domingo, 31 de julho de 2011

NÂO ESQUEÇA: TEMOS QUE CONTAR COM NÓS MESMOS.

Temos que contar com nós mesmos e, no entanto, quase sempre depositamos nossa felicidade (ou nossa infelicidade) nos outros. Ninguém pode nos ajudar se nós próprios não nos ajudamos. Ninguém mesmo: nem a mãe, o pai, o amigo, o irmão, a namorada ou a mulher. Ninguém. Vivemos num mundo em que a solidão é tratada como um anátema, um estigma, um mal a evitar. Um grande homem da Roma Antiga disse que jamais estava menos só do que quando estava só, entregue às reflexões. E no entanto poucas coisas nos enchem de tamanho horror quanto a solidão. É porque não contamos com nós mesmos. E assim – e lá vou eu para mais uma de minhas citações favoritas – estamos sempre fugindo de nós mesmos. Lucrécio, a quem possa interessar.

A única coisa que temos sob nosso controle somos nós. É com você mesmo que você deve contar. Não pode haver mais sólido refúgio do que esse contra as adversidades e incertezas da vida.

CORAGEM MEU AMIGO. MUITA CORAGEM.

Tantas palavras têm força dentro de uma frase pronunciada. Outras palavras falam mais alto em determinados momentos. Mas há uma palavra que soa bem sozinha e em todos os momentos: coragem! Se a pessoa está fazendo uma ação empenhativa e benéfica, dizer-lhe “coragem!” vale um incentivo para prosseguir e reunir mais energia para chegar a bom termo. Se alguém está doente, a coragem lhe dá melhores condições para enfrentar o sofrimento. Na hora do desânimo, ouvir de uma pessoa amiga a palavra “coragem!” é acolher uma certeza de que todos os caminhos de superação estão abertos.

Antes de ser palavra, a coragem é um recurso que vem com a própria dinâmica da vida. Não é estranho se atribuir coragem até a seres do reino vegetal. No sertão da Bahia, um agricultor falava, com gosto, da coragem de algumas plantas viverem e produzirem frutos em tempo de grandes secas. Na catástrofe do Japão, um jornalista fez um longo comentário sobre a coragem de um cão de estimação. Tendo ficado no meio dos escombros, conseguiu libertar-se e percorrer longos caminhos à procura dos donos, até encontrá-los.
Mesmo sem ter uma definição lógica atribui-se à coragem o milagre da constante superação. Arrancar, a partir de dentro, recursos que surpreendem até mesmo quem os tem, é um resultado evidente da coragem de ser e de viver que o Criador dotou suas criaturas, particularmente o ser humano.
A coragem, dom de Deus que vem com o dinamismo da vida, muitas vezes pode ficar adormecida. Outras vezes, pelas circunstâncias deprimentes, pode recuar e até ser substituída pelo desânimo. Em nossos dias parece aumentar o número dos deprimidos. Proclamar a palavra “coragem!” pode ser um remédio eficaz a ser oferecido gratuitamente.
Se a coragem vem com o dinamismo da vida, mais verdadeira e forte ela se torna quando a pessoa cultiva o segredo da fé. Contar com os recursos naturais é bom, mas não nos são suficientes. Quando se tem a certeza do sobrenatural agindo em nós e se consegue acolhê-lo, a coragem vai se tornando imbatível.
Amigo(a) leitor(a), “coragem! “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e moderação”

A DIVERSIDADE QUE NOS UNE

Até 14 de agosto, Nova Petrópolis se transforma na capital gaúcha do folclore. Durante 16 dias, comunidade e visitantes participam das mais variadas manifestações artísticas de 100 grupos, sendo 11 internacionais, durante o 39º Festival Internacional do Folclore, sob o slogan “A diversidade é que nos une”.

A decoração e o colorido das ruas e praças evidenciam que a cidade está em festa. A primeira atração do evento será o baile infantil, dia 30 de julho, com os jogos típicos germânicos, adaptados para as crianças. Os jogos retratam atividades dos antepassados que colonizaram o município.

FAMILIA...É POR AÍ QUE PASSA O FUTURO.

O movimento cultural conhecido como modernidade é, decididamente, contra o passado e seus valores. Para ele, só é válido o progresso, a ciência experimental e a subjetividade. Tudo o que é tradicional é jogado na lata de lixo da história. Sendo a religião e a família os valores mais expressivos, contra elas se dirigem os mais ferozes ataques. Mesmo assim, a religiosidade, em que pesem suas ambiguidades, sobrevive de uma maneira intensa, como em nenhuma época da história.
As estatísticas dizem que diminuem os casamentos religiosos e crescem as separações. Em face disso cresce o valor profético dos esposos cristãos que assumem esse estado de vida e suas consequências. É preciso apostar na família, mesmo porque ela não tem alternativas válidas.


INICIOU A MARCHA DO 15-M.

Uma nova jornada começou rumo a Bruxelas, sede do Parlamento Europeu. Essa marcha internacional, que iniciou dia 26 de julho, em Madri, chegará a seu destino no dia 8 de outubro, uma semana antes do ato planejado pelo movimento Democracia Real Já. Trata-se de uma mobilização, prevista para 15 de outubro, cujo objetivo será o de declarar que os cidadãos não são mercadorias na mão de políticos e banqueiros.

Diante da atual opressão das forças policiais espanholas, parece que os integrantes do 15-M, que se autodenominam não-violentos, já escolheram suas armas: a comunicação com a sociedade, por meio da tomada de ruas e estradas, e também pelo uso da Internet para a criação de formas de expressão alternativas. Exemplo disso é o blog http://tomalaplaza.net/, que reúne informações de diversas acampadas espalhadas pela Espanha.




CRISE AMERICANA A INCERTEZA DO FUTURO

O capitalismo americano não vai acabar hoje, seja qual for o resultado do escrutínio fiscal no Congresso. Mas o episódio fixa uma nova estaca na história da crise mundial. Obama não se mostrou uma alternativa política aos interesses  enfeixados pela supremacia das finanças desreguladas. Ao contrário. A crise fiscal evidenciou a  monopolização do sistema político norte-americano por uma direita extremista, filha da madrassa neoliberal ativada nas últimas décadas.Embebida em um laissez-faire rudimentar indissociável de uma visão de mundo belicista, que busca compensar a desordem intrínseca a sua ideologia com uma pregação moralista e religiosa de sociedade, a ortodoxia extremista coloca o mundo à mercê de uma potencia incapaz de exercer seu poder com algum equilíbrio. Ademais de irradiar instabilidade financeira, os EUA se transformam em fonte de insegurança política global. A negociação fiscal escancarou o que estava subentendido e consolidou uma dimensão  atemorizante do passo seguinte da história. Os países em desenvolvimento devem extrair as lições embutidas nesse episódio. E blindar sua agenda econômica e social contra os solavancos implícitos no ciclo que se anuncia.

sábado, 30 de julho de 2011

QUATRO PRINCÍPIOS E QUATRO VIRTUDES SÃO NECESSÁRIAS PARA MINIMIZAR A CRISE

Como diz Leonardo Boff:
Meu sentimento do mundo me diz que quatro princípios e quatro virtudes serão capazes de garantir um futuro bom para a Terra e à vida. Aqui apenas os enuncio sem poder aprofundá-los, coisa que fiz em várias publicações nos últimos anos.

