domingo, 12 de fevereiro de 2012

PESSOAS E NATUREZA PRECISAM CAMINHAR JUNTAS.

O objetivo precípuo da Bioeconomia, diz Passet, “é integrar as atividades econômicas nos sistemas naturais porque as leis da macroeconomia não se reduzem às da microeconomia”. O interesse geral, nas palavras de Passet, “(...) é muito mais do que a soma das partes. Os mecanismos naturais (como o ar, a água) não têm que ver com as leis de mercado; por sinal, problemas com esses bens comuns e naturais transcendem a lógica das nações e dos mercados”.

Dessa forma, na visão de Passet, com a qual estamos de pleno acordo, a economia (enquanto modelo de produção e consumo) situa-se além de si mesma e vislumbra, numa perspectiva mais ampliada, um novo modelo de desenvolvimento. Esse modelo de desenvolvimento pode, perfeitamente, se encaixar dentro dos pressupostos da Bioeconomia. Conquanto, para que esse modelo se efetive, sua natureza deve ser integradora, caso contrário, malogrará. Pontua-se, igualmente, para enfatizar-se em definitivo essa questão, que esse seria um modelo capaz de conciliar os interesses públicos e privados numa amplitude mais solidária, cuja abordagem faça ressoar o interesse amplo e geral.
Definitivamente, as pessoas, a natureza e a busca pelo desenvolvimento socioeconômico precisam caminhar conjuntamente. A ciência econômica, por ser classificada como ciência humana, tem o dever de apontar para esse objetivo e enveredar esforços para essa realização. Só haverá verdadeiro desenvolvimento quando as pessoas, sem distinção de classe e/ou posição financeira, forem contempladas. De nada adianta ocorrer desenvolvimento das instituições, por exemplo, se essas não forem colocadas à disposição de todos. São as pessoas as únicas responsáveis por fazer funcionar a economia, as instituições e o próprio mercado, e é para elas que a economia (ciência e atividade produtiva) e a natureza (o meio ambiente) estão dispostas.





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