domingo, 25 de dezembro de 2011

TERMINAR TUDO COM UM ÓTIMO ORGASMO

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

A TODOS VOCÊS, AMIGOS DO MEU BLOG.


Feliz Ano Novo

Glückliches Neues Jahr
Nytar
Feliz Año Nuevo
Felicigan Novan Jaron
Heureuse Nouvelle Année
Feliz Aninovo
Shaná Tová
Happy New Year
Felice Nuovo Anno
Akemashite Omedetou Gozaimasu

EU NÃO EXISTO SEM VOCÊ.

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenho medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você





NOVO, DE NOVO E DE NOVO

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,

somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

A VITAMINA C DISSOLVE TOXINAS

A já aclamada vitamina C tem uma nova e importante propriedade: dissolve placas amiloides, como são conhecidas as proteínas tóxicas encontradas no cérebro dos portadores de Alzheimer. A conclusão é de estudiosos da Universidade Lund, na Suécia. Até o suco de frutas ricas na vitamina garantiu o efeito nos roedores analisados durante a pesquisa. Os resultados são animadores, mas ainda não dá para afirmar que a redução dessas placas estabiliza ou reverte o quadro de Alzheimer já instalado. Pimentão, acerola, caju, goiaba, quivi e mamão são boas fontes do nutriente.



PATA-DE-VACA REDUZ AÇUCAR

Pesquisa gaúcha comprova o potencial das folhas de pata-de-vaca para reduzir os níveis de glicose do sangue. A bióloga Claudete Rempel, da Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior, em Lajeado (RS), coordena estudos que visam mensurar os efeitos do chá dessa erva sobre o diabetes. Ela propôs o uso do fitoterápico em alguns municípios e, depois de seis meses, comprovou a redução dos níveis de açúcar no sangue em boa parte dos pacientes diabéticos. Estuda-se incluir a pata-de-vaca na lista de plantas recomendadas pelo Sistema Único de Saúde.

UVA É A NOVA ALIADA DA PELE

Cientistas aumentam a lista de benefícios que a uva proporciona à saúde. Pesquisadores da Universidade de Barcelona, na Espanha, revelaram que a uva e seus derivados amenizam os danos causados pela radiação ultravioleta à pele. O mérito é novamente dos antioxidantes conhecidos como flavonoides. Eles ajudam a remover os radicais livres que são produzidos durante a exposição solar e levam ao envelhecimento precoce.

CAFÉ AFASTA A TRISTEZA

Aos adeptos do cafezinho, mais uma boa-nova: o consumo da bebida está relacionado a uma menor incidência de depressão entre as mulheres. A conclusão é de um estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Para estabelecer este vínculo, os cientistas acompanharam os hábitos de mais de 50 mil voluntárias por dez anos. Ao final do estudo, constataram que as mulheres que tomavam de duas a três xícaras de café por dia tinham um risco 15% menor de desenvolver depressão se comparadas às que dispensavam a cafeína. Entre as consumidoras mais fervorosas, que bebiam mais de quatro xícaras diárias, o risco de ter depressão caiu ainda mais: 20%. Ao agir em alguns receptores do cérebro, a cafeína causa efeitos parecidos com os de neurotransmissores associados ao bom humor. Essa reação protege dos sintomas depressivos com o passar do tempo, mas ainda não se sabe de que forma isso ocorre.



VERÃO COLOCA PAÍS EM ALERTA

Pelo menos 48 municípios estão em situação de risco de surto da doença
Começo do verão coloca novamente o país em alerta contra a dengue. As altas temperaturas e as chuvas típicas da estação favorecem a proliferação do mosquito transmissor da doença; e o número de casos tende a aumentar. Dos 561 municípios brasileiros monitorados, 48 estão em situação de risco para ocorrência de surto de dengue, segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), um espécie de mapa da doença divulgado pelo Ministério da Saúde. Há ainda 236 cidades em situação de alerta; as demais (277) apresentam índice satisfatório de infestação. Conforme o mapa, 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco para epidemia de dengue.
“Quem está em baixo risco tem que intensificar as ações para continuar assim. Os que estão em situação de alerta de infestação têm que agir ainda de forma mais intensa; e quem está em risco eminente de surto de dengue precisa não só se preparar nos serviços de saúde, mas agir nesse momento, porque a partir de janeiro e fevereiro, quando aumenta a temporada de chuvas, pode aumentar ainda mais a infestação na sua cidade, se nada for feito agora”, alertou o Ministro da Saúde Alexandre Padilha.
Os municípios em situação de risco estão localizados em 16 diferentes Estados. No Rio Grande do Sul, há 75 municípios infectados, a maioria nas regiões Nordeste, Fronteira Oeste e Região Metropolitana, segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde. Este ano, há 198 casos confirmados da doença no RS.
Com o LIRAa, gestores municipais e a própria comunidade podem atuar de forma mais eficaz para eliminar os criadouros de mosquitos nos locais identificados como de maior incidência. “Para remover os focos do mosquito não é preciso usar tecnologia, apenas medidas simples, que qualquer pessoa pode aplicar em casa”, observou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa.
Com o slogan “Sempre é hora de combater a dengue”, a campanha do Ministério da Saúde visa sensibilizar a população sobre a importância da prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, mantendo hábitos simples como limpar calhas, caixas d’água e recolher o lixo; ações que fazem a diferença e devem ser repetidas durante todo o ano.
Até o final de novembro, foram notificados 742.364 casos suspeitos de dengue em todo o Brasil. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 25%. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste também registraram redução nos casos de dengue.

CONTEMPLAR O UNIVERSO COM NOVOS OLHOS

Avisão que temos do mundo interfere em nossa visão de Deus, assim como o modo como entendemos Deus influi em nossa visão da vida e do mundo. Ao longo de 1.000 anos predominou, no Ocidente, a cosmovisão de Ptolomeu, que considerava a Terra centro do Universo. Isso favoreceu a hegemonia espiritual, cultural e econômica da Igreja, encarada pela fé como imagem da Jerusalém celestial.

Com o advento da Idade Moderna, graças à nova cosmovisão de Copérnico, logo completada por Galileu e Newton, constatou-se que a Terra é apenas um pequeno planeta. Qual mulata de escola de samba, dança em torno da própria cintura (24 horas, dia e noite) e do mestre-sala, o Sol (365 dias, um ano). O paradigma da fé deu lugar à razão, a religião à ciência, Deus ao ser humano. Passou-se da visão geocêntrica à heliocêntrica, da teocêntrica à antropocêntrica.
Agora, a modernidade cede lugar à pós-modernidade. Mais uma vez, a nossa visão do Universo sofre radicais mudanças. Newton cede lugar a Einstein, e o advento da astrofísica e da física quântica nos obriga a encarar o Universo de modo diferente e, portanto, também a ideia de Deus.
Se na Idade Média Deus habitava “lá em cima” e, na Idade Moderna, “aqui embaixo”, dentro do coração humano, agora conhecemos melhor o que o apóstolo Paulo quis dizer ao afirmar: “Ele não está longe de cada um de nós, pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dentre os poetas de vocês disseram: ‘Somos da raça do próprio Deus’” (Atos dos Apóstolos 17, 27-28).
A física quântica, que penetra a intimidade do átomo e descreve a dança das partículas subatômicas, nos ensina que toda a matéria, em todo o Universo, não passa de energia condensada. No interior do átomo, a nossa lógica cartesiana não funciona, pois ali predomina o princípio da indeterminação, ou seja, não se pode prever com exatidão o movimento das partículas subatômicas. Essa imprevisibilidade só predomina em duas instâncias do Universo: no interior do átomo e na liberdade humana.
Em que a física quântica modifica nossa visão do Universo? Ela nos livra dos conceitos de Newton, de que o Universo é um grande relógio montado pelo divino Relojoeiro e cujo funcionamento pode ser bem conhecido estudando cada uma de suas peças. A física quântica ensina que não há o sujeito observador (o ser humano) frente ao objeto observado (o Universo). Tudo está intimamente interligado. O bater de asas de uma borboleta no Japão desencadeia uma tempestade na América do Sul...
Nosso modo de examinar as partículas que se movem no interior do átomo interfere no percurso delas...
Tudo que existe coexiste, subsiste, pré-existe, e há uma inseparável interação entre o ser humano e a natureza. O que fazemos à Terra provoca uma reação da parte dela. Não estamos acima dela, somos parte e resultado dela; ela é Pacha Mama ou, como diziam os antigos gregos, Gaia, um ser vivo. Deveríamos manter com ela uma relação inteligente de sustentabilidade.
Esse novo paradigma científico nos permite contemplar o Universo com novos olhos. Nem tudo é Deus, mas Deus se revela em tudo. Nossa visão religiosa é agora panenteísta. Não confundir com panteísta. O panteísmo diz que todas as coisas são Deus. O panenteísmo, que Deus está em todas as coisas. “Nele vivemos, nos movemos e existimos”, como disse Paulo. E Jesus nos ensina que Deus é amor, essa energia que atrai todas as coisas, desde as moléculas que estruturam uma pedra às pessoas que comungam um projeto de vida.
Como dizia Teilhard de Chardin, no amor tudo converge, de átomos, moléculas e células que formam os tecidos e órgãos do nosso corpo às galáxias que se aglomeram múltiplas nesta nossa Casa Comum que chamamos, não de Pluriverso, mas de Universo.

