Vaticano.
Na ocasião, falou sobre as raízes da crise financeira e do fosso entre pobres e ricos, caracterizado pelo “fetichismo do dinheiro” e pela “ditadura da economia”, que considera o ser humano “como um bem de consumo”. Trata-se do discurso mais compromissado até agora proferido por Francisco sobre as questões sociais.
“A maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo – disse o papa – continua vivendo em uma precariedade cotidiana com consequências funestas”.
Uma das causas dessa situação, segundo Francisco, está “na relação que temos com o dinheiro, em aceitar o seu domínio sobre nós e sobre as nossas sociedades”.
A origem da crise financeira que estamos vivendo tem “a sua primeira origem”, segundo o papa, “em uma profunda crise antropológica”, isto é, na “negação do primado do ser humano”.
“Criamos novos ídolos. A adoração do antigo bezerro de ouro encontrou uma nova e impiedosa imagem no fetichismo do dinheiro e na ditadura da economia sem rosto nem propósito verdadeiramente humanos”.
“Hoje, o ser humano – continuou – é considerado, ele mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois jogar fora.”

MORRE A 242ª VÍTIMA DA TRAGÉDIA EM BOATE DE SANTA MARIA


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Morreu neste domingo a 242ª vítima do incêndio ocorrido na Boate Kiss, em Santa Maria (RS).
Mariane Wallau Vielmo, 25 anos, estava internada no Hospital das Clínicas de Porto Alegre.
A morte de Mariane, que estava internada em estado grave na unidade de tratamento intensivo do hospital, ocorreu cerca de dois meses depois que a última vítima da tragédia.
O incêndio ocorreu na madrugada de 27 de janeiro, depois que uma fagulha de um sinalizador usado pela banda que realizava um show pirotécnico chegou ao teto da casa noturna e queimou a espuma de revestimento acústico.
O fogo se alastrou rapidamente e gerou uma fumaça formada por monóxido de carbono com cianeto.

sábado, 18 de maio de 2013

A JUSTA IRA DE MARILENA CHAUÍ


Você só encontra essa voz provocadora e inteligente na internet
A filosofa Marilena Chauí fez duas apreciações interessantes nesta semana, uma sobre a mídia, outra sobre a classe média.
Numa, sobre a mídia, ela foi econômica. Noutra, sobre a classe média, foi torrencial.
Em ambas, ela estava essencialmente certa.
Sobre a mídia, ela disse que qualquer apreciação que fizesse conteria obscenidades.
Veja a mídia. Globo, Veja, Folha, Estadão: como não concordar com Marilena Chauí?
A mídia defende abjetamente seus próprios interesses, e os de seus amigos, e não o interesse público.
As empresas jornalísticas não pagam os impostos devidos (o papel não é taxado, por exemplo), gozam de uma absurda reserva de mercado (estrangeiros só podem ter 30% das ações) e historicamente se alinharam às ações mais nocivas contra o povo brasileiro, como o golpe militar de 1964.
A mídia brasileira precisa de um choque do capitalismo que prega mas que não pratica: tem que ser exposta à competição internacional e tem que criar vergonha na cara e parar de mamar no Estado, do qual sempre extraiu financiamentos a juros que são um assalto ao contribuinte.
Boa parte da gestão inepta das empresas jornalísticas brasileiras reside nisso – nas vantagens que elas recebem de sucessivas administrações.
Isso acabou criando culturas corporativas em que você acha que é mais fácil resolver problemas com um telefonema ao presidente ou ao ministro do que com habilidade gerencial.
A internet apareceu para libertar a sociedade do monopólio de opinião das empresas de mídia, e isso é um fato que deve ser comemorado.
Você só tem acesso a Marilena Chauí na internet. Em compensação, ”pensadores ”, aspas, como Vilas, Magnolis, Pondés et caterva estão em toda parte, como pernilongos na praia, defendendo o mundo da iniquidade que foi sempre a marca do Brasil.
Sobre a classe média, Marilena Chauí também está certa.
Historicamente, a classe média é, em geral, o que existe de mais reacionário numa sociedade.
Nas grandes transformações da humanidade, como na França de 1789, lá estava a classe média na defesa assustada da manutenção da ordem.
Na Alemanha de 1933, foi a classe média que pôs Hitler no poder. Nos Estados Unidos destes dias, é a classe média — obesa, entupida de pipoca e coca cola gigante, sentada no sofá vendo blockbusters de Hollywood —  que dá sustentação a guerras como a do Iraque e a do Afeganistão.
Uma das razões do sucesso escandinavo como sociedade é que, lá, a classe média foi educada, e aprendeu a importância do verbo repartir.
A classe média brasileira ainda está bem longe disso. É racista, preconceituosa, homofóbica. Detesta negro, detesta nordestino, detesta gays.
Detesta tanta coisa que, exatamente por isso, é detestável, como disse Marilena Chauí

