quarta-feira, 30 de março de 2011

OBAMA E O PEIXE FORA D´ÁGUA

Obama é uma decepção! Recebeu imerecidamente o Nobel da Paz – um presidente que guerreia o Iraque, o Afeganistão e o Paquistão – e, em discurso de agradecimento, pronunciou a palavra “guerra” 49 vezes!
Obama apoiou o governo golpista de Micheletti em Honduras e, agora, ocupa militarmente o Haiti, sob pretexto de socorrer as vítimas do terremoto, e militariza a América do Sul através da implantação de sete novas bases usamericanas na Colômbia, onde já operam seis.
Só mesmo um ingênuo acredita que os 800 soldados e os 600 civis made in USA que se instalam na Colômbia têm por objetivo combater o narcotráfico e o terrorismo. Desde 1952 os EUA se fazem presentes na Colômbia sob o mesmo pretexto; nem por isso houve redução do tráfico de drogas, consumidas em grande quantidade pela população usamericana.
O objetivo da IV Frota é desestabilizar o governo Chávez, manter sob vigilância o Equador governado por Rafael Correa, dificultar as vias aéreas e terrestres entre Venezuela, Equador, Bolívia e Paraguai, e controlar as fronteiras com o Brasil.
O governo usamericano empenha-se em reforçar sua hegemonia no planeta. Hoje, ele mantém 513 bases militares na Europa; 248 na Ásia; 36 no Oriente Médio; 21 na América Latina; 5 na África. Total: 823, que ocupam uma superfície de 2.863.544 km2.
Sabem quantas bases militares estrangeiras há nos EUA? Nenhuma.
As tropas estadunidenses gozam de imunidade judicial e tributária nos países que operam e dispõem da mais moderna tecnologia bélica, desde aeronaves não tripuladas, conhecidas por UAS (Unmanned Aircraft System), aos aviões F15 Strike Eagle com velocidade de 2.660 km/h, autonomia de voo de 5h15 e capacidade de voar a 18 mil metros de altura.
Porém, não é só com equipamento bélico que os EUA cuidam de dominar o mundo. Utilizam, sobretudo, recursos ideológicos, como as produções cinematográficas hollywoodianas tipo “Avatar”, que visam a nos convencer de que a salvação vem de fora e vem de quem possui mais tecnologia e ciência...
Na última semana de janeiro estive no Equador participando de um evento que reuniu povos indígenas de quase toda a América Latina. Eles se sentem ameaçados, inclusive pelos novos governos democráticos-populares. À exceção de Evo Morales, difícil para os demais governantes reconhecerem que os povos indígenas têm direito à língua, cultura, sistemas econômico e escolar, métodos de produção e terra próprios.
Isso lembra uma antiga parábola oriental: ao observar que o macaco tirou o peixe da água e o colocou no cimo da árvore, a águia perguntou-lhe por que fizera aquilo. O macaco respondeu: “Para que possa respirar melhor e não morrer afogado.”
É esse nosso colonialismo entranhado, essa nossa subserviência aos “valores” consumistas do mundo ocidental, essa reverência ao “american way of life”, essa convicção de que a felicidade reside na posse de bens finitos e não de valores infinitos, que nos faz tirar o peixe do rio para que possa respirar melhor...
Frei Beto

QUE SIGNIFICA A ERA DO ECOZÓICO? SIGNIFICA COLOCAR O ECOLÓGICO COMO REALIDADE CENTRAL.

Nosso desafio atual é manter a integridade e a vitalidade da Terra. O bem-estar da Terra é o nosso bem-estar.

Mas o objetivo imediato do Ecozoico não é simplesmente diminuir a devastação em curso, senão alterar o estado de consciência, responsável por esta devastação. Quando surgiu o cenozoico (a nossa era há 66 milhões de anos), o ser humano não teve influência nenhuma nele. Agora no Ecozoico, muita coisa passa por nossas decisões: se preservamos uma espécie ou um ecossistema ou os condenamos ao desaparecimento. Nós copilotamos o processo evolucionário.
Positivamente, o que a era ecozoica visa, no fim das contas, é alinhar as atividades humanas com as outras forças operantes em todo o planeta e no universo, para que um equilíbrio criativo seja alcançado e assim podermos garantir um futuro comum. Isso implica um outro modo de imaginar, de produzir, de consumir e de dar significado à nossa passagem por este mundo. Esse significado não nos vem da economia, mas do sentimento do sagrado face ao mistério do universo e de nossa própria existência. Isto é a espiritualidade.
Mais e mais pessoas estão se incorporando à era ecozoica. Ela, como se deprende, está cheia de promessas. Abre-nos uma janela para um futuro de vida e de alegria. Precisamos fazer uma convocação geral para que ela seja generalizada em todos os âmbitos e plasme a nova consciência.





A MELHOR PARTE DA VIDA É A QUE ESTÁ PELA FRENTE

Deus ainda não acabou a obra da criação do mundo. Ele confiou ao homem e à mulher a tarefa de continuar sua obra. Na pesquisa, na obra de arte ou numa revolução surge o novo. A criação ainda não terminou. Em cada parto, real ou simbólico, acontece a maravilhosa festa do novo. A vida só pode ser entendida olhando para trás, mas só pode ser continuada olhando para frente. Um pouco do passado sempre se faz necessário, mas para fugir à mesmice é necessário colocar o fermento do novo. No meu tempo não era assim, protestam alguns. O meu tempo é agora, esclarecem outros. Sem o passado o mundo seria imaturo e ingênuo. Mas sem o futuro, a humanidade seria condenada a ser uma cidade fantasma. Olhar para trás é interessante, olhar para frente é necessário. É a lição da floresta secular, mas que aposta no futuro. A melhor parte da vida é a que está pela frente.


UM MUNDO MELHOR PARTINDO DOS PEQUENOS CUIDADOS DO DIA A DIA.

Hoje, necessitamos superar a tentação humana de nos projetar à imagem de nós mesmos. Não podemos pretender colocar tudo diante de nós, mas precisamos situar a nós mesmos no mundo com respeito e justiça, no risco de nos ver devorados pelas obras de nossas próprias mãos. Em nosso espírito e nossa mente somos chamados a elaborar a imagem do mundo como a nossa morada. Assim nos relacionaremos, partilhando um mesmo destino.

Sentindo o mundo como nossa própria casa, não o trataremos com frieza e hostilidade, mas como um universo acolhedor e fraternal. Assim a racionalidade matemática se transformará em racionalidade estética para um impulso criador. Quando a ciência se humaniza, deixa de ser um instrumento perigoso e manipulador e se converte em escuta poética da natureza. O conceito de vida passa pelas formas mais simples até as mais complexas. Por isso, aproximando natureza e vida, descobriremos um novo posicionamento ajustado às intenções de Deus e ao que mais nos convém.
A cultura da vida vê-se desafiada a superar a cultura da morte que brotou do espírito, da mente e das mãos humanas. Para elaborar um novo relacionamento não se trata de pedir que a ciência renuncie a seus avanços, mas que todos aprendamos a escutar e respeitar a múltipla linguagem da natureza.
Saber cuidar parece ser o sagrado compromisso de todos os humanos que vivemos neste planeta. Sem transformar o mundo como uma casa de acusações, cada um de nós poderá dar a sua contribuição no grande cuidado, partindo dos pequenos cuidados de cada dia, no chão onde nos situamos.

O MEDO FAZ AS PESSOAS IMAGINAREM COISAS

Todos estes relatos são fruto da imaginação, fazem parte do folclore. Só existem na imaginação popular. É claro que muitas pessoas têm certeza de que já viram algo como assombrações. De fato, pessoas medrosas, com imaginação fértil, são capazes de transformar qualquer fenômeno em visões. Conta-se que uma pessoa medrosa passava em frente ao cemitério, à noite e viu um vulto branco vindo em sua direção. Começou a gritar e outras pessoas vieram ver. O fenômeno nada mais era do que uma folha de jornal sacudida pelo vento forte. Se outras pessoas não tivessem visto, a pessoa medrosa diria para todos que viu uma alma penada. Nunca mais iria crer que era uma ilusão.

Assombrações não existem e o demônio não pode se manifestar fisicamente, pois sendo espírito, não está dentro de nossa realidade material. Além do mais, como poderia um espírito assustar as pessoas? Pura ilusão e imaginação. Na maioria das vezes, o folclore que se originou há séculos, ou talvez há milênios, só serve para deixar pessoas mal informadas ou medrosas em confusão.
Pessoas esclarecidas não têm medo de cemitérios, nem de supostos lugares mal assombrados, nem de lobisomens, boitatás etc. Isso tudo não passa de anedotas. O medo faz as pessoas imaginarem coisas que não são reais.

TEMOS QUE COMBATER AS CAUSAS

Duas realidades amedrontam, cada vez mais, a sociedade: as drogas e a violência. No passado os casos eram poucos; cresceram em proporção geométrica e escaparam do controle do Estado. E os dois fatores parecem intimamente ligados.

A primeira solução, imaginada por muitos, parte da adoção de leis mais severas e da abertura de mais leitos hospitalares para os consumidores de droga. Isto deve acontecer, mas serão medidas apenas paliativas. Para evitar as consequências, é preciso chegar às causas. O que leva um jovem a entrar no mundo sombrio da droga com todas as suas inevitáveis decorrências, sobretudo a violência? Certamente é resultado de erros e omissões. As grandes e tradicionais instituições - Igreja, escola e família - cada vez mais, perdem sua força e influência.
A pessoa é anterior ao Estado. Diante das dificuldades de resolver individualmente suas atribuições, os indivíduos agruparam-se e confiaram ao Estado algumas de suas tarefas. Isto, necessariamente, implica abrir mão de parte de sua liberdade. O Estado tem as atribuições recebidas dos indivíduos. Porém, Estado moderno tornou-se soberano e atribuiu a si toda a ordenação da sociedade. Mas ele não pode tudo. Seu dever é zelar pelo bem comum de todos. E neste sentido, o Estado tem como obrigação grave zelar pela família e seus valores. Tem obrigação grave de dar à escola as condições para formar as novas gerações. E quando se fala de escola não se pode excluir a escola particular, apenas tolerada pelo Estado. De resto, cidadania e ética não se sustentam sem a atuação da Igreja, mesmo que o Estado seja laico.
Quando os poderes públicos não apoiam a família, a escola e a Igreja, estão optando pela droga e pelo crime. Sem suprimir as causas, as consequências continuarão.

