terça-feira, 5 de julho de 2011

RETRATAÇÃO.

Pedir desculpas, reconhecer o erro, admitir o engano, para muitos, não é nada fácil.

Como todos nós somos passíveis a erros – e a constantes erros – precisamos saber conviver com eles e cuidar para que nossas relações não sejam enfraquecidas e abaladas por eles.
Talvez a orientação familiar ou o convívio social tenham moldado pessoas a não pedirem desculpas. A esse gesto, conferem o título de “não abaixar a cabeça”, “não se diminuir”, “não se rebaixar” ou “não se inclinar”.
Por sua vez, poderíamos dizer que os títulos mais adequados a esse gesto seriam: arrogância, prepotência, soberba, altivez ou simplesmente, falta de humildade. Ou ainda, quem sabe, medo. Isso mesmo: medo. Medo oriundo de uma insegurança no que diz respeito à manutenção de sua posição - seja ela qual for.
Para estes que se negam a pedir desculpas, lhes é posto um grande véu encobrindo seus olhos para a realidade: a de que tal modo de agir só mina ainda mais a sua estrutura, imagem e os distancia dos demais – sejam eles quem for.
Não há nada de mais em nos retratar. Isso não só nos humaniza/diviniza ainda mais, como nos faz aproximar de forma mais intensa de nossos semelhantes, afinal tal atitude é uma virtude encantadora. Desde que feita de coração, com total sinceridade.
Entretanto, se de um lado precisamos aprender a reconhecer nossos erros, de outro precisamos voltar nossos esforços em não repeti-los.
E, se você está do outro lado – do lado de quem recebe o pedido de desculpas de alguém – deve também impor um limite à quantidade de desculpas que recebe de tal pessoa pelo mesmo motivo. Em outras palavras, não podemos nos deixar enganar por pessoas que ao invés de procurarem verdadeiramente se corrigir, usam o pedido de desculpas como uma forma mais fácil de arrumar a relação, independente se esta for profissional, amorosa, familiar ou fraternal.
Além do mais, assim como devemos, quais seres evolutivos, buscar a diminuição da quantidade e da constância de nossos erros, devemos instar e ajudar outros a também melhorarem sua condição. E isso não significa sermos complacentes com seus erros, principalmente se eles se mostram repetitivos e rotineiros. Antes, devemos sabiamente aconselhá-los e mostrar-lhes o reto caminho.
Abramos nosso coração, eliminemos o nosso medo, façamos uso da humildade, corrijamo-nos continuamente e, com isso, fortaleçamos ainda mais nossas relações!
Isaac Yedidyah






Nenhum comentário:

Postar um comentário