quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

QUEDA RECORD NA POBREZA EXTREMA


“O número de pobres que vivem com menos de US$ 1,25 por dia caiu a níveis recorde na América Latina no triênio 2005-2008, a 6,5% da população, a mesma tendência apresentada em todos os países em desenvolvimento, informou nesta quarta-feira o Banco Mundial.

Em 2008, um total de 1,29 bilhão de pessoas, o equivalente a 22% da população dos países em desenvolvimento, vivia em extrema pobreza, ou seja, com menos de US$ 1,25 por dia, a cota internacional fixada pelo Banco Mundial.
Isso representa uma queda pela metade em relação a 1990, quando o BM começou a avaliar de forma sistemática e integral a pobreza no mundo.
Também significa que o primeiro objetivo de desenvolvimento do Milênio, que era reduzir a extrema pobreza à metade em relação a 1990, foi cumprido antes da data limite de 2015, segundo as estatísticas do Banco.
Um total de 1,94 bilhão de pessoas vivia em extrema pobreza em 1981, o que acentua o êxito desta redução da pobreza, levando-se em conta o aumento geral da população mundial.
“Esta redução geral ao longo de um ciclo trienal de seguimento se dá pela primeira vez desde que o Banco começou a contabilização da extrema pobreza”, explicou o texto.

CHÁ COM AROMA DE MULHER ESTE ANO FEZ PARTE DA FENTECH


A comemoração do Dia Internacional da Mulher, em Horizontina, foi realizada no dia 28 de fevereiro. Tradicionalmente no município é realizado o evento para homenagear as mulheres, e neste ano, o Chá com Aroma de Mulher, integrou a programação da FEINTECH – Feira de Tecnologia, promovendo uma palestra, almoço em parceria com o CTG Carreteiros de Horizonte, e reunião dançante.

O evento, que chega a sua 12ª edição, é organizado pela COMDIM – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, saudou as mulheres participantes com presentes e músicas tocadas pela Banda Municipal de Horizontina, que encantou a todas. Na abertura, a Presidente do Conselho, Tânia Mayer, o Prefeito Irineu Colato, o Presidente da Feira e as soberanas parabenizaram as mulheres pelo dia, destacando a importância da mulher na sociedade. Após, o tema “A força da sua motivação” foi abordado em uma palestra por Marilei de Conti, Administradora de empresas, Pós Graduada em Comércio Exterior, experiência em consultoria e cursos de desenvolvimento de pessoas. Ela falou principalmente de pequenas iniciativas do dia a dia que devem ser mudadas para que as pessoas possam se sentir melhor. De tarde, a Banda Festão e Ireno e Dari animaram o público presente no Ginásio de Esportes de Esquina Eldorado.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PARA TER SABEDORIA, A VIDA É A VERDADEIRA FACULDADE

Num pequeno povoado, ao sopé da montanha, muito se falava de um grande sábio que vivia solitário na floresta. Dizia-se que ele tinha soluções para tudo e seus conselhos conduziam à felicidade. Não era fácil encontrá-lo, pois ninguém sabia, com certeza, onde residia. A notícia chegou aos ouvidos do homem mais poderoso do lugar. Decidiu encontrar o sábio, custasse o que custasse, e escutar seus conselhos, que lhe dariam mais riquezas e poder.

Depois de muito procurar, no alto da montanha, encontrou um camponês, que cuidava de algumas ovelhas. Certamente, pensou o peregrino, ele tem alguma pista do sábio. Certamente reside num palácio, cercado de livros e jardins.
O camponês o acolheu com afabilidade e disse que tinha as informações que ele procurava. Convidou-o a entrar em sua cabana e ofereceu-lhe um copo da água pura da montanha. Depois convidou-o para uma caminhada pelos arredores. Isso o incomodou. Não estava interessado em passeios, queria ver o sábio. Mesmo assim, acompanhou-o com receio de perder uma pista preciosa.
Ao retornar, o visitante foi informado que seu tempo estava esgotado. Indignado reclamou: mas eu nem vi o Mestre, preciso falar com ele! Com tranquilidade, o morador da montanha disse-lhe: comece a dar atenção a todos os que você encontrar na vida. Todos têm muito a ensinar, mas para aprender é preciso estar de olhos, coração e mente abertos. E concluiu: se você se fechar em suas ideias e teimosias, mesmo que o homem mais sábio do mundo passe por você, não o reconhecerá. Anos depois, envelhecido e doente, o nobre deu-se conta que havia encontrado o sábio, mas não havia aproveitado a chance.
Todos nascemos sem maiores conhecimentos. Apenas o instinto nos guia no início da vida. Depois começamos um lento aprendizado, que começa bem antes da escola. A vida é a verdadeira universidade que pode nos dar a desejada sabedoria. Pais, sacerdotes, professores têm papel importante, mas não fornecem a ninguém toda a sabedoria. A partir de certo momento é a própria pessoa que assume as rédeas da vida. O mesmo fato pode ser desprezado por uns e aproveitado por outros. Por intolerância, por ideias fixas ou caprichos, perdemos preciosas oportunidades de conhecimento e crescimento.
Quando o jovem rei Salomão subiu ao trono de Israel pediu a Deus sabedoria para governar seu povo e distinguir o bem do mal. Deus atendeu seu pedido e deu-lhe um coração sábio (1Rs 3,12). Isso implica em saber e amar. Pessoas muito inteligentes passaram pelo mundo sem deixar marcas. Outras pessoas, aparentemente menos sábias, modificaram a história. Ainda hoje, séculos depois, falamos deles. Hoje se fala em inteligência emocional. É a sabedoria do coração.



UMA HOMENAGEM A ELIS REGINA

A Pimentinha, o furacão de voz potente e aveludada. Jeito de menina e coração maduro de mulher. Sorriso maroto escondendo dores e amores. Temperamento forte, que picava feito pimenta na boca, fazendo língua arder e olhos chorarem. Arte que explodia em beleza e maravilha, fazendo a baixinha ganhar estatura de gigante e os ouvintes vibrarem em uníssono, arrastados por seu canto.

Arrastar... era isso que Elis mais sabia fazer. Arrastar a plateia com seu canto, com os movimentos de seu corpo, sua vibração única e incontida. Arrastar a imaginação dos que a ouviam e imaginavam, inspirados por sua voz única e inconfundível, praias e redes cheias de peixes, águas caindo em março e fecundando terra e fechando os caminhos.
Sou da geração que Elis “arrastou”. Arrastou com sua voz, com seu canto, com seu repertório impecável, com sua voz inigualável a experiências de plenitude de vida e gozo musical. Arrastou para um novo tempo, uma nova etapa de viver. Nós e o Brasil estávamos passando por profundas transformações. E a força vulcânica da arte de Elis Regina ajudou a nos “arrastar” para uma esperança que, para muitos de nós, já não parecia possível. Ouvir a vibrante voz da Pimentinha conclamando a entrar no mar e acreditar numa pesca milagrosa quando o mar parecia literalmente “não estar para peixe” foi algo inesquecível.
Tive a oportunidade de acompanhar toda a sua trajetória. Conscientizei-me com suas canções de protesto: Upa Neguinho, Estatuinha, Deus com a família. Chorei muito e sentidamente com Eu preciso aprender a ser só. Vivi romance empolgante com Falso Brilhante. Rezei tanto e tantas vezes ao som de Romaria, que até hoje facilita o encontro de tantos e tantas com Deus. E vibrei, com tantos, com quase todos, quando O bêbado e a equilibrista nos fez lembrar que não havia que deixar de sonhar com a “volta do irmão do
Henfil e de tanta gente que partiu num rabo de foguete”.
Depois, tão cedo, tão prematura, a notícia de sua morte. Notícia triste, tão triste que não apenas o Brasil chorou, mas o mundo inteiro. Perder tão cedo uma artista assim completa, assim agraciada, assim vital, era um empobrecimento cruel que nos golpeou duramente. E do qual até hoje não nos recuperamos completamente. Outras artistas vieram simultânea ou posteriormente a Elis. Mas há um lugar ocupado por ela, onde até hoje existe um vácuo. Sua unicidade ainda é um fato na constelação privilegiada que ilumina a arte brasileira.
Pois que artista algum dia pensou em inscrever a própria voz, como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil? Ela o fez. E bem o fez, pois sua voz era em realidade um instrumento, puro e melodicamente afinado pelo próprio Criador, que conhecia os sons corretos e absolutamente adequados a emitir a cada instante e momento. A voz de Elis era algo por demais precioso para não figurar ao lado de oboés, violinos, cellos etc.
Aos 36 anos ela se foi. Certamente ficaria triste se soubesse que hoje quando se fala em arrastão não se pensa na vibração de alegria da canção de Vinicius e Edu Lobo que ela imortalizou. Arrastão hoje, Elis, infelizmente significa algo feio e triste. São muitos meninos pobres e infelizes, descendentes diretos do neguinho com o qual você fazia Upa, que não encontram sentido para suas vidas vergadas pela injustiça e pela opressão que herdaram.
E, então, encontram no furto e no roubo o gesto com o qual expressam sua raiva, sua não conformidade. Arrastão é sinônimo de violência, de desordem, de caos, não da alegria esfuziante que você cantou. O “Brazil” que não conhece o Brasil e que nunca foi ao Brasil que você denunciou com seu canto continua ativo. Infelizmente. São necessários mais talentos como o seu para exorcizá-lo.