CORRIDA CONTRA O TEMPO

Produzido pelo UN-Habitat, programa da ONU direcionado para promover o desenvolvimento social e ambiental das cidades, o documento afirma que o modelo atual de urbanização está seguindo um rumo de alto risco devido às transformações no clima.

“Nas próximas décadas, as mudanças climáticas irão fazer com que centenas de milhões de pessoas, na sua maioria as mais pobres e marginalizadas, fiquem cada vez mais vulneráveis a enchentes, deslizamentos de terra e outros desastres naturais. Esta é a previsão que fazemos baseados na melhor ciência que temos disponível”, alerta Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, no prefácio do relatório.
O aumento populacional nas cidades e como consequência a ocupação de áreas de risco são fatores apontados pelo documento que tornarão cada vez maiores os números dos flagelados. Segundo dados da ONU, 59% da população mundial habitará áreas urbanas até 2030, sendo que a cada ano mais 67 milhões de pessoas passam a viver em cidades.
Baseado nessas estatísticas e nos fenômenos climáticos extremos que foram observados nos últimos anos, o estudo do UN-HABITAT traça um panorama sombrio para o futuro das áreas urbanas:
- Mais de 200 milhões de pessoas devem perder suas casas por causa das mudanças climáticas até 2050- Mesmo o mínimo aquecimento de 1°C ou 2°C na temperatura pode fazer com que de 6 a 25 milhões de pessoas fiquem sujeitas a inundações apenas no litoral do norte da África;
- Atualmente 40 milhões de pessoas vivem em áreas onde podem ocorrer grandes enchentes, em 2070 essa população será de 150 milhões, elevando os prejuízos para até US$ 38 trilhões;
- Na América Latina, entre 12 a 81 milhões de pessoas podem sofrer com a escassez de água até 2020. Em 2050 esse número deve ser de 79 a 178 milhões.

O PERIGO ATÔMICO E A IMPRENSA

Passado o principal impacto das notícias sobre a catástrofe provocada no Japão pelo terremoto seguido de tsunamis, a imprensa segue moderadamente os relatos sobre o agravamento da situação criada por vazamentos na usina nuclear de Fukushima.

Para a população em geral, a ausência do assunto nas primeiras páginas pode dar a entender que a crise está sob controle, mas é em circunstâncias como essa que a falta de atenção inibe medidas preventivas e pode resultar em desastres no futuro.
Uma coleta de reportagens nas edições de quarta-feira (30/3) dos jornais ensina que a detecção de plutônio no solo e a descoberta de alta radioatividade na água, na região da usina, obrigam o governo japonês a decretar estado de "alerta máximo".
O primeiro-ministro japonês Naoto Kan declarou em reunião no Parlamento que a situação continua imprevisível e que o risco de uma catástrofe nuclear total, com a exposição do núcleo dos reatores, ainda não está descartado.
Também está publicado que as autoridades japonesas estudam aumentar a área de isolamento, mudando o alerta de aconselhamento para uma ordem de retirada da população.
Nos últimos dias, algumas reportagens informaram que as autoridades brasileiras estudam novas rotas de fuga em caso de acidente em Angra dos Reis e alguns cientistas manifestaram suas opiniões sobre os riscos da geração nuclear de energia.

Mas a imprensa brasileira segue longe de propor um debate sobre o sistema nacional de energia. Se um desastre nuclear não é suficiente para mover os editores, o que seria?

terça-feira, 29 de março de 2011

ADEUS JOSÉ ALENCAR

"Tenho profunda admiração por seres humanos que superaram os seus limites e empreenderam conquistas consideradas inimagináveis.

Quero falar aqui da lição de vida que o vice-presidente José Alencar está dando em todos nós.
Não falo aqui do político nem do empresário. Mas sim do ser humano que lutou  muitos anos com uma gravíssima doença e que nunca perdeu a esperança.
Nem o bom humor. Li hoje que à saída de mais uma sessão de quimioterapia ele comentou que "estou chateado: continuo jogando as minhas peladas mas não consigo subir no alambrado para comemorar os gols". Qualquer outro na situação dele, provavelmente, já teria se retirado para uma de suas fazendas a fim de descansar em paz.
Mas não: ele gostava de viver a vida, gostava de realizações, lutou enquanto havia esperança. Obviamente que ele teve acesso a tratamentos que uma pessoa do extrato médio da sociedade talvez não tivesse; contudo, o que quero ressaltar é esta gana de viver, que independe de ter ou não disponíveis os melhores médicos e remédios.
Por isso, ele é para mim um exemplo: mesmo realizado na vida empresarial e na política, continuou com sede de vida, com o sentimento de que muito precisa ser feito e de que pode e devia servir e fazer mais. Muitas vezes, nós perfeitamente saudáveis, com vidas estabilizadas, reclamamos de situações que, comparadas, não são um fio de cabelo.
Nada nos satisfaz, nada está bom, tudo é ruim. Quando pensarmos assim, lembremos de nosso ex-vice presidente; que viveu no limite mas não desistiu, que viveu em situação extrema, dor extrema, luta extrema, suor e sangue derramados em busca de um dia a mais do milagre da vida. Veremos que falamos e pensamos um monte de bobagens.
Como disse no início, não discuto aqui o empresário nem o político. Admiro o homem, sua guerra pela vida e o senso de nunca se abater nem lamuriar de qualquer que seja. Os dias são muito curtos para serem desperdiçados em lamúrias.
Fique com Deus, José Alencar. E, neste momento em que o desenlace foi inevitável, que saia da vida para entrar na história. Não pela política, não pelo empresário.
Mas pelo exemplo."

segunda-feira, 28 de março de 2011

LAVAGEM DE DINHEIRO

Um crime contra a humanidade. Silencioso, em violência aparente. Uma espantosa empresa de exploração dos recursos dos povos levada a cabo com a infindável cumplicidade do sistema bancário mundial. As fortunas dos ditadores dormem nos bancos ocidentais o doce sono dos lucros enquanto dezenas de milhares de pessoas morrem de fome ou não tem recursos para pagar um tratamento contra a Aids.

Jean Claude Duvalier, no Haiti, Ben Alí, na Tunísia, Hosni Mubarak, no Egito, Joseph Mobutu, no Zaire (hoje República Democrática do Congo), Sanu Abacha, na Nigéria, Omar Bongo, no Gabão, Manuel Noriega, no Panamá, Mu-ssa Traoré, no Mali, Augusto Pinochet, no Chile, Muammar Kadafi, na Líbia, Ferdinando Marcos, nas Filipinas e Sassu N’Guesso, no Congo Brazaville – as fortunas destes tiranos diplomados depositadas nos bancos internacionais ou transformadas em fabulosos investimentos imobiliários em Londres, Paris, Nova York ou Dubai ultrapassam a imaginação.
No que diz respeito à fabulosas fortunas guardadas no estrangeiro pelo egípcio Hosni Mubarak, pelo tunisiano Ben Alí ou pelo próprio Kadafi, Anthea Lawson, responsável pela campanha Cleptocracia em Global Witness, assinala que “os bancos nunca deveriam ter aceito esse dinheiro nem os governos deveriam ter permitido isso”. Mas o dinheiro não tem cheiro. Saia de um prostíbulo, de uma bucha de cocaína, dos circuitos engravatados e sujos do sistema financeiro internacional ou do sangue dos povos oprimidos pelos déspotas do mundo, o dinheiro sempre chega limpo ao mesmo lugar: os bancos.

domingo, 27 de março de 2011

AO SABER QUE ESTÁ MORTO O SER HUMANO PERDE O MEDO E SE TORNA MAIS VIVO QUE NÓS

Contra o estado de poder total, o ser humano perde todo o medo, pois sabe e assume que já está morto. Ao fazê-lo ele se torna mais vivo que todos nós.

Esses homens e mulheres sabem que o estado pode buscá-los em casa um por um, e desse estado eles esperam a morte certa se forem identificados, e eles sabem que serão – seus rostos gravados em imagens tão múltiplas quanto o número de portadores de celulares.
Foram poucos momentos na história da humanidade que essa verdade brota da alma humana no momento de maior perigo. O momento em que pode-se perder tudo. O momento em que tudo pode ser ganho. Nesse instante decisivo o ser humano revela que de fato tem uma alma, uma anima.  Ele transcende esses mecanismos em momentos de verdade.
Claro está que o momento de verdade se perde. As forças da reprodução são sim muito potentes. Mas eu acho uma pena essas pessoas mortas em torno de mim que ficam aí falando “ah, caiu o ditador, mas tem que ver qual o corrupto que vai entrar no governo”. Essas pessoas perdem um ponto importante, sem o qual a história é sem possibilidades, a vida sem sal e sem gozo, e a sociedade é apenas pura reprodução mecânica.
É sim, cansativo, sofrer com toda essa violência que os povos árabes estão sofrendo neste momento. Mas também não choramos toda a repressão que eles sofreram por décadas sem chamar nossa atenção.
Mas essa coragem da qual eles mesmos falam, a coragem que” uma vez você ganha, não perde mais”, é algo magnífico. É uma consciência coletiva que aconteceu de ocorrer poucas vezes na história da humanidade. Eu nunca pensei que eu viveria para testemunhar.

