terça-feira, 22 de março de 2011

ENSINE SEUS FILHOS A CONTEMPLAR A CRIAÇÃO.

Fala-se que no universo dos humanos há dois modos de relacionamento com as coisas criadas. Um é o modo da borboleta e do corvo que procuram situar sempre o pior, pousando sobre a decomposição e vivendo das coisas arruinadas. Esse é o jeito de quem percorre o espaço onde vive para pousar o olhar, o pensamento e o coração no lado errado da vida. Para esses nada está bem e nada vai melhorar! Se faz sol, lamenta-se o calor. Se chove, grita-se contra a umidade e o barro. No inverno, se fala mal do frio e seus efeitos prejudiciais à saúde e às plantas. No verão, o suor parece um castigo. Na primavera, se condena as alergias causadas pela floração. No outono, se cultiva o aborrecimento das folhas que caem.

Para a multidão dos pessimistas turvam-se os olhos; embarga-se a voz e amplia-se o coro dos que cantam hinos de lamentações. Esse tipo de doença do desencanto cria contágios tão negativos que parecem apressar o fim do mundo. Evidentemente, não podemos negar os cenários de morte e as ameaças ao planeta terra. Porém, não podemos paralisar os sonhos de que um outro mundo é possível. O mundo que saiu das mãos de Deus continua sendo mais esperança do que saudade.
“Contemple a criação” é um apelo urgente para todos, especialmente para as novas gerações expostas ao risco de se