A frase de Einstein goza de plena atualidade: “o pensamento que criou a crise não pode ser o mesmo que vai superá-la”. É tarde demais para fazer só reformas. Estas não mudam o pensamento. Precisamos partir de outro, fundado em princípios e valores que possam sustentar um novo ensaio civilizatório. Ou então temos que aceitar um caminho que nos leva a um precipício. Os dinossauros já o percorreram.
Meu sentimento do mundo me diz que quatro princípios e quatro virtudes serão capazes de garantir um futuro bom para a Terra e à vida. Aqui apenas os enuncio sem poder aprofundá-los, coisa que fiz em várias publicações nos últimos anos.
O primeiro é o cuidado. É uma relação de não agressão e de amor à Terra e a qualquer outro ser. O cuidado se opõe à dominação que caracterizou o velho paradigma. O cuidado regenera as feridas passadas e evita as futuras. Ele retarda a força irrefreável da entropia e permite que tudo possa viver e perdurar mais. Para os orientais o equivalente ao cuidado é a compaixão; por ela nunca se deixa o outro que sofre abandonado, mas se caminha, se solidariza e se alegra com ele.
O segundo é o respeito. Cada ser possui um valor intrínseco, independetemente de seu uso humano. Expressa alguma potencialidade do universo, tem algo a nos revelar e merece exisitir e viver. O respeito reconhece e acolhe o outro como outro e se propõe a conviver pacificamente com ele. Ético é respeitar ilimitadamene tudo o que existe e vive.
O terceiro é a responsabilidade universal. Por ela, o ser humano e a sociedade se dão conta das consequências benéficas ou funestas de suas ações. Ambos precisam cuidar da qualidade das relações com os outros e com a natureza para que não seja hostil mas amigável à vida. Com os meios de destruição já construidos, a humanidade pode, por falta de responsabilidade, se autoeliminar e danificar a biosfera.
O quarto princípio é a cooperação incondicional. A lei universal da evolução não é a competição com a vitória do mais forte mas a interdependência de todos com todos. Todos cooperam entre si para coevoluir e para assegurar a biodiversidade. Foi pela cooperação de uns com os outros que nossos ancestrais se tornaram humanos. O mercado globalizado se rege pela mais rígida competição, sem espaço para a cooperação. Por isso, campeiam o individualismo e o egoismo que subjazem à crise atual e que impediram até agora qualquer consenso possível face às mudanças climáticas.
Os quatro princípios devem vir acolitados por quatro virtudes, imprescindíveis para a consolidação da nova ordem.
A primeira é a hospitalidade, virtude primacial, segundo Kant, para a república mundial. Todos tem o direito de serem acolhidos o que correspode ao dever de acolher os outros. Esta virtude será fundamental face ao fluxo dos povos e aos milhões de refugiados climáticos que surgirão nos próximos anos. Não deve haver, como há, extra-comunitários.
A segunda é a convivência com os diferentes. A globalização do experimento homem não anula as diferenças culturais com as quais devemos aprender a conviver, a trocar, a nos complementar e a nos enriquecer com os intercâmbios mútuos.
A terceira é a tolerância. Nem todos os valores e costumes culturais são convergentes e de fácil aceitação. Dai impõe-se a tolerância ativa de reconhecer o direito do outro de existir como diferente e garantir-lhe sua plena expressão.
A quarta é a comensalidade. Todos os seres humanos devem ter acesso solidário e suficiente aos meios de vida e à seguridade alimentar. Devem poder sentir-se membros da mesma família que comem e bebem juntos. Mais que a nutrição necessária, trata-se de um rito de confraternização.
Todos os esforços serão em vão se a Rio+20 de 2012 se limitar à discussão apenas de medidas práticas para mitigar o aquecimento global, sem discutir outros princípios e valores que podem gerar um consenso mínimo entre todos e assim conferir sustentabilidade à nossa civilização. Caso contrário, a crise continuará sua corrosão até se transformar num tragédia. Temos meios e ciência para isso. Só nos faltam vontade e amor à vida, à nossa, e a de nossos filhos e netos. Que o Espírito que preside à história, não nos falte.






sexta-feira, 29 de julho de 2011

OBAMA COCHILOU E CACHIMBO PODE CAIR



É muito difícil que haja um acordo de médio e muito menos de longo prazo, hoje, no Congresso americano, sobre a elevação do teto da dívida.

O Governo Obama deu sinais de que não trancará o pé e vai ceder às pressões dos republicanos por cortes nas despesas sociais e para evitar aumentos de impostos sobre os mais ricos.
Agora à tarde, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney afirmou que o governo pode considerar concordar com uma elevação do teto da dívida norte-americana por alguns dias se isso for necessário para se chegar a um acordo final.
Uma operação “cata-moedinha” que revela o tamanho do impasse que os republicanos impuseram a Obama.
Obama está, já disse o Premio Nobel Paul Krugman, louco para ceder.
Mas os republicanos, tanto quanto ele de olho nas eleições, não parecem dispostos a deixar de esticar a corda.
Obama praticamente jogou fora as esperanças de que a votação de hoje à noite possa apontar uma saída. Já se disse disposto a passar o final de semana em reuniões à procura de uma saída antes de quarta-feira, data fatal para o início do calote.
E nós, aqui, que não temos nada com isso, vamos vivendo o risco de uma crise que, de uma hora para outra, mude os fluxos de capitais e desequilibre a situação que, à custa de muito prejuízo cambial, vamos conseguindo manter.

A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE

Amigo é o irmão ou parente que escolhemos. Amigo é quem se dá, se entrega, que respeita, que está de prontidão para nos ajudar: seja com uma palavra de carinho, seja com advertência ou repreensão. Amigo quer o bem. Emana o bem.

A palavra amizade vem do latim “amicitate”, que significa relacionamento amistoso ou reciprocidade de afeto. Reciprocidade de afeto...
Quem é amigo não quer algo em troca de um favor. Na verdade, talvez o único favor que ele venha a querer é que continuemos evoluindo, crescendo, sendo felizes, ver-nos completos. Ser amigo é trocar idéias, expor sentimentos, é estar sempre disposto a ouvir sem necessariamente dar razão.
Amizade é para toda a vida. Amizade é eterna. Os laços de amizade se perpetuam mesmo estando a longas distâncias ou há anos sem se falar, sendo rapidamente aquecida, renovada, fortalecida. A amizade rompe barreiras, quebra paradigmas, dá de ombros para as diferenças, sejam elas sociais, raciais ou religiosas.
Amizade é poder dar e receber carinho. Dar e receber atenção. Amizade vai além de um simples convívio. Ela requer entrega. Uma entrega que não nos esgota. Amizade é poder compartilhar bons e maus momentos. É tal como um casamento: na alegria e na tristeza, na saúde e na enfermidade, faça chuva, faça sol...

F.I.M

INFORMAÇÃO DESVIADA

O cidadão brasileiro já não fica tão indiferente quando descobre que um político – ou um agente público, um burocrata estatal, devidamente apadrinhado por um político – andou surrupiando seu dinheiro. Ele se aborrece, ao menos um pouco. A opinião pública protesta e a imprensa, cada vez mais, noticia. Os organismos oficiais encarregados de investigar e julgar atos de corrupção põem-se a trabalhar – embora, admitamos, em matéria de malversação do erário a impunidade ainda seja uma sólida instituição nacional. De todo modo, nesse quesito, o Brasil caminha. A vida dos ladrões dos cofres públicos ainda é farta, compensadora, mas não é tão fácil como já foi. Alguma reação existe.

Agora, quando o assunto é informação pública, a atitude é totalmente outra. Se um governante conta mentira, pouca gente se incomoda. Se a assessoria de imprensa de um ministério dificulta o trabalho dos repórteres, acusando-os de “trabalhar para a oposição” – um bordão que nos acompanha desde o Império, mas se agravou a partir do século 20 –, nada a fazer. Os repórteres resignam-se e tentam outro caminho – ainda bem que não desistem. Se órgãos de Estado escondem dados essenciais para os direitos do cidadão, ora, o nosso senso comum dá de ombros.
Em síntese, o estado atual da nossa cultura política apresenta estas duas inclinações bem nítidas. A primeira é o empenho mediano, apenas mediano, em reduzir a dose, ao menos a dose, de desvio de dinheiro público. A segunda é a complacência integral de toda gente com a autoridade pública que, para preservar a própria imagem, sonega informações de interesse público. Aceitamos, assim, que a informação sob guarda da autoridade seja administrada segundo lógicas partidárias. Na nossa prática, ela não é um direito do cidadão, mas uma ferramenta do proselitismo governista.

RISCO DE CALÓTE FAZ O MERCADA FALAR EM CATACLISMA

Os Estados Unidos estão a uma semana de serem obrigados a suspender os pagamentos à sua administração pública, aos veteranos de guerra e a credores estrangeiros se o governo Obama e o Partido Republicano não resolverem a queda de braço em torno do limite da dívida pública. Fundo Monetário Internacional e Wall Street falam em "cataclismo" de âmbito mundial se esse cenário se concretizar. A dívida pública norte-americana é de 14,3 trilhões de dólares, equivalente a cerca de 100 por cento do PIB do país.

Existe a convicção de que as duas partes não irão até à ruptura mas reina o nervosismo nos mercados financeiros e respectivos símbolos, desde a diretora geral do FMI a Wall Street, que não hesitam em recorrer à palavra “cataclisma” de âmbito mundial se o cenário se concretizar.
São muitas as divergências entre Obama e os democratas de um lado e os republicanos, que dominam a Câmara dos Representantes, do outro. No entanto, que impede verdadeiramente o acordo é o calendário para integração do limite do déficit no orçamento. A Casa Branca insiste que a alteração deve fazer-se de uma só vez, válida até 2013, portanto já depois das eleições presidenciais do próximo ano. Os republicanos, através do presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, pretendem que a operação seja a dois tempos: um aumento até fevereiro ou março de 2012 e o outro até 2013.
Obama contesta porque, em seu entender, uma crise do mesmo tipo seria reaberta dentro de nove meses, praticamente já em plena campanha eleitoral; Boehner argumenta que o presidente “quer um cheque em branco”. Analistas políticos norte-americanos consideram que o duelo é uma verdadeira queda de braço com um conteúdo eleitoral em que ambas as partes testam reacções perante as suas próximas linhas econômicas e orçamentárias.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

PT DE HORIZONTINA DEVERÁ TER CANDIDATO PROPRIO.

As secções do PT de Belo Horizonte e Rio de Janeiro estão aptas a ilustrar o que não se deve fazer com o Partido dos Trabalhadores. São dois robustos exemplos a serem evitados pelas demais seccionais do partido, no Brasil todo.