HAVERÁ LIMENTO PARA TODOS?

Já somos 7 bilhões de habitantes. Haverá alimentos suficientes para todos? Há várias respostas. Escolhemos uma do grupo Agrimonde (veja Développement et civilizations, setembro 2011), de base francesa, que estudou a situação alimentar de seis regiões críticas do planeta. O grupo de cientistas é otimista, mesmo para quando seremos 9 bilhões de habitantes em 2050. Propõe dois caminhos: o aprofundamento da conhecida revolução verde dos anos 60 do século passado e a assim chamada dupla revolução verde.

A revolução verde teve o mérito de refutar a tese de Malthus, segundo o qual ocorreria um descompasso entre o crescimento populacional, de proporções geométricas, e o crescimento alimentar, de proporções aritméticas, produzindo um colapso na humanidade. Comprovou que com as novas tecnologias e uma melhor utilização das áreas agricultáveis e maciça aplicação de tóxicos, antes destinados à guerra e agora à agricultura, se podia produzir muito mais do que a população demandava.
Tal previsão se mostrou acertada pois houve um salto significativo na oferta de alimentos. Mas por causa da falta de equidade do sistema neoliberal e capitalista, milhões e milhões continuam em situação de fome crônica e na miséria. Vale observar que esse crescimento alimentar cobrou um custo ecológico extremamente alto: envenenaram-se os solos, contaminaram-se as águas, empobreceu-se a biodiversidade, além de provocar erosão e desertificação em muitas regiões do mundo, especialmente na África.
Tudo se agravou quando os alimentos se tornaram mercadoria como outra qualquer e não como meios de vida que, por sua natureza, jamais deveriam estar sujeitos à especulação dos mercados. A mesa está posta com suficiente comida para todos mas os pobres não têm acesso a ela pela falta de recursos monetários. Continuaram famintos e em número crescente.
O sistema neoliberal imperante aposta ainda neste modelo, pois não precisa mudar de lógica, tolerando conviver, cinicamente, com milhões de famintos, considerados irrelevantes para a acumulação sem limites.
Esta solução é míope senão falsa, além de ser cruel e sem piedade. Os que ainda a defendem não tomam a sério o fato de que a Terra está à deriva e que o aquecimento global produz grande erosão de solos, destruição de safras e milhões de emigrados climáticos. Para eles, a Terra não passa de mero meio de produção e não a Casa Comum, Gaia, que deve ser cuidada.
Na verdade, quem entende de alimentos são os agricultores. Eles produzem 70% de tudo o que a humanidade consome. Por isso, devem ser ouvidos e inseridos em qualquer solução que se tomar pelo poder público, pelas corporações e pela sociedade, pois se trata da sobrevivência de todos.
Dada a superpopulação humana, cada pedaço de solo deve ser aproveitado, mas dentro do alcance e dos limites de seu ecossistema; devem-se utilizar ou reciclar, o mais possível, todos os dejetos orgânicos, economizar ao máximo energia, desenvolvendo as alternativas, favorecer a agricultura familiar, as pequenas e médias cooperativas. Por fim, tender a uma democracia alimentar na qual produtores e consumidores tomam consciência das respectivas responsabilidades, com conhecimentos e informações acerca da real situação da suportabilidade do planeta, consumindo de forma diferente, solidária, frugal e sem desperdício.
Tomando em conta tais dados, a Agrimonde propõe uma dupla revolução verde no seguinte sentido: aceita prolongar a primeira revolução verde com suas contradições ecológicas mas simultaneamente propõe uma segunda revolução verde. Esta supõe que os consumidores incorporem hábitos cotidianos diferentes dos atuais, mais conscientes dos impactos ambientais e abertos à solidariedade internacional para que o alimento seja de fato um direito acessível a todos.
Sendo otimistas, podemos dizer que esta última proposta é razoavelmente sustentável. Está sendo implementada, seminalmente, em todas as partes do mundo, através da agricultura orgânica, familiar, de pequenas e médias empresas, pela agroecologia, pelas ecovilas e outras formas mais respeitadoras da natureza. Ela é viável e talvez tenha que ser o caminho obrigatório para a humanidade futura.

MUDOU O NATAL OU MUDEI EU?

De novo é Natal. De tanto ouvir e ver as mesmas coisas, o Natal virou rotina. Propagandas sem novidades, velhas canções, alto-falantes dizendo as mesmas coisas diante das mesmas vitrines, as ruas enfeitadas quase do mesmo jeito. Você cansou e não consegue disfarçar um bocejo.

O Natal perdeu a graça. Por que será? O sermão dos religiosos que os fiéis sabem de cor ou o coral com o mesmo repertório dos últimos natais, os mesmos cartões postais com os mesmos dizeres? E para piorar, surge o Papai Noel, cansado e suado, com aquelas roupas de inverno num calor de 30 graus.
A boa Conceição, saída de um livro de Machado de Assis, pergunta: mudou o Natal ou mudei eu? Onde está o Natal de outros tempos, com o pequeno presépio feito em casa, com um espelho parecendo um lago e o pinheirinho com o algodão parecendo neve? Onde está aquele Natal que enchia de encanto o coração e as famílias?
É muito grave, sequestraram nosso Natal. Ele nos foi roubado e em seu lugar tentam colocar panetones, perus, chocolates, presentes, muitos presentes. No lugar do Menino pobre de Belém, querem nos impingir bonecas que falam e dançam, carrinhos com motor, que andam e acendem luzes, tênis iluminados e roupas que vem do outro lado do mundo. Sem falar dos gulosos jantares, onde é quase impossível escolher, tantas são as ofertas.
Podemos, quem sabe, ir ao Procon e pedir que devolvam o Natal. Este natal que nos impingem está vencido, precisa ser retirado do mercado. É falsificado.
Como ponto de partida, é preciso colocar Jesus no centro de nossa festa. Não é o natal do Papai Noel, distribuindo presentes para as crianças ricas e brinquedos reciclados para os pobres. É o Natal de Jesus, que veio trazer a todos o grande presente da salvação. É o Natal daquele que veio trazer a boa nova aos pobres, excluídos e sem esperança.


Natal é também lembrar que o Menino cresceu e nos deixou um modo de viver. Um modo exigente, mas que inclui a misericórdia. Natal não é uma noite, mas uma vida. Natal é o privilégio de recomeçar, exatamente ali naquele ponto que nos encontramos. Natal é a certeza de que para Ele não existem casos perdidos.
Em 1223, Francisco de Assis, o santo do presépio, decidiu: “Quero, neste ano, celebrar o Natal mais bonito de minha vida”. Cada um de nós pode tomar essa decisão. Isso significará reinventar um Natal, um Natal com menos lampadinhas e mais luz. Um Natal com menos festas e mais amor, um Natal onde Jesus é a figura principal.
E quando você der – ou receber – um presente, pense no grande Presente que Deus Pai nos enviou: seu Filho Jesus. E o amor, o encantamento, a alegria, a capacidade de recomeçar sejam os enfeites deste Natal. Troque seu natal vencido por um Natal novo, saído das páginas do Evangelho.

sábado, 24 de dezembro de 2011

COMO AINDA NOS SURPREENDE O MILAGRE DE NATAL

Naquele tempo, diz o texto sagrado, numa obscura aldeia chamada Belém, na periferia do mundo, houve um nascimento. Aconteceu no silêncio da noite, numa estrebaria de animais. Testemunharam o fato pastores da região, pessoas religiosamente excluídas: não frequentavam o templo, nem conheciam as Escrituras. Seus pais, Maria e José, eram pobres e desconhecidos. Ele recebeu o nome de Yeshua, que significa “Javé salva”. A história registrou-o como Jesus de Nazaré.