NÃO ADMIRA QUE EXISTAM TANTOS DESVIOS

Pouco fiscalizado pelos políticos, mas muito fiscalizado pelas ongs e pela imprensa, fiscalizador quando lhe interessa e furiosamente arrecadador, o governo brasileiro escolheu o caminho mais fácil. Politicamente é muito mais difícil atender a fome dos congressistas por verbas e bem mais fácil arrecadar mais impostos porque os aliados podem retaliar não votando o que interessa ao governo e o povo raramente vai às ruas exigir que o governo o respeite!

Os gays conseguem juntar 2 milhões deles em passeata em São Paulo, 1 milhão no Rio; os crentes reúnem 2 milhões num dia. Mas os que reivindicam menos corrupção, menos impostos e mais transparência mal conseguem reunir 2 mil manifestantes…
No dia em que 2 ou 3 milhões saírem às ruas contra a corrupção e contra os impostos o governo depressa conseguirá escolher prioridades e, como o cargo dos políticos balançará, mais que depressa eles reduzirão seus próprios subsídios e suas exigências. O governo tornou-se impostólatra. Não admira que haja tantos políticos impostores. Nós perdemos nossa capacidade de estabelecer limites aos partidos no poder e o poder perdeu os limites do bom senso. É dinheiro demais para serviços mal prestados. Estamos nos tornando uma enorme estrada de pedágios cada dia mais caros. Não admira também que haja tantos desvios.



A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE.

Ao procurar um emprego, ou ao ser entrevistado para tal, é interessante notar que a primeira qualidade a ser indicada não é tanto o nível de conhecimento ou o preparo profissional, mas se a pessoa é responsável e de confiança.

Como se pode imaginar uma pessoa responsável? Quais as provas que confirmam alguém que tenha responsabilidade? Existe uma ideia geral que caracteriza uma pessoa responsável como aquela que responde pelos seus atos ou até mesmo pelos atos dos outros. Pessoa responsável tem condições morais de assumir compromissos e prestar contas com transparência a quem de direito.
O assunto que estamos tratando não se refere ao lado negativo da responsabilidade como, por exemplo: fulano é responsável por um acidente, por uma desgraça ou por uma falência. Geralmente esse tipo de responsabilidade pelo lado avesso acontece pela falta de responsabilidade.
Homens e mulheres responsáveis é um assunto eminentemente positivo. Refere-se a quem desperta confiança, a quem garante perspectivas e faça acontecer o lado certo dos empreendimentos e da vida. Esse tipo de gente não se faz de qualquer jeito, nem se confirma em alguns dias.
Pessoas responsáveis que desencadeiam processos de credibilidade são pessoas que têm convicções e princípios, seriedade e perseverança. São as que têm raízes profundas naqueles valores que, antes de formarem profissionais, formam pessoas dignas e criteriosas, que terminam sendo bons profissionais também.
Pessoas responsáveis sabem medir o presente a partir do futuro. Não jogam com o descartável, mas querem firmar o passo para poder continuar sendo merecedoras de confiança hoje e sempre. Na mente de pessoas responsáveis não cabe o jogo de conveniência de quem se mostra agora o que não vai ser depois. Às vezes, acontece com alguém que no tempo de experiência, como empregado, faz tudo para merecer contratação. Uma vez contratado modifica seu comportamento e entra no jogo da irresponsabilidade.
Como em tudo, só o tempo se encarrega de confirmar o nível de responsabilidade de uma pessoa. Mas o bom de tudo é que, apesar de vivermos em tempos de fáceis descompromissos, ainda existem muitas pessoas responsáveis que honram a nossa espécie humana.
Vale lembrar e iluminar nossa reflexão com a parábola dos talentos de Mateus. A responsabilidade levou um empregado a investir os cinco talentos e fazer lucrar mais cinco. Quem recebera dois lucrou mais dois. Ambos mereceram os parabéns do patrão. Além da confiança ganharam muito mais. A irresponsabilidade de quem recebera um e o escondeu, lhe valeu a perda do bem recebido e, o que é pior, da confiança do patrão.
“A todo aquele que tem será dado ainda mais e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que pensa ter será tirado”

OS NEGÓCIOS DA POLÍTICA

Reportagem publicada na edição de sexta-feira (24/2) do Estado de S.Paulo revela um esquema de formação de vereadores pela internet que exemplifica claramente a crise de representatividade do sistema político brasileiro. De acordo com o texto, é possível comprar por menos de 20 reais, pela internet, pacotes de propostas legislativas de qualquer tipo, além de modelos para a criação de casas de cultura, turismo, ouvidoria e orientação sobre normas urbanísticas, leis de ocupação do solo e editais em geral. Assim o candidato pode se apresentar ao eleitorado munido de “ideias” convincentes, adaptadas à realidade local.

O serviço de assessoramento para quem ambiciona um posto bem remunerado, com muitas mordomias, prestígio e direito a aposentadoria, nada tem de ilegal. Trata-se de um sistema que oferece obviedades capazes de transformar em indivíduo clarividente o mais tosco dos candidatos, como projetos completos para bibliotecas públicas ou cursos sobre os fundamentos da legislação orçamentária.
De quebra, o freguês pode adquirir também discursos prontos, adaptados ao linguajar regional, e cursos completos sobre como falar em público.

FICHA LIMPA AUMENTA RESPONSABILIDADE DO ELEITOR

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), assegurando a validade da Lei da Ficha Limpa já nas eleições deste ano, deve ser saudada com entusiasmo por todos os brasileiros. Além de atender a um apelo popular, sustentado por mais de 1,3 milhão de assinaturas, a inelegibilidade de políticos condenados criminalmente por órgão colegiado contribui para o eleitor correr menos riscos.

Desde que entidades começaram a fazer circular abaixo-assinados, criou-se a expectativa de que o objetivo era bom para a democracia e para a vida política em geral do país. A não aplicação da lei nas últimas eleições e a interrupção da votação pelo STF em novembro passado ajudaram a ampliar o debate e a consolidar a Ficha Limpa como um recurso indispensável. A aprovação, na semana passada, vem coroar de absoluto êxito a iniciativa.
Desde que um candidato a eleições políticas começou a ser considerado um produto - e isso tem cerca de meio século -, as ferramentas de promoção pessoal multiplicaram-se. A criatividade e o talento de publicitários e marqueteiros, aliados a sofisticadas tecnologias, num processo irrigado por muito dinheiro, construíram imagens que muitas vezes beneficiaram concorrentes despreparados, quando não mal-intencionados. E o eleitor não se municiou de recursos para identificar com clareza estratégias e artimanhas eleitoreiras, origem de frustrações e arrependimentos.
A Ficha Limpa é importante, mas não certifica a qualidade e as intenções de todos os candidatos. De certa forma, aumenta a responsabilidade do eleitor. Por isso, é preciso que ele continue usando critérios rigorosos, com avaliação, reflexão e questionamento, na hora de decidir em quem votar. Terá mais chances de escolher os melhores - ou pelo menos de evitar que seja ingenuamente iludido.

COMEÇA A SER OFICIALIZADA A DITADURA ECONÔMICA

A pobreza já afeta 115 milhões de pessoas nos 27 países da União Europeia. Quase 25% da população. E ameaça mais 150 milhões de habitantes.