Tanto em BH, quanto no Rio, as direções petistas optaram pela linha de menor esforço, qual seja, a de cumprirem o papel de coadjuvantes de candidatos liberais, nas últimas eleições. Nas próximas, já não serão mais coadjuvantes, porque perderam a condição política de reivindicar protagonismo. Serão, pois, meros figurantes de um cenário eleitoral para o qual estarão sem fala, sem personalidade política, sem reconhecimento social e, sobretudo, sem direito de participação e decisão.
Este cenário pobre e despolitizado deve ser rejeitado pelos militantes petistas de Horizontina. A candidatura própria é condição inafastável para o PT local. É preciso apresentar um candidato à altura das conquistas consagradoras do partido no Rio Grande do Sul e no Brasil. Esse candidato deve representar um programa que considere e resgate aquelas conquistas e aponte novas superações.

O QUE FORAM AS MEDIDAS ANTI-EXPUCULAÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO.

Como os jornais não se ocupam de explicar as coisas, vamos tentar entender porque a medida anunciada hoje pelo Governo vai – embora sem a força que poderia ter – ao centro do alvo da especulação financeira com o dólar, ao taxar (minimamente, é verdade, com 1%) o mercado de derivativos.

Bom, mas o que são, afinal, estes tais derivativos?
São os contratos futuros baseados em um ativo (daí o nome de derivativos). E o ativo, no caso, é o dólar.
A função original do mercado de futuros é, simplesmente, “proteger” uma operação realizada em moeda estrangeira.
Uma empresa, por exemplo, que tome um empréstimo em dólar, vai ao mercado futuro de dólar e “compra” – na verdade apenas deposita uma pequena garantia, em torno de 10% – dólares que lhe permitam, em parte, honrar o pagamento do débito, pagando um premio de juros por isso.
É uma espécie de “seguro” que se faz contra uma oscilação brusca da moeda.
Mas este mercado passou a ser o centro da especulação da moeda.
Como é que funciona?
Quem tem capta dinheiro no exterior, bancos ou empresas, compra, para cobrir essa dívida.
Os especuladores, porém, vendem o dólar que possuem. Como são grandes volumes, isso pressiona para baixo a cotação do dólar.
Os números do Banco Central apontam para uma posição “comprada” dos bancos na faixa de US$ 15 bilhões. Já os investidores não-residentes no Brasil tinham uma posição “vendida” superior a US$ 20 bilhões.
Como qualquer mercadoria, também o dolar se desvaloriza quando tem mais gente querendo vender do que querendo comprar.
Taxar essa exposição ao dólar é correto e acertado. Mas será, como o aumento do IOF, paliativo.
O mercado já “precificava” – isto é, levava em consideração – esta medida. O movimento de alta hoje foi, basicamente, provocado por quem tinha posições muito vulneráveis. Em tese, os investidores estrangeiros deveriam cessar a especulação com dólar e ir para outras bandas.
Mas está difícil de achar outras bandas com o potencial de lucros do Brasil. Então, eles vão se adaptar, como se adaptaram ao IOF sobre aplicações de curto prazo.
Mas é compreensível que o Ministro Guido Mantega esteja indo, como se diz no Rio, “no sapatinho”.
Controle cambial, que é o nome do remédio que pode atenuar essa exposição do real – e isso é perigoso, como nos mostrou a crise de 2008, quando o dólar subiu quase 50% em apenas um mês – ainda é uma heresia no mundo das finanças.
Agora, é esperar o desfecho da intrincada situação dos EUA e da Europa , que pode deter ou reverter este fluxo de capitais “órfãos” de opções seguras e rentáveis como as que fazem aqui.
Mas aí não vamos ter tempo de ficar “telegrafando passe” como foi desta vez, apelando para que – como diz o economista Paulo Nogueira Batista – a “turma da bufunfa” aceite os apelos à racionalidade.
Porque boiada estourada não é racional.


O governo brasileiro anunciou a doação de 53 mil toneladas de alimentos -- o equivalente a 27,5 milhões de dólares -- para a região do Chifre da África, que sofre com uma grande onda de seca e fome. A Somália irá receber 38 mil toneladas de alimentos e a Etiópia, 15 mil As informações são do Ministério das Relações Exteriores e da ONU (Organização das Nações Unidas).

A Companhia Nacional de Abastecimento está separando os carregamentos de arroz, feijão e milho que serão transportados de navio pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), o maior organismo humanitário do Sistema das Nações Unidas.

A TRAGÉDIA NA NOROEGA DEVERÁ LEVAR A EUROPA A AGIR CONTRA O EXTREMISMO

Qualquer pessoa que tenha dado uma olhadela às páginas web dos grupos racistas, ou seguido os debates online dos jornais noruegueses, terá notado a fúria com que se difunde a islamofobia; o ódio venenoso que escritores anônimos vomitam contra as ideias anti-racistas e contra a esquerda política. O terrorista de 22 de julho participava nesses debates. Foi um membro ativo de um dos grandes partidos políticos noruegueses, o partido populista de direita (Partido do Progresso da Noruega). Abandonou-o em 2006 e procurou a sua ideologia na comunidade de grupos anti-islamistas da Internet.


Quando o mundo acreditava que isto era obra do terrorismo islâmico internacional, todos os homens de Estado, de Obama a Cameron, disseram que estavam ao lado da Noruega na nossa luta contra o terrorismo. E agora, em que consiste a luta? Todos os dirigentes ocidentais têm o mesmo problema dentro das suas fronteiras. Travarão uma guerra contra o crescente extremismo de direita, contra a islamofobia e o racismo?
Umas horas depois da explosão, o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, disse que a nossa resposta ao ataque deveria ser mais democracia e mais abertura. Se se comparar com a resposta de Bush aos ataques do 11 de Setembro, há razões para nos sentirmos orgulhosos. Mas no rescaldo da mais terrível experiência que a Noruega conheceu desde o final da II Guerra Mundial, eu gostaria que se fosse mais longe. É necessário ter em conta este trágico incidente para lançar uma ofensiva contra a intolerância, o racismo e o ódio crescentes, não só na Noruega, não só na Escandinávia, mas em toda a Europa.

A GRANDE CHANTAGEM DA DÍVIDA E OBAMA.

Obama quer um cheque de US$ 2,4 trilhões que o permita continuar com a gastança até a próxima eleição. Agora é hora de dizer não" (John Boehner, republicano, presidente da Câmara que vota hoje um pacote conservador destinado a manter o governo Obama sangrando até o pleito de 2012. Como ‘efeito colateral', o arrocho orçamentário pretendido pelos republicanos destrói a assistência médica aos  idosos, -assim como se fez aqui em 2007, com a eliminação da CPMF que tirou R$ 40 bi da saúde pública--,compromete a educação e preserva isenções fiscais aos ricos. Se aprovado, Obama promete vetar. (A ver).
A direita nos Estados Unidos já conseguiu entronizar como verdade absoluta a ideia falaciosa de que a maioria da população quer apertar o cinto dos gastos excessivos de um governo gastador. Obama contribuiu para esse triunfo e entregou sua presidência aos conservadores numa bandeja de prata. Na verdade, a Casa Branca capitulou faz tempo. Sabia que o estímulo fiscal aprovado no início da administração era insuficiente e sua duração demasiadamente curta. Ao negar-se a lançar um novo pacote fiscal, Obama colocou a corda no pescoço.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

OPINIÃO DESTE BLOG

NESTE SÁBADO FÓRUM 101 NA OLINDA FM

O Art. 29, CF/88, prevê em seu inciso IV, as composições para as Câmaras Municipais, variando, no mínimo de 09 à 55 vereadores. As Câmaras Municipais deverão adequar o seu Regimento Interno, bem como a Lei Orgânica para que possam ter aplicabilidade para o pleito de 2012.

A Constituição também prevê a correlação entre o número de vereadores e o número de habitantes de um município, (das letras a à x, do inciso IV), vinculando direatamente o texto das Leis orgânicas municipais, não podendo o ente municipal se valer de critérios próprios para estipular a quantidade de membros da casa legislativa.
Assim, tendo um múnicípio um número "X" de habitantes, a quantidade de vereadores é diretamente estipulada na Constituição de acordo com a população, não podendo o município permanecer com um número abaixo ou superior.
Art. 29, IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (redação da EC 58/09; e assim por diante.
Várias mesas diretoras de câmaras diretoras manifestaram que não irão ampliar o número de vagas para se adequar ao artigo 29. Diante do fato exposto, o Fórum101 deste sábado traz à tona esta discussão. Estaremos ouvindo a opinião de vereadores e membros da comunidade a respeito. O que você acha? O número de vereadores em Horizontina deve permanecer inalterado ou á favor da sua ampliação? Isso e muito mais no Fóru101 deste sábado na Olinda FM -

SABER ARMAZENAR

Duas chuvas prolongadas trouxeram um aguaceiro no sertão. Na fazenda Galo Preto aquelas águas se perderam, porque não havia sistema de captação. Na Fazenda Uricoró foram inteiramente aproveitadas. Sobrou água para o ano inteiro. Souberam armazenar.