Viveu a primeira etapa da vida na pequena oficina de José, um artesão de serviços gerais. Frequentou apenas a escola junto à Sinagoga, onde aprendeu a ler, escrever e contar. Seu idioma era o aramaico, entendia o hebraico, mas ignorava o grego, o idioma da cultura na época.
Aos 30 anos abandonou a oficina e a família e tornou-se o pregador dos caminhos. Ao povo, cansado com os reis e reinos opressores da época, Ele anunciou o Reino de Deus. Ele não deu aulas de teologia - foi um contador de histórias, conhecidas como parábolas. Abriu ferrenha luta contra o poder religioso da época, marcado pela opressão e exclusão.
Sua estratégia parece não ter sido a melhor. Escolheu mal seu pequeno grupo, formado por pescadores ignorantes e ambiciosos e, para espanto geral, acolheu todo o tipo de pecadores, nem sequer excluiu as prostitutas. Ele revelou aos seus a figura de um Pai cheio de misericórdia, disposto a perdoar setenta vezes sete.
Sua doutrina foi exigente. Pediu aos seus que ocupassem o último lugar, que carregassem a cruz, que perdoassem sempre e amassem até mesmo seus inimigos. Foi preso e executado como malfeitor, junto a uma antiga pedreira perto de Jerusalém, abandonado por todos.
Uma pessoa assim só poderia ser esquecida e ignorada. No entanto, Ele se tornou a figura mais amada, discutida e conhecida em todos os tempos. Conta ainda hoje com mais de dois bilhões de seguidores. Dividiu a história universal ao meio: antes e depois dele.
Dois mil anos depois, é possível que ainda não tenhamos entendido o significado desta noite e deste Menino. Multiplicaram-se os livros, as teses, as igrejas. Na realidade, tudo é muito simples e cabe numa só linha: o amor de Deus é para sempre e o amor é o único caminho que nos leva a Ele.

TEMOS QUE DECIDIR ENTRE O BERÇO E O TRENÓ

Outra vez você ouviu e ouvirá, na mídia, elogios e encômios à magia do Natal. Mas grande parte dos veículos acentuará o velhinho querido, rechonchudo e vestido de vermelho bem mais do que a frágil criança num bercinho de palhas.

Quem tem o veículo e o poder divulga o que acha que deve divulgar e do jeito que acha que deve. História por história, símbolo por símbolo, há os que preferem o bom velhinho que vem do Polo Norte num trenó puxado por renas, com sacos de presentes para as crianças. Acham a história melhor do que a de um menino pobre, ladeado por um casal e deitado nas palhas de uma manjedoura em algum lugar do Oriente Médio. Optam pelo velhinho que presenteia, mais do que pelo Deus que se faz presente.
Cada qual assume a linguagem que melhor expressa o seu pensamento. E já sabemos quem a maioria das crianças acha que vem no Natal. É a história que lhes é contada todos os anos pelo marketing da indústria e do comércio. Não é que seja errado ligar as crianças com os idosos. É que não é suficiente! É que o acento está errado! Até nos lares cristãos as crianças esperam mais o velhinho que dá presentes do que a criança que se fez presente.
Cristãos mais conscientes reagirão cantando a “Noite Feliz”, que festeja o dia em que Deus nasceu aqui. Ateus dirão que não foi nada disso. Os próprios cristãos se dividirão entre quem adora o Jesus ainda menino e quem adora o Jesus que foi menino, mas que é adulto e está hoje glorioso no seio da Trindade.
Magia ou graça? Estamos convictos de que Deus pode se tornar um ser humano? Ou não pode? Se pode, então o Natal faz sentido e, nele, até um velhinho que em seu nome distribui presentes. Se não pode, então fiquemos apenas com Papai Noel e Mamãe Noela, que transmitem bondade e momentos de luzes e magia.
Acentuaremos o Deus que veio e vem e que nos desafia a sermos mais amorosos e altruístas ou olharemos todos para o bom velhinho, para a árvore iluminada ao som de “Jingle Bell” e para os pacotes que ele trouxe?
Não é doutrina fácil de explicar. Mas os cristãos, aos menos eles, precisam decidir entre o berço e o trenó! Presença ou presentes?





AMAZÔNIA: UM IMENSO PASTO

Ao contrário do que se imagina, a agricultura, em especial a produção de grãos, ocupa menos de 5% da área total desmatada na Amazônia

Os dados são do governo federal: 17,5% da Amazônia brasileira é área desmatada. Desse total, 62% foram transformados em pasto de bois e vacas. Imagens de satélites comprovam que, até 2008, uma área de 719 mil km2 – três vezes o Estado de São Paulo ou pouco menos que a extensão do Chile - teve todas as suas árvores abatidas. E, certamente, rios e lagoas poluídos.
Ao contrário do que se imagina, a agricultura, em especial a destinada à produção de grãos, como soja, ocupa menos de 5% da área total desmatada. A principal arma de devastação da Amazônia, a motosserra, derruba árvores e abre pastos de baixíssima produtividade, a ponto de uma área do tamanho de um campo de futebol ser ocupada por apenas um boi.
Concentram-se na Amazônia 71 milhões de cabeças de gado. Quase todas destinadas a produzir carne de exportação. A maioria dos pecuaristas não apresenta condições de assegurar produtividade de seus rebanhos e, ao mesmo tempo, preservar a floresta. O investimento para obter produtividade combinada com preservação é caro e exige, no mínimo, 5 mil cabeças de gado.
Os satélites monitorados pelo governo federal revelam, entretanto, que há amplas áreas amazônicas em processo de recuperação – 21% do tal desmatado. Ao todo, 150,8 km2, cerca de 100 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Frente aos dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) não faz sentido decretar moratória aos responsáveis pelo desmatamento da Amazônia, como chegou a propor o texto do novo Código Florestal com o apoio do ministro Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia.
Portanto, há que reformular o projeto do Código e aplicar pesadas multas e punições aos responsáveis pelo manejo das motosserras que, ao desmatar, provocam aumento do aquecimento global e do desequilíbrio ambiental.
Para preservar a Amazônia, melhor que códigos florestais e fiscalizações seria a reforma agrária adaptada ao seu grandioso ecossistema, de modo a impedir a atividade predatória do agronegócio, do latifúndio e de empresas de mineração.

DAQUI PARA FRENTE, VAMOS VER O NATAL COM OS OLHOS DO CORAÇÃO

Somos obrigados a viver num mundo onde a mercadoria é o objeto mais explícito do desejo de crianças e de adultos. A mercadoria tem que ter brilho e magia, senão ninguém a compra. Ela fala mais para os olhos cobiçosos do que para o coração amoroso. É dentro desta dinâmica que se inscreve a figura do Papai Noel. Ele é a elaboração comercial de São Nicolau – Santa Claus - cuja festa se celebra no dia 6 de dezembro. Era bispo, nascido no ano 281 na atual Turquia. Herdou da família importante fortuna. Na época de Natal saía vestido de bispo, todo vermelho, usava um bastão e um saco com os presentes para as crianças. Entregava-os com um bilhetinho dizendo que vinham do Menino Jesus.

