terça-feira, 1 de março de 2011

TODA A FAMA DO MUNDO ACABA ASSIM.

Na segunda-feira 14 de fevereiro, mais de 200 jornalistas de todo o mundo reuniram-se para ouvir do jogador Ronaldo o que todos já sabiam: estava abandonado o futebol. Ou melhor: admitia que o futebol o havia abandonado. Ele explicou numa frase: perdi para meu corpo. A decadência do craque era visível: gordo, trotava em campo e as pernas não mais lhe obedeciam. Finalmente assumiu a verdade e, de alguma maneira, voltou a ser livre.

Ronaldo Luis Nazário de Lima nasceu no Rio de Janeiro em 1976, mas foi no Cruzeiro de Belo Horizonte que ele se projetou a partir de 1993. O Brasil ficou pequeno e ele jogou nos maiores clubes europeus, acumulando verdadeiras fortunas. Casou e descasou, teve filhos fora do casamento, lesionou-se com gravidade muitas vezes e sempre ressurgia. Agora, porém, pendurou definitivamente as chuteiras. Mesmo assim não ficará no desamparo. Além de suas economias, vai continuar recebendo 16 milhões de reais por ano.
Esta é a lógica da vida: tudo passa. Morre o Papa, os grandes astros são superados, passam a beleza e a força do juventude, desaparecem os impérios. Nós também passamos, marcados que somos pela finitude. Um monumento, nome de praça, algumas linhas nos livros.., nada mais. O dramaturgo inglês Shakespeare aponta o final de todas as coisas: depois, apenas o silêncio.

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