domingo, 18 de dezembro de 2011

MUITAS OPÇÕES ENTRE A ECOLOGIA E A AGRICULTURA

O plenário do Senado deu mais um lance no complicado jogo de interesses que envolvem o Código Florestal. O projeto foi aprovado por 59 votos a favor e 7 contra. O tema voltará, agora, à Câmara, antes de chegar à sanção presidencial. Alguns dos seus artigos poderão ser vetados. Os ambientalistas e ruralistas representam os pontos extremos deste tema. O texto aprovado é um meio-termo que deixou insatisfeitos uns e outros. Em jogo está o nosso futuro.

O atual Código Florestal data de 1965 e sua atualização se fazia necessária. Agora, ao longo de 13 anos, a sociedade civil teve oportunidade de examinar seu conteúdo, evitando velhas bandeiras extremistas. Nem assim o novo Código será perfeito, sem falar da tradicional vocação brasileira de burlar as melhores leis. De qualquer maneira, marcará um avanço para um país considerado o pulmão da humanidade. As posições extremadas foram abandonadas em favor de opções mais convenientes.
País de dimensões continentais, com biomas totalmente diferentes, o Brasil precisa de um Código Florestal com as necessárias diferenças. É o caso da Reserva Legal que será de 80% da propriedade na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% nas demais regiões. O texto aprovado prevê que dos 900 mil Km2 de vegetação nativa desmatada em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Permanente, pelo menos um terço poderá ser recuperado ou compensado. Os locais vulneráveis precisam merecer a maior atenção.
De todo o emaranhado desta nova legislação surgem dois pontos inegociáveis: a preservação da natureza e a possibilidade da pequena propriedade rural continuar produzindo. O chamado desenvolvimento sustentado deverá ser a resposta e a solução. Que a natureza seja cuidada para que possa continuar produzindo o necessário alimento. Preservando agora, garantiremos o futuro.

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