Santa Claus deu origem ao atual Papai Noel, criação do cartunista norte-americano Thomas Nast em 1886, posteriormente divulgado pela Coca-Cola já que nesta época de frio caía muito seu consumo. A imagem do bom velhinho com roupa vermelha e saco nas costas, bonachão, dando bons conselhos às crianças e entregando-lhes presentes é a figura predominante nas ruas e nas lojas em tempo de Natal. Sua pátria de nascimento teria sido a Lapônia, na Finlândia, onde há muita neve, elfos, duendes e gnomos e onde as pessoas se movimentam em trenós puxados por renas.
Papai Noel existe? Esta foi a pergunta que Virgínia, menina de 8 anos, fez a seu pai. Este lhe respondeu: “Escreva ao editor do jornal local! Se ele disser que existe, então ele existe de fato”. Foi o que ela fez. Recebeu esta breve e bela resposta:
Sim, Virgínia, Papai Noel existe. Isto é tão certo quanto a existência do amor, da generosidade e da devoção. E você sabe que tudo isto existe de verdade, trazendo mais beleza e alegria à nossa vida. Como seria triste o mundo se não houvesse o Papai Noel! Seria tão triste quanto não existir Virgínias como você. Não haveria fé das crianças, nem a poesia e a fantasia que tornam nossa existência leve e bonita. Mas para isso temos que aprender a ver com os olhos do coração e do amor. Então percebemos que não
há nenhum sinal de que o Papai Noel não exista. Se existe o Papai Noel? Graças a Deus ele vive e viverá sempre que houver crianças grandes e pequenas que aprenderam a ver com os olhos do coração.
É o que mais nos falta hoje: a capacidade de resgatar a imaginação criadora para projetar melhores mundos e ver com o coração. Se isso existisse, não haveria tanta violência, nem crianças abandonadas, nem o sofrimento da Mãe Terra devastada.
Para os cristãos vale a figura do menino Jesus que tirita sobre as palhinhas sendo aquecido pelo bafo do boi e do jumento. Disseram-me que ele, misteriosamente, através de um dos anjos que cantaram nos campos de Belém, enviou a todas as crianças do mundo um cartãozinho de Natal no qual dizia:
Queridos irmãozinhos e irmãzinhas:
Se vocês olhando o presépio me virem aí, sabendo pelo coração que sou o Deus-criança que não veio para julgar mas para estar, alegre, com todos vocês,
Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas, especialmente
no mais pobrezinhos, a minha presença neles,
Se vocês conseguirem fazer renascer
a criança escondida no seus pais e nos adultos para que surja nelas o amor, a ternura,
Se vocês, ao olharem para o presépio, perceberem que estou quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e desejarem que ela mude de fato,
Se vocês, ao verem a vaca, o boi, as ovelhas, os cabritos, os cães, os camelos e o elefante pensarem que o universo inteiro recebe meu amor e minha luz e que todos, estrelas, pedras, árvores, animais e humanos formamos a grande Casa de Deus,
Se vocês olharem para o alto e virem a estrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma estrela sobre vocês, acompanhando-os, iluminando-os, mostrando-lhes os melhores caminhos,
Então saibam que eu estou chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia que só Deus sabe quando estaremos todos juntos na Casa de nosso Pai e de nossa Mãe de bondade para vivermos bem felizes para sempre.
Belém, 25 de dezembro do ano 1.
Assinado: Menino Jesus

A ARTE DE DAR PRESENTES NO NATAL

Um marceneiro do Reino Unido resolveu inovar na oferta de presentes de Natal. John Ogden está oferecendo caixões mortuários como sugestão de compras para as festividades de fim de ano. O jornal Daily Record informa que a oferta integra uma feira especializada em produtos natalinos. O caixão pode ser personalizado de acordo com as sugestões do cliente. Uma frase tenta convencer possíveis compradores: você ainda vai precisar um... No primeiro dia da exposição, uma senhora adquiriu um caixão para um amigo, mas este não gostou. Natal é convite para dar e receber presentes. Presentear não é tão fácil assim. Trata-se de verdadeira arte. Há presentes esperados, presentes vulgares, presentes inúteis. A pessoa que oferece o presente é sempre um dado importante, assim como o valor monetário.
O Evangelho de Mateus narra que alguns magos do Oriente, em busca do recém nascido rei dos judeus (Mt 2,1), trouxeram a Ele os melhores presentes. Lucas fala dos pastores que visitaram o Menino, deitado na manjedoura. O texto não diz, mas é provável que os pastores também tenham levado algum presente. Os pobres são muito solidários e certamente deram alguma coisa de sua pobreza à família surpreendida em plena viagem com o nascimento de um filho.
Trocar presentes no Natal é, sobretudo, lembrar o grande presente que recebemos de Deus: seu próprio Filho, que assumiu as dores e angústias, as alegrias e esperanças da humanidade. Maria foi a depositária fiel deste presente, que ela acolheu agradecida e soube oferecer ao mundo.
Natal é a história deste presente, diante do qual as palavras se sentem muito pobres. A melhor saída é balbuciar, comovidos, um muito obrigado. Santo Agostinho resume esse evento, dizendo: “Deus se fez homem para que nós nos tornássemos deuses. Jesus veio à terra para que pudéssemos alcançar o céu”.
Um presente é nosso a partir do momento em que agradecemos. E dizer muito obrigado é algo que ultrapassa a palavra. Dizer muito obrigado a Deus é assumir seu projeto, mesmo com nossas limitações. É fazer do grande mandamento do amor o eixo que impulsiona a vida. É encantar-se pelo Reino que Jesus veio implantar, na condição de discípulo e missionário.
Natal não é um dia, mas uma atitude que envolve todos os dias. O cristão não fica preocupado com o caixão do descartável. Natal é um berço cheio de vida. É a festa da vida e da vida em plenitude.Dizer Feliz Natal é dizer Muito Obrigado pelo presente que o Pai nos enviou, o irmão Jesus, irmão de todos, mas que assume o rosto dos pequenos e pobres. Manda a educação retribuir o presente recebido.
Jesus nos deu algo infinito, mas aceita o dom de nossa pobreza.



CRIATIVIDADE É A MANEIRA DE SUPERAR A MESMICE

A vida ensina que a mesmice é o caminho para a rotina e a rotina é o túmulo da esperança. Um segundo, um minuto, uma hora, um dia e uma semana depois da outra podem dar a impressão de que estejamos dentro de uma roda que gira e nos devolve sempre no mesmo lugar.

Afinal, o que faz acontecer a mesmice na vida de alguém? Na verdade, essa palavra não é bem-vinda! Ela traduz uma experiência negativa de quem vive de forma automática e age como se fosse um robô sem alma nem sentimentos e sem consciência do que é, do que diz e do que faz.
A mesmice pode ser revelada nas palavras que falamos, nos atos que fazemos e até mesmo nos relacionamentos cotidianos. Por exemplo: quando alguém fala sempre a mesma coisa e não consegue falar de outro assunto a não ser do tempo, das doenças e das desgraças, isso é mesmice.
Mesmice é a teimosia de quem acha que nada de novo tem a inventar e nada tem a acrescentar. Mesmice é bater o pé sempre no mesmo chão e achar que não há mais caminho a percorrer. Mesmice é achar que já sabemos tudo e fechamos a mente e o coração para qualquer aprendizado.
Quero deixar claro que a mesmice não se confunde com fazer as mesmas coisas, nem em repetir as mesmas palavras ou frases, nem mesmo percorrer sempre os mesmos caminhos. O que faz a diferença são as motivações e o conteúdo interior que se cultiva para que tudo o que repetimos seja sempre resultado de renovadas intenções e profundas convicções.
O que deprecia a vida é estagnar na mesmice e não ousar fazer mais nada a não ser o que está estabelecido como obrigação. Há pessoas que trabalham em fábricas e só fazem a mesma coisa há muitos anos, mas conseguem ser criativas dedicando tempo para leitura, trabalhos artesanais e até mesmo no cuidado da horta, do jardim e de sua propriedade.
Conheço operários que se ocupam na mesma atividade durante oito horas por dia e acionam a criatividade para outros cuidados domésticos, transformando sua propriedade em verdadeiros cartões de visita. Os inconformados com a mesmice procuram sempre novas maneiras de ocupar-se. Felizmente, aumenta em nossos dias o número dos voluntários e voluntárias que somam ajudas em obras sociais, em movimentos que defendem e promovem a vida e não cedem à tentação da rotina.
Em todas as nossas regiões, há histórias de pequenas empresas de família que iniciaram de forma muito primária e artesanal. Mesmo produzindo os mesmos produtos e vivendo nos mesmos espaços conseguiram fazer caminhos de criatividade e se tornaram grandes empresas de sucesso.
O melhor da criatividade não é fazer sempre e tudo novo. A boa criatividade é aquela que consegue atualizar, qualificar e aprimorar a partir do chão de nossas conquistas já obtidas.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MEU PRIMEIRO NATAL SEM VOCÊ.