Na Espanha, a taxa de desemprego atinge 22,8%. Grécia e Itália encontram-se sob intervenção branca, governados por primeiros-ministros indicados pelo FMI. Irlanda e Portugal estão inadimplentes. Na Bélgica e no Reino Unido, manifestações de rua confirmam que “a festa acabou”.
Agora, o Banco Central da União Europeia quer nomear, para cada país em crise, um interventor de controle orçamentário. É a oficialização da ditadura econômica. Reino Unido e República Tcheca votaram contra. Porém, os outros 25 países da União Europeia aprovaram. Resta saber se a Grécia, o primeiro na lista da ditadura econômica, vai aceitar abrir mão de sua soberania e entregar suas contas ao controle externo.
A atual crise internacional é muito mais profunda. Não se resume à turbulência financeira. Está em crise um paradigma civilizatório centrado na crença de que pode haver crescimento econômico ilimitado num planeta de recursos infinitos… Esse paradigma identifica felicidade com riqueza; bem-estar com acumulação de bens materiais; progresso com consumismo.
Todas as dimensões da vida – nossa e do planeta – sofrem hoje acelerado processo de mercantilização. O capitalismo é o reino do desejo infinito atolado no paradoxo de se impor num planeta finito, com recursos naturais limitados e capacidade populacional restrita.
A lógica da acumulação é mais autoritária que todos os sistemas ditatoriais conhecidos ao longo da história. Ela ignora a diversidade cultural, a biodiversidade, e comete o grave erro de dividir a humanidade entre os que têm acesso aos recentes avanços da tecnociência, em especial biotecnologia e nanotecnologia, e os que não têm. Daí seu efeito mais nefasto: a acumulação ou posse da riqueza em mãos de uns poucos se processa graças à desposessão e exclusão de muitos.
A questão não é saber se o capitalismo sairá ou não da enfermaria de Davos em condições de sobrevida, ainda que obrigado a ingerir remédios cada vez mais amargos. A questão é saber se a humanidade, como civilização, sobreviverá ao colapso de um sistema que associa cidadania com posse e civilização com paradigma consumista anglossaxônico.
Estamos às vésperas da Rio+20. E ninguém ignora que esta casa que habitamos, o planeta Terra, sofre alterações climáticas surpreendentes. Faz frio no verão e calor no inverno. Águas são contaminadas, florestas devastadas, alimentos envenenados por agrotóxicos e pesticidas.
O resultado são secas, inundações, perda da diversidade genética, solos desertificados… Há na comunidade científica consenso de que o efeito estufa e, portanto, o aquecimento global, resulta da ação deletérea do ser humano.
Todos os esforços para proteger a vida no planeta têm fracassado até agora. Em Durban, em dezembro de 2011, o máximo que se avançou foi a criação de um grupo de trabalho para negociar um novo acordo de redução do efeito estufa… a ser aprovado em 2015, e colocado em prática em 2020!
Enquanto isso, o Departamento de Energia dos EUA calculou que, em 2010, foram emitidas 564 milhões de toneladas de gases de aquecimento global. Isto é, 6% a mais do que no ano anterior.
Por que não se consegue avançar? Ora, a lógica mercantil impede. Basta dizer que os países do G8 propõem não salvar a vida humana e do planeta, mas criar um mercado internacional de carbono ou energia suja, de modo a permitir aos países desenvolvidos comprar cotas de poluição não preenchidas por outros países pobres ou em desenvolvimento.
E o que a ONU tem a dizer? Nada, porque não consegue livrar-se da prisão ideológica da lógica do mercado. Propõe, portanto, à Rio+20 uma falácia chamada “Economia Verde”. Acredita que a saída reside em mecanismos de mercado e soluções tecnológicas, sem alterar as relações de poder, reduzir a desigualdade social e criar um mundo ambientalmente sustentável no qual todos tenham direito ao bem-estar.
Os donos e grandes beneficiários do sistema capitalista – 10% da população mundial – abocanham 84% da riqueza global e cultivam o dogma da imaculada concepção de que basta limar os dentes do tubarão para que ele deixe de ser agressivo…

COMER UVAS AUMENTA O HDL, O BOM COLESTEROL.

É tempo de uva, uma das frutas mais consumidas da estação. O organismo agradece, já que a uva oferece diversos benefícios à saúde. Segundo Samanta Fachini Tomazoni, nutricionista da Gollden Food, empresa de refeições coletivas de Caxias do Sul, ela é um rico depósito de compostos antioxidantes e anticancerígenos. Além disso, possui vitaminas C e do complexo B e fornece boas doses de minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo.
De acordo com a variedade da uva, diferentes benefícios se destacam. A uva tinta possui alto teor do antioxidante quercetina. A sua casca aumenta o HDL, considerado o bom colesterol, e contém resveratrol, que comprovadamente inibe o agrupamento de plaquetas e, por consequência, a formação de coágulos sanguíneos. Já a uva branca têm poderes antibacterianos e antivirais. O óleo da semente da uva também aumenta o HDL.
Contudo, ao ser utilizada em outras receitas, a fruta pode perder uma parte desses benefícios. “Sempre que algum alimento é cozido, ele perde propriedades, principalmente as vitaminas e os minerais. Portanto, sempre é melhor consumi-los na forma natural”, alerta a nutricionista.
Quem faz dieta ou tem alguma restrição alimentar deve consumir frutas com moderação. A uva in natura é uma das frutas mais calóricas. Em 100 gramas (o que representa um cacho pequeno) há 80 calorias. De acordo com Samanta, o ideal é que se consuma apenas uma porção de uva diariamente. As demais porções de frutas recomendadas em uma dieta equilibrada devem priorizar frutas menos calóricas. “Laranja, maçã, nectarina, pêssego, ameixa e melancia são boas opções e contêm menos calorias”, avalia. Além da uva, outras frutas que apresentam um teor calórico significativo são o maracujá, o açaí, a cereja, o figo, o coco e o abacate.
Além de ser calórica, a uva é uma das frutas que mais contêm açúcar, um risco para diabéticos. “Seu consumo não precisa ser proibido, mas deve ser controlado entre os diabéticos”, explica Samanta. Laranja, banana nanica e caqui também apresentam mais açúcar em sua composição. “O ideal é sempre comê-las com casca ou bagaço, e não na forma de sucos”, finaliza Samanta.

NOVAS REGRAS PARA OS MÉDICOS.

Nos supermercados, é comum encontrar produtos que estampam nos rótulos a recomendação de consumo por associações médicas. São margarinas, iogurtes, cereais e até produtos destinados às crianças com indicações das associações de cardiologia, pediatria, diabéticos etc. Agora, tal apelo comercial está proibido. A determinação é do Conselho Federal de Medicina. As novas regras também mexem com a relação entre médicos e laboratórios farmacêuticos e entre médicos e pacientes, em questões éticas e comerciais.
Também não é mais permitido aos médicos expor os pacientes nos tradicionais anúncios de “antes e depois” - para evitar que o paciente siga determinado tratamento iludido por imagens. Os médicos também estão proibidos de fazer propaganda dando garantia de sucesso para produtos e tratamentos e não poderão oferecer assistência médica a distância, por telefone ou internet.
Para evitar conflitos de interesse, há mudanças na relação dos médicos com a indústria farmacêutica. Congressos em lugares próprios para turismo, como navios de cruzeiros, não poderão mais ser realizados. Os laboratórios ficam proibidos de pagar despesas de lazer dos médicos e parentes e só poderão oferecer brindes cujo valor não ultrapasse um terço do salário-mínimo (R$ 207,00).

domingo, 26 de fevereiro de 2012

COMO SURGIRAM ALGUMAS INVENÇÕES CRIATIVAS

Nem só de violência são feitas as guerras, afinal, para sobreviver em ambiente hostil é preciso também muita criatividade. Do computador ao chocolate, é enorme a lista de produtos criados para fins militares e depois adaptados para o uso no dia a dia. A seguir, o Correio Sabe-Tudo apresenta sete produtos que passaram do campo de batalha para as nossas casas.

Micro-ondas - durante a Guerra Fria (1945-1991), um norte-americano que trabalhava na fornecedora militar Raytheon, Percy Spencer, inspecionava válvulas mecânicas usadas em radares e que geram energia, chamadas magnétrons. Depois de algum tempo perto desses equipamentos, Spencer percebeu que um chocolate que carregava no bolso havia derretido. Não demorou muito para que ele criasse um aparelho que aquecesse comida por meio desse princípio, que começou a ser utilizado em 1946. A Raytheon comprou a ideia e lançou o primeiro micro-ondas, que pesava 340 quilos e custava algo em torno de 2 mil dólares.
Teflon - Mais uma invenção que surgiu por acaso. Pouco antes de começar a Segunda Guerra Mundial, em 1938, Roy J. Plunket realizava experiências com gases para refrigeração nos Estados Unidos. Ele e seu assistente, Jack Rebok, misturaram gases de nomes estranhos como o clorofluorcarbono (CFC) e o tetrafluoretileno (TFE) em busca de alternativas para refrigerar. O experimento não saiu como o planejado e o resultado foi uma substância pegajosa em que quase nada grudava.
Em 1945, a invenção recebeu o nome de teflon. Os primeiros usuários do novo produto foram os militares americanos, que aplicaram o teflon para revestir tubos e vedações na produção de material radioativo para a primeira bomba atômica. Com o fim da Segunda Guerra, a substância passou a ser usada para os mais diversos fins, como o revestimento de panelas.
Margarina - O imperador francês Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, ofereceu um prêmio a quem descobrisse uma alternativa barata para a manteiga - na época, um produto caro e escasso. Até hoje os historiadores discutem se o imperador fez isso para facilitar a vida dos franceses pobres ou para abastecer suas forças armadas, às vésperas da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). Seja como for, o químico Mège-Mouriès apresentou a margarina, em 1869, levando o prêmio de Napoleão III.
Leite condensado - Antes da Guerra de Secessão (1861-1865), conflito entre o norte industrializado dos Estados Unidos contra o sul escravista, os americanos buscavam uma maneira eficaz de melhorar o armazenamento do leite, reduzir seu volume e contornar a falta de refrigeração. Para isso, eles evaporavam a água do leite e adicionavam açúcar, para conservá-lo por mais tempo. O resultado é o leite condensado como conhecemos hoje.Gail Borden, nascido em Nova York, descobriu como produzir o produto industrialmente e patenteou a invenção em 1851. O leite condensado amargou dez anos no esquecimento, até o início da guerra, quando os estados do Norte incluíram o produto na ração básica das tropas, comprando-o em larga escala. Não demorou até que o doce se popularizasse, passando a ser consumido no mundo inteiro. Os primeiros carregamentos de leite condensado chegaram ao Brasil no início do século passado.
M&M’s - O empresário americano Forrest Mars ficou sabendo que tropas da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) comiam pelotas de chocolate envolvidas numa casca dura açucarada, que impedia o calor de derreter a guloseima. Inspirado na ideia, Mars criou os confeitos M&M’s, nome originado das iniciais dos sobrenomes de Mars e de seu sócio, Bruce Murrie. Em 1941, o produto já estava no mercado, mas ganhou impulso quando o exército americano passou a incluir os M&M’s na alimentação dos soldados que foram à Segunda Guerra. Em 1948, a embalagem de cartolina foi trocada pelo saquinho plástico que conhecemos hoje.
Computador - Outro subproduto da Guerra Fria. Engenheiros da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, desenvolveram em 1946 um aparelho chamado Eniac, para auxiliar nos cálculos de artilharia. A máquina tinha mais de dois metros de altura e ocupava uma área de 15 m por 9 m, com o “modesto” custo de US$ 400 mil. Mal sabiam eles que a invenção invadiria lares e ultrapassaria a marca de um bilhão em 2008, com projeção de chegar a 2 bilhões em 2014!
Internet - o temor de um ataque soviético durante a Guerra Fria fez com que cientistas norte-americanos desenvolvessem uma rede de comunicação descentralizada, que permitisse dividir as informações em vários pedaços, chamada Arpanet. Assim, caso um espião da União Soviética tivesse acesso a informações de uma unidade militar dos Estados Unidos, conseguiria apenas um trecho de todo o projeto ou plano. No início da década de 1990, a rede mundial de computadores acabou se popularizando de forma avassaladora, tornando-se, talvez, a mais importante de todas as invenções tecnológicas já surgidas durante uma guerra.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O MEU NOME É MEDO.