MULTIDÃO PROTESTA EM LONDRES CONTRA CORTE NOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Na maior manifestação popular vivida na capital britânica em uma geração, uma multidão estimada em mais de 300 mil pessoas superlotou as ruas dos quarteirões políticos mais importantes de Londres neste sábado, três dias depois de o governo anunciar o orçamento para o próximo ano fiscal, com mais de 30 bilhões de libras em cortes nos gastos públicos. A caminhada – que durou mais de cinco horas e superou de longe a expectativa inicial dos organizadores – teve como objetivo demonstrar oposição às medidas de austeridade defendidas pela coalizão governista.
A maior manifestação coordenada por um sindicato em duas décadas no país trouxe pessoas de todas as partes, em mais de 600 ônibus fretados e até mesmo trens. Estima-se que a demanda por transporte para Londres tenha superado a oferta, limitando o comparecimento dos ativistas.

TODO MUNDO ERA BOM DEPOIS DE MORRER. ALENCAR ERA BOM EM VIDA - CHOROU LULA.

Foi em prantos que a presidenta Dilma e Lula falaram da morte de José Alencar, pouco depois de serem informados pelo médico do ex-vice-presidente.



"Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida", chorou Lula.


A visita de ambos a Portugal foi encurtada. Lula dedicará a Alencar o título de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra, na manhã de quarta-feira, e ambos voltam ao Brasil em seguida. A presidenta cancelou a agenda oficial em Portugal que deveria ocorrer na quarta-feira à tarde.
A presidenta informou que a família de Alencar aceitou que ele seja velado no Palácio do Planalto. O governo decretará luto oficial de sete dias. (com informações do Valor)

MULHERES NA AGRICULTURA SÃO ATINGIDAS PELA DESIGUALDADE

No centenário do Dia Internacional da Mulher, a FAO apresenta um diagnóstico surpreendente sobre a situação das mulheres no campo, através de um exame global dos agricultores e agricultoras do planeta. Os lares liderados por uma mulher não são sempre mais pobres do que aqueles dirigidos por um homem. Mas o informe anual “O estado mundial da agricultura e da alimentação 2010-2011” demonstra que as agricultoras estão em uma posição desfavorecida no uso e acesso a ativos como a terra, o gado, maquinaria, insumos como fertilizantes, pesticidas e sementes melhoradas, e a serviços como o crédito agrícola e a extensão de conhecimentos técnicos e capacitação.

O novo e surpreendente nesta avaliação é que, com distinta magnitude, esta assimetria se observa em todas as regiões do planeta e se repete em distintos universos nacionais, políticos e religiosos. Se a esta desigualdade agregamos que diversos estudos de campo demonstraram que as mulheres não são intrinsecamente menos produtivas que os produtores masculinos, podemos concluir que esta distribuição de bens e recursos tem um custo em termos de produção.
A receita é bastante universal. Em primeiro lugar é preciso eliminar toda forma de discriminação legal. Além das leis, os funcionários que as executam devem ser educados nas diferenças de gênero. Por último, não basta afirmar a não discriminação no papel. É preciso ter consciência das limitações específicas de gênero, por exemplo as limitações de tempo que enfrentam as mulheres por seu duplo papel de trabalhadoras/produtoras e donas de casa, oferecendo e facilitando às agricultoras os serviços públicos, como extensão, e privados, como o crédito.


A SEGURANÇA ALIMENTAR DEPENDE DE TEMPO E MERCADOS...

A segurança alimentar depende de tempo e mercados estáveis e previsíveis e de acesso a recursos. Tudo isso foi abalado perigosamente nas duas últimas décadas. Desde 1970, o aquecimento global causado pelo ser humano provocou o aumento dos eventos climáticos extremos em todo o mundo. Agricultores que costumavam enfrentar duas perdas de colheitas a cada década agora sofrem inundações, secas ou grandes pragas a cada dois ou três anos. Em 2010 e no início deste ano, alguns dos grandes produtores mundiais de alimentos - Argentina, Austrália, China, Paquistão e Rússia - viveram, todos, eventos climáticos que afetaram fortemente as colheitas.

A segunda fonte de instabilidade é um mercado cada vez mais caótico. Em nome do “livre” comércio, o governo dos Estados Unidos e o Banco Mundial passaram as últimas três décadas forçando a abertura dos mercados dos países pobres a importações baratas, que desorganizaram a produção. Em cruel ironia, os países pobres também foram pressionados a cortar o apoio a seus próprios agricultores e até a vender seus estoques de emergência, sob a lógica de que seria mais eficaz simplesmente adquirir comida no mercado internacional.

terça-feira, 22 de março de 2011

O EFEITO HIPNÓTICO DO CONSUMISMO

O inumano imprime sentido ao humano, como faziam os deuses de ouro denunciados pelos profetas bíblicos: tinham boca, mas não falavam; olhos, mas não viam; ouvidos, mas não escutavam; pés, mas não andavam...

Estamos todos sob o efeito hipnótico do consumismo. Não importa se o produto é frágil ou de má qualidade. Seu design nos cativa. Sua publicidade nos faz acreditar que estamos comprando a oitava maravilha do mundo! E, ingenuamente, que se trata de um produto durável, mesmo conscientes de que o capitalismo não se importa com o direito do consumidor, e sim com a margem de lucro do produtor. Como se livrar do labirinto consumista que, na verdade, se consuma nos consumindo? Não vejo outra porta de saída fora da espiritualidade, somada a uma nova visão do mundo. Sem espiritualidade corremos o risco – sobretudo os mais jovens – de dar importância àquilo que não tem. Imbuídos da baixa autoestima que nos incute a publicidade (“você não é ninguém porque não possui este carro, não veste esta roupa, não faz esta viagem...”) encaramos a mercadoria como algo que nos agrega valor. Não basta a camisa, a bolsa ou o tênis. Têm que ser de grife, com a etiqueta exibida do lado de fora. Assim, todos à nossa volta haverão de reconhecer o nosso status. E quiçá invejar-nos. E aquele ser humano que, ao lado, carece de produtos refinados, é visto como não tendo nenhuma importância. Pois não se enquadra no atual princípio pós-cartesiano: “Consumo, logo existo.”
É espiritualizada toda pessoa cujo sentido de vida deita raízes em sua subjetividade e cujas opções são movidas por ideais altruístas. Ela não faz do que possui – conta bancária, títulos, casa, carro etc. – seu fator de autoestima. Sabe que tem valor em si, que não é nutrida pela posse de bens e sim por sua capacidade de fazer o bem aos outros. Sua autoestima se funda na generosidade, solidariedade e compaixão. Ela é feliz porque sabe fazer outras pessoas felizes.
O mercado tudo oferece. Todos os seus produtos nos chegam embrulhados em papel de presente: se compramos este carro, seremos felizes; se bebemos aquela cerveja, nos sentiremos alegres; se adquirimos tal roupa, ficaremos joviais. O único bem que o mercado jamais oferta é justamente este que mais buscamos: a felicidade. No máximo, o mercado tenta nos convencer de que a felicidade é o resultado da soma de prazeres.
Ora, a felicidade é um bem do espírito, jamais dos sentidos, da cobiça ou da arrogância. É feliz quem ousa destampar o próprio ego e conectar-se com o Transcendente, o próximo e a natureza. Esse irromper para fora de si mesmo tem nome: amor. E se manifesta nas dimensões pessoal, no dom de si ao outro, e na social, no empenho de construir um mundo melhor.



ENSINE SEUS FILHOS A CONTEMPLAR A CRIAÇÃO.

Fala-se que no universo dos humanos há dois modos de relacionamento com as coisas criadas. Um é o modo da borboleta e do corvo que procuram situar sempre o pior, pousando sobre a decomposição e vivendo das coisas arruinadas. Esse é o jeito de quem percorre o espaço onde vive para pousar o olhar, o pensamento e o coração no lado errado da vida. Para esses nada está bem e nada vai melhorar! Se faz sol, lamenta-se o calor. Se chove, grita-se contra a umidade e o barro. No inverno, se fala mal do frio e seus efeitos prejudiciais à saúde e às plantas. No verão, o suor parece um castigo. Na primavera, se condena as alergias causadas pela floração. No outono, se cultiva o aborrecimento das folhas que caem.

Para a multidão dos pessimistas turvam-se os olhos; embarga-se a voz e amplia-se o coro dos que cantam hinos de lamentações. Esse tipo de doença do desencanto cria contágios tão negativos que parecem apressar o fim do mundo. Evidentemente, não podemos negar os cenários de morte e as ameaças ao planeta terra. Porém, não podemos paralisar os sonhos de que um outro mundo é possível. O mundo que saiu das mãos de Deus continua sendo mais esperança do que saudade.
“Contemple a criação” é um apelo urgente para todos, especialmente para as novas gerações expostas ao risco de se abstrair do mundo real para o mundo virtual. Continua tão importante aprender a pisar na terra, a tocar nas plantas, atravessar um riacho e ver animais vivos nos campos. Não há como não se encantar com a semente a germinar, com os botões se abrindo e com o milagre da vida nas crianças que nascem. Não há como ficar insensível diante dos pobres que se unem em mutirão para construir suas esperanças. “Para ver basta querer!”





O MUNDO ESTÁ PREOCUPADO COM O AUMENTO DE PREÇOS DOS ALIMENTOS

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) começou pela Tailândia, na semana passada, uma série de encontros programados para este ano com a finalidade de debater um tema que diz respeito a todos: o aumento dos preços dos alimentos e as consequências para a humanidade.