É muito especial esta época do ano
É Natal
e estaremos distantes.
Gostaria que estivesse ao meu lado
você me fazia sorrir
e esse sorriso vai durar uma eternidade
Eu te amo muito.
Voce era o meu mundo e eu nunca quero viver em outro
voce foi única, o meu demais.
Sempre quis ser tudo que você queria e precisava.
Ouço agora as pessoas dizerem que você era especial
E gostaria de dizer
"é verdade e você está comigo"
Você mudou a minha rota de vida
Desejo, que algum dia, estaremos junto novamente.
A maneira aque você me beijava, eu poderia emoldurar
só você sabe como eu me sentia.
Saiba que a distância foi algo que eu nunca quis,
razão pela qual me mantive ao seu lado,
sem me importar com os obstaculos que surgiram.
Como um bom livro, eu quis lê-la.
atentei-me a cada letra nele contido,
mas meu maior fascínio foi pelo título:
VOCÊ.
Inspiração para meus textos e poemas
Ainda me surprendo com lgumas frases,
Mesmo tendo lido-as várias vezes
e até de traz para frente.
VOCÊ está guardada na bibliotéca do meu coração,
num lugar só acessível a mim.
na mesma seção em que se encontra
EU TE AMO
E
UM FELIZ NATAL PARA VOCÊ.

domingo, 18 de dezembro de 2011

ACORDE A ESPERANÇA ADORMECIDA

Os últimos meses do ano, geralmente, vão acumulando nos ombros, na mente e no coração um certo tipo de cansaço que dificulta o acordar da esperança. Mais ou menos acontece como no entardecer de um dia corrido, desgastante e carregado.

O fim do ano chega! Vemo-nos contagiados por certa sonolência que clama por férias, descanso e distração. Creio ser um bom direito poder desfrutar tempo para descontrair, dormir melhor e recarregar as energias para outra etapa que virá com a chegada do ano novo.
Porém, neste meio tempo de fim de ano e ano novo existe uma festa que se chama Natal. Ali desponta uma presença nova, um choro de criança, um cenário de indizível ternura e um acontecimento envolvente da máxima bondade de Deus. Só não vê e só não ouve bem quem não tem coração.
A proximidade do Natal é um período providencial para acordar a esperança e centrar o foco de nosso olhar, de nosso pensamento e nossas práticas n’Aquele que é o princípio de toda a esperança: Jesus Cristo. Como se fosse o primeiro dia da criação é a novidade do Natal!
Nascimento não é simples palavra que rotula uma data. Nascimento é a própria dinâmica do amor criador e redentor de Deus. Não estamos aqui na terra para caminhar em direção à morte, nem para nos anular no envelhecimento e no tédio. Caminhamos na história em ritmo de nascimento.
Há momentos, na vida, em que nos vemos necessitados de ajuda para acordar a esperança adormecida pela rotina e o desgaste de nosso cotidiano. Neste tempo vem a Igreja com a atualidade da liturgia, proclamar as palavras dos profetas, para apresentar João Batista e nos mostrar Maria, a Mãe da esperança.
Essas figuras inconfundíveis do Advento nos lembram algo que já sabemos, mas temos dificuldade de nos convencer. Por exemplo: que Deus é Pai e nos ama, que devemos amar-nos com sinceridade, que Cristo, nossa esperança, nasce, morre e ressuscita. O cristianismo é simples! Por isso os simples o entendem tão bem e tão rapidamente.
Neste tempo especial percebemos que o cristianismo pode nos tornar pessoas simples e entusiasmadas com a vida. Se encararmos a fé cristã como complicada e uma ameaça à nossa liberdade, então ainda não acordamos para o melhor da vida que ela nos oferece.
Para acordar a esperança necessitamos nos envolver pela simplicidade e pela ternura do Natal. É neste mistério de singeleza que Deus revela seu rosto e vem para descomplicar a caminhada humana, estabelecendo novas relações de amor.
Para acordar a esperança, pouco ajudam os grandes barulhos da publicidade consumista e as sofisticadas vitrines de um mercado sem alma. O silêncio da contemplação e a “brisa suave” da beleza de Deus vão acordando a esperança que não nos decepciona no dia seguinte. Em cada Natal acordamos a esperança e nos colocamos em ritmo de nascimento! Assim, podemos iniciar o caminho de um novo ano, como dom de Deus e alegre responsabilidade.

MUITAS OPÇÕES ENTRE A ECOLOGIA E A AGRICULTURA

O plenário do Senado deu mais um lance no complicado jogo de interesses que envolvem o Código Florestal. O projeto foi aprovado por 59 votos a favor e 7 contra. O tema voltará, agora, à Câmara, antes de chegar à sanção presidencial. Alguns dos seus artigos poderão ser vetados. Os ambientalistas e ruralistas representam os pontos extremos deste tema. O texto aprovado é um meio-termo que deixou insatisfeitos uns e outros. Em jogo está o nosso futuro.

O atual Código Florestal data de 1965 e sua atualização se fazia necessária. Agora, ao longo de 13 anos, a sociedade civil teve oportunidade de examinar seu conteúdo, evitando velhas bandeiras extremistas. Nem assim o novo Código será perfeito, sem falar da tradicional vocação brasileira de burlar as melhores leis. De qualquer maneira, marcará um avanço para um país considerado o pulmão da humanidade. As posições extremadas foram abandonadas em favor de opções mais convenientes.
País de dimensões continentais, com biomas totalmente diferentes, o Brasil precisa de um Código Florestal com as necessárias diferenças. É o caso da Reserva Legal que será de 80% da propriedade na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% nas demais regiões. O texto aprovado prevê que dos 900 mil Km2 de vegetação nativa desmatada em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Permanente, pelo menos um terço poderá ser recuperado ou compensado. Os locais vulneráveis precisam merecer a maior atenção.
De todo o emaranhado desta nova legislação surgem dois pontos inegociáveis: a preservação da natureza e a possibilidade da pequena propriedade rural continuar produzindo. O chamado desenvolvimento sustentado deverá ser a resposta e a solução. Que a natureza seja cuidada para que possa continuar produzindo o necessário alimento. Preservando agora, garantiremos o futuro.

VIVAMOS EM PAZ

Por que as pessoas insistem em fazer aos outros aquilo que não gostaria que lhes fizessem? Por que teimam em maquinar o mal, alimentar desejos de vingança, saciar desejos egoístas e não medir esforços em se dar bem mesmo que isso custe passar por cima de outros?

Como é triste isso. Como pode a humanidade regredir a tal ponto? Já se desenvolveram no passado não tão distante, diversas teorias: heliocentrismo, antropocentrismo, geocentrismo... Mas, hoje temos vivido a era, não de uma teoria, mas de um fato: a do egocentrismo.
Quando isso vai parar? Até quando precisaremos ver rixas familiares, contendas entre amigos e colegas, confllitos entre povos de mesma origem ou religião e tantas e tantas guerras sangrentas?
Por que é tão difícil ceder? Por que é tão difícil fazer concessões? Por que não podemos visar o bem comum, o bom senso e, por sua vez, o altruísmo?
Até quando teremos de derramar lágrimas e às vezes sangue, para que entendamos que ELE nos fez, não para sermos sozinhos no mundo, mas para compartilharmos com outros tudo o que há?
Faça aos outros aquilo que gostaria que se lhe fizessem.
Desejemos paz, emanemos paz, vivamos em paz.

O ESPIRITO DE NATAL DE PAULO ROBERTO GAEFKE

Deixa eu ver se o espírito do Natal já está na sua casa.

Não, não quero ver a árvore iluminada na sala nem quero saber quanto você já gastou em presentes,quero sim, sentir no ambiente a mensagem viva do aniversariante desse Dezembro mágico.
Toda a família está unida?
O perdão já eliminou aquelas desavenças que ocorrem no calor das nossas vidas?
Não quero ver a sua despensa cheia, quero saber se você conseguiu doar alguma coisa do que lhe sobra, para quem tem tão pouco, as vezes nada.
Não exiba os presentes que você já comprou, mesmo com sacrifício.
Quero ver ai dentro de você a preocupação com aqueles que esperam tão pouco, uma visita, um telefonema, uma carta, um email...
Quero ver o espírito do Natal entre pais que descobrem tempo para os filhos,em amigos que se reencontram e podem parar para conversar, no respeito do celular desligado no teatro,na gentileza de quem oferece o banco para o mais idoso, na paciência com os doentes,na mão que apóia o deficiente visual na travessia das ruas, no ombro amigo que se oferece para quem anda meio triste, perdido.
Quero ver o espírito de Natal invadindo as ruas, respeitando os animais, a natureza que implora por cuidados tão simples, como não jogar o papel no chão, nem o lixo nos rios. Não quero ver o Natal nas vitrines enfeitadas, no convite ao consumo, mas no enfeite que a bondade faz no rosto das pessoas generosas. Por fim, mostre-me que o espírito do Natal entrou definitivamente na sua vida, através do abraço fraterno, da oração sentida, do prazer de andar sem drogas e sem bebidas, do riso franco, do desejo sincero de ser feliz e de tão feliz, não resistir ao desejo de fazer outras pessoas, também felizes.
Deixe o Natal invadir a sua alma, entre os perfumes da cozinha que vai se encher de comidas deliciosas, no cheiro da roupa nova que todos vão exibir, abrace-se à sua família e façam alguns minutos de silêncio, que será como uma oração do coração, que vai subir aos céus, e retornar com um presente eterno, duradouro:o suave perfume do Senhor, perfume de paz,amor, harmonia e a eterna esperança de que um dia, todos os dias serão como os dias de Natal !

