sábado, 24 de dezembro de 2011

COMO AINDA NOS SURPREENDE O MILAGRE DE NATAL

Naquele tempo, diz o texto sagrado, numa obscura aldeia chamada Belém, na periferia do mundo, houve um nascimento. Aconteceu no silêncio da noite, numa estrebaria de animais. Testemunharam o fato pastores da região, pessoas religiosamente excluídas: não frequentavam o templo, nem conheciam as Escrituras. Seus pais, Maria e José, eram pobres e desconhecidos. Ele recebeu o nome de Yeshua, que significa “Javé salva”. A história registrou-o como Jesus de Nazaré.

Viveu a primeira etapa da vida na pequena oficina de José, um artesão de serviços gerais. Frequentou apenas a escola junto à Sinagoga, onde aprendeu a ler, escrever e contar. Seu idioma era o aramaico, entendia o hebraico, mas ignorava o grego, o idioma da cultura na época.
Aos 30 anos abandonou a oficina e a família e tornou-se o pregador dos caminhos. Ao povo, cansado com os reis e reinos opressores da época, Ele anunciou o Reino de Deus. Ele não deu aulas de teologia - foi um contador de histórias, conhecidas como parábolas. Abriu ferrenha luta contra o poder religioso da época, marcado pela opressão e exclusão.
Sua estratégia parece não ter sido a melhor. Escolheu mal seu pequeno grupo, formado por pescadores ignorantes e ambiciosos e, para espanto geral, acolheu todo o tipo de pecadores, nem sequer excluiu as prostitutas. Ele revelou aos seus a figura de um Pai cheio de misericórdia, disposto a perdoar setenta vezes sete.
Sua doutrina foi exigente. Pediu aos seus que ocupassem o último lugar, que carregassem a cruz, que perdoassem sempre e amassem até mesmo seus inimigos. Foi preso e executado como malfeitor, junto a uma antiga pedreira perto de Jerusalém, abandonado por todos.
Uma pessoa assim só poderia ser esquecida e ignorada. No entanto, Ele se tornou a figura mais amada, discutida e conhecida em todos os tempos. Conta ainda hoje com mais de dois bilhões de seguidores. Dividiu a história universal ao meio: antes e depois dele.
Dois mil anos depois, é possível que ainda não tenhamos entendido o significado desta noite e deste Menino. Multiplicaram-se os livros, as teses, as igrejas. Na realidade, tudo é muito simples e cabe numa só linha: o amor de Deus é para sempre e o amor é o único caminho que nos leva a Ele.

Um comentário:

  1. Olá colega, se me permite fazer um adendo no final do texto, conforme a bíblia, o único caminho que nos leva a Deus é o caminho do arrependimento, da obediência e da fé. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3-16).

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