A preocupação cresce na medida em que estão previstos novos reajustes. Grande parte dessa situação nasce com o desequilíbrio entre oferta e procura, com marcante influência da demanda chinesa.
A crise que se esboça pode beneficiar o Brasil. Pela sua vocação agrícola, o país pode contribuir para reequilibrar os estoques mundiais de alimentos. Por outro lado, não se pode desconsiderar a existência de um bilhão de famintos, número que tende a subir na medida em que, em muitos países, as pessoas gastam mais de a metade de seus salários com comida. Segundo o Banco Mundial, os aumentos nos preços dos alimentos do último semestre colocaram mais 44 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
O homem provou que tem condições de alimentar todos habitantes da Terra. A fome é decorrência da distribuição desigual, o que tem relação direta com a transformação de alimentos em mercadoria - e muito íntima com a ganância. Preço justo e recompensa pelo trabalho devem sempre pautar as negociações no balcão agrícola, mas não se deve admitir que grupos, para lucrar, ignorem a fome - e a virtual morte - de milhões de pessoas.

METADE DOS MUNICIPIOS DO PAÍS PODE FICAR SEM ÁGUA EM 2015

É o que mosta o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado hoje pela Agência Nacional de Águas. O levantamento marca o Dia Mundial da Água, lembrado nesta terça-feira. O levantamento da ANA aponta que, em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água. Entre eles, estão grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico. Segundo a ANA, para evitar a escassez seria necessário o investimento de R$ 22 bilhões em infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição de água.

FILME AMERICANO

Seis civis líbios são metralhados por um helicóptero dos EUA nas proximidades de Benghazi; uma das vítimas corre o risco de ter a perna amputada. O helicóptero em voos rasantes estava em missão de resgate de dois tripulantes do caça F-15 Strike Eagle que caiu em circunstancias não esclarecidas  na noite da segunda-feira. O F-15E realizava bombardeios na cidade de Benghazi, supostamente um reduto de opositores de Kadafi. Um dos feridos, ouvido no hospital, afirma que os civis estavam comemorando a ação internacional quando os americanos abriram fogo... (Carta Maior, com informações Al-Jazira/ Channel 4 News). Fundo sonoro da cena: o discurso de Obama no Chile, nesta 3º feira, quando afirmou: 'Nossa ação militar ...tem como foco a ameaça humana que Khadafi está impondo a seu povo. Ele não apenas está assassinando os civis, mas também ameaçando fazer muito mais". Corta e volta para a cena do helicóptero, agora sem som. Closes alternados nos rostos dos americanos acionando as metralhadoras e nos dos líbios, que festejavam chegada das forças estrangeiras.

OBAMA DEVERIA TER FEITO MAS NÃO FEZ NO CHILE

Quando Barack Obama desembarcou no Chile para uma visita de 24 horas, algo crucial faltaou em sua agenda. Havia mariscos suculentos, discursos elogiosos à prosperidade do Chile, acordos bilaterais e encontros com poderosos e celebridades, mas não havia planos, sem dúvida, de que o presidente dos Estados Unidos tomasse contato com o que foi a experiência fundamental da recente história chilena, o trauma que o povo do país sofreu durante os quase dezessete anos do regime do general Augusto Pinochet.Por mais importante que foi a experiência de Obama na visita a América do Sul, há outra que seria ainda mais significativa. À noite, que ele foi jantar no mesmo Palácio Presidencial onde Salvador Allende morreu muitos anos atrás, em defesa do direito de seu povo escolher seu próprio destino. Allende está enterrado em um cemitério não muito longe de onde a elite do país estava brindando pela amizade eterna entre Chile e os Estados Unidos. Em 1965, durante uma viagem notável ao Chile, Bobby Kennedy quebrou seu escrupuloso protocolo e se encontrou com mineiros explorados e estudantes universitários hostis. Ele mergulhou nos problemas do país para conhecê-los, para perguntar como chegar a uma solução. E se Obama decidisse seguir o exemplo de Kennedy – seu ídolo, Bobby Kennedy – e mudasse o roteiro para fazer algo sem precedentes como uma visita ao túmulo de Allende? Se ele simplesmente parasse neste lugar, ficasse de pé diante dos restos de quem foi, como ele, um presidente eleito por seu povo, e dedicasse um par de minutos solitários?


Não seria imprescindível que pedisse perdão ou expressasse remorso pela intervenção dos Estados Unidos nos assuntos internos do Chile, nem por ter sustentado Pinochet durante tanto tempo. Bastaria esse gesto singelo. Essa homenagem a um presidente que entregou sua vida lutando pela democracia e a justiça social mandaria uma mensagem a América Latina e a todo o planeta que seria mais eloquente que cinquenta discursos retóricos. Seria um sinal de que talvez seja mesmo possível uma nova era das relações entre os Estados Unidos e seus vizinhos, ao sul do rio Bravo, que o passado tão amargo e injusto nunca mais há de voltar, nunca, nunca mais.








CENSURA X LIBERDADE DE EXPRESSÃO X LIBERDADE DE IMPRENSA

A discussão de temas como censura, liberdade de expressão e liberdade de imprensa é sempre oportuna entre nós. O historiador Aloysio Castelo de Carvalho no seu A Rede da Democracia (NitPress/Editora da UFF, 2010) – onde fica demonstrado o conluio dos jornais O Globo, O Jornal e Jornal do Brasil, unidos para derrubar o governo democrático de João Goulart, em 1964 – adverte:

"A liberdade de imprensa é um eixo discursivo dos jornais quando eles querem se valorizar como único canal de expressão da opinião pública".
As novas gerações precisam conhecer a história da censura no Brasil e incluir aí não só a censura exercida pelo Estado, mas outras formas de censura: aquela que vem de nossa herança colonial de "cultura do silêncio" e também a censura disfarçada exercida pelo silêncio deliberado em relação a certos temas, pratica rotineira na grande mídia.

sexta-feira, 18 de março de 2011

UM TÍTULO NADA INTERESSANTE.

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.
Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras no país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.
O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do modelo do agronegócio, que concentra a terra e utiliza grande quantidade de venenos para para garantir a produção em escala industrial.
Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios.

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PESQUISA DATAFOLHA SOBRE OS PRIMEIROS 100 DIAS DE DILMA

A presidenta Dilma Rousseff pode comemorar. Mesmo tem ter o carisma do ex-presidente Lula, transcorridos três meses do início do seu mandato, ela obteve aprovação superior à conquistada por seu antecessor. Segundo pesquisa do Datafolha, enquanto Lula atingiu 48% de avaliações ótimo/bom e 14% de ruim/péssimo, marcando o recorde de aprovação até ali, Dilma atingiu 47% de ótimo/bom e apenas 7% de ruim/péssimo. Feitas as contas, o saldo positivo de Dilma é de 40 pontos percentuais enquanto o de Lula foi de apenas 34 pontos.

Diante deste quadro, é alvissareira informação fornecida pela pesquisa do Datafolha de que 78% dos eleitores têm expectativas positivas no desempenho da presidenta Dilma Roussseff. Expectativa positiva que, com variações mínimas, se distribui de modo equilibrado entre homens e mulheres, em todas as faixas etárias, de renda e de escolaridade, nas diferentes regiões, nas áreas metropolitanas e no interior do país e é elevada mesmo entre os entrevistados que declararam não ter votado em Dilma para presidente. Com tanto apoio de opinião pública, a presidenta terá respaldo para realizar as reformas necessárias e urgentes e que serão imprescindíveis, tanto para promover o desenvolvimento do país quanto para manter elevado o prestígio popular conquistado por ela até aqui.

A VINDA DE OBAMA. O QUE VAI DAR VEREMOS.

Como os americanos vão se relacionar com essa nova fase do Brasil, não sabemos. Mas a vinda do presidente Obama até aqui, antes mesmo de a Dilma ir até lá é um indicativo de que eles, se não convencidos, estão curiosos. No que isso vai dar, veremos, mas quais os termos que nos servem, sabemos. Diálogo, claro. Aproximação, depende. Se for para compartilhar da visão de mundo deles, necas. Se for para melhor organizarmos nossos recursos e passarmos a um desenvolvimento ainda mais acelerado da nossa América e da África, topamos, desde que o nosso protagonismo seja reconhecido e aceito.

Lula, vindo após governos das elites tradicionais, que adoravam puxar saco dos americanos e europeus (mesmo que tenhamos sempre mantido uma relativa autonomia, e está aí a Petrobrás pra demonstrar), precisou ser um tanto incisivo. Dilma já não precisa e pode mostrar o que mostrou, aquele sorriso tranquilo. Nossa presidente se permitiu ser, como os americanos falam e entendem, “Presidential”. E isso, caros leitores, quer dizer muito, muito mesmo. É assim que iremos em frente. Nesse mesmo final de semana o pessoal do Morro do Alemão começou a organizar tours do morro, eles mesmos, não agentes de turismo vindos lá de Ipanema. Passamos a andar pelas próprias pernas, caros leitores, no andar de cima, no andar debaixo, por todos os lados. E se isso não é garantia de que chegaremos, é sim a afirmação de que estamos indo e foi isso, tenho certeza, o que Obama, entre um sorriso e uma picanha mal preparada no almoço no Itamaraty, entendeu.

QUANDO MESMO COMEÇOU A ERA ATÔMICA?

A era nuclear iniciou não muito longe de Fukushima, quando os Estados Unidos se converteram na primeira nação na história da humanidade a lançar bombas atômicas sobre outro país, buas bombas que destruíram Hiroshima e Nagasaki, matando centenas de milhares de civis. O jornalista Wilfred Burchett foi o primeiro a descrever a “praga atômica” como a chamou: “nestes hospitais encontro gente que, quando as bombas caíram não sofreram nenhuma lesão, mas que agora estão morrendo por causa das sequelas. Sua saúde começou a se deteriorar sem motivo aparente”. Mais de 65 anos depois de Nurchett sentar-se em meios aos escombros com sua castigada máquina de escrever Hermes e escrever sua advertência ao mundo, o que aprendemos de fato?

quarta-feira, 16 de março de 2011

A FOME NO MUNDO. QUE ABSURDO.


