domingo, 5 de maio de 2013

O DINHEIRO É UM PÉSSIMO PATRÃO, MAS PODE SER UM BOM EMPREGADO.

O nome não importa. Era um homem comum. Tinha pouco dinheiro, mas muita felicidade. Sentia-se contente com a própria vida, com a profissão e com a família, embora existissem muitas coisas que ele não podia comprar por falta de dinheiro. Certo dia, quando caminhava pela estrada, encontrou, numa lata de lixo, um volume com grande quantidade de dinheiro. Seu primeiro impulso foi levar o dinheiro para casa, imaginando o que poderia comprar com aquela fortuna.
Refletindo melhor, porém, decidiu: não vou pegar este dinheiro. Até então fora feliz e conhecera pessoas com muito dinheiro e pouca felicidade. E concluiu: prefiro continuar vivendo com pouco dinheiro e muita dignidade. As notas ficaram profundamente chocadas com a atitude: você deve ser um completo idiota! Todo mundo corre atrás de nós e você nos recusa e despreza! Como castigo, garantiram as notas, você não conhecerá a felicidade e a realização pessoal. Quantos gostariam de estar no seu lugar! Você ainda vai se arrepender, mas será tarde demais. Com dinheiro, tudo se compra, seu bobo.
Enquanto se afastava da lixeira, ele foi respondendo: é verdade, com o dinheiro eu poderia comprar uma cama de ouro, mas não poderia comprar o sono; poderia construir um palácio, mas nunca um lar verdadeiro. Poderia comprar livros, mas não a sabedoria; poderia adquirir belas roupas, mas não a elegância. Poderia comprar remédios, mas não a saúde. Até mesmo com dinheiro poderia comprar um belo funeral, mas não uma morte digna. Com o dinheiro se pode adquirir quase tudo o que é perecível, mas não se compra o essencial; pode-se comprar coisas da terra, mas não as do céu. E concluiu: fique onde está, pois esse é o teu lugar - a lata de lixo.
Na realidade, o dinheiro é uma mediação, pode servir para o bem e para o mal. O dinheiro pode ser sagrado ou maldito. Depende de como ele é empregado. O dinheiro precisa conhecer seu lugar: o lugar do serviço. Ele é um péssimo patrão, mas pode ser um ótimo empregado. O próprio Jesus adverte sobre a dificuldade do rico de entrar no Reino dos Céus. 
O dinheiro tem a tendência de se tornar o valor absoluto, derivando para a ganância, a avareza e a injustiça. O sábio indiano Mahatma Gandhi constatava: o mundo tem recursos suficientes para atender todas as necessidades de todas as pessoas, mas não tem o suficiente para satisfazer a ganância de poucos.
Um homem de fé rezava: “Senhor, não te peço o muito, mas não precisa ser o muito pouco; dai-me apenas o suficiente. E um coração agradecido”.

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