sexta-feira, 31 de maio de 2013

SOLUÇÕES: DO GRITO DA TERRA AO PLANTIO DIRETO

Do Grito da Terra ao plantio direto: soluções

Dois temas guardam uma relação estreita entre si, embora transitem por ambientes absolutamente distintos. O que há de comum entre o Grito da Terra Brasil e o plantio direto? A busca de respostas através de ações simples, porém ousadas, refletidas e planejadas.
A mobilização de milhares de agricultores familiares por avenidas e gabinetes de Brasília conseguiu o atendimento a grande parte das reivindicações apresentadas pela categoria. Mais do que isso: pela primeira vez as lideranças do movimento foram recebidas em audiências por 14 ministros, sinal de interesse e respeito. Para determinados itens pleiteados, a certeza de continuidade de negociações, com portas abertas ao diálogo, pode ser até mais relevante do que o anúncio de medidas precipitadas, imediatistas e demagógicas.
Além das providências adotadas e detalhadas em quase 40 reuniões, os produtores rurais aguardam com ansiedade o dia 6 de junho, quando o governo divulga o Plano Safra 2013/2014, com recursos para custeio e investimento.
Merece aplausos o catarinense Herbert Arnold Bartz, que há 40 anos viajou à Europa e Estados Unidos em busca de uma saída para o problema que o atormentava: ver a erosão avançando sobre terras férteis. De sua audácia, com boa dose de empreendedorismo, surgiu no Brasil o sistema de plantio direto na palha.
Bartz chegou a ser classificado de louco, injustiça corrigida em pouco tempo, com sua elevação à galeria dos gênios, porque a novidade é ambientalmente mais adequada, preservando o solo e reduzindo a emissão de gases, e, economicamente, traz vantagens. A determinação e a persistência, com a simplicidade e a honestidade dos que estão imbuídos de boas intenções, continuam construindo atalhos para a conquista de resultados – individuais, de grupos ou de uma categoria.

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