É assim a graça de Deus. Uma parte, Deus manda. Depois, pode acontecer de não caírem tantas graças. A outra parte depende de nós. Se soubermos armazenar a graça recebida hoje teremos com o que nos abastecer amanhã. Não devemos esperar que chova no sertão toda vez que alguém precisar de água. Não devemos esperar que Deus derrame suas graças toda vez que precisarmos delas. Um dia ouviremos a voz de Deus a nos dizer: – “O que você fez com as graças copiosas que eu já lhe dei? Por que as desperdiçou?
Quem capta água de chuva, porque fez a sua parte, terá frutos, flores e pastagens. Quem deixa perder, fica pedindo que Deus mande outra chuva. Pede o milagre da hora, quando o milagre já veio há meses, mas não foi aproveitado! Façamos como o dono da Fazenda Uricoró. Ter chuva duas vezes por ano depende da estação e do céu. Ter água o ano inteiro depende da sabedoria de quem soube armazenar! Não é muito diferente com a graça de Deus. Armazenêmo-la, porque virão dias de canícula!…




terça-feira, 26 de julho de 2011

NASA DESCOBRE A MAIOR E MAIS DISTANTE RESERVA DE ÁGUA DO UNIVERSO

Astrônomos da Nasa (agência espacial norte-americana), apoiados pelo Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), descobriram a maior e mais distante reserva de água detectada até hoje no universo. De acordo com as informações do site infobae.com, a água, que está se encontra na forma de uma gigantesca nuvem de vapor, foi encontrada a uma distância de cerca de 48 milhões de quilômetros da Terra.

Em comunicado, a Nasa afirmou que o volume da nuvem equivale a 140 milhões de vezes a soma de todos os oceanos do planeta e que ela tem uma dimensão cerca de 100 mil vezes maior que o próprio Sol.



Nasa/Esa

A GLOBOCOLONIZAÇÃO

Para o filósofo Edgar Morin, a ciência, ao buscar autonomia fora da tutela da religião e da filosofia, extrapolou os próprios limites éticos, como a produção de armas de destruição em massa. Os cientistas não dispõem de recursos para controlar a própria obra. Há um divórcio entre a cultura científica e a humanista.
Exemplo paradigmático desse divórcio é a atual crise econômica. Quem é o culpado? O mercado? Concordar que sim é o mesmo que atribuir ao computador a responsabilidade por um romance de péssima qualidade literária.
Um dos sintomas nefastos dos tempos em que vivemos é a tentativa de reduzir a ética à esfera privada. Fora dela, tudo é permitido, em especial quando se trata de reforçar o poder e aumentar a riqueza.
A globocolonização, inaugurada com a queda do Muro de Berlim, conhece agora sua primeira crise econômica. E ela explode no bojo da fragmentação da modernidade. “Tudo que é sólido se dissolve no ar...” Vale acrescentar: “... e o insólito, no bar”.
Esfareladas as grandes narrativas que norteavam a modernidade, abre-se amplo espaço ao relativismo. O projeto emancipatório se dilui no terrorismo e no assistencialismo compensatório guloso de votos. O futuro se desvanece.
Para os arautos do neoliberalismo, “a história terminou”. O presente é, hoje, o moto perpétuo. O passado, mera evocação. Nada de querer acertar contas com ele.
Graças às novas tecnologias, o espaço se contraiu e o tempo se acelerou. O outro lado do mundo está logo ali, e o que lá ocorre é visto aqui em tempo real. Tudo isso impacta nossos paradigmas e nossa escala de valores. Paradigmas e valores soam como contos da carochinha comparados a ensaios de bionanotecnologia.
O mundo real se cindiu e não condiz com o seu duplo virtual. Via internet, qualquer um pode assumir múltiplas identidades e os mais contraditórios discursos. Agora, todos podem ser simulacros de si mesmos.
Não há mais propostas libertárias que fomentem utopias, nutram esperanças e semeiem otimismo. Ao olhar pela janela, não há horizonte. O que se vê reforça o pessimismo: o aquecimento global, a ciranda especulativa, a ausência de ética no jogo político, a lei do mais forte nas relações internacionais, a insustentabilidade do planeta.
Se não há futuro a se construir, vale a regra do prisioneiro confinado à sua cela: aproveitar ao máximo o aqui e agora. Já não interessam os princípios, importam os resultados.



A LÓGICA DO LUCRO MÁXIMO

Num artigo aventei a ideia, sustentada por minorias, de que estamos diante de uma crise sistêmica e terminal do capitalismo e não de uma crise cíclica. Dito em outras palavras: foram destroçadas as condições de sua reprodução seja por parte da devastação da natureza e dos limites alcançados de seus bens e serviços seja por parte da desorganização radical das relações sociais, dominadas pela economia de mercado com a predominância do capital financeiro. A tendência dominante é pensar que se pode sair da crise, voltando ao que era antes, com pequenas correções, garantindo o crescimento, resgatando empregos e assegurando lucros. Portanto, continuarão os negócios as usual. Os “indignados” que enchem as praças de alguns países europeus e do mundo árabe, estão colocando este sistema em xeque. Ele é ruim para a maioria da humanidade. Até agora eram vítimas silenciosas. Agora gritam alto. Não só buscam emprego mas reclamam direitos humanos fundamentais. Querem ser sujeitos, vale dizer, atores de um outro tipo de sociedade na qual a economia esteja a serviço da política e a política a serviço do bem viver das pessoas entre si e com a natureza. Seguramente não basta querer. Impõe-se uma articulação mundial, a criação de organismos que viabilizem um outro modo de conviver e uma representação política ligada aos anseios gerais e não aos interesses do mercado. Trata-se de refundar a vida social.
As biblionárias intervenções dos estados industriais salvaram bancos, evitaram uma derrocada sistêmica, mas não transformaram o sistema econômico. Pior ainda, as injeções estatais facilitaram o triunfo do capital especulativo sobre a economia real. Aquele é tido como o principal deslanchador da crise, comandado por verdadeiros ladrões que colocam o lucro acima do destino dos povos, como se viu agora com a Grécia. A lógica do lucro máximo está destruindo os indivíduos, as relações sociais, penalizando os pobres, acusados de dificultar a implantação do capital. A bomba foi mantida com o estopim. Um problema maior qualquer poderá acender o estopim.

O DINHEIRO É BOM OU RUIM?

A comunicação instantânea, num mundo globalizado, possibilita que todos tenham 15 minutos de celebridade. Isto pode acontecer por um grande feito, por um escândalo ou por uma atitude estranha ou ridícula. Michael Newdow, um advogado norte-americano, teve seus 15 minutos de notoriedade. Isso ao solicitar, à Corte Suprema dos Estados Unidos, a retirada da frase “Confiamos em Deus” das notas do dólar.

A proposta foi rejeitada, mas Michael pretende voltar à carga. Ele argumenta que é uma intromissão indébita na vida do cidadão que não é obrigado a crer em Deus. Para o advogado, trata-se de uma tentativa de promover a ideia de que crer em Deus é bom. Ele diz representar os ateus.
A famosa inscrição “In God we trust” aparece nas notas do dólar desde os anos 70 do século XIX. A frase originou uma afirmação irônica, segundo a qual os americanos acreditam no dólar, em primeiro lugar, depois em Deus. Uma enquete do Instituto de Pesquisas Gallup revela que 90% dos norte-americanos veem com bons olhos a presença desse lema nas moedas e notas do dólar. Portanto, sua retirada é improvável.
Ao longo da história religiosa foi repudiada a ligação entre Deus e o dinheiro. Jesus foi categórico: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Da força do dinheiro surgiram guerras, traições, assassinatos, negação de valores. O próprio Jesus, o Filho de Deus, foi vendido por Judas por 30 moedas de prata. Para o escritor Giovanni Papini o dinheiro é a mais infame das invenções do homem. Essa posição parece encontrar apoio em Francisco de Assis, que não admitia sequer tocar numa moeda.
Na realidade, o dinheiro é apenas uma mediação. Serve para o bem e para o mal. Ele pode ser um ótimo empregado, mas torna-se um péssimo patrão. O dinheiro é sagrado quando usado para a família, para a vida, quando é partilhado. Porém, quando se torna patrão de alguém, ele exige a adoração e pretende substituir todos os valores. Por isso Jesus garante: não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Eles são incompatíveis.
E o dinheiro não pode tudo. Pode comprar o remédio, mas não a saúde; pode comprar um livro, mas não a sabedoria. Pode comprar uma cama, mas não um sono tranquilo; pode comprar o prazer, mas não a felicidade. Pode comprar uma casa, mas não pode comprar um lar; pode comprar tesouros na terra, mas nunca poderá comprar o céu. Além de tudo, o dinheiro é venal: quando sobrevém a morte do seu dono – ou criado - ele procura um novo senhor. Sim, confiamos em Deus, mas devemos também desconfiar do dinheiro, de suas origens e de seus projetos.