TEODORO E SAMPAIO NA FEINTECH


Uma das principais duplas sertanejas do Brasil estarão na FEINTECH 2012. A dupla Teodoro & Sampaio que completa 30 anos de carreira em 2011 é uma das principais atrações da feira. Eles se apresentarão na FEINTECH no dia 03 de março de 2012 na área de shows do Parque de Eventos.

Em breve mais informações sobre a dupla e valores de ingressos. Agende-se!

A PRIVATARIA TUCANA: UM LIVRO QUE VALE A PENA LER

O livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., alcançou dois feitos importantes no jornalismo investigativo nacional. Um deles é por ser um fenômeno de vendas, alcançando 15 mil exemplares vendidos somente no dia do lançamento, 9 de dezembro. Além disso, a segunda edição chega às livrarias com mais 80 mil exemplares. O segundo feito se deve ao fato de ter sido ignorado pela maioria dos veículos da grande imprensa, mesmo com o estrondoso sucesso.

A corrupção e a lavagem de dinheiro são os temas centrais da obra, que traz como um dos casos investigados o esquema montado em torno do político do PSDB José Serra. Com farta base de documentos, o livro destrincha os processos por trás das privatizações de estatais brasileiras.
Jornalista investigativo de renome, ganhador de três prêmios Esso, Amaury Ribeiro Jr., em entrevista à Radioagência NP, comentou sobre a repercussão do livro na grande imprensa. Ele também disse esperar que “A Privataria Tucana” contribua para mudar as leis que deixam impunes muitos esquemas de lavagem de dinheiro no país.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PARA ESTAR EM PAZ

Buscar algo com vontade, com dedicação, com humildade, com amor, é o verdadeiro caminho para a paz e a felicidade.
Jamais se deixe dominar pelas expectativas exageradas ou infundadas, pois isso gera apenas ansiedade e, não raramente, o desvia de seus caminhos.
Felicidade e inquietação não combinam. São, mesmo, antagônicas uma à outra. Um coração feliz está cheio de paz. Felicidade precisa de paz para existir.
Ser feliz é estar em paz consigo mesmo.
É ter na alma a leveza própria daqueles que confiam na Providência Divina, e que sabem que tudo está certo do jeito que está.
Nada há a temer, nada há com que se angustiar. Tudo faz parte da nossa jornada de crescimento e tudo passará, no devido tempo.
A aceitação da nossa realidade, seja ela prazerosa ou sejam verdadeiras provas para a nossa força e determinação, é o primeiro passo para ampliar a nossa visão de vida e para alcançarmos a paz verdadeira, a paz interior.
Quando a ansiedade se instala em seu coração, seja por que razão for, a felicidade se vai, ou mesmo não tem condições de se estabelecer.
E carrega com ela a sua paz.Estar ansioso é estar descrente do equilíbrio do Universo, é estar com o coração afastado da perfeição da Criação.
Buscar ansiosamente pela felicidade é o mesmo que afastá-la por completo.
É como querer identificar a sua sombra, jogando sobre ela uma luz.
Tornar-se feliz faz parte de um processo de aceitação da vida e de confiança na vida. Tem tudo a ver com a paz que você constrói em seu coração.
E ansiedade passa muito longe disso.
Busque a paz, para encontrar a felicidade.
Seja feliz para manter-se em paz... Dois modos diferentes de chegar ao mesmo objetivo: viver melhor e mais plenamente.

PARA TER UMA VIDA FELIZ

A pequena aldeia, na encosta da montanha, era formada por duas dezenas de famílias. Tinha todas as condições, mas não era feliz. Num passado distante, alguns fatos, que ninguém conseguia lembrar com clareza, criaram a divisão. O tempo foi passando e pequenos fatos eram interpretados como má vontade dos outros.

Uma piada, um animal que invadiu uma roça, uma brincadeira na escola e os velhos rancores vinham à tona. Quanto pior, melhor, pareciam pensar todos. Os rancores passavam dos pais para os filhos. A escola da localidade vivia esta animosidade. Um aluno não queria sentar ao lado do outro, considerando-o inimigo. Na hora do recreio, alunos eram excluídos e ferir o outro parecia ser obrigação.
Um dia a professora determinou uma tarefa para ser feita em casa. Cada aluno, no dia seguinte, deveria trazer uma sacola com batatas. Na aula, pediu que os alunos escrevessem em cada batata as diferentes mágoas, restrições, amarguras, ofensas recebidas com os nomes dos que haviam praticado a injustiça. Terminada a tarefa, colocaram as batatas na sacola. Por uma semana, pediu a professora, deveriam carregar consigo a sacola com as batatas.
Não deveriam abandoná-la de jeito nenhum. À noite, ela deveria ficar junto da cama.
Durante dias eles fizeram a tarefa. Aos poucos, porém, se deram conta que isso atrapalhava suas vidas. Não faziam os deveres de maneira correta e tinham dificuldades de prestar atenção na aula. A sacola pesava e algumas batatas estavam apodrecendo e exalando mau cheiro. Finalmente, a professora explicou que eles poderiam jogar fora as batatas, desde que jogassem fora também os sentimentos negativos.
A vida não é como a sonhamos. Milhares de coisas acontecem e nem sempre de maneira agradável. São injustiças, brincadeiras de mau gosto, ofensas, mágoas, decepções. Com o tempo se acumulam e podem tirar a alegria de viver. E as pessoas carregam consigo esse peso, causando desgaste psíquico e emocional. E por alguma circunstância, algumas dessas mágoas se deterioram. Assim mesmo, as pessoas não abrem mão. Mesmo que o adversário faça uma tentativa de conciliação, rejeitam, imaginando uma cilada.
A vida é curta demais para ser gasta com coisas tão mesquinhas, que não aproveitam a ninguém. A pessoa inteligente encontrará um jeito de perdoar as ofensas e esquecer as amarguras. O perdão é única maneira de zerar o mal. Somente o bem pode vencer o mal. Está hoje provado pela ciência que a falta de perdão adoece e torna feias as pessoas.
Jogar fora as batatas é um ato de amor que beneficia o seu autor e as pessoas que com ela precisam viver. Carregar esse peso é escolha de cada um. O perdão é atitude racional;
o coração acompanha depois.