Meu propósito é dominar corações e mentes. Incutir em cada um o medo do outro. Medo de estender a mão, tocar em cumprimento a pele impregnada de bactérias nocivas.
Medo de abrir a porta e receber um intruso ansioso por solidariedade e apoio. Com certeza ele quer arrancar-lhe algum dinheiro ou bem. Pior: quer o seu afeto. Melhor não ceder ao apelo sedutor. Evite o sofrimento, tenha medo de amar.
Quero todos com medo da comunidade, do vizinho, do colega de trabalho. Medo do trânsito caótico, das rodovias assassinas, dos guardas que intimidam e achacam. Medo da rua e do mundo.
Convém trancar-se em casa, fazer-se prisioneiro da fragilidade e da desconfiança. Reforce a segurança das portas com chaves e ferrolhos; cubra as janelas de grades; espalhe alarmes e eletrônicos por todos os cantos.
Faça de seu prédio ou condomínio uma penitenciária de luxo, repleta de controles e vigilantes, e no qual o clima de hostilidade reinante desperte, em cada visitante, uma ojeriza ao prazer da amizade.
Tema o Estado e seus tentáculos burocráticos, os pesados impostos que lhe cobra, as forças policiais e os serviços de informação e espionagem. Quem garante que seu telefone não está grampeado? Suas mensagens eletrônicas não são captadas por terceiros?
O mais prudente é evitar ser transparente, sincero, bem humorado. Sua atitude pode ser interpretada como irreverência ou mesmo ameaça ao sistema.
Fuja de quem não se compara a você em classe, renda, cultura e cor da pele; dos olhos invejosos, da cobiça, do abraço de quem pretende enfiar-lhe a faca pelas costas.
Tenha medo da velhice. Ela é prenúncio da morte. Abomine o crescimento aritmético de sua idade. Jamais empregue o termo “velho”; quando muito, admita “idoso”.
Tema a gordura que lhe estufa as carnes, a ruga a despontar no rosto, a celulite na perna, o fio branco no cabelo. É horrível perder a juventude, a esbeltez, o corpo desejado!
Tenha medo da mais terrível inimiga: a morte. Ela se insinua quando você fica doente. Saiba que ninguém está interessado em sua saúde. Em seu bolso, sim. Basta adoecer para verificar como haverão de humilhá-lo os serviços médicos e os planos de saúde.
Não se mova! Por que viajar, abandonar o conforto doméstico e se arriscar num acidente de ônibus, navio ou avião? Nunca se sabe quando, onde e como os terroristas atacarão. Quem diria que numa bucólica ilha da pacífica Noruega o terror provocaria um genocídio?
Meu nome é medo. Acolha-me em sua vida! Sei que perderá a liberdade, a alegria de viver, o prazer de ser feliz. Mas darei a você o que mais anseia: segurança!
Em meus braços, você estará tão seguro quanto um defunto em seu caixão, a quem ninguém jamais poderá infligir nenhum mal, nem mesmo amedrontá-lo.

O IMPORTANTE É VIAJAR COM SATISFAÇÃO.

Um ônibus levava todos os dias um grupo de pessoas para a cidade. Cada uma delas tinha um objetivo: trabalhar, estudar, fazer compras, visitar amigos. Cada uma delas tinha também um jeito de viajar. Um senhor colocava um jornal sobre os joelhos e tentava completar o quadro de palavras cruzadas. No fim da viagem colocava o jornal na lata de lixo. Ao seu lado, alguém tentava dormir. Sua tentativa era atrapalhada por um senhor que falava mal de tudo e de todos, principalmente do governo. Com fone no ouvido, uma jovem escutava música, ao seu lado, um senhor consultava o relógio cada dois ou três minutos. Sentada no primeiro banco, uma senhora carregava um pequeno saco de papel e, de quando em quando, jogava alguma coisa pela janela.
Alguns dos passageiros achavam que a mulher era maluca ou coisa parecida. Um dia alguém resolveu perguntar o que ela estava fazendo. Com simplicidade, respondeu: espere a primavera e verá! E explicou: esta estrada é tão triste, tão vazia e por isso jogo sementes de flores. E quando, finalmente, a primavera chegou, as margens daquele caminho ficaram embelezadas de flores, de diferentes cores e perfumes. Apareciam manchas de violetas, gérberas, girassóis, lírios e de muitas outras flores, coloridas, felizes, acolhendo aves, abelhas e borboletas. E todos os passageiros contemplavam aquela maravilha, que tornava
a viagem prazerosa.
Nossa vida é uma viagem com um destino estabelecido. O jeito de viajar é escolha de cada um. Alguns dormem, outros criticam o caminho, alguns sentam nos primeiros bancos, imaginando chegar antes, outros acomodam-se nos últimos bancos, parecendo querer evitar o futuro. Uns cumprimentam os colegas, outros mostram-se irritados. Existe o costumeiro contador de velhas piadas e ao seu lado, silencioso, alguém pode estar rezando. Viaja também a simpática senhora que joga sementes de todo o tipo, na certeza de uma nesga acolhedora de terra.
É inevitável a colheita. Somos livres em escolher as sementes que semeamos, mas obrigados a colher aquilo que semeamos. Aquele que semeia flores, colherá flores; aquele que semeia espinhos, espinhos colherá, mas aquele que nada semeia, nada colherá.
Fazer felizes os que viajam ao nosso lado é um gesto de amor. A felicidade ou o mau humor dos outros nos contagiam. Na viagem da vida, uns descem, outros sobem. Nunca saberemos quando termina nossa viagem. Importante e viajar com satisfação, mesmo porque, no caminho da vida, só se passa uma vez. O que fazemos é definitivo e a ocasião perdida não se repete. O importante é que o caminho se torne mais bonito porque nós passamos por ali. Assim sendo, nossa viagem – leia-se vida – não terá sido inútil. E no fim da viagem aguardamos o abraço do Pai.

UMA SOCIEDADE BIOCENTRADA. ESTÉ É O RUMO DO BRASIL

Há interpretações clássicas sobre a formação da nação Brasil. Mas esta do cientista político Luiz Gonzaga de Souza Lima é seguramente singular e adequada para entender o Brasil no atual processo mundial de globalização: A Refundação do Brasil: rumo a uma sociedade biocentrada. Seu ponto de partida é o fato brutal da invasão e expropriação das terras brasileiras pelos “colonizadores” à base da escravidão e da superexploração da natureza. Não vieram para fundar aqui uma sociedade, mas para montar uma grande empresa internacional privada, uma verdadeira agroindústria, destinada a abastecer o mercado mundial. Ela resultou da articulação entre reinos, igrejas e grandes companhias privadas, como a das Índias Ocidentais, Orientais, a Holandesa (de Maurício de Nassau), com navegadores, mercadores, banqueiros, buscando enriquecimento rápido.
Ocupada a terra, para cá foram trazidas matrizes (cana de açúcar e depois café), tecnologias modernas para a época, capitais e escravos africanos. Estes eram considerados “peças” a serem compradas no mercado e como carvão a ser consumido nos engenhos de açúcar. Com razão afirma Souza Lima: “O resultado foi o surgimento de uma formação social original e desconhecida pela humanidade até aquele momento, criada unicamente para servir à economia; no Brasil nasceu o que se pode chamar de ‘formação social empresarial’”.
A modernidade no sentido da utilização da razão produtivista, da vontade de acumulação ilimitada e da exploração sistemática da natureza, da criação de vastas populações excluídas, nasceu no Brasil e na América Latina. O Brasil, neste sentido, é novo e moderno desde suas origens.
A Europa só pôde fazer a sua revolução, chamada de modernidade, com seu direito e instituições democráticas, porque foi sustentada pela rapinagem brutal feita nas colônias. Com a independência política do Brasil, a formação social empresarial não mudou sua natureza. Todos os impulsos de desenvolvimento ocorridos não conseguiram diluir o caráter dependente e associado que resulta da natureza empresarial de nossa conformação social. A tendência do capital mundial global ainda hoje é tentar transformar nosso eventual futuro em nosso conhecido passado. Ao Brasil cabe ser o grande fornecedor de commodities para o mercado mundial, com parco valor agregado.
A empresa Brasil é a categoria-chave, segundo Souza Lima, para se entender a formação histórica do Brasil e o lugar que lhe é assinalado no processo atual de globalização desigual. O desafio consiste em gestar um outro software social que nos seja adequado, que nos desenhe um futuro diferente. A inspiração vem de algo bem nosso: a cultura brasileira. Ela foi elaborada pelos escravos e seus descendentes, pelos indígenas que restaram, pelos mamelucos, pelos filhos e filhas da pobreza e da mestiçagem. Gestaram algo singular, não desejado pelos donos do poder que sempre os desprezaram e nunca os reconheceram como sujeitos e filhos e filhas de Deus.
O que se trata agora é refundar o Brasil, “construir, pela primeira vez, uma sociedade humana neste território imenso e belo, o que nunca ocorreu em toda a era moderna, desde que o Brasil foi fundado como empresa; fundar uma sociedade é o único objetivo capaz de salvar nosso povo”.Trata-se de passar do Brasil como Estado economicamente internacionalizado para o Brasil como sociedade biocentrada.
Enquanto sociedade humana biocentrada, o povo brasileiro deixará para trás a modernidade, apodrecida pela injustiça e pela ganância, e que está conduzindo a humanidade a um abismo. Não obstante, a modernidade entre nós, bem ou mal, nos ajudou a forjar uma infraestrutura material que pode permitir a construção de uma biocivilização que ama a vida em todas as suas formas, que convive pacificamente com as diferenças e com capacidade de sintetizar os mais diferentes fatores.
É neste contexto que Souza Lima associa a refundação do Brasil às promessas de um mundo novo que deve suceder a este agonizante, incapaz de projetar qualquer horizonte de esperança para a humanidade. O Brasil poderá ser um nicho gerador de novos sonhos e da possibilidade real de realizá-los em harmonia com a Mãe Terra e aberto a todos os povos