UM VÍCIO ACONSELHÁVEL

Conviver com pessoas viciadas em otimismo mexe com nossos brios. Há situações complexas, que se parecem com o circo incendiando. O viciado em otimismo consegue manter-se calmo e até imagina que tudo está resolvido e o fogo apagou. Nada o abala, nem o deixa de cabeça baixa. Nem mesmo o que é trágico o perturba.

Esse tipo de viciado provoca os pessimistas e realistas e termina sempre vitorioso. Pensando bem, essas pessoas tem razão! Se já existe um problema não é conveniente inventar mais um pela impaciência, agitação e pessimismo. No momento da provocação eles parecem estar errados, mas ao passar o tumulto, geralmente confirmam que estão certos.
O pessimismo é sempre um ingrediente prejudicial. Parece predispor a pessoa para que nada dê certo. Antecipar o negativo já é tirar a motivação para empreender a conquista de um sonho. O pessimismo não só faz mal para quem o cultiva, mas também para quem convive e se vê ameaçado por esse risco de contágio. Um dos elementos que mais acomoda ou até anula uma pessoa é o pessimismo.
Com certeza, é preferível ser viciado ou conviver com os viciados em otimismo. Mesmo que nem tudo resulte como se pensa, ou se deseja, o otimismo faz andar, ajuda a sonhar e nos torna criativos. Se aparecer uma derrota, o otimista não se decepciona, mas logo pensa numa próxima vitória e para ela investe todos os seus recursos.

Em geral, os viciados em otimismo são pessoas de esperança, e a esperança não decepciona. Na linguagem de pessoas assim, ouvem-se expressões como: “apesar disso ser assim, é possível melhorar”. “Apesar de tudo o que se ouve de ruim, há muitas coisas boas acontecendo”. “Apesar da chuva, aparecerá o sol”. “Apesar dos muitos problemas, há muito mais soluções”.


VOCÊ É RURAL DA CIDADE OU URBANO DO CAMPO?

Qual o limite entre o rural e o urbano? Uma linha divisória imaginária, entre edifícios e lavouras? Um traçado a partir da economia, colocando no balcão agricultura versus indústria? Ou o choque de perfis humanos, levando em conta aspectos culturais e formação profissional? Em primeiro lugar, essa divisão, que reinou durante séculos, perdeu parte do seu absolutismo a partir de mudanças que começaram a ocorrer, no âmbito brasileiro, no final do século passado. Em segundo, é preciso lembrar que grande parte da população urbana foi rural. Em terceiro, que a área rural voltou a atrair as pessoas da cidade, por conforto ou interesse econômico, criando um novo corredor de deslocamentos por onde transitam o morador da cidade que trabalha na terra e o residente no campo com emprego na cidade.

Quem primeiro detectou essa nova realidade no país foi um grupo de pesquisadores de 11 universidades federais liderados por José Graziano da Silva, na época professor da Unicamp e hoje eleito diretor da FAO - organismo da ONU voltado à agricultura e alimentação. Com o Projeto Rurbano (O novo rural brasileiro), descobriram alterações de traços do perfil da população rural.

A BATATA NOSSA DE CADA DIA

A batata é uma cultura originária do Peru e um dos vegetais mais utilizados nas cozinhas de todo o mundo, ocupando a quarta posição entre as principais culturas produzidas. A produção mundial anual do tubérculo supera 300 milhões de toneladas em área de 19 milhões de hectares.

O Brasil produz cerca de 2,8 milhões de toneladas por ano. As regiões Sudeste e Sul são as que mais se destacam na produção, sendo que Minas Gerais é o principal produtor. O rendimento médio nacional é de cerca de 22 toneladas por hectare, considerado baixo, mas que é 45% maior do que o praticado há 10 anos no país, por causa da pesquisa.

EM OUTUBRO SEREMOS 7 BILHÕES DE HABITANTES

Pão, saúde e educação constituem-se no mínimo indispensável para cada homem e cada mulher de nosso planeta. Ao instituir o Dia Mundial da População, em julho de 1989, a Organização das Nações Unidas (ONU) deu-se conta do difícil equilíbrio entre o homem e a terra. Vinte e dois anos depois, a situação se tornou dramática e exige providências imediatas para uma reversão.

Pelos cálculos da ONU, em outubro, a população mundial terá alcançado a emblemática cifra de sete bilhões de habitantes. Num mundo de uma tecnologia fantástica, ainda temos um bilhão de pessoas passando fome. Cifra maior refere-se aos que não têm acesso à educação e à saúde. É violento e desumano o contraste entre a riqueza acumulada e a falta das mínimas condições exigidas pela dignidade humana. E isto não é um fatalismo. A humanidade tem condições de superar esta tragédia. Quase sempre falta vontade política aos governantes e sobra ganância aos que já muito têm e mais sabem.
Festejando o Dia do Agricultor, lembramos a outra face deste drama. Agricultores, em parceria com motoristas, produzem e transportam os alimentos necessários à sobrevivência. E isto sem as melhores condições, castigados pelo clima, pelo preço e pela disparidade entre o que compram e o que produzem.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

1930 PODE ESTAR VINDO POR AÍ

Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, o que está ocorrendo agora é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que alimentou a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o "impulso" que a economia precisava.

ESTA É A CHINA DE HOJE.

Em um processo de rápida ascensão social, é claro que nem todos são beneficiados da mesma maneira. O que mais interessa é que todos tendem a melhorar e que a China tirou da miséria a 300 milhões de pessoas em 3 décadas, o que nunca ocorreu nessa escala em nenhum outro processo histórico. E que esse processo tende a continuar. Quando se fala que a economia chinesa vai diminuir seu ritmo de crescimento de 9 para 7% ao ano – o que, apesar de anunciado no Ocidente, nunca ocorreu até aqui -, é preciso levar em conta que crescer 7% ao ano a partir do elevado patamar de hoje é muito mais do que crescer a 10% vinte anos atrás.

Enquanto isso, a Europa retrocede – na Espanha a emigração supera a imigração, a população diminui – e não tem data para acabar a recessão, os otimistas dizem que a situação vai piorar antes de começar a melhorar.
A China considera que terminou o lapso de dois séculos em que ela foi ultrapassada pela Europa, não por vigor econômico, mas pela superação militar, pelo domínio armado dos mares, que permitiu o colonialismo, a escravidão, que promoveu a hegemonia ocidental. Esse lapso teria terminado e a China se projeta de novo com um futuro que eles consideram glorioso.

FUNDADOR DO WIKILEAKS DIZ QUE FACEBOOK É UMA MÁQUINA DE ESPIONAGEM

Segundo Assange, a rede social não é mais que um conglomerado de bases de dados que relacionam aspectos privados dos usuários (amizades, lugares que se visitam, endereços postais, etc.) e que são gerenciadas por empresas estadunidenses em solo estadunidense, isto é, que os serviços de espionagem estadunidenses podem a qualquer momento entrar e recopilar toda a informação que queiram, porque empresas como Yahoo!, Facebook ou Google vão servir de bandeja:.
"Nas redes sociais temos as maiores base de dados sobre os cidadãos, suas relações, os nomes de seus contatos, seus e-mails, localizações, as mensagens que trocam com outras pessoas e tudo isso hospedado nos Estados Unidos, accessível por seus serviços de inteligência."
De fato, ele considera que as empresas que estão por trás de todos estes serviços da rede social implementaram interfaces para que os serviços de inteligência se conectem diretamente, já que já estão colaborando com eles: .

FIZ O QUE FIZ PARA CASTIGAR A SOCIAL-DEMOCRACIA PELA IMPORTAÇÃO DE MUÇULMANOS.

O suposto autor dos atentados de Oslo, Anders Behring Breivik, declarou diante do juiz nesta segunda-feira (25/07) que seu objetivo era "castigar a social-democracia" por trair o povo norueguês ao ter fomentado a "importação em massa de muçulmanos".

Ele reconheceu ter colocado o carro-bomba em Oslo e baleado os jovens da ilha de Utoya, embora "não se sinta culpado" e tenha declarado "inocência".
"O detido confirmou (diante do juiz) que precisava executar os atentados para salvar a Noruega e a Europa ocidental dos muçulmanos e do marxismo cultural", relatou um porta-voz do tribunal do distrito de Oslo à imprensa.
Em um manifesto publicado na internet, o terrorista norueguês Anders Behring Breivik usa o Brasil para justificar os ataques que mataram 76 pessoas na Noruega na última sexta-feira (22). Trechos do documento de cerca de 1600 páginas, no qual constam informações sobre a ideologia de Breivik e os preparativos para os ataques, retratam o Brasil como um exemplo do que poderia acontecer na Europa caso não fosse evitado o “genocídio das tribos nórdicas” por meio da “diluição” de seu genótipo em outras etnias. Para o terrorista, o Brasil vive uma “revolução marxista” e sofreu um processo de “bastardização”.

BRASIL... MUITO PRÓXIMO DE BATER MAIS UM RECORD.