AMIGOS PARA SEMPRE

Dentre os tantos esquecidos, eu sou um deles. Nestes dias andei fazendo uma meditação que brotou de repetidos esquecimentos. Por incrível que pareça, o objeto esquecido que me fez pensar foi o guarda-chuva. Não são todos os dias, dias de chuva. Nem a chuva cai sem parar, de dia e de noite. A maioria dos dias e das noites são dias de sol ou de luar. Podemos dizer que no decurso do tempo os dias e as noites de chuva acontecem como algo extraordinário.
Nesse cenário, minha referência é o guarda-chuva. Em dia de chuva o queremos junto; apreciamos sua ajuda; precisamos sua proteção e lhe damos um valor imenso, mesmo que o compremos na rua, a preço baixo e insignificante. Ninguém estranha vendo uma multidão com guarda-chuva aberto em dia de temporal. Seria estranho andar com ele armado em dia de sol.
Vou lembrar um fato ocorrido em Porto Alegre.
Como o céu estava coberto de nuvens escuras, a maioria se preveniu com seu amigo guarda-chuva logo começou a chover. O cenário virou um mar de guarda-chuvas armados para defender a multidão da água que caia. A chuva parou em seguida e os guarda-chuvas logo foram fechados. Muitos os guardaram em sacolas, outros os colocaram debaixo das cadeiras e assim, o amigo guarda-chuva deixou de ser importante.
No entardecer, as equipes de limpeza e ordenamento da estrutura utilizada ficaram surpresas por encontrarem tantos guarda-chuvas abandonados, na sua maioria os que estavam debaixo das cadeiras. Comentando o fato, um jovem disse: “Observem bem o que ocorre com o guarda-chuva! Quando se precisa dele, logo é lembrado e valorizado. Quando não precisamos mais, facilmente é esquecido. Assim acontece com muitas amizades”.
Correr em busca de amigos em horas de crises e dificuldades parece ser um fato humano muito normal. Fazer-se amigo de quem está passando dificuldades revela um alto senso de humanidade. O que não fica bem é esquecer os amigos na crise, quando tudo anda bem para nós. Amizade de guarda-chuva é esse tipo de amizade oportunista que decepciona quem está sempre disposto a ajudar e servir.
Há sempre um risco para quem cultiva a amizade de guarda-chuva. Exercitar esse modo de fazer amigos pode se tornar um caminho de solidão. Um dos critérios da verdadeira amizade é que ela seja durável. Usar os outros em proveito próprio e em momentos passageiros vai criando um clima de desconfiança e isolamento.
É verdade que o amigo certo se manifesta na hora incerta. Mas não esqueçamos que o elegante trato com o guarda-chuva pede que o deixemos guardado com carinho e em condições quando é dia de sol, para podermos contar com ele em dia de chuva. “Amigos para sempre é o que nós devemos ser, na primavera ou em qualquer das estações, nas horas tristes, nos momentos de prazer, amigos para sempre!”.

FALTA ÁGUA LIMPA PARA APLACAR A NOSSA SEDE

Sendo imagem e semelhança do Deus Criador, o ser humano é chamado a ser cocriador juntamente com Deus. Se se turva algum dos elementos do cosmos fica turvo também o seu reflexo. Assim como a água representa simbolicamente o recanto inconsciente do espírito humano, onde as memórias rejeitadas são alojadas e a origem primordial dorme esquecida, nós - seres humanos - fizemos dela o depósito da impureza e da poluição que produzimos ao longo da nossa história.

Falta água limpa para aplacar nossa sede, falta consciência para zelar, preservar e despoluir nossas fontes e reservas de água de superfície e subterrânea.
Neste caos em que estamos transformando o planeta perdemos primeiro o contato espiritual com a água e, posteriormente, o contato com o elemento físico da mesma água. Como contato espiritual entendemos a compreensão profunda da natureza simbólica da água. Pois a água é a matriz de todos os processos circulatórios, dotada de plasticidade, adaptabilidade, elemento sensorial por excelência, meio privilegiado de trocas, misturas e encontros.
Diante da perda de contato com a dimensão simbólica e espiritual da água não é difícil perceber a razão pela qual a crise mundial espelha a crise de consciência da nossa civilização, que tem profundas raízes espirituais. Se não aceitamos o reflexo que a água nos devolve, nem a revelação das metáforas, não podemos recusar o que nos diz o nosso corpo, que contém em média 70% de água. Dentro de nós circula o elemento líquido em artérias, veias e capilares de modo muito semelhante ao sistema de irrigação das bacias hidrográficas. Faltam critérios éticos e decisão política para cuidar das nossas águas, assim como da sobrevivência planetária: as degradações de gente e de ambiente são verso e reverso da nossa inconsequente gestão da vida.
Revestir de cuidado os gestos cotidianos com que lidamos com a simbologia e a materialidade da água poderá reverter essa magia insana que irriga de morte o tecido da vida. Uma ética do cuidado e a estratégia ecológica dos três R (reutilizar, reciclar e reduzir o consumo) conseguirão, quem sabe, um dia, deter o avanço desse gigante moderno de mil tentáculos, de muitos nomes e nenhuma alma.

A BARBARIE VAI FAZENDO SUAS VÍTIMAS

Mal a humanidade inicia a sua caminhada pelo século XXI adentro e os sinais exteriores da barbárie reclamam seu perverso protagonismo no dia a dia de todos nós cidadãos e começam a pontuar, a se destacar, nos grandes feudos de comunicação em massa. O capitalismo perdeu a compostura de vez e escancara para quem quiser ver a verdadeira natureza de suas entranhas.

A mídia corporativa, a televisão em especial, dominada pelo entretenimento e pelo jornalismo de mau gosto dos últimos anos, avançou um degrau no plano de embrutecimento das consciências, na banalização sistemática dos costumes, dos sentimentos, e na alienação política dos cidadãos. Mas com uma curiosa e, sobretudo, perversa estratégia: a culpa dessa tragédia que nos enfiam pelos olhos e ouvidos, a sua articulação, será sempre dos terroristas muçulmanos ou poderá ser também dos excluídos e seus líderes populistas, ou ainda dos que insistem em teses anticapitalistas... E contra toda essa gente será necessária uma ação profilática e de preferência seguida por uma propaganda de impacto, o mais realista possível.
Nessa nova escalada para impor o terror e o medo, o primeiro a tombar foi Sadan Hussein após o genocídio no Iraque. Alguns anos depois vem a morte do “tão procurado” Osama Bin Laden e o genocídio do Afeganistão provocado pela caça ao líder da Al Qaeda. Agora, o cruel assassinato de Muhamar Khadafi e o genocídio líbio. Quem serão os próximos: Ahmadinejad no Irã, já anunciado inclusive, Hugo Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia? Algum eventual ditador africano ou asiático?
A barbárie vai fazendo suas vítimas reais e virtuais, sob os clarins da indiferença de uns, da hipocrisia e do cinismo de outros e do regozijo daqueles que, cegos e surdos diante do sofrimento de milhões de seres humanos, insistem também debochadamente que o problema não é sistema econômico, o problema é o “ser humano”, e que esse não tem jeito.

O natal se aproxima. Sabemos que o Papai Noel não existe, mas como é bom acreditar no bom velhinho, não é mesmo? A árvore enfeitada e os presentes à sua volta dão validade ao espírito cristão por mais 24 horas, juntando os despojos de nova e lucrativa campanha consumista, bem como nos tranqüilizando a todos a consciência de bons cidadãos.
Exorcizados, preparamo-nos para os novos espetáculos da barbárie.









COMO PABLO NERUDO MORREU, SE CONTINUA VIVO?

Há alguns dias o juiz que encabeça as investigações sobre a morte de Neruda – o mesmo que concluiu, amparado por peritos, que Salvador Allende realmente se matou – conversou com uma jornalista chamada Rocio Montes Rojas, do jornal ‘El País’, de Madri. O nome do juiz é Mario Carroza, responsável pelas investigações mais relevantes sobre os tempos de horror de Pinochet.

– Existe a possibilidade de que jamais se saiba como foi que Neruda morreu? – perguntou a jornalista.
– Existe – respondeu o juiz.
Qual o quê. Todo mundo sabe: Neruda morreu de indignação e tristeza. Da mesma forma que todo mundo sabe que Neruda continua vivo entre os chilenos que recitam seus versos de vida e amor à vida, entre gerações que se sucedem com o suave marejar de suas palavras contundentes e perenes.
Quem quer que tenha injetado veneno em seu corpo não fez mais que reforçar o veneno que Augusto Pinochet Ugarte já havia injetado em sua alma, em sua incansável capacidade de vida e alegria.
As investigações do juiz poderão dar com os culpados e mandá-los para a cadeia. Pouco importa. Eles já vivem no inferno que criaram, e sua maior pena é estar submersos no desprezo eterno de todos os que sabem a maior das verdades: Neruda continua vivo, continua renascendo em cada vida que sua poesia apadrinha.


MINISTRO APONTA CULPADO PELA CORRUPÇÃO: O PODER ECONOMICO.

O avanço do combate à corrupção exige enfrentar o poder econômico, com o fim de doações privadas a campanhas eleitorais e a efetiva punição judicial de crimes do colarinho branco. As primeiras produzem laços não-republicanos entre agentes públicos e empresários que, não raro, terminam em fraudes. Já a impunidade dos ricos, em si mesma uma injustiça, cria um ambiente que fertiliza condutas corruptas.