IR E VOLTAR

Recentemente uma Igreja Pentecostal fazia campanha para recuperar os fiéis que a abandonaram, indo para outra ou caindo na indiferença. É que entusiasmo passa. Omita a catequese progressiva e você terá fiéis rolando de templo em templo.

Como tudo tem um depois, é nesse depois que se verifica o sentido pleno de uma conversão. Alguém pode mudar de rota e prosseguir só por um trecho e depois voltar, ou seguir aquele rumo até o fim. A palavra é perseverar!
A conversão supostamente é uma mudança para seguir até o fim. Se os crentes que mudam de templo procuram a Igreja perfeita mudarão a cada nova decepção, até descobrirem que Igrejas não são feitas de anjos. Então talvez parem de ir embora e perdoem suas Igrejas. Naquele dia pode ser que também se lembrem de pedir perdão às suas Igrejas. Às vezes também elas são ofendidas.

SENHORES PAIS: MUITA ATENÇÃO AO PESO DA MOCHILA

No início do ano letivo, a garotada está ansiosa para encontrar os colegas, usar o material escolar e o uniforme novos, conhecer os professores. Em meio a tanta empolgação, pais e mestres devem estar atentos aos cuidados básicos a serem tomados com as crianças. Segundo especialistas do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) é preciso observar o uso correto das mochilas, a postura em sala de aula, o calçado adequado para o ambiente escolar e a prevenção de acidentes durante as brincadeiras.

O uso correto da mochila é um quesito importante que pode evitar dores, desvios de postura, deformidades. O especialista em coluna Luiz Eduardo Carelli alerta que, diante de tantas opções no mercado, o importante é pensar na saúde da coluna e dos ombros. Pesquisas já revelaram que o peso adequado a ser transportado em uma mochila é de no máximo 10% do peso corporal. Portanto, um estudante de 30 quilos não pode carregar mais do que três quilos de material.
Por isso, a sugestão é arrumar a mochila diariamente, segundo as necessidades das aulas de cada dia. “O caderno de dez matérias pode ser substituído por um caderno para cada matéria. Também pode-se adotar o esquema de fichário, em que o aluno leva para a escola apenas as folhas da matéria em questão”, ensina Carelli.
Vale ainda dar preferência para os modelos de alças alcolchoadas, com largura que não exceda o tamanho do dorso da criança e com altura sobre a região da cintura. Outro ponto importante é ajustar a mochila ao tronco e carregá-la sobre os dois ombros. “Jamais usá-la sobre um só ombro. A sobrecarga em um lado do corpo pode ocasionar problemas de postura, como escoliose e cifose, e sérias dores”, complementa.
O ortopedista lembra ainda a importância da postura em sala de aula e faz um alerta para pais e professores. “Muitos alunos têm mania de inclinar o corpo para frente no momento de escrever; é importante sinalizar a garotada a manter uma postura ereta, com as costas apoiadas na cadeira e os pés no chão”, afirma. “Observar se as cadeiras da escola são adequadas, de maneira que tenham um tamanho compatível com as mesas, é tarefa dos pais”, acrescenta.
Pelo fato de as crianças estarem em desenvolvimento, suas estruturas ósseas, ligamentares e musculares ainda estão em formação. Por isso, toda postura inadequada ao sentar, dormir, andar e praticar atividades físicas é capaz de provocar alterações, podendo, com o tempo, passar de uma simples compensação para uma deformidade.

FEINTECH PROMOVERÁ SEMINÁRIOS NA ÁREA DA INDÚSTRIA E AGRONEGÓCIO


A FEINTECH promoverá durante os dia 29 de fevereiro e 1 de março o Seminário “Oportunidades e Perspectivas para a Economia Regional”. O Seminário ocorrerá no Parque de Eventos João de Oliveira Borges, no Ginásio da Comunidade Eldorado em anexo ao Parque, com a seguinte programação:

Dia 29 de fevereiro (Quarta-Feira) - Seminário do Agronegócio
- Cenários e Perspectivas futuras para o Setor Agrícola, com Alexandre Engler Barboza - Economista do Sicredi.
- Produção do Leite, Sistema Nova Zelândia, Manejo, Base de Pasto e Irrigação, com Wagner Beskow - representante das empresas CCGL e Cotrimaio.
- Oportunidades e Perspectivas para a Cadeia Produtiva do Leite, com João Milton Cunha - Coordenador da Câmara Setorial do Leite do RS.
Dia 1° de Março (Quinta-Feira) Seminário da Indústria
- Cenários Econômicos para a Indústria, com José Antônio Martins - Diretoria da Produção Comercial da AGDI (Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento) e palestrantes da FIERGS.
- Estratégia Empresarial e Tecnologia, com Executivo da Empresa John Deere Brasil.
- Oportunidades para alavancar negócios no mercado de petróleo, gás e naval, com o Presidente da Associação RS Óleo e Gás Estevão Leuck e Secretário Executivo Artur Lorentz.
Os Seminários se estenderão das 10h até às 13 horas de cada dia. Não haverá cobrança de ingresso.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

SABIA? ESPIRITUALIDADE COMBATE DOENÇAS

Homens e mulheres que seguem uma crença ou religião encaram com mais disposição e otimismo um problema de saúde e ainda respondem de modo mais eficaz ao tratamento proposto. Isso significa que a espiritualidade aumenta a qualidade de vida diante de uma doença crônica. É o que constata uma equipe de pesquisadores da Universidade do Missouri (EUA) após acompanhar vítimas de acidente vascular cerebral, portadores de câncer e distúrbios neurológicos.

“Pessoas que mantêm uma prática religiosa ao longo da vida lidam melhor com os sintomas e limitações impostas pela doença, além de assumir uma postura mais ativa diante dela”, diz o estudo.



NUMERO DE CIRURGIAS DOBRA EM 10 ANOS

O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011, um novo recorde, segundo o Ministério da Saúde. O número equivale a 8% dos transplantes feitos em todo o mundo no mesmo período. Em uma década, o país mais que dobrou o número de cirurgias. O aumento foi de 124% em relação a 2001, quando foram realizados 10.428 procedimentos. Em 2011, o Brasil teve o maior aumento anual em número de transplantes da década, com 2.357 cirurgias a mais que em 2010. A média de acréscimo na década foi de 1.200 procedimentos por ano.
Em dez anos, foram feitos no Brasil 6.827 transplantes de órgãos sólidos, como coração, rins, fígado. Em quantidade, as cirurgias de transplantes que mais cresceram foram as de medula óssea, córnea, fígado, pulmão e rim.
O número de doadores de órgãos acompanha o crescimento. O país também bateu recorde no ano passado ao registrar 2.207 doadores, um avanço de 16,4% em um ano - a maior variação em quatro anos. O atual índice nacional é de 11,4 doadores por milhão de habitantes - o índice anterior ficava em 9,9. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015, taxa semelhante à de países que são considerados referência em doação de órgãos.
Com mais doações e transplantes, o tempo de espera por um órgão na fila de transplantes caiu, em média, 23% em um ano. No caso do transplante de rim, por exemplo, o tempo de espera diminuiu 42%. Porém, ainda há 27.827 pessoas aguardando por um transplante na rede pública de saúde.
A meta do governo este ano é melhorar a estrutura para os transplantes de coração e pulmão, considerados os mais complexos. Uma das dificuldades desse tipo de cirurgia é o pouco tempo que o coração pode permanecer fora do corpo humano à espera do transplante, apenas quatro horas. O rim, por exemplo, pode ficar armazenado por até 24 horas. Para este ano, a previsão do Ministério da Saúde é investir 10% a mais no sistema de transplantes em comparação ao ano passado, quando os recursos chegaram a R$ 1,3 bilhão.
O ministro da Saúde Alexandre Padilha também anunciou a autorização de transplantes em estrangeiros que não possuem residência fixa no Brasil, nos casos em que a doação vem de um parente, até o quarto grau, vivo. Portaria publicada na quarta-feira 8 no Diário Oficial da União permite o procedimento na rede privada, evitando que estrangeiros das regiões de fronteira, que procuram pelo serviço no Brasil, deixem de ser atendidos.