A Declaração Universal dos Direitos Humanos determina em seu Artigo 25, entre outros princípios, que toda pessoa “tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis” (GN). No entanto, a realidade está bem distante desses direitos básicos, em especial no que se refere à questão da fome.

Os números são realmente chocantes e o que mais impressiona é a passividade das elites políticas por todos os cantos do planeta, que pouco se movimentam na busca de soluções efetivas. A grosso modo, elas estão ausentes, seja no plano local, nacional, regional ou global. Na verdade, o Brasil é um dos poucos exemplos onde políticas públicas foram implementadas pelo Estado com algum grau de seriedade e resultados. Nesse quesito, desde o Comunidade Solidária e os sucessores Bolsa Família e Fome Zero, os programas governamentais brasileiros têm sido uma referência para os que se preocupam com o tema pelo mundo afora.
Atualmente, a população mundial conta com mais de 6,8 bilhões de pessoas. De acordo com dados da ONU e seu órgão para Agricultura e Alimentação (FAO), 925 milhões desse total passam fome (1). Trata-se de um contingente equivalente a 5 vezes o total da população brasileira! Além disso, vale registrar que as crianças são as que mais sofrem com tal quadro. Quase 1/3 das crianças nascidas no Terceiro Mundo, ou seja, 180 milhões, apresentam problemas de desenvolvimento físico e intelectual em razão de problemas de subnutrição nos primeiros 5 anos de vida. Pior ainda, a fome é responsável por 35% dos óbitos de crianças nessa faixa etária.





FINANCIAR A RÁDIO DIFUSÃO PUBLICA E COMUNITÁRIA?

A radiodifusão pública e comunitária estabeleceu-se precisamente sob os perigos dos meios comerciais. Quando falamos da guerra, precisamos de meios de comunicação que não estejam ligados aos fabricantes de armas. Quando falamos da reforma do sistema de saúde, precisamos de meios que não sejam patrocinados por empresas de seguros de saúde ou por grandes farmacêuticas.

A paixão dos habitantes locais pelas suas emissoras de rádio demonstra que, igual aos álamos das Montanhas Rochosas, estas pequenas emissoras de rádio são resistentes, fortes e estão profundamente enraizadas nas suas comunidades. O seu financiamento é um investimento que deve ser criado.



AINDA O JAPÃO.

Não podemos atribuir nem à ação divina nem à ação humana os movimentos das placas tectônicas na costa de Honshu. Mas pode acontecer que a pior parte deste desastre seja causada pelas mãos do homem. Quando alguns seres humanos, em sua busca por lucro e prosperidade, lidam com o meio ambiente de maneira estúpida, nós realmente devemos responsabilizá-los.

O CAPITALISMO JAPONES

O Japão virou o Japão que conhecemos, nesta base.

Aceitou ser aliado dos EUA na Ásia e se beneficiou dessa parceria para entrar com tudo no esquema “se mate de trabalhar para poder consumir”. E consuma tudo que puder de forma mais rápida possível.
O Japão não é o único país que reproduz essa lógica. Ao contrário.
Quase todos os países parecem dispostos a aceitar esse padrão desde que seja possível do ponto de vista econômico.
Dane-se a questão ambiental.
No Brasil de hoje este enfrentamento também faz parte da agenda, mas todo o esforço que se faz é para que ele se resuma a algo menor.
Mas voltando ao Japão, por incrível que pareça, no meio dessa devastação já há gente fazendo contas de quanto a economia de lá e também do resto do mundo pode vir a ganhar ou perder com a tragédia.
Mesmo que a catástrofe natural não tenha relação com isso – essa é uma questão pros cientistas debaterem – o caos que pode vir a matar milhares por conta das radiações da usinas nucleares têm.
O padrão de consumo imposto pela lógica deste capitalismo urubu nos obriga a ter de produzir cada vez mais energia para poder produzir cada vez mais bens de consumo.
E este debate não tem tido espaço na arena pública.
A pauta é contabilizar os mortos e a discutir os impactos da tragédia na economia global.
Sem trocadilhos, é o fim do mundo.

SOCIEDADES EM TRANSFORMAÇÃO.

Nesse cenário de apocalipse sem ensaio prévio observamos emissoras de tevê se desdobrando para levar, instante a instante, flagrantes de sociedades em vias de ruptura, civis transformados do dia para a noite em milicianos, engrossando as fileiras de contingentes paramilitares e dispostos a enfrentar – como é exatamente o caso da Líbia de Muammar Kadaffi – pesada artilharia aérea. É uma luta por demais desigual, como se o povo estivesse cansado de atuar como aquele boneco que se senta nas pernas do experiente ventríloquo, se revoltasse contra este e passasse a criar seu próprio número, articular sua própria fala, incitar seu próprio público contra seu mestre de tantos anos e de tantos desatinos.

Está claro que, por maior e mais intensa que seja a brutal repressão de governos desnorteados, longe de diminuir o ânimo e o entusiasmo das massas protestantes, atiçam o sagrado fogo do entusiasmo por mudanças para hoje, melhor, para ontem pela manhã. Uma coisa é certa: a paisagem do Cairo e de Trípoli jamais será a mesma e outras paisagens começam a se delinear no horizonte. Paisagens que não incluem apenas países pequenos e no mais das vezes periféricos – como o Bahrein, o Iêmen, o Marrocos – e que passam a incluir a Teerã do sanguinário Mahmud Ahmadnijad.

domingo, 13 de março de 2011

PREVENÇÃO DEVE SER CONSTANTE

Não importa a estação do ano, tampouco o fato de o tempo estar nublado ou o sol parecer “menos forte”. A exposição excessiva, em qualquer dessas situações, é danosa à saúde da pele. Portanto, cuidados preventivos como redução da exposição, visita ao médico e uso de protetor solar devem ser regulares, principalmente para pacientes com história prévia de carcinomas e receptores de órgãos (transplantados).

O câncer de pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil. Cerca 90% dos casos estão relacionados à exposição excessiva aos raios nocivos do sol. “Bronzeamentos artificiais em cabines que emitem radiação UVA e UVB também aumentam o risco”, garante a médica dermatologista Fernanda Fachinello.

COM A TERRA INDO PARA AS CUCUIAS PROCURAM UM NOVO PLANETA

A missão - A sonda Kepler foi lançada em março de 2009 e procura, principalmente, astros que estejam na chamada “zona habitável”, região que fica a uma distância suficiente do sol para permitir a existência de água e, portanto, vida. A Kepler já descobriu um novo sistema planetário e a existência de mais de 500 exoplanetas (localizados fora do sistema solar), que alimentam a esperança de encontrar vida extraterrestre. Segundo a Nasa, 54 deles estão na zona habitável e não são nem quentes nem frios demais para abrigar vida.
Que tal tentassem salvar a terra ao invés de procurar um novo lugar para destruir?

OLHAR E VALORIZAR A CRIAÇÃO TALVEZ SEJA A SOLUÇÃO

Cenas que, se multiplicam em todos os recantos do mundo envolvendo mares,montanhas e peixes, rios e bosques, animais e humanos e todas as espécies, diante das quais, “Deus viu que tudo era bom”. Dores de parto da criação não parecem diminuir. O que podemos fazer e como reagir a tanta fúria devastadora?

Creio que uma sugestão simples, ao alcance de todos poderá contribuir: “Olhe para a Criação!” Até os 25 anos, Francisco olhava, mas não via a beleza da criação. Passava pelos caminhos e neles via a si mesmo em busca de glórias humanas. Ao começar sua conversão, a raiz de seu olhar modificou. Não mais se via no centro de tudo, mas começou a situar o Criador como “meu Deus e meu tudo”. A partir do Criador, toda a criação começou a ser vista com o olhar ajustado, o olhar do coração.
Olhar para a criação é deixar de ser como o elefante no jardim que pisoteia sem dó nem piedade. Necessitamos resgatar o olhar do encantamento que brota da sintonia de um olhar original daquele que criou o mundo e o colocou a serviço da vida.

A COLÔNIA INVADE CIDADE (UM EXEMPLO A SER SEGUIDO)

Gramado se enfeita para receber as mais de 250 mil pessoas que devem participar da 21ª Festa da Colônia, que começou nesta quinta-feira 10 e se estende até 27 de março. Milhares de mudas de hortaliças, temperos e flores decoram a cidade, sinalizando o caminho até o Centro de Eventos ExpoGramado, que pela primeira vez sedia o evento.
O interior do município, com toda sua riqueza cultural e gastronômica, estará representado no ExpoGramado. Os visitantes poderão apreciar os jogos de bocha, mora e carteado; as bandas, corais e grupos folclóricos; os fornos de barro onde se prepara pães, cucas, biscoitos e carnes; artigos artesanais e todas as delícias da Feira de Produtos Coloniais, além dos restaurantes de cozinha alemã e italiana.
O desfile de carretas, na avenida Borges de Medeiros, também atrai grande público. As carroças puxadas por bois são enfeitadas com instrumentos de trabalho e produtos coloniais. Vestidos com roupas típicas, descendentes dos imigrantes mostram toda sua alegria com cantos e danças. Sucos, vinhos, pães e cucas são distribuídos para degustação. Os desfiles serão realizados dias 19 e 26 de março, a partir das 15 horas.
O espetáculo Origens conta a história da chegada da imigração alemã, italiana e portuguesa em Gramado, ao final do século XIX, em uma mistura harmônica de sons, danças, luzes e efeitos especiais. Apresentações dias 12, 19, 25 e 26 de março, às 20h30, por R$ 15. Na Cozinha da Nonna, as crianças podem, literalmente, “colocar a mão na massa” e participar da elaboração de deliciosas iguarias das colônias gramadenses.
A Festa da Colônia abre de segunda à quinta das 10h às 22 horas e de sexta a domingo das 10h às 23 horas. A entrada e o estacionamento são gratuitos.