A avaliação é do ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, uma espécie de vigia ético da República. Em discurso nesta sexta-feira (9) em evento pelo Dia Internacional contra a Corrupção, Hage fez um balanço das ações federais nesta área desde o governo Lula e aproveitou para apontar o que considera causas da corrupção e como neutralizá-las.
“Ninguém desconhece que as causas mais profundas da corrupção têm raízes em questões mais amplas, como o financiamento privado de campanhas e de partidos, o sistema eleitoral, os meandros da elaboração do orçamento público”, disse Hage. Para o ministro, há uma “urgente necessidade de reforma das leis processuais penais, que são, hoje, a principal garantia de impunidade”.
A eliminação das doações privadas para campanhas, que seriam substituídas pelo financiamento com dinheiro do orçamento público, numa espécie de investimento do Estado na democracia, foi uma decisão recentemente empurrada para o ano que vem, por uma comissão especial de deputados que debartia o tema há nove meses. Motivo: a maioria dos partidos não assimila bem a ideia, numa demonstração da força do poder econômico que a proposta busca combater.

COMUNICAR É UM DIREITO

O que interessa não é obrigatoriedade do diploma, é formação diferencial. A ECO/UFRJ forma jornalistas, publicitários, editores, profissionais de rádio e TV. Nenhuma dessas áreas precisa de diploma obrigatório. E todos os formandos passam bem!
Os jornais já burlam a exigência de diploma pagando os maiores salários da redação aos não-jornalistas, cronistas, articulistas, editorialistas, muitos SEM diploma (a exigência de diploma nunca alterou esse quadro). As Universidades não precisam formar os “peões” diplomados, mas jovens capazes de exercer sua autonomia, liberdade e singularidade, dentro e fora das corporações.
A Comunicação e o jornalismo são importantes demais para serem “exclusivas” de um grupo de “profissionais”. A Comunicação e o jornalismo hoje são um “direito” de todos, que será exercido por qualquer brasileiro, com ou sem diploma.

VITIMAS DO CLIMA E DE ESCOLHAS POLÍTICAS

Desde que o aquecimento global começou a interferir na agricultura, especialistas decidiram condicionar o sucesso neste setor à dominação do clima. Passaram-se pelo menos duas décadas e o acúmulo de safras frustradas vem provar que não só o clima não foi controlado como o homem do campo tornou-se vítima dele. Dominar o clima não significa determinar quando, quanto e aonde vai chover. Equivale, isso sim, a estar devidamente preparado para enfrentar o excesso ou a escassez de chuvas, queda de granizo ou geada fora de época. Embora tenha havido evolução da porteira para dentro das propriedades rurais, estudos mostram que a maioria dos agricultores não dispõe de sistemas eficientes.
O Sul do Brasil volta a conviver com o drama da falta de chuva. Regiões como a Serra gaúcha, tradicionalmente privilegiadas com bons índices pluviométricos em quase todas as estações do ano, viram o solo secar e rachar e suspenderam o plantio de diversas culturas. Logo virão os efeitos - perde o agricultor, que não terá renda porque nada colherá, e o consumidor, que pagará mais caro em função da baixa oferta de produtos no mercado.
Mais preocupante são as projeções meteorológicas indicando que o pior ainda está por vir. Ou seja: o sofrimento do produtor rural tende a aumentar. Enquanto isso, programas de irrigação, com a construção de açudes e de barragens, perdem-se pelo caminho tortuoso da política, em que as prioridades são definidas pela conveniência eleitoreira, ou sequer saem das gavetas dos gabinetes do poder. É inadmissível que em um país de milhões de famintos, desestimula-se a produção de alimentos; e numa nação de muitas cidades inchadas por ex-agricultores, pouco ou nada é feito para evitar a continuidade do êxodo rural.

UM EM CADA SEIS ADOLESCENTES VIVE EM EXTREMA MISÉRIA

O adolescente brasileiro ficou mais pobre e mais exposto à violência. Esta é a síntese do relatório Situação da Adolescência Brasileira 2011, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), que compara a realidade de 2004 com a de 2009. Dos 21 milhões de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos, 38% (cerca de 7,9 milhões) vivem em situação de pobreza, em famílias com renda inferior a meio salário mínimo per capita por mês (R$ 272,5 considerando o salário mínimo atual). Os casos considerados mais graves estão entre os 3,7 milhões de adolescentes dessa mesma faixa de idade, o correspondente a 17,6% (eram 16,3% em 2004) da população adolescente, ou um em cada grupo de 5,68 adolescentes, que vivem na extrema pobreza, em famílias com até 1/4 do salário mínimo per capita por mês (R$ 136,25). No mesmo período, a situação de extrema pobreza da população em geral caiu de 12,4% para 11,9%.
Segundo o documento do Unicef, os adolescentes são mais vulneráveis que outros segmentos da população e, entre eles, a desigualdade aumenta problemas de trabalho precário, dependência química, abuso sexual e homicídios. Enquanto a taxa de homicídios da população em geral era 20 a cada 100 mil, na população de 15 a 19 anos é de 43,2 a cada 100 mil.
O adolescente negro entre 12 e 18 anos, segundo o Unicef, tem o risco 3,7 vezes maior de ser assassinado. Já um adolescente indígena tem três vezes mais chances de ser analfabeto. Do total de 500 mil adolescentes analfabetos, 68,4% são meninos.
O Unicef utilizou dados oficiais do governo brasileiro para a obtenção das informações. O relatório, no entanto, constatou avanços na maioria dos indicadores analisados, dentre eles redução do número de adolescentes que só trabalham e não estudam, redução do analfabetismo entre adolescentes e redução do percentual de adolescentes que não estudam e não trabalham.

A FIFA É UM CASSINO

A Fifa é um cassino. Num cassino, muitos jogam, poucos ganham. Quem jamais perde é o dono do cassino. Assim funciona a Fifa, que se interessa mais por lucro que por esporte. Por isso desembarcou no Brasil com a sua tropa de choque para obrigar o governo a esquecer leis e costumes.
A Fifa quer proibir, durante a Copa, a comercialização de qualquer produto num raio de 2 km em torno dos estádios. Exceto mercadorias vendidas pelas empresas associadas a ela. Fica entendido: comércio local, portas fechadas. Camelôs e ambulantes, polícia neles!
Abram alas à Fifa! Cerca de 170 mil pessoas serão removidas de suas moradias para que se construam os estádios. Serão devidamente indenizadas?
A Fifa quer o povão longe da Copa. Ele que se contente em acompanhá-la pela TV. Entrar nos estádios será privilégio da elite, dos estrangeiros e dos que tiverem cacife para comprar ingressos em mãos de cambistas.
A Fifa quer impedir o direito à meia-entrada. Estudantes e idosos, fora! E nada de entrar nos estádios com as empadas da vovó ou a merenda dietética recomendada por seu médico. Até água será proibido.
Todos serão revistados na entrada. Só uma empresa de fast food poderá vender seus produtos nos estádios. E a proibição de bebidas alcoólicas nos estádios, que vigora hoje no Brasil, será quebrada em prol da marca de uma cerveja made in usa.
Comenta o prestigioso jornal Le Monde Diplomatique: “A recepção de um megaevento esportivo como esse autoriza também megaviolação de direitos, megaendividamento público e megairregularidades.”
A Fifa quer, simplesmente, suspender, durante a Copa, a vigência do Estatuto do Torcedor, do Estatuto do Idoso e do Código de Defesa do Consumidor. Todas essas propostas ilegais estão contidas
no Projeto de lei 2.330/2011, que se encontra no Congresso. Caso não seja aprovado, o Planalto poderá efetivá-las via medidas provisórias.
Se você fizer uma camiseta com os dizeres “Copa 2014”, cuidado. A Fifa já solicitou ao Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) o registro de mais de mil itens, entre os quais o numeral “2014”.
(Não) durmam com um barulho deste: a Fifa quer instituir tribunais de exceção durante a Copa. Sanções relacionadas à venda de produtos, uso de ingressos e publicidade. No projeto de lei acima citado, o artigo 37 permite criar juizados especiais, varas, turmas e câmaras especializadas para causas vinculadas aos eventos. Uma Justiça paralela!
Na África do Sul, foram criados 56 Tribunais Especiais da Copa. O furto
de uma máquina fotográfica mereceu 15 anos de prisão! E mais: se houver
danos ou prejuízo à Fifa, a culpa e o ônus são da União. Ou seja, o Estado brasileiro passa a ser o fiador da Fifa em seus negócios particulares.
É hora de as torcidas organizadas e os movimentos sociais porem a bola no chão e chutar em gol. Pressionar o Congresso e impedir a aprovação da lei que deixa a legislação brasileira no banco de reservas. Caso contrário, o torcedor brasileiro vai ter que se resignar a torcer pela TV.