sexta-feira, 17 de maio de 2013

UM CONVITE A VOCÊ, UM CONVITE AO MUNDO.

Ilumine o mundo. 

Traga luz a quem necessita. Traga a alegria a quem de um sorriso precisa. Divida com outros tuas lindas experiências. Transmita a outros o que de sábio tem aprendido.

Faça refletir a tua luz. Portanto, retire as camadas de tristezas, de incertezas, de medos ou perturbações. Não dê a tais camadas maior ênfase do que de fato necessitam.

Dê bom dia à vida! Agradeça verbalmente e no teu interior por todas as coisas boas que lhe são dadas, conferidas.

Pare de dar mais foco às coisas não muito boas, às palavras não muito edificantes, aos desejos não muito salutares.

Não dê ouvidos a quem não acredita, a quem não possui um sentimento sincero e verdadeiro sobre você.

Acredite, confie! Teus passos firmes te conduzirão ao que sempre almejou ou ao que nunca imaginou: o cumprimento fiel e total do que há de melhor sobre a tua vida, segundo o que ELE planejou.

Transmita no teu sorriso o contentamento e a satisfação que estão aí dentro. Comece a espalhar pelo ar teus sentimentos mais puros contaminando outras pessoas.

Vá ao ar livre, levante a tua cabeça, abra os teus braços e sinta-se integrante e parte fundamental de todo o universo. Veja-se como uma criatura ímpar e amparada por ELE.

Abrace-O e deixe-se envolver pelo amor e carinho do ALTÍSSIMO.

Não te preocupes com dogmas, com doutrinas. Apega-te à essência. A essência limpa e reluzente que se traduz em poucas palavras, mas com as quais poderíamos escrever um livro: sermos a imagem e semelhança de quem nos criou.

Vá! Não perca tempo. Dissemine aos outros o que há aí dentro!

Um beijo fraternal.

SINAIS PARECIDOS CONFUNDEM O PACIENTE


Gripe caracteriza-se por sintomas mais intensos que o resfriado, a começar pela febre alta
A campanha nacional de vacinação contra a gripe encerrou na semana passada, superando a meta de cobertura proposta pelo Ministério da Saúde. No país, mais de 80% do público-alvo foi imunizado. Entretanto, a prevenção cotidiana contra a gripe e outros males típicos deste período de temperaturas mais baixas deve continuar. 
Com o frio, a tendência é fechar portas e janelas; e é justamente assim, em locais fechados e cheios de gente, que vírus e bactérias aproveitam para se espalhar e provocar os sintomas que todos conhecem: coriza, obstrução nasal, diminuição do olfato e do paladar, nariz entupido, rouquidão, febre, dores pelo corpo. As “doenças de inverno” causam sintomas muito semelhantes. Diferenciar uma gripe de um resfriado, ou até mesmo de uma sinusite ou rinite não é fácil, mas essa distinção é imprescindível para tratá-las de forma adequada.
O resfriado é uma infecção causada geralmente pelo rinovírus, que acomete principalmente nariz e garganta. Sua transmissão é feita pelo contato com outras pessoas via tosse, espirro, a própria fala ou até objetos contaminados. Não há remédio específico para os vírus do resfriado. Os medicamentos usados visam aliviar os sintomas. A recomendação é manter uma alimentação saudável, boa hidratação, evitar bebidas alcoólicas e permanecer em repouso relativo.
A gripe é um problema respiratório causado pelo vírus influenza. Os sintomas são semelhantes aos do resfriado; porém, mais intensos, a começar pela febre, que é alta em caso de gripe. A forma de transmissão é a mesma dos resfriados. Para tratar, também são indicados remédios que amenizam os sintomas, além de repouso. Em alguns casos, pode ser necessário usar antivirais, cujo objetivo é exterminar o influenza, mas só um médico pode fazer essa avaliação.