CONSUMO ELEVA RISCO CARDÍACO

Pesquisa da Universidade de Medicina da Columbia (EUA) mostrou que tomar uma lata de refrigerante diet todos os dias pode aumentar o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. Devido à grande quantidade de adoçantes artificiais, quem toma essas bebidas com frequência tem 43% mais chance de desenvolver problemas de saúde.
A nutricionista Aline Marcadenti explica que o fato de o refrigerante não conter açúcar não é garantia de manutenção do peso. “Bebidas diet têm corantes, conservantes, adoçantes artificiais. Como o corpo não absorve as calorias desses alimentos, o sistema nervoso manda ingerir outros alimentos para suprir as necessidades calóricas”, explica.

CALÇADO CORRETO, EVITA ACIDENTES.

O calçado também deve ser motivo de preocupação. De acordo com o especialista em ortopedia infantil Pedro Henrique Mendes, os sapatos ideais para crianças têm que ser maleáveis, tanto no comprimento quanto na largura, e devem manter a base do pé estável no chão. Vale optar pelos calçados leves, com solados e palmilhas flexíveis.

Segundo ele, saltos, mesmo pequenos, não são permitidos, pois facilitam a perda do equilíbrio, gerando quedas. Isso significa que os saltos não são problema somente para a formação dos pés, podem também ocasionar outros tipos de traumas ortopédicos.
Quedas - Na hora da brincadeira, toda atenção é pouca para que sejam evitadas quedas e, consequentemente, traumas e lesões. Segundo dados do National Pediatric Trauma Registry (NPTR, serviço norte americano de registro de trauma pediátrico), acidentes relacionados a atividades recreativas e esportivas são mais frequentes entre os cinco e os 14 anos de idade. Entre crianças de um a quatro anos, acontecem, com frequência razoável, quedas de móveis, de equipamentos de recreação, de escadas e de altura. De acordo com o especialista em traumas do Into Leonardo Rocha, é importante conhecer o ambiente da brincadeira e, dessa maneira, investir em prevenção, com uso de equipamentos de segurança e instruções que começam em casa.



ACUSAR OS OUTROS É UM MECANISMO DE OMISSÃO.

Faz algum tempo que um sério educador falava-me de uma doença que sempre existiu, mas que em nosso tempo está se tornando uma epidemia global. Dizia ele: “Trata-se da acusacionite aguda”. No decorrer do diálogo, o amigo educador insistia em provar que uma das piores barreiras para a educação e a libertação das pessoas é a mania de acusar os outros e até mesmo a Deus.

Não é difícil ouvir pais acusando filhos de irresponsabilidades e desvios, chegando até a desistir de dialogar e conviver com eles. Por sua vez, há filhos acusando pais de incompetência, ausência e indiferença. É assunto diário nos meios de comunicação social e nas ruas a acusação do povo a seus governantes. Em contrapartida, ouvem-se acusações de líderes políticos dizendo que o povo não participa nas decisões e nem da efetivação dos projetos.
 Em escolas também circulam acusações de alunos a seus professores e de professores a seus alunos. Quando aparecem problemas, quando a comunidade não anda e a sociedade não progride, é bem mais fácil ir à caça dos culpados do que participar, com responsabilidade, das soluções.
Acusar os outros é sempre um mecanismo de fácil omissão. Quando se quer justificar os próprios erros nada melhor do que jogá-los nos ombros de outros que não os fizeram. Acusar pode se tornar um caminho de anulação da responsabilidade e da capacidade de tomar decisões diante da vida.
É paradigmática a narrativa do pecado no primeiro livro da Bíblia. Após a queda, Deus pediu contas da responsabilidade e o homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”.Baseado nesta narrativa, analisando a tendência da humanidade de abdicar das próprias responsabilidades e fazer o eterno jogo de empurra, um grande teólogo americano da Igreja Batista, Harvey Cox, na década de 1960 escreveu o livro “Que a serpente não decida por nós”.
Além de acusar os outros, muitos acusam Deus como responsável de sua história de vida confusa e turbulenta. Necessitam dessa acusação como motivo para se negar à vida. Deus seria culpa pelo fato de terem sido criadas em tal situação familiar, de ter herdado tais características e de terem que carregar fardos tão pesados. Deus, enfim, as teria tratado com injustiça e deixado de cuidar delas.
Diante desse tipo de doença, a acusacionite aguda, precisamos começar por entender que este é um possível fenômeno humano. Porém, necessitado de superação no jogo da responsabilidade. Na realidade, existem exemplos de pessoas com o mínimo de possibilidades que fazem o máximo por assumirem atitudes responsáveis e investirem toda sua liberdade em construir dignidade.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

APÓS VITÓRIA DO FICHA LIMPA, VAMOS LUTAR POR ELEIÇÕES SEM VERBA PRIVADA.


Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nem tinha concluído o julgamento que garantiu a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições municipais deste ano, por 7 votos a 4, nesta quinta-feira (16), e os movimentos de combate à corrupção e pela ética na política já anunciavam a próxima luta prioritária: reforma política com financiamento público de campanha.

“Já estamos colhendo assinaturas para um novo projeto de lei de iniciativa popular que assegure o financiamento público de campanha, para que os candidatos vocacionados tenham igualdade de oportunidade com os que têm acesso aos recursos financeiros”, afirmou a diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa.
Segundo ela, é preciso aproveitar esse movimento de grande mobilização e festa em torno da vitória da Ficha Limpa para avançar ainda mais na moralização da política brasileira. “A declaração da constitucionalidade da lei mostra que, quando a sociedade se une, ela consegue mudar a realidade”, disse Jovita, explicando que a mobilização para colher as assinaturas necessárias para a nova lei será intensificada. Não se omita prezado leitor.



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

FEINTECH: ENTRADA NO PARQUE É LIVRE


A FEINTECH - Feira Internacional de Tecnologia em Horizontina – oferecerá uma ampla programação com diversas atrações para todos os públicos. Sustentada nos pilares Inovação, Tecnologia e Negócios, a feira concentra em sua programação seminários, atrações culturais locais, shows, Jeep Country Internacional, Mostra de Máquinas e Equipamentos Agrícolas, Mostra de Artesanato, várias atividades envolvendo a tecnologia do leite, cinema 3D, entre outros, além de mais de 150 expositores nas mais diversas áreas. Os ingressos para o Parque são gratuitos em todos os dias. Apenas para os shows serão cobrados ingressos, que já estão sendo comercializados.

NADA VAI SUBSTITUIR O LIVRO DE PAPEL.


Com o avanço da tecnologia e as mil e uma possibilidades de se receber informações, fiquei com medo, quando os veículos de comunicação começaram a decretar o fim do livro propriamente dito. Cada vez mais se ouve que os livros podem agora ser baixados na íntegra pela internet e que há dispositivos e aplicativos específicos para ler. Não há mais a necessidade de comprar um livro fisicamente.
Pelo jeito, não teremos mais necessidade de entrar numa livraria, nos perder nos corredores e sentir o indiscretivel  cheiro de um livro novo.
Tenho espernça que isso não aconteça. Pra mim, nada substitui um bom papo com os amigos e sentar calmamente e ler um livro, tendo ele alí ao alcance da mão.
Mas se isso acontecer, já me contaram que a Chanel petende lançar uma fragância com o "perfume" de livro novo.
Então, se realmente a internet engolir os meus livros, vou me contentar em chegar em casa e borrifar este novo perfume pela sala, e ficar atirado no sofá chorando de saudades dos meus livros novos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

UM TEMA QUE VALE SEMPRE SER LEMBRADO: O AMOR

A luta pela sobrevivência era a grande preocupação de um casal jovem. Ambos vinham de famílias pobres, viviam num casebre miserável e o futuro apresentava-se cada vez mais sombrio. Certo dia, bateram à porta da casa e a esposa foi atender. Eram três homens desconhecidos. Embora com algum receio, convidou-os a entrar, mas eles recusaram. Apenas um deles poderia entrar. Confusa, foi consultar o esposo e ambos foram falar com os estranhos visitantes.