PRODUTOR ORGÂNICO ADERE AO CADASTRO

Cerca de 10 mil agricultores que trabalham com produtos orgânicos estão regularizados desde o fim do ano passado, prazo dado ao setor para a adequação às regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo o coordenador de Agroecologia do Ministério, Rogério Dias, a expectativa agora é que até abril a base de dados do Cadastro Nacional de Orgânicos esteja disponível na internet. Segundo ele, o principal objetivo do cadastro é possibilitar o controle social da produção orgânica no país.
Através do cadastro do Ministério da Agricultura, o consumidor terá informações variadas sobre produtos e fornecedores de alimentos. Até o final do ano, deverão estar cadastrados todos produtores orgânicos, estimados em 15 mil - 80% familiares. Na produção orgânica, é proibido usar agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas, e os animais devem ser criados sem uso de hormônios de crescimento e outras drogas, como antibióticos. O agricultor regularizado obterá o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica, que o consumidor verá ao comprar esses alimentos e terá garantia de procedência.

A CRIAÇÃO GEME EM DORES DO PARTO

A ecologia é, hoje, possivelmente, a bandeira mais universal das bandeiras, assumindo contornos planetários. Inquilinos descuidados, maltratamos nossa casa, ameaçando a própria vida.

O problema é cada vez mais grave e, neste ano, a caminhada quaresmal alerta sobre a “Fraternidade e a vida no planeta”, e lembra: “A Criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). O parto é a hora decisiva de vida ou morte. Isso diz respeito a todos. É a nossa sorte que está em jogo. Em vez de morte, precisamos optar pela vida, pela Ressurreição.

ESPECULADORES DA FOME FAZEM O PREÇO OS ALIMENTOS AUMENTAR

Não são apenas más colheitas e mudanças no clima; especuladores também estão por trás dos preços recordes nos alimentos. E são os pobres que pagam por isso. Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores cuja especulação nos mercados financeiros globais causaram a crise das hipotecas de alto risco (sub-prime) são responsáveis por causar as alterações e a inflação no preço dos alimentos. A acusação contra eles é que, ao se aproveitar da desregulamentação dos preços dos mercados de commodities globais, eles estão fazendo bilhões em lucro da especulação sobre a comida e causando miséria ao redor do mundo.

SOBRE O VERBO: COMER.

Em meados de fevereiro, o Banco Mundial comunicou que devido ao incremento nos preços da comida, o número de famintos estava se aproximando do 1 bilhão, quando os últimos dados da FAO falavam em 925 milhões. Outras 44 milhões de pessoas estão atravessando a fronteira da extrema pobreza porque suas débeis economias familiares foram desestabilizadas pelos preços elevados da comida. A situação é gravíssima, mas os preços seguem aumentando e, em uma economia globalizada, fenômenos climáticos locais – tempestades na África, geadas no México, secas na China, etc. – se convertem em um quebra-cabeças mundial.Mas atenção, não se trata de um problema de escassez e os rugidos de 1 bilhão de estômagos vazios não são suficientes para que se dê o soco na mesa definitivo que ponha em seu devido lugar o mercado e os especuladores. Foram disparados muitos fogos de artifícios a título de boas intenções. Na recente reunião do G-20, por exemplo, falava-se de uma maior transparência nos mercados, limitação da especulação, melhor informação sobre os cultivos...Em resumo, nada que não tenha se ouvido antes e nada que não tenha resultado em nada, apesar de, no dia 17 de fevereiro, o Parlamento Europeus ter pedido ao G-20 “que se combata em escala internacional os abusos e manipulações dos preços agrícolas, dado que representam um perigo potencial para a segurança alimentar mundial”, além de reclamar “...a adoção de medidas dirigidas a abordar a excessiva volatilidade de preços...”. Enquanto se esperam novos dados sobre os preços da comida, a situação começa a ser sumamente asfixiante e pode derivar em uma crise pior que a de 2008. Por isso, a verborreia grandiloquente tornou-se dispensável e urgem soluções reais e efetivas, porque para a humanidade comer é um verbo e não um substantivo pomposo e demagógico.

AS CIDADES VÃO SE TORNANDO GIGANTES E AS PESSOAS CEGAS.

Para Kant, “o Homem ao tentar compreender a enormidade das grandes catástrofes, confronta-se com a Natureza numa escala de dimensão e força transumanas que embora tome mais evidente a sua fragilidade física, fortifica a consciência da superioridade do seu espírito face à Natureza, mesmo quando esta o ameaça”.
Nós temos limites evidentes de ocupação no planeta Terra. Não podemos ocupar o fundo dos mares, não podemos ocupar arcos vulcânicos, não podemos ocupar de forma intensiva bordas de placas tectônicas ativas, como o Japão, o Chile, a borda andina, a borda do oeste americano, como Anatólia, na Turquia”, observa o geólogo:Rualdo Menegat, professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituo de Geociências da UFRGS. Não podemos, mas ocupamos, de maneira cada vez mais destemida. O que está acontecendo agora com as usinas nucleares japonesas atingidas pelo grande terremoto do dia 11 de março é mais um alarmante indicativo do tipo de tragédia que pode atingir o mundo globalmente. O que esses eventos nos mostram, enfatiza Menegat, é a progressiva cegueira da civilização humana contemporânea em relação à natureza. A humanidade está bordejando todos os limites perigosos do planeta Terra e se aproxima cada vez mais de áreas de riscos, como bordas de vulcões e regiões altamente sísmicas. “Estamos ocupando locais que, há 50 anos atrás, não ocupávamos. Como as nossas cidades estão ficando gigantes e cegas, elas não enxergam o tamanho do precipício, a proporção do perigo desses locais que elas ocupam”, diz ainda o geólogo, que resume assim a natureza do problema:

"Estamos falando de 6 bilhões e 700 milhões de habitantes, dos quais mais da metade, cerca de 3,7 bilhões, vive em cidades. Isso aumenta a percepção da tragédia como algo assustador. Como as nossas cidades estão ficando muito gigantes e as pessoas estão cegas, elas não se dão conta do tamanho do precipício e do tamanho do perigo desses locais onde estão instaladas. Isso faz também com que tenhamos uma visão dessas catástrofes como algo surpreendente".














E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, QUIETINHOS!

É massivo o aumento do número de estudantes sem vaga nas escolas públicas do EUA. Em um dos condados da Flórida, esse número está aumentando de 15 a 30 alunos por dia.

Nossa resposta? Cortar os fundos orçamentários? Não há nenhum? Pois corte mais então.
 Muitos estadunidenses estão abrindo seus lares para dar abrigo a estas vítimas do livre mercado. Mas em sua maior parte, os principais meios de comunicação mantém-se distantes, o mais longe possível, destas histórias sobre a nova onda de insensibilidade nos Estados Unidos. Preferem se concentrar no preço da gasolina. A instabilidade na Líbia impulsiona a instabilidade em Wisconsin e naqueles Estados onde os governantes locais estão se mostrando incapazes de enfrentar as cargas de endividamento, tema que não frequenta as manchetes sobre temas da atualidade. Mas até quando? Quanto tempo levará para que nossos cristãos evangélicos que governam os Estdos Unidos,  respondam essas perguntas? Em que lugar da Bíblia estabelece-se o dogma de ter governos pequenos e limitados? Onde está escrito que é preciso baixar os impostos de especuladores financeiros?

TODOS MERECEM UMA CHANCE

O mundo gira, as pessoas mudam e nem sempre ficamos satisfeitos com os resultados, mas o pior de tudo é ser pego de surpresa, quando você acredita que está fazendo o seu melhor e o outro simplesmente não lhe dá nem a oportunidade de mudar. Foi isso que aconteceu com José Carlos, médico endocrinologista que pouco antes do Natal foi demitido sem maiores explicações. Com uma viagem marcada com a família, o sujeito embarcou em estado de choque, pois estava fazendo tudo certinho e, de repente, recebeu essa notícia sem explicação. A mesma surpresa desagradável e sensação de impotência aconteceu com Simone quando o namorado simplesmente tirou tudo do guarda-roupa sem se despedir deixando a casa em que moravam vazia. Será que essas pessoas não mereciam uma conversa prévia? Uma explicação?

Claro que sim. Todos merecem respostas, todos merecem feedback e orientações. Se você chefia pessoas, ou mesmo tem responsabilidades com amigos e familiares aprenda se colocar, e dizer o que pensa da forma correta sem magoar, mas colocando limites. Todos merecem uma segunda chance, uma nova oportunidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O CONSUMIDOR SEMPRE TEM RAZÃO.

Produtos pagos que não são entregues. Ou são entregues com defeito. Operadoras de telefonia e de banda larga que pegam o cliente em arapucas, vendendo velocidades que não entregam. Débitos indevidos lançados em contas de banco. Não há solução para os problemas relatados ou os prazos não são cumpridos. Colchões repletos de cupins, que levam o cliente, de colchão novo, a dormir no chão. Aparelhos de ar-condicionado que não funcionam.

Conclusão: a velha máxima de que o consumidor sempre tem razão, serve para quê?






A MÍDIA NÃO VÊ.