O TRABALHO QUE O TRABALHO DÁ

E disse a madame: hoje insistem em mesclar gente de classes sociais diferentes, como se todos tivessem tido os mesmos berços...

E disse a madame: Imagina, agora minha empregada é administrada pelo governo, com essas leis absurdas! Como se nós, patrões, não tratássemos bem essas coitadas que nascem na favela, em meio à pobreza, e têm a sorte de arranjar um emprego em nossas famílias.
A Maria das Dores, por exemplo, não tinha onde cair morta. Pai bebum, mãe lavadeira, uma penca de irmãos. A menina começou aqui em casa como babá de meu filho caçula, o George. Ensinei a ela hábitos de higiene, dei uniforme branco, deixo que leve para casa o que sobra dos jantares que meu marido oferece aos clientes.
Pagava a ela meio salário mínimo e mais o transporte. No aniversário dela e no Natal eu dou presentes. A pobre da menina se dobra em agradecimentos, tão generosa sou com ela. Ela cuida bem do George: limpa o cocô dele, dá banho, lava e passa as roupinhas dele, jamais esquece hora das mamadeiras. Leva-o todas as manhãs para tomar sol na pracinha. E nunca se queixou de, se preciso, ficar aqui em casa além da hora combinada.
Às vezes eu e meu marido temos de jantar fora e a das Dores fica com a criança, põe para dormir, e depois assiste à TV, até retornarmos. Nunca reclamou de sair mais tarde um pouquinho. Agora vem o governo com essa história de 44 horas semanais, carteira assinada, pagamento de horas extras, Fundo de Garantia, multa de 40% para demissão sem causa justa etc.
Ora, isso é coisa para trabalhador, como faz meu marido lá na empresa dele. A das Dores não é trabalhadora, é empregada. Como a Fátima, nossa cozinheira. Trabalha há nove anos conosco. É separada do marido, os dois filhos são adultos, ela dorme aqui no quartinho de empregada e só volta para a família aos domingos.
Nunca reclamou dessa boa vida que damos a ela. Pelo contrário, fica agradecida por dormir em um lugar seguro, confortável, com lençóis limpos, banheiro próprio, nada daquela promiscuidade da casinha em que a família dela habita na periferia, onde moram o irmão, a cunhada e quatro filhos.
Pra que isso de direitos trabalhistas para quem está feliz da vida? Negra retinta, se tivesse nascido há dois séculos, teria com certeza sido escrava. Agora tem seu quartinho arrumado, TV, acesso livre à geladeira da família. E come da mesma comida que prepara para nós. Quando é que aí fora ela comeria camarões flambados, suflê de frutos do mar, codornas recheadas?
Não sei por que o governo se mete tanto em nossas vidas! Pensa que somos um bando de escravocratas que trata mal as empregadas? Chega de burocracia. Agora vou ter que pagar, além dos salários, impostos para manter aqui a das Dores e a Fátima. Como se na velhice elas não fossem ter aposentadoria!
Ora, a mãe da Fátima, que trabalhou 20 anos na casa do meu sogro, ao se aposentar foi morar lá na roça onde nasceu e obteve aposentadoria rural. Precisa o governo criar ainda mais burocracia para nós, patrões, que damos emprego a quem não tem instrução, casa própria, nem onde cair morto?
Outro dia eu e meu marido entramos no avião e, no assento do corredor, ao nosso lado, tinha um homem mal vestido, cara de peão de fazenda, que na hora de servirem o lanchinho perguntou se era de graça... Era.
Nas viagens de avião em rotas nacionais já não há mais aquele glamour de outrora, os comissários de bordo servindo uísque, vinhos, pratos quentes. Hoje misturam alhos com bugalhos, e insistem em mesclar gente de classes sociais diferentes, como se todos tivessem tido os mesmos berços.
Meu Deus, aonde o Brasil vai parar desse jeito!?