Eles se apresentaram e seus nomes nada tinham de convencional. Um deles se chamava Sucesso, o outro Fartura e o terceiro Amor. Apenas um deles poderia ser convidado a entrar. Vamos convidar a Fartura, sugeriu a esposa e nossos problemas estarão resolvidos. Por que não o Sucesso, questionou o marido? Ele resolverá nossos problemas e seremos felizes. Quem sabe, admitiu a esposa, convidamos o Amor e nossa vida se encherá de luz. A sugestão foi aceita. Convidado, o Amor entrou no casebre e os dois outros entraram juntos. Diante da surpresa do casal, explicaram: se vocês tivessem escolhido o Sucesso ou a Fartura, os outros dois teriam ido embora. Mas o Amor nunca fica sozinho. Onde o Amor está, ai haverá sempre Fartura e Sucesso.
O Amor é tão velho como a humanidade e jamais acabará. Mesmo assim existe muita confusão em relação ao seu real significado. Nós nos amamos e isto nos basta, pensam muitos jovens. A experiência de cada dia mostra a fragilidade deste tipo de amor. Por vezes, o amor é confundido com o egoísmo ou se restringe ao erotismo. Existem ainda os que pensam que o amor pode ser confinado a um curto espaço de tempo. O amor humano, para merecer este nome, precisa se inspirar em Deus, que é amor.
Porque envolve a totalidade da vida, o amor tem duas faces diferentes, mas que se completam. O amor é humano e divino. Deus criou o homem e a mulher para serem felizes e esta felicidade só pode passar pelo amor. Não se pode imaginar que o amor seja exclusividade dos casais. Ele precisa estar presente em todas as dimensões, em todas as pessoas e em todos os momentos da vida. Num poema, dificilmente suplantado, o apóstolo Paulo fala de realidades muito boas - o dom das línguas, a profecia, os milagres, o martírio - mas adverte: “Se não tiver amor, isto nada me adiantará”. Ele lembra que o “amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
A fartura e o sucesso não garantem a felicidade e a realização pessoal. Só o amor dá significado e realização a uma vida. O céu é a “pátria do amor” e o amor é mais forte que a morte.

COMO DIZ A MÚSICA DE CAETANO VELOSO: O HAITI É AQUI?

Poucos povos no mundo suscitam tanta compaixão como os haitianos. País golpeado por toda sorte de catástrofes aliado a uma extrema pobreza, a meia ilha francófona do Caribe tem sofrido indescritivelmente. Em 2010, toda essa série de desgraças e infortúnios foi sinistramente coroada com o terrível terremoto que ceifou tantas vidas. Entre elas estava a da brasileira ilustre Dra. Zilda Arns.

O Haiti não conseguiu ainda levantar a cabeça depois do terremoto. Desde a catástrofe que arrasou o país e matou mais de 220 mil pessoas, em janeiro de 2010, chegaram vários milhares de haitianos ao Brasil. Falta tudo em seu território e os filhos da terra, em desespero, buscam vida mais humana em outras paragens. Muitos deles e delas aportam no Brasil.
Estima-se em cerca de oito mil o número de haitianos que já cruzaram a fronteira brasileira através de cidades fronteiriças. Pagam às vezes caro aos “coiotes” que os trazem por caminhos escusos e obscuros ao solo brasileiro. No coração e na cabeça, o sonho e a esperança de, enfim, encontrar trabalho, uma vida digna, mais humana, com mais qualidade. Deixaram para trás um país dizimado pelo terremoto. E também o túmulo e a memória dolorosa de parentes mortos na tragédia.
O Brasil emergente povoa suas imaginações e ameaça reeditar em versão “tupiniquim” a conhecida tragédia do “sonho americano”, que em toda a extensão da América Latina tem custado a vida e a liberdade de milhares de migrantes. Mas as ondas que cruzam a fronteira não param. Qualquer coisa é melhor que a fome, que a vida sem perspectivas para a família e os filhos.
O Brasil da Copa do Mundo, das Olimpíadas e da economia aparentemente pujante enche suas cabeças da ilusão de aqui encontrar um mundo de oportunidades.
No entanto, a realidade é bem outra Chegam aqui e não conseguem permanência legal, nem emprego, moradia, ou alimentação. Apenas trocam de calamidade.   Amontoados em abrigos, vão formando com sua presença uma gritante interrogação que faz relembrar a canção de Caetano Veloso: O Haiti é aqui?
Enquanto até 2010 os haitianos cruzavam a fronteira como qualquer turista, a partir de março de 2011 começaram a ser impedidos de fazê-lo. Muitos tiveram que permanecer nas cidades fronteiriças. As autoridades brasileiras passaram a controlar o ingresso e a passagem para a desejada terra.
No dia 10 de janeiro, o governo federal brasileiro anunciou uma série de medidas visando a conter o fluxo do deslocamento de haitianos ao Brasil. Só serão aceitos legalmente os que tiverem visto emitido pela embaixada brasileira em Porto Príncipe. Esta, por sua vez, emitirá apenas 100 vistos de trabalhos ao mês. Só os que estiverem de posse destes vistos poderão aceder ao solo brasileiro. Quem estiver em situação irregular será deportado.
Tampouco se concederá aos haitianos a condição de refugiados políticos. Não é considerada política a razão pela qual deixam seu país e sim de mera vulnerabilidade econômica. A viagem da presidente brasileira ao Haiti, deixa entrever alguma esperança de que este tema venha a ser priorizado.
Provoca imensa tristeza - e vergonha - ver um país como o nosso, que sempre teve atitude favorável à entrada de estrangeiros; que deve, inclusive, a estrangeiros muito de seu desenvolvimento, adotar atitude truculenta para com esse povo tão sofrido.
De que serve um coração se não bate pelo Haiti? - dizia uma canção de Jorge Drexel, composta logo após o terrível terremoto de 2010. E Caetano clamava e convocava: “Pense no Haiti, reze pelo Haiti.” Quando comermos mais de três vezes ao dia, e estivermos dormindo em camas confortáveis, abrigados em casas seguras, cercados por nossos familiares e entes queridos, é bom pensar e rezar pelo Haiti. E mais: pensar e rezar pelo Brasil, para que não entre no caminho de um poder cego e de um capitalismo voraz, que considera indesejáveis seres humanos que buscam seu território para ali trabalhar e viver dignamente. Que o Haiti seja aqui e que o Brasil seja haitiano na acolhida e abertura a esses que vêm saídos da grande tribulação da pobreza e do abandono.

PENSE NISSO: PRECISO DAR-ME O PERDÃO SEMPRE.

A palavra perdão vem do latim “perdonare”. Não é só uma fórmula de polidez quando se perturba alguém, mas é, acima de tudo, o exercício diário de curar os pequenos ou grandes ferimentos que nos atingem, ou que fazemos acontecer a nós por nós mesmos. No exercício do perdão, sempre existe um dom maior a acolher e um estado de vida melhor a viver.

A verdade é que sem perdão não há reconciliação com minha história de vida. Geralmente o exercício do perdão acontece como uma atividade curativa, depois de uma ferida que já nos machucou. Por nos doer e nos entristecer, buscamos sanar com o remédio do perdão dado ou procurado. Certamente, este é também o terreno do perdão. Porém, temos uma necessidade grande de treinar o perdão como uma atitude preventiva.
Eu preciso acordar de manhã com a disposição de perdão, sabendo que no meu caminho, nas minhas relações comigo, com os outros e com o mundo, posso encontrar tropeços, desentendimentos, agressões e desconfortos. Isto não se confunde com aquele pessimismo que antecipa desgraças. O perdão como uma atitude preventiva é um clima interior que cria em meu ser uma disposição saudável de fortaleza, de serenidade e de paz que desarma o que vier na contramão do meu caminho.
Desde que vou tendo consciência de minha condição humana, com suas possibilidades e limites, eu sou chamado a impregnar todo o meu ser de perdão. A reconciliação conosco mesmos é a tarefa mais difícil. Muitas vezes, estamos em pé de guerra conosco, com as dificuldades e com as tendências diferentes que vivem dentro de nós.
Há um tipo de perdão que temos mais dificuldade de nos dar. É o perdão que precisamos quando cometemos um erro que prejudica nossa imagem diante das pessoas. Às vezes vamos nos revoltando porque recebemos certo tipo de formação, porque nascemos em determinado ambiente que não nos favoreceu tanto. Enfim, sempre somos carentes de perdão, porque necessitamos nos realizar.
Um dos modos mais eficientes de nos dar o perdão é trabalhar em nós a integração do negativo. Em nossa história ninguém leva consigo somente uma bagagem de ouro. Também levamos alguns punhados de lixo. Integrar o negativo é admitir que somos humanos e temos capacidades de conviver com nossos defeitos sem sufocar-nos por sua causa, nem deixa-nos dominar por eles.
Integrar o negativo é dar atenção e cuidado pleno ao que é bom e está bem em nós, mais do que patinar no barro de nossas fragilidades. Integrar o negativo é transformar o lixo que pode aparecer em adubo para uma vida criativa e dinâmica, construtiva e sadia.

UMA OPÇÃO: SALVAR VIDAS OU O CAPITAL?