O Brasil é um país onde as grandes questões sociais chegam, quando chegam, com anos de atraso. O debate e as "lutas" do movimento negro parecem ter chegado ao Brasil com 50 anos de atraso e copiando um dos piores modelos do mundo no quesito das diferenças raciais: o modelo estadunidense, país no qual o racismo permanece vigente, mas com certa dose de anestesia sendo aplicada através de sistemas de cotas nas universidades, nas empresas privadas ou no fomento de políticas de discriminação positiva. Criticar o racismo de autores que não podem se defender, e cujas obras foram criadas em uma época nitidamente racista, é relativamente simples; o complexo é tentar combater o racismo e as desigualdades socioeconômicas gritantes do presente.
Grande parte da mídia nacional ignora o genocídio que acontece em "nosso quarteirão", mas não hesita em dedicar horas e mais horas, páginas e mais páginas, para "informar" sobre alguns crimes cometidos contra figuras midiáticas ou, principalmente, vítimas da considerada classe média. Essa atitude comunicacional é tão criminosa quanto o crime propriamente dito.

quarta-feira, 9 de março de 2011

KASSAB... JÁ OUVIU FALAR?

Faz meses que o nome do prefeito paulistano só aparece no noticiário associado à criação do novo partido, enquanto a cidade sofre toda ordem de flagelos, a começar pelas enchentes que se tornaram quase diárias.

Até aqui, só se falou de nomes de demos que podem seguir Kassab rumo ao novo partido, mas nenhuma palavra sobre programa, projetos para o país, propostas para melhorar a vida dos eleitores.
É tudo estranho, muito esquisito, como se um desses blocos de rua que pipocam no Rio de Janeiro resolvesse entrar, sem pedir licença, no meio do desfile das grandes escolas no Sambódromo
Sem espaço na aliança que o elegeu para ousar vôos maiores, como o governo do Estado, em 2014, e sem voz no comando do DEM, que ficou com os Maia e os ACM da vida, Kassab simplesmente resolveu criar um novo partido, já que a legislação não permite que ele procure abrigo em outro já existente.
Sem nenhum vínculo conhecido com qualquer organização social, sindicato urbano ou rural, movimento estudantil ou igreja, time de futebol, escola de samba ou o que seja, quem o novo partido vai representar? Em nome de quem ou do que o líder Kassab vai se apresentar ao distinto público?

COMO ENTENDER BERLUSCONI

Berlusconi é um político sem ideologia clara, ao contrário de Mussolini, um fascista repleto de leituras. Um bufão ignorante, num olhar mais crítico. Cabelo implantado, plásticas no rosto, todo o repertório do homem sem conteúdo. Você simplesmente não consegue enxergar Berlusconi com um livro. Mas, na bagunça política italiana, ele conseguiu projetar a imagem de um homem que faz, num universo de gente que grita, discute, mexe os braços e afinal não sabe para onde ir e por isso não faz nada. Acresce que não existe alternativa relevante.

Dizer que ele está no poder graças a suas empresas de mídia é uma simplificação. Em termos relativos, Roberto Marinho tinha muito mais mídia que Berlusconi. Ele se elegeria presidente? Governador? Prefeito? Vereador? Presidente do Flamengo? Murdoch tem um negócio várias vezes maior que o de Berlusconi, e você não consegue imaginá-lo eleito para nada.
Querer entender Berlusconi sem entender as peculiaridades da Itália e dos italianos é um exercício penoso, frustrante e inútil.

"VENEZUELA - UM VIZINHO DESCONHECIDO"

O título da série de reportagens é mais do que sugestivo: “Venezuela – um vizinho desconhecido”. Na verdade, o título bem poderia ser “um vizinho mal-conhecido”, pois os brasileiros, durante a última década, vêm recebendo, sim, freqüentes informações sobre o país, mas deturpadas.

A Globo, principalmente, vive apresentando matérias sobre a Venezuela. Todavia, são matérias que induzem a uma crença totalmente falsa sobre o país governado pelo presidente Hugo Chávez desde 1999, de que seria uma “ditadura” na qual o povo sofre.
Na série que a Record está apresentando, ainda que sem informações privilegiadas tenho certeza de que mostrará – como já mostrou alguma coisa nos dois primeiros capítulos – a imensa obra social que fez da Venezuela o país que mais avançou no IDH das três Américas na década passada.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A Igreja quer mobilizar fiéis sobre os impactos das mudanças climáticas e estimular ações práticas para preservar o meio ambiente. Com o tema Fraternidade e a Vida no Planeta, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje (9) a 48ª Campanha da Fraternidade, que pretende alertar os católicos para a gravidade das consequências do aquecimento do planeta.

No texto-base da campanha, a CNBB expõe as principais conclusões da ciência sobre as mudanças climáticas e a participação humana no problema, faz críticas ao modelo energético que ainda privilegia fontes fósseis – grandes emissoras de gases de efeito estufa, ao desmatamento e até ao agronegócio.

COMECE A SE MEXER HOJE. VIVA O PRESENTE

O amanhã é conseqüência do teu hoje, mas o teu hoje não necessariamente precisa ser conseqüência do teu ontem. A chave da mudança está em tuas mãos.

Se você não conseguiu até ontem mudar algo ou fazer algo que há muito tem buscado, o que lhe garantirá que conseguirá amanhã? Nada. A não ser que você mude o teu hoje.
Viva desde já aquilo que planejou para o amanhã - nem que sejam em tímidos passos. Mas, saiba que à medida que for andando, irá pegando cada vez mais confiança e logo estará voando naquilo que você entende ser o teu melhor, o melhor que DEUS planejou para a tua vida.
Vamos! Aja!
Hoje, o presente é uma dádiva...

KADAFI VAI AFOGAR O PAIS EM SANGUE

Não há chance. Kadafi cairá. O que ele pode fazer o adiar o desfecho e continuar afogando seu país em sangue. Age impunemente e sabidamente frente a inúmeras potências européias. Há muita retórica e pouca ação para impedir o massacre.

Várias razões explicam sua permanência provisória: seu despudor de matar, sem medo de ser julgado e o fato inegável de dispor de muito dinheiro na Líbia e espalhado pelo mundo.
Suas aparições revelam um personagem enlouquecido, sem qualquer amor pelos outros, facilmente manipulável. Acha-se um deus e, na verdade, apenas serve aos seus patrões ocidentais. Vivendo acima do real, ele acha que pode tudo e que é invencível.
Quem deseja que se prolongue a carnificina? A hipótese mais provável é que os países que não caíram por efeito de revoltas acreditam que estas mortes sejam uma ameaça gravíssima a quem quiser derrubar o seu governo opressor. Dentre eles, o mais rico é a Arábia Saudita, que deve estar torcendo por Kadafi. Isso é feito silenciosamente e não se sabe que tipo de ajuda presta ao velho ditador.
Ainda não é possível saber o efeito global destas mudanças. Mas elas são visíveis por toda parte. Os pobres e os miseráveis estão sendo um pouco melhor tratados e os atuais regimes estão preocupados. Sabem que não será mais tão fácil manter uma ordem repressiva, corrupta e manipuladora.

O FIM DA ERA DO PETRÓLEO

Qualquer que seja o resultado dos protestos, levantes e rebeliões que agora varrem o Oriente Médio, uma coisa é certa: o mundo do petróleo será permanentemente transformado. Considere tudo que está acontecendo agora como apenas a primeira vibração de um petro-terremoto que irá sacudir nosso mundo em suas bases.
Em outras palavras, para quem quiser traçar uma trajetória razoável para os atuais acontecimentos no Oriente Médio já há um esboço na parede. Como nenhuma outra região é capaz de substituir o Oriente Médio como principal exportador de energia do planeta, a economia do petróleo irá encolher - e com ela a economia do planeta como um todo..

Considere o recente aumento nos preços do petróleo apenas um tímido anúncio do petro-terremoto que está por vir. O petróleo não desaparecerá dos mercados internacionais, mas nas próximas décadas não irá mais alcançar os volumes necessários para satisfazer a estimada demanda global, o que significa que escassez será a condição dominante do mercado – mais cedo do que tarde. Apenas o veloz desenvolvimento de fontes alternativas de energia e a dramática redução do consumo de derivados de petróleo pode salvar o mundo das mais severas repercussões econômicas.

terça-feira, 8 de março de 2011

DILMA É DESTAQUE EM LISTA DAS MULHERES MAIS IMPORTANTES DO MUNDO

O jornal britânico The Guardian colocou a presidente brasileira Dilma Rousseff em sua lista das cem mulheres mais inspiradoras da atualidade, publicada nesta terça-feira.

Na lista, que publicada no Dia Internacional da Mulher, Dilma aparece na categoria “Política” ao lado de outras dez personalidades, como a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e a ativista birmanesa Aung San Suu Kyi.
O jornal descreve a presidente brasileira como “uma guerrilheira socialista adolescente que enfrentou prisão e tortura” e que é considerada uma “administradora dura e pragmática”.

BRASIL E SUAS DESIGUALDADES

Entre os 15 países mais desiguais do mundo, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Atenção: não confundir desigualdade com pobreza. Desigualdade resulta da distribuição desproporcional da renda entre a população.Para Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, no Brasil “o Estado joga dinheiro pelo helicóptero. Mas na hora de abrir as portas para os pobres, joga moedas. Na hora de abrir as portas para os ricos, joga notas de cem reais. É quase uma bolsa para as classes A e B, que têm 18,9% de suas rendas vindo das aposentadorias. O pobre que precisa é que deveria receber mais do governo. Pelo atual sistema previdenciário, replicamos a desigualdade.”

O mais desigual é a Bolívia, seguida de Camarões, Madagascar, África do Sul, Haiti, Tailândia, Brasil (7º lugar), Equador, Uganda, Colômbia, Paraguai, Honduras, Panamá, Chile e Guatemala.
A ONU reconhece que, nos últimos anos, houve redução da desigualdade no Brasil. Em nosso continente, os países com menos desigualdade social são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai.