O mercado mundial de agrotóxicos pode ter um novo líder de vendas ainda este ano. O atual momento da economia brasileira – com alta no preço das commodities e valorização do real frente ao Dólar – deve colocar o Brasil no primeiro lugar em arrecadação nas vendas de defensivos agrícolas, ultrapassando os Estados Unidos. Estima-se um crescimento em 10% no mercado brasileiro, com vendas superiores a US$ 8 bilhões, aproximadamente R$ 12,4 bilhões.

O mercado estadunidense movimentou, no último ano, US$ 7,8 bilhões – cerca de R$ 12,1 bilhões – em venda de agrotóxicos. O brasileiro registrou US$ 7,3 bilhões ­– aproximadamente R$ 11,3 bilhões. Segundo estudo elaborado pela consultoria alemã Kleffmann, o consumo de agrotóxicos pelos produtores estadunidenses teve queda de 6% entre 2004 e 2009. No Brasil o crescimento foi de 1,5% no mesmo período. As lavouras em que se concentram as maiores vendas de agrotóxicos no Brasil são a de soja com 44%, seguida pelo algodão com 11%.
O Brasil é o terceiro colocado mundial em exportações de produtos agrícolas, atrás de Estados Unidos e União Europeia. A área estadunidense cultivada é 50% maior que a brasileira e produz três vezes e meio mais grãos que a nossa.
O Brasil é o principal destino de agrotóxicos proibidos no exterior. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos dez variedades vendidas livremente aos agricultores, no Brasil, não circulam na União Europeia e Estados Unidos.

sábado, 23 de julho de 2011

RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE SÃO COISAS DIFERENTES

As religiões praticaram atrocidades no mundo todo, sempre em nome de Deus e da fé.

Na inquisição, filósofos e cientistas como Giordano Bruno, Copérnico e Galileu Galilei, que se opuseram à visão geocêntrica, foram perseguidos pela Igreja Católica a qual, em defesa de seus dogmas, acusou-os de heresia ou bruxaria junto de inúmeras outras pessoas, muitas das quais foram queimadas na fogueira.
Por questões religiosas, nas guerras santas, travaram-se violentas e sangrentas batalhas, onde também inúmeras vidas foram ceifadas. Atualmente, os conflitos entre judeus, cristãos e muçulmanos, no Oriente Médio, ameaçam a Paz Mundial. Com freqüência, vemos nos noticiários explosões de bombas em igrejas, mesquitas e sinagogas.
Ainda no campo religioso, vemos também o crescimento das Igrejas Evangélicas, cada uma interpretando a Bíblia do seu modo, e a crescente mercantilização da fé
Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que o seu caminho é melhor do que o dos outros. No meu entender, religião e espiritualidade são coisas distintas, a começar pelas inúmeras religiões, crenças e seitas espalhadas pelo mundo, enquanto a espiritualidade é apenas uma, e para entrar em contato com a realidade espiritual, não é necessariamente obrigatório frequentar alguma religião.

As religiões são criações dos humanos, são instituições com um conjunto de regras dogmáticas; muitas falam do pecado e da culpa, ameaçam, atemorizam, não indagam, não questionam, causam divisões, disputas, alimentam o ego, enquanto a espiritualidade convida o ser humano a prestar atenção à sua voz interior (intuição), a racionar, a questionar, a ver a vida de forma relativista e não absolutista, aquela visão dicotômica do certo e errado, como comumente muitas religiões fazem. Além de todos esses benefícios, a espiritualidade traz também paz interior, é divina, sem regras, promove união, fortalece a confiança e a fé, transcende o ego e nos convida a expandir a consciência.





LEI PAULISTA É UMA PAULADA NO SUS

É uma bordoada a recente regulamentação da lei paulista que permite a venda para planos de saúde de até 25% da capacidade dos hospitais públicos gerenciados por organizações sociais.

Desde o famigerado Plano de Atendimento à Saúde (PAS), criado por Maluf, uma política de governo não atingia assim, de chofre, o Sistema Único de Saúde (SUS).
Reprise do mesmo drama, abrem-se as torneiras que irrigam empresas privadas com dinheiro público. O PAS ensinou que a gambiarra de governantes, baseada em legislação questionável e financiamento improvisado, não resiste à próxima eleição, mas enriquece alguns à custa do calote no SUS.
Para justificar o ardil, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo identificou que 18% dos pacientes atendidos em hospitais públicos têm plano privado. Por que até hoje não viabilizou essa cobrança por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar?
A falsa alegação de que a lei federal do ressarcimento não é extensiva às organizações sociais e o suposto efeito Robin Hood (tirar dos planos para melhorar o SUS) escondem interesses cruzados.
Uma mão lava a outra: as organizações sociais precisam de dinheiro novo para manter sua vitrine assistencial, e os planos e seguros de saúde querem ostentar hospitais públicos de alta complexidade em suas redes credenciadas.
Há um negócio bilionário em ascensão, de planos populares a menos de R$ 100 por mês, que só é viável com o uso da capacidade instalada do SUS. Os planos de saúde já vivem de subsídios públicos.
Eles ajudam a eleger políticos, lucram com a renúncia fiscal, com a isenção de impostos e com repasses do erário para convênios médicos do funcionalismo.
Ao mesmo tempo, empurram para as contas do SUS idosos e doentes -que não têm condição de arcar com o aumento das mensalidades decorrentes do passar da idade ou cujo acesso é vetado a tratamentos mais caros.
Uma em cada cinco pessoas com câncer vinculadas a planos de saúde são jogadas ao mar e buscam socorro no SUS.
Ajudar empresas altamente lucrativas que não cumprem seu papel já é uma inversão perversa. Celebrar contratos para o atendimento aos clientes de planos, que pensam ter escapado das alegadas agruras da rede pública, constitui requinte de iniquidade.
A aventura em curso nada tem a ver com o ressarcimento, que prevê critérios de justiça contábil para atendimentos eventuais e limitados. O que está em jogo, já testado em hospitais universitários do Estado, é a expansão da fila dupla, verdadeiro apartheid que dá acesso privilegiado a quem tem plano e reserva a porta dos fundos para a “gente diferenciada” do SUS. Não dá para transigir com essa distorção escandalosa.

OBAMA, QUAL É O JOGO QUE ESTÁ QUERENDO JOGAR?

Impossível entender qual é o jogo político que o Presidente Barack Obama está tentando jogar. Ele, que nas horas vagas, faz questão de jogar basquete, será que tem uma estratégia na discussão com os republicanos? Se tem, ainda nao deu para entender qual é.

Pois na última sexta-feira terminou o prazo que o presidente deu à oposição para um acordo em torno do nível de endividamento do país. O teto de endividamento tem que subir, caso contrário algo não será pago. Os juros dos títulos do tesouro, as aposentadorias, os salaries dos militares mobilizados para a chamada Guerra contra o terrorismo. Enfim, calote em algum lugar.
Aos 45 do segundo tempo os republicanos desistiram da proposta de acordo apresentada por Obama. O Presidente da Câmara, John Boehner, em uma demonstração clara de desprezo e desrepeito ao Presidente da República, não respondeu ao telefonema de Obama na quinta-feira e somente falou com o Presidente na sexta, depois de dar uma entrevista à imprensa pra dizer que a proposta do governo não era séria.
É o velho ditado, quando mais voce se abaixa… E Obama só tem feito reverência. Não chama para o confronto. Não impõe limites. A impressão que ele passa é de que quer estar acima do bem e do mal, ser o fiel da balança. O sujeito cool, que nunca levanta a voz. Mas cada vez menos a classe média, os pobres e as minorias têm dificuldade de ver, nele, um líder.





E SE O MONSTRO FOSSE ÁRABE?


O homem que invadiu um acampamento da Juventude Trabalhista da Noruega e matou pelo menos 91 pessoas está preso. É norueguês e um tipo perfeitamente nórdico: louro, alto, de olhos claros.

A BBC diz que ele tem , segundo a polícia, “opiniões políticas voltadas para a direita, anti-islâmicas”.
Pelo fato de ter comprado seis toneladas de fertilizantes, a partir dos quais se pode produzir explosivos, ele também é suspeito do atentado contra os escritórios do governo norueguês, também do Partido Trabalhista.
Se fosse um árabe, a esta altura muitos estariam clamando por retaliações.
Mas não é.
Será que são preciso situações monstruosas como esta para que a gente pare de raciocinar com racismo e preconceito religioso?
É este tipo de intolerância que alimenta os delírios racistas que alimenta personalidades doentias capaz de tais loucuras.

