domingo, 12 de fevereiro de 2012

MULTIMILIONÁRIOS ESTÃO COM MEDO.

Desde 1971 todo início de ano reúnem-se em Davos (Suíça) as pessoas mais ricas e poderosas do mundo para discutir maneiras de defender e aumentar sua própria riqueza. Eles formam o coração do sistema capitalista e as decisões que tomam repercutem sobre a vida de todas as pessoas do planeta. E de forma prejudicial aos trabalhadores, aos povos e ao meio ambiente. O tema da festa sempre foi aumentar o capital e a riqueza, e isto significa aumentar a exploração do trabalho e da natureza, favorecendo os ricos e prejudicando os pobres.

Este ano, no auge da crise mundial, o tema foi menos festivo e mais preocupante para os donos do dinheiro: “O capitalismo tem futuro?” “Vai sobreviver?”
Estas perguntas foram feitas, este ano, aos mais de 2.500 ricaços do mundo que lá se reuniram, entre 25 e 29 de janeiro, provocados pelo próprio fundador do Fórum Econômico Mundial, de Davos, o economista Klaus Schwab que propôs um debate sobre a reforma do capitalismo que, disse ele, “em sua forma atual, já não se encaixa no mundo que nos rodeia”, no qual as elites econômicas e políticas estão ameaçadas e “correm o perigo de perder por completo a confiança das futuras gerações”. Outro grande empresário, o britânico, John Griffiths-Jones, diretor da KPMG (uma gigante na área de contabilidade), propõe um “conceito de capitalismo responsável” e pergunta: “o capitalismo está funcionando?”
As corretoras Capgemini e Merril Lynch, que trabalham para os ricos, mostram que existem, no mundo, uns 11 milhões de pessoas com mais de um milhão de dólares disponíveis para investimento. Eles são apenas 0,16% do total entre os sete bilhões de habitantes do planeta mas controlavam, em 2009, uma riqueza equivalente a 39 trilhões de dólares (62% do PIB mundial de uns 63 trilhões de dólares em 2009).

Na outra ponta, estão os 99,84% de seres humanos entre os quais a pobreza se aprofunda. No ano passado, na rica Europa 15 milhões de pessoas corriam o risco de fome.

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