terça-feira, 12 de julho de 2011

A RIQUEZA VERDADEIRA

Um dia um homem que acreditava na vida após a morte,

e que valorizava o ser mais que o ter, hospedou-se na casa
de um materialista convicto, em bela mansão de uma
cidade européia.
Depois da ceia, o anfitrião convidou o hóspede para visitar
sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais
que possuía, de maneira soberba.
Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio
que consegue acumular durante sua vida na Terra.
Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias,
títulos, valores diversos.
Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede
falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos
pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde
teremos que deixá-los.
Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas
intelectuais e morais e não as posses terrenas,
sempre passageiras.
No entanto, o materialista falou com arrogância que
era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia
ninguém no mundo capaz de provar que todos aqueles
bens não lhe pertenciam.
Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo:
- Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a
cinqüenta anos, está bem?
Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já
estaremos mortos, pois ambos já temos mais de sessenta
e cinco anos de idade!
O hóspede respondeu prontamente:
- É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com
mais segurança, pois só então você entenderá que tudo
isso passou pelas suas mãos mas, na verdade,
nada disso lhe pertence de fato.
Chegará um dia em que você terá que deixar todas as
posses materiais e partir, levando consigo somente
suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes
do espírito imortal.
E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente
rico ou não.
O homem materialista ficou contemplando as obras de arte
ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de
dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.
E uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:
- Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou
em uma mansão ou num casebre?
- Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num
bazar beneficente?
- Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?
- Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?
- Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?
- Se teve grande reserva financeira ou viveu com um
salário mínimo?
- Que diferença isso fará daqui a cem anos?
Absolutamente nenhuma!
No entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra,
fará muita diferença em sua vida,
não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.

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