91 MORTOS EM OSLO: AS DIMENSÕES CATASTRÓFICAS DO MASSACRE E O IMPÉRIO DO PRECONCEITO


A primeira reação da chamada grande imprensa diante dos atentados de dimensões catastróficas ocorridos em Oslo, em que morreram cerca de 90 pessoas, foi relacionar sua autoria a grupos terroristas islâmicos. O 'New Yok Times' chegou a divulgar um texto atribuído a um desses grupos, que confirmava a autoria dos massacres. A informação foi rapidamente replicada em todo o mundo, sem qualquer investigação empírica, como algo dotado de uma lógica autoexplicativa. Era falso. Tudo isso aconteceu antes que o próprio governo noruegues fornecesse uma pista para elucidar as motivações dos atentados. Quando se pronunciou, foi para advertir que as maiores suspeitas recaíam sobre um noruegues branco, alto, louro, de olhos claros, islamofóbico associado a grupos de extrema direita em Oslo, onde acontece a festa anual de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O enredo não fazia sentido. Na pauta esfericamente blindada da narrativa dominante quase não há espaço para interações entre extrema direita política e violência terrorista. É bom ir se acostumando. O estreitamento do horizonte social produzido por interesses financeiros que levaram o mundo a uma espiral ascendente de incerteza, desemprego e volatilidade gera impulsos mórbidos que a extrema direita historicamente instrumentalizou. Vide as duas guerras mundiais do século 20. Uma precipitação da mídia em circunstancias como essa envolve o risco, nada desprezível, de desencadear represálias violentas contra comunidades etnicas e religiosas em diferentes pontos do planeta. É inevitável lembrar que a manipulação do medo e do ódio nos EUA, através de mídias como a Fox News, de Rupert Murdoch, após o repulsivo atentado de 11 de Setembro, pavimentou o caminho de uma guerra desordenada em busca de 'armas de destruição em massa', de resto nunca encontradas. Sobretudo em situações extremas, a pluralidade da informação de alcance isonômico mostra-se uma salvaguarda indispensável da democracia contra a manipulação do medo e da dor pelo império do preconceito e da intolerancia.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

FOME, DOENÇAS E DESMATAMENTO. INVASÃO DO CHACO PARAGUAIO.

O famoso naturalista britânico David Attenborough descreveu este inferno verde como "um dos últimos lugares selvagens que restam no mundo". Agora, no entanto, uma febre de compra de terras desflorestou um milhão de hectares, quase 10% desta região virgem, em apenas quatro anos, segundo imagens de satélites. Cruzam a fronteira principalmente brasileiros, investidores europeus e cristãos menonitas que arrasam os bosques com escavadeiras para transformá-los em pastos e exportar carne para a Europa, atraídos pelos altos preços do produto e por uma terra dez vezes mais barata do que em países vizinhos como Brasil e Argentina.

Em nenhum lugar essa mudança é mais sentida do que na pequena aldeia de Ijnapui, no coração do Chaco, uma espécie de ilha florestal rodeada por imensas fazendas de gado e uma das apenas três comunidades de índios ayoreo que decidiram voltar ao que resta de suas terras ancestrais. Cerca de 200 pessoas chegaram no local há cinco anos, fugindo do desemprego e da desnutrição infantil que afligem os miseráveis povoados de choças em torno das colônias dos brancos, onde vive hoje a maioria dos índios ayoreo.
"O desflorestamento é muito grave aqui. Este é o único pedaço de bosque que resta", comenta Etacore, resignado. "Daqui até 30 quilômetros adiante está tudo destruído. Do outro lado, há 10 quilômetros desmatados. Estão destruindo bosques agora mesmo. Estamos ilhados."

Isso reflete o que ocorre no restante do Chaco, afirma Elías Peña, um proeminente cientista paraguaio. Ele adverte que, nesse ritmo, os bosques chaquenhos desaparecerão em cerca de 20 anos. "No Paraguai, a lei florestal é obsoleta, remonta aos anos 1970 e permite desmatar 75% das terras. Além disso, o sistema legal é muito fraco", afirma.
"Isso permite que um proprietário de terras, por exemplo, desmate três quartos de um terreno de 100 mil hectares. Depois, ele vende os 25 mil hectares restantes a outra pessoa, que desmata 75% desta área, e assim por diante. Isso explica por que 90% da floresta do leste paraguaio desapareceram nos últimos 20 anos, e é isso o que está acontecendo no Chaco agora."

PEGA BEM NA POPULAÇÃO A IDÉIA DE FAZER UMA FACHINA


soubemos que instituições empresariais encaminharam ao Palácio do Planalto pesquisas em que a população demonstra reagir muito bem à faxina.

As respostas são encorajadoras.
A Presidenta agiu rápido !
Tem que passar a vassoura !
O “mar de lama” em que o Lacerda tentou envolver o Vargas é o que o PiG (*) e, especialmente, o jornal nacional tentam reconstruir.
Não colou.
Lázaro não ressuscitou.
O eleitor não acredita que o Governo Dilma seja um mar de lama.
Mas, sim, que ela corte pela raiz.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.










MILHÕES DE SOMALIS E QUENIANOS PERTO DE MORRER DE FOME.


Nairobi – Para escapar da seca que assola seu país, cada somali deve percorrer 80 quilômetros de deserto arenoso entre a fronteira e o acampamento de Dadaab no Norte do Quênia, suportando um calor de 50 graus. A travessia demora nove dias.

A viagem a Dadaab é traiçoeira, e fica ainda mais perigosa quando cruza territórios caóticos com bandoleiros armados e inclusive policiais que investem contra os refugiados. E quando os que sobrevivem à viagem finalmente chegam a Dadaab, dão-se conta de que o acampamento está longe de ser o refúgio que esperavam. Estima-se que em todo o Quênia há cinco milhões de pessoas que sofrem fome severa devido à seca, segundo Abbas Gullet, secretário-geral da Cruz Vermelha queniana.
No Norte do país, a comunidade de Turkana está tão desnutrida quanto os refugiados em Dadaab. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicam que das quase 850 mil pessoas que vivem em Turkana mais de 385 mil crianças e 90 mil mulheres grávidas e em período de amamentação sofrem de desnutrição aguda. Isto aumentou para 78% a proporção de novas admissões de crianças desnutridas.
“Esta é uma situação muito séria. Em toda a região (o Corno de África) há mais de dez milhões de pessoas afetadas. Deste total, dois milhões de crianças estão severamente afetadas, metade delas sofre desnutrição aguda e muitos estão à beira da morte”, disse o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake. Isto ocorre menos de dois meses após o presidente do Quénia, Mwai Kibaki, declarar a seca como desastre nacional, já que as vidas dos habitantes de Moyale, Turkana, Wajir, Marsabi e Mandera estão por um fio devido à falta de comida e água.

MARCO DA INTERNET VAI LOGO AO CONGRESSO;REGULAÇÃO DA MÍDIA, NÃO.

BRASÍLIA – A descoberta de que um jornal britânico do bilionário Rupert Murdoch grampeava pessoas de forma cladestina reacendeu a discussão sobre os limites éticos e legais dos meios de comunicação. No Brasil, este tipo de debate vai esquentar sob patrocínio do governo federal, que prepara um novo marco regulatório para emissoras de TV e rádio, orientadas até hoje por uma legislação dos anos 60, e uma lei para a internet.

As duas propostas, contudo, estão em estágios diferentes. Enquanto a primeira ainda não tem data para ficar pronta - e pode até ser submetida a uma consulta pública pelo ministério das Comunicações, - a segunda só depende de um aval da presidenta Dilma Rousseff, para ser enviada ao Congresso na volta do recesso parlamentar, em agosto.
Preparado pelo ministério da Justiça, o chamado “marco civil da internet” vai garantir, segundo foi apurado, algo vital para quem gosta de usar a internet para fazer militância política ou contestar o noticiário de TVs e rádios: a neutralidade da rede. Será proibido que empresas provedoras de acesso à internet façam qualquer tipo de filtro do conteúdo dos usuários.
O texto começou a ser elaborado pelo governo em 2008, porque os parlamentares estavam prestes a aprovar uma lei - ainda hoje parada no Congresso - que classifica como crimes certas práticas de internautas. Batizado pelos inimigos de “AI-5 digital”, em referência ao ato institucional mais famoso e violento da ditadura militar, o projeto é criticado, entre outras razões, por tentar punir os usuários antes de direitos deles estarem bem definidos em lei.
O governo entrou na briga ao lado dos adversários do “AI-5 digital”, pedindo ao Congresso que não votasse a criminalização antes do “marco civil” chegar à Casa, o que ocorrerá em breve.





REGULAÇÃO DE TVs E RÁDIOS

No caso do marco regulatório da radiodifusão, não existe a mesma perspectiva.
A decisão de propor ao Congresso uma nova legislação para TVs e rádios havia sido tomada pelo ex-presidente Lula. Mas, por falta de tempo, o projeto não foi concluído no mandato dele e ficou para a gestão sucessora, que o lista como prioridade na área de comunicações, mas ainda não tem prazo para enviá-lo aos parlamentares.
Encarregado de fechar um texto para apresentar à presidenta, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, adotou uma postura cautelosa, por entender que a proposta, por si só, vai gerar muita polêmica no Congresso, dada a predisposição negativa das empresas de TV e rádio.
Ele recebeu no dia 8 de janeiro uma espécie de pré-projeto deixado pelo ministro da Comunicação Social de Lula, Franklin Martins, que comandara o debate em 2010. Desde então, a equipe de Bernardo submete a minuta ao que o ministro chama de “pente-fino”. E cogita colocá-la, ao menos em parte, em consulta pública. O objetivo, segundo ele, é evitar que o projeto tenha uma redação que dê aos inimigos da ideia argumentos para dizer que se trata, no fundo, de uma tentativa de amordaçar a mídia.
No segundo encontro nacional dos blogueiros progressistas, realizado em Brasília em meados de junho, Bernardo foi explícito sobre sua preocupação. “O governo acha [o marco regulatório] extremamente importante. Mas temos sido zelosos porque [o projeto] está marcado como censura”, afirmara na ocasião. “Parte da mídia faz críticas ácidas e hostis. Não gosta nem de ouvir falar [em regulação]. Quando mandarmos ao Congresso, vai ser uma briga danada.”
Os defensores do marco regulatório temem que “o pente-fino” de Bernardo, no fim, descaracterize o espírito original da proposta: submeter emissoras de TV e rádio, que são concessões públicas, a regras de regulação como acontece em outras áreas em que também há concessões, como energia elétrica ou telefonia.
O marco não tratará de jornais e revistas, que o governo considera que são empresas privadas como outras quaisquer.

O SÉCULO XXI SERÁ CHINÊS?

Se o século XXI vai ser o século chinês, é uma questão aberta. Do ponto de vista econômico, há fortes indício de que sim. Uma combinação entre economia de mercado com um Estado fortemente regulador, parece combinar fatores positivos dos dois, respondendo em parte pelo contínuo progresso chinês. Se essa força econômica será suficiente ou não para torna-la a potência hegemônica no mundo ao longo do século XXI, depende não apenas da força econômica, mas do poderio militar, da força política, da capacidade de transformar esses elementos em predominância ideológica.

A humanidade entrou, certamente, em um período de crise hegemônica, em que a velha potência dominante se enfraquece, mas mantem sua predominância, enquanto as forças emergentes – das quais a China é a mais importante, junto com países como o Brasil e a Índia, entre outros, - ocupam cada vez mais espaços, apontando para a possível passagem de um mundo unipolar para um mundo multipolar. A China é e será o fator essencial nessa passagem.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

PIC-NIC DAS TARTARUGAS

Uma família de tartarugas decidiu sair para um picnic. As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram 7 anos preparando-se para o passeio.
Passados 6 meses, após acharem o lugar ideal, ao desembalarem a cesta de picnic ,descobriram que estavam sem sal. Então, designaram a tartaruga mais nova para
voltar em casa e pegar o sal, por ser a mais rápida.
A pequena tartaruga lamentou, chorou e esperneou mas concordou em ir com uma condição: que ninguém comeria até que ela retornasse.
Três anos se passaram ... Seis anos ... e a pequenina não
tinha retornado.
Ao sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha já não suportando mais a fome,
decidiu desembalar um sanduíche.
Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás de uma árvore e gritou:
'Viu! Eu sabia que vocês não iam me esperar.
Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.'
REFLITA:
Algumas vezes em nossa vida as coisas acontecem da mesma forma.
Desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas.
Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo que deixamos de fazer o que nos compete.
'Não venci todas as vezes que lutei.
Mas perdi todas as vezes que deixei de lutar'

O PREÇO DA NOVA MARGINAL? NINGUÉM TOCA MAIS NO ASSUNTO?

Faz muito bem a imprensa em revelar novas falcatruas em obras do Ministério dos Transportes, um assunto que há mais de duas semanas não sai das manchetes e parece não ter fim. É um dos seus papéis fiscalizar o poder público _ todos os poderes, em todos os níveis, eu diria.

Só acho estranho que, em meio a esta fúria de denúncias, tenha sumido do noticiário, tão rapidamente como apareceu, depois de um fugaz registro feito pelo "Estadão", na semana passada, o caso do preço da obra da Nova Marginal do Tietê, em São Paulo, que passou do orçamento inicial de R$ 1 bilhão para gastos até agora de 1 bilhão e 750 milhões, ou seja, teve um "aditivo" de módicos 75%.
No mesmo dia em que o jornalão paulista tocou no assunto, e todos os outros fingiram que não viram, o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo assinaram um convênio que liberou mais R$ 200 milhões para a obra, que parece não ter data para terminar, embora tenha sido inaugurada ainda no governo de José Serra.

Nova Marginal foi o nome dado às pistas adicionais construídas para melhorar o trânsito junto às margens do rio Tietê. Quem tocou a obra foi a Dersa, uma espécie de Dnit paulista, então comandada pelo lendário Paulo Preto, cujo nome apareceu em denúncias sobre doações para a campanha tucana.
Uma rádio de notícias registrou o fato em rede nacional, sem citar o jornal, mas em seguida seus dois comentaristas, um deles acadêmico recém-eleito, nem tocaram no assunto, preferindo falar mais uma vez do Ministério dos Transportes.
Ao ler o noticiário sobre o depoimento de Rudolf Murdoch, lembrei-me deste modelo habitual na nossa imprensa de usar dois pesos e duas medidas, de acordo com suas conveniências políticas, partidárias e empresariais, para informar seu distinto público.
A diferença é que Murdoch nunca escondeu suas preferências e atua abertamente para combater ou defender governos e destruir reputações, como a "Fox" não se cansa de fazer nos Estados Unidos, a favor dos republicanos e dando pau no governo Obama sem fingir neutralidade.
Será que os arautos da "liberdade de imprensa" e do "controle familiar da comunicação" não se interessam em apurar, investigar, saber, afinal, o que aconteceu nas obras da Nova Marginal?
A única explicação dada pela Dersa, até agora, é que mudou o escopo da obra e os custos aumentaram por culpa da inflação _ exatamente a mesma explicação dada pelo Dnit para os seus "aditivos".
Se a hipocrisia permitir atender ao meu pedido, ficarei grato. Gostaria mesmo de saber o que aconteceu, só por curiosidade. Os leitores teriam alguma idéia para explicar o fenômeno?


Balaio do Kotscho

PORQUE A OPOSIÇÃO NA FALA MAIS DE ECONOMIA?

Subitamente, setores da sociedade brasileira querem que o povo saia às ruas. É preciso qualificar esses “setores da sociedade brasileira”. São aqueles que foram apeados do poder político no início dos anos 2000 e que tiveram sua agenda política e econômica dilacerada pela realidade. A globalização econômica cantada em prosa e verso nos anos 1990 revelou-se um fracasso retumbante. A globalização financeira, a única que houve, afundou em uma crise dramática que drenou bilhões de dólares da economia real, conta que, agora, está sendo paga por quem costuma pagar essas lambanças: o povo trabalhador que vive da renda de seu trabalho.
Durante praticamente duas décadas, nos anos 80 e 90, a esmagadora maioria da imprensa no Brasil e no exterior repetiu os mesmos mantras: o Estado era uma instituição ineficiente e corrupta, era preciso privatizar a economia, desregulamentar, flexibilizar. A globalização levaria o mundo a um novo renascimento. Milhares de editoriais e colunas repetiram esse discurso em jornais, rádios, tvs e páginas da internet por todo o mundo. Tudo isso virou pó. Os gigantes da economia capitalista estão mergulhados em uma grave crise, a Europa, que já foi exemplo de Estado de Bem-Estar Social, corta direitos conquistados a duras penas após duas guerras mundiais. A principal experiência de integração regional, a União Europeia, anda para trás.

No Brasil, diante da total ausência de programa, de projeto, os representantes políticos e midiáticos deste modelo fracassado que levou a economia mundial para o atoleiro, voltam-se mais uma vez para o tema da corrupção. Essa é uma história velhíssima na política brasileira. Já foi usada várias vezes, contra diferentes governantes. Afinal de contas, os corruptos seguem agindo dentro e fora dos governos. Aparentemente, por uma curiosa mágica, eles são apresentados sempre como um ser que habita exclusivamente a esfera pública. Quando algum corrupto privado aparece com algemas, costuma haver uma surda indignação contra os “excessos policiais”.
No último domingo, o jornal O Globo publicou uma reportagem para questionar por que os brasileiros não saem às ruas para protestar contra a corrupção. O Globo sabe a resposta. Como costuma acontecer no Brasil e no resto do mundo, o povo só sai às ruas quando a economia vai mal, quando há elevadas taxas de desemprego, quando as prateleiras dos super mercados tornam-se território hostil, quando não há perspectiva para a juventude. Não há nada disso no Brasil de hoje. Há outros problemas, sérios, mas não estes. A violência, o tráfico de drogas, as filas na saúde, a falta de uma educação de melhor qualidade. É de causar perplexidade (só aparente, na verdade) que nada disso interesse à oposição. Quem está falando sobre isso são setores mais à esquerda do atual governo.

UMA ANDORINHA NÃO FAZ VERÃO, MAS PODE ACORDAR O BANDO INTEIRO

Crise terminal do capitalismo? - "Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo. A capacidade de o capitalismo adaptar-se a qualquer circunstância chegou ao fim." (Leonardo Boff)

“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma” (Joseph Pulitzer)