A esperança é que a presidente Dilma Rousseff promova reformas estruturais, incluída a da Previdência, desonerando 80% da população (os mais pobres) e onerando os 20% mais ricos, que concentram em suas mãos cerca de 65% da riqueza nacional.

CONTINUAR CAMINHANDO...

A história humana não é feita pelos grandes sonhos, mas pelos que acreditam nos sonhos e comprometem-se a pagar o preço desses sonhos. Continuar caminhando, apesar de todas as dificuldades, é a marca dos heróis, gênios e santos. Continuar caminhando quando seria mais tentador e cômodo desistir é a marca das grandes personalidades. Ao abordar as epopeias portuguesas por mares desconhecidos, onde muitos morreram e outros fracassaram, o poeta Fernando Pessoa questiona: Valeu a pena? Ele mesmo responde: “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”.

Quanto mais escura a noite, mais agradável é crer na aurora. Quanto mais longo o inverno, mais desejada a aurora. Quanto mais doloroso o Calvário, mais é preciso apostar na manhã da Páscoa. Quanto mais dura a luta, mais doce a vitória.
 A noite mais escura esconde a aurora que, fatalmente, chegará

segunda-feira, 7 de março de 2011

- RETOMADA DE OBRAS NA REGIÃO

Estou reforçando o convite para a Audiência Publica com o Secretário Estadual de Infraestrutura e Logistica, "Beto Albuquerque".

Este evento é uma ação conjunta do Dep. Federal Bohn Gass, e dos Deputados estaduais Jeferson Fernandes, Gerson Burmann, Aloisio Classmann e Adroaldo Loreiro.
A Audiência será realizada nodia 14/03/2011 às 14horas, no auditório do Bloco C, do Campos da Unijui de Santa Rosa RS.
Confirmar presença até o dia 11/03/2011 através do e-mail dep.bohngass@camara.gov.br ou pelo telefone (61) 3215-5473

O FALADO BERLUSCONI.

Tentando  decifrar Berlusconi. A única coisa que sei é que ele, aos 70 e tantos anos, é louco por mulheres jovens.
Como todos os homens, excetuados os gays e os fanáticos por baralho ou por produtos da Apple.
Betsabá arrumou uma serva jovem para o marido Davi quando este estava velho. Era uma maneira de aquecê-lo.
Como não existem mais Betsabás e o mundo moderno pensa diferente, Berlusconi é crucificado. Seu crime — no campo sexual — é fazer o que todo homem normal gostaria de fazer.
O resto, ou muito do resto, é hipocrisia misturada com inveja.

SILVIO SANTOS ESTÁ COM PROBLEMAS PARA LEVANTAR DINHEIRO EM BANCOS

Segundo a reportagem, Silvio talvez tenha uma dívida com a Receita por conta da operação de salvamento do PanAmericano.
Ainda de acordo com o Estadão, empresas do Silvio precisam rolar uma dívida de R$ 600 milhões e 60% vencem em um ano.
É aqui que se torna complicado o refinanciamento.
Entre outros motivos por conta da falta de transparência que prevalece nas empresas do Silvio – como era o óbvio exemplo do PanAmericano

UM ATALHO CONTRA A FOME

A FAO calcula que cerca de 150 milhões de pessoas poderiam ser resgatadas da fome no planeta se as mulheres do campo desfrutassem o mesmo acesso à terra, crédito, insumos e tecnologia propiciado aos homens. Discriminação de gênero contraria evidencia milenar de que as mulheres são agricultoras tão boas quanto os homens

sábado, 5 de março de 2011

É CARNAVAL

Nem todo o brasileiro gosta de carnaval. Aliás, são muitos os brasileiros que não apreciam tal festejo, uma vez que ele deixou de ser uma manifestação cultural, e passou a ser um verdadeiro atestado de um comportamento irresponsável e, por vezes, animalesco. Para os que não gostam, a opção é apontar qualquer outro lugar no mapa e correr para lá, bem rápido.

Historiadores afirmam que o carnaval teve origem nos rituais para celebrações da fertilidade nas margens do Nilo, no Egito Antigo, há seis mil anos. Com o passar do tempo, essas celebrações evoluíram, adquirindo significados diferentes por todo o mundo. Tornaram-se mais artísticas, com bailes e desfiles alegóricos, e foram acrescentadas às festas as manifestações sexuais.
Segundo algumas teorias, a Igreja Católica proibiu, obviamente, essas manifestações sexuais - daí surge a palavra “carnaval”, que significa “carne levare”, ou seja, afastar a carne. Até hoje se leva em conta a celebração que antecede o período da quaresma como sendo o "último festejo profano". Na quaresma, os fiéis são convidados à abstinência dos prazeres da carne para se lembrarem da ressurreição de Jesus Cristo. Funciona mais ou menos assim: o indivíduo pratica toda a sorte de estupidez no carnaval e depois entra em estado de contrição a fim de preparar seu espírito para a Páscoa.

FALTAM CASAS OU PLANEJAMENTO?

 O número de imóveis desocupados atualmente no país pode abrigar a maioria da população sem teto, disse no sábado 26 a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à moradia Raquel Rolnik. Segundo ela, há cerca de 5 milhões de unidades vazias, quase o número estimado do déficit habitacional, de 6 milhões de moradias. “Será que a construção de casas é o nosso problema?”, perguntou Raquel ao participar da 3ª Jornada da Moradia Digna - O Impacto dos Megaprojetos e as Violações do Direito à Cidade, em São Paulo. Objetivo do evento era discutir a situação das famílias ameaçadas de despejo ou remoção por causa da preparação do país para sediar a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Raquel disse que famílias estão tendo áreas desapropriadas por valores insuficientes para comprar outro imóvel. Para ela, falta um planejamento mais estruturado de atendimento às famílias de baixa renda. É essa faixa da população, acentua, que mais sofre com as desapropriações. Segundo ela, famílias com ganhos mensais até três salários mínimos não têm obtido acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida.
Ela também defende a criação de espaços para essa população nas áreas mais desenvolvidas das regiões metropolitanas, onde há melhor infraestrutura, como escolas, hospitais. “Tirar as pessoas de onde elas vivem e colocá-las a 50 quilômetros de distância é alimentar a máquina de exclusão territorial e as ocupações em áreas de risco”. (Com informações da Agência Brasil)

O SIGNIFICADO DO NÚMERO 40.

Vamos fazer uma pequena viagem por passagens da Bíblia, para trazer esse entendimento:

- O dilúvio durou 40 dias e 40 noites.
- Aos 40 anos Moisés feriu um homem egípcio e teve de fugir. 40 anos mais tarde foi conduzido a ir libertar seus povo da escravidão egípcia. Recolheu-se no monte por 40 dias e 40 noites. Peregrinou com o povo israelita pelo deserto por 40 anos.
- Elias, o profeta, esteve por 40 dias na montanha.
- Jesus, antes de iniciar seu ministério, jejuou por 40 dias e 40 noites. Após sua ressurreição, ele ficou 40 dias com seus discípulos.
Segundo a história islâmica, Maomé, ou Muhammad, aos 40 anos fez um retiro espiritual em que recebeu sua incumbência divina.
Bom, o objetivo de trazer esses relatos à pauta é tão somente para destacar o número 40. O número 40 há milhares de anos foi utilizado para indicar um tempo de expectativa ou o tempo de DEUS. Portanto, podemos afirmar que a maioria dos relatos acima, se não todos, não duraram exatamente 40 dias, noites ou anos. Na verdade, o número é mais simbólico do que literal. Ou seja, quando vemos “40”, devemos entender que foi o período necessário entendido por DEUS.
Isso mesmo: o período se finda quando ELE vê que nos mostramos prontos, aptos, firmes e resolutos. O tempo DELE se dá quando entendemos todos os fatores envolvidos, todas as verdades apresentadas, quando somos conduzidos a ir além. Em outras palavras, o tempo de DEUS depende muito mais de nós do que DELE. Podemos acelerar o processo, como podemos ser causadores de uma longa espera.
Depende de nós.

VAI CONSTRUIR E PRECISA DE UM PROJETO?

O SAMBISTA SUMIU

"...O desfile das escolas de samba é uma criação popular, festa do povo. Durante muitos anos, o sambista é que chamava a atenção: Cartola, Paulo da Portela, Antenor Gargalhada. Hoje, o carnavalesco é que é o importante. A coisa é bonita, criativa, maravilhosa, mas perdeu a graça. O sambista sumiu. ..As escolas cresceram muito e o tempo de desfile não acompanhou. A multidão tem que andar depressa para não atrasar e perder pontos. Os compositores, o mestre de bateria, tiveram que acelerar o andamento. E o samba virou marcha... A dança, uma coisa tão linda, acabou. E o samba-enredo? Quem canta?'

terça-feira, 1 de março de 2011

OBAMA E OUTROS LÍDERES IMPERIALISTAS DE BOCA FECHADA.

O curioso neste momento é o silêncio de Obama, Kan, Merkel, Sarkozy e outros líderes com relação aos ataques à democracia na China. Antes, os países chamados comunistas eram a verdadeira encarnação do diabo para os líderes ocidentais. Após a ascensão econômica da China, agora, a ditadura burocrática chinesa tornou-se grande “amiga”. Não é necessário ser nenhum doutor em ciência politica para saber que o que se prepara na China é algo muito mais sangrento do que Khadafi está fazendo na Líbia.

E O PIOR: EU SOU UM DELES!

A obesidade atinge um em cada dez adultos no mundo, o dobro do índice registrado em 1980, segundo uma série de estudos publicados na última edição da revista médica “The Lancet”. O problema afeta, hoje, 500 milhões de adultos, a maioria mulheres. No Brasil, metade da população está acima do peso, sendo que 3,5 milhões são obesos mórbidos. O país já ocupa a 19ª posição no ranking mundial da obesidade masculina e a 15ª na feminina.