O melhor Papai-Noel do mundo mereceram 523 instituições financeiras europeias quatro dias antes do Natal: 489 bilhões de euros (o equivalente a R$ 1,23 trilhão), emprestados pelo BCE (Banco Central Europeu) a juros de 1% ao ano!
Curiosa a lógica que rege o sistema capitalista: nunca há recursos para salvar vidas, erradicar a fome, reduzir a degradação ambiental, produzir medicamentos e distribuí-los gratuitamente. Em se tratando da saúde dos bancos, o dinheiro aparece num passe de mágica!
Há, contudo, um aspecto preocupante em tamanha generosidade: se tantas instituições financeiras entraram na fila do bolsa-BCE, é sinal de que não andam bem das pernas…
Quais os fundamentos dessa lógica que considera mais importante salvar o Mercado que vidas humanas? Um deles é este mito de nossa cultura: o sacrifício de Isaac por Abraão.
No relato bíblico, Abraão deve provar a sua fé sacrificando a Javé seu único filho, Isaac. No exato momento em que, no alto da montanha, prepara a faca para matar o filho, o anjo intervém e impede Abraão de consumar o ato. A prova de fé fora dada pela disposição de matar. Em recompensa, Javé cobre Abraão de bênçãos e multiplica-lhe a descendência como as estrelas do céu e as areias do mar.
Essa leitura, pela ótica do poder, aponta a morte como caminho para a vida. Toda grande causa - como a fé em Javé - exige pequenos sacrifícios que acentuem a magnitude dos ideais abraçados. Assim, a morte provocada, fruto do desinteresse do Mercado por vidas humanas, passa a integrar a lógica do poder, como o sacrifício “necessário” do filho Isaac pelo pai Abraão, em obediência à vontade soberana de Deus.
Abraão era o intermediário entre o filho e Deus, assim como o FMI e o BCE fazem a ponte entre os bancos e os ideais de prosperidade capitalista dos governos europeus - que, para escapar da crise, devem promover sacrifícios. Essa mesma lógica informa o inconsciente do patrão que sonega o salário de seus empregados sob pretexto de capitalizar e multiplicar a prosperidade geral, e criar mais empregos.
O deus da razão do Mercado merece, como prova de fidelidade, o sacrifício de todo um povo. Todos os ideais estão prenhes de promessas de vida: a prosperidade dos bancos credores, a capitalização das empresas ou o ajuste fiscal do governo. Salva-se o abstrato em detrimento do concreto, a vida humana.
O espantoso dessa lógica é admitir, como mediação, a morte anunciada. Mata-se cruelmente através do corte de subsídios a programas sociais; da desregulamentação das relações trabalhistas; do incentivo ao desemprego; dos ajustes fiscais draconianos; da recusa de conceder aos aposentados a qualidade de uma velhice decente.
A lógica cotidiana do assassinato é sutil e esmerada. Aqueles que têm admitem como natural a despossessão dos que não têm. Qualquer ameaça à lógica cumulativa do sistema é uma ofensa ao deus da liberdade ocidental ou da livre iniciativa. Exige-se o sacrifício como prova de fidelidade. Não importa que Isaac seja filho único. Abraão deve provar sua fidelidade a Javé. E não há maior prova do que a disposição de matar a vida mais querida.
A lógica da vida encara o relato bíblico pelos olhos de Isaac. Este não sabia que seria assassinado, tanto que indagou ao pai onde se encontrava o cordeiro destinado ao sacrifício. Abraão cumpriu todas as condições para matar o filho. Subjugou-o, amarrou-o, colocou-o sobre a lenha preparada para a fogueira e empunhou a faca para degolá-lo.
No entanto, inspirado pelo anjo, Abraão recuou. Não aceitou a lógica da morte. Subverteu o preceito que obrigava os pais a sacrificarem seus primogênitos. Rejeitou as razões do poder. À lei que exigia a morte, Abraão respondeu com a vida e pôs em risco a sua própria, o que o forçou a mudar de território.
Se não mudarmos de território - sobretudo no modo de encarar a realidade -, como Abraão, continuaremos a prestar culto e adoração a Mamom. Continuaremos empenhados em salvar o capital, não vidas, e muito menos a saúde do planeta

UMA AVALIAÇÃO A SER FEITA


Corre por aí um exercício falso e errôneo de humildade. É a fala da pessoa que, querendo mostrar os seus limites e pecados, teima em dizer que não é nada e ninguém. O gesto não deixa de ser um ato de ingratidão contra Deus, porque Ele é alguém e nos criou para sermos alguém.
Se até as pedras têm sentido e, de certa forma, carregam sua individualidade, por que negar que Deus nos tenha dado valores especiais e individualidade? Fomos criados por Deus para acrescentar algum valor ao mundo, viemos por alguma razão; por isso é que não podemos dizer que somos um nada. Nossa fé nos diz que não voltaremos ao nada. Mas distingamos entre individualidade e individualismo. Acentuar-se é uma coisa, acentuar-se demais é outra. Se quisermos ser humildes, e devemos querer, digamos: -Estou longe de ser o alguém que Deus queria de mim; longe de ser a pessoa que poderia ser. Mas tenho consciência dos meus limites e valores. Eu existo, sou alguém e nunca serei um nada, porque Deus me criou para somar. Sete bilhões mais zero continuam apenas sete bilhões. Com você serão sete bilhões e um!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

IMAGEM ARRANHADA. 67% DA POPULAÇÃO VEEM JUDICIÁRIO COMO POUCO HONESTO

Ao comparar a confiança no Judiciário com outras instituições a pesquisa, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, mostra esse Poder atrás das Forças Armadas, da Igreja Católica, do Ministério Público, das grandes empresas e da imprensa escrita. Na sexta colocação, o Judiciário aparece como instituição mais confiável do que a polícia, o governo federal, as emissoras de TV, o Congresso Nacional e os partidos políticos.

Duas em cada três pessoas consideram o Judiciário pouco ou nada honesto e sem independência. Mais da metade da população (55%) questiona a competência desse Poder. A má avaliação do Judiciário como prestador de serviço piorou ainda mais ao longo dos últimos três anos, segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
A principal motivação do uso do Judiciário pelos entrevistados está relacionada às questões envolvendo direito do consumidor (cobrança indevida, cartão de crédito, produtos com defeito), aos conflitos derivados das relações trabalhistas (demissão, indenização, pagamento de horas extra), seguida e direito de família (divórcio, pensão, guarda de menores, inventário).
A pesquisa da FGV indica que a maior parte dos brasileiros confia na sua família, tendo em vista que 87% deles responderam que confiam ou confiam muito em seus familiares. Em segundo lugar, aparecem os amigos, seguidos pelos colegas de trabalho e, depois, pelos vizinhos. E apenas poucas pessoas (19%) afirmaram que confiam ou confiam muito nas pessoas em geral.





segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

AS NEOFAVELAS AMERICANAS

"Tent city" em Sacramento na Califórnia

Cidades de barracas. A versão americana das nossas favelas. Elas estão se espalhando assustadoramente pelos Estados Unidos. Já estão presentes em pelo menos 55 cidades do país.

Elas representam o extremo grau de desigualdade social a que chegaram os Estados Unidos. 47 milhões de americanos estão vivendo abaixo da linha da pobreza. Isso é equivalente a cerca de 15% da população.
O que aconteceu com o sonho americano?

Foi usurpado por uma rarefeita, predadora, gananciosa elite mandante que, entre outras coisas, diminuiu absurdamente a carga de impostos dos ricos nas últimas décadas. Só recentemente esse descalabro veio à tona — quando o bilionário Warren Buffett mostrou, num artigo que entrou automaticamente para a história americana, que paga proporcionalmente menos imposto que sua secretária.
Os ricos americanos gostam de se gabar de sua filantropia, de suas ações de caridade. É uma falácia. Rico tem que pagar impostos. Ponto. É o que acontece na sociedade escandinava, a mais avançada do mundo — a única em que genuinamente se formou um consenso segundo o qual impostos altos para quem tem mais dinheiro são o preço a pagar para o bem estar geral da população. Não adianta você dar x em ações filantrópicas se manobra nos bastidores para que as leis permitam a você economizar 2x em impostos.
Os moradores das neofavelas americanas estão enfrentando temperaturas sinistras – e, não bastasse isso, a iniquidade das pessoas que de fato mandam em Washington. Para a maior parte deles não existe água corrente e nem luz elétrica — e nem comida suficiente. É lamentável que os Estados Unidos tenham se convertido na negação das virtudes pregadas por líderes como George Washington e Thomas Jefferson, como frugalidade e solidariedade. Ao seguir a receita dos fundadores da nação, os Estados Unidos se transformaram no que foram. Ao dar brutalmente as costas para ela, viraram o que são – um pesadelo, povoado por barracas de miseráveis que se multiplicam.




A Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A) empresa de economia mista e capital aberto, controlada pelo governo brasileiro, que atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, confirmou na última terça-feira (7) aporte financeiro a Feira Internacional de Tecnologia em Horizontina - FEINTECH.

O evento está autorizado a promover ações que possam ser cobertas pela Lei Rouanet de incentivo a cultura, de 28 de fevereiro a 04 de março próximos, entre eles ações de mídia, contratações de artistas e espetáculos culturais, segurança e sonorização desses eventos.
Os recursos viabilizarão a realização entre outros, dos atrativos do Palco Cultural, oportunizando que a comunidade possa conferir apresentações de cunho artístico sem a cobrança de ingresso, ou seja, com livre acesso ao público de todas as idades.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A CURA REAL. PARA REFLETIR E FAZER.

Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta.

A cura real somente acontece do interior para o exterior .....
Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.
Conte a seu médico que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.
Relate que você tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.
Mencione que você sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em sí o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoismo.
Não querem mudar de vida.
Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas.
Suplicam auxílio para os problemas de tireóide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.
Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos... a enfermidade é um deles e por certo..
e o principal recado que lhe chega da sabedoria divina é que está faltando mais amor e harmonia em sua vida.
Toda cura é sempre uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos curam por dentro.
Há dois mil anos esses remédios estão à nossa disposição.
Quando nos decidiremos?
Pergunte-se e reflita.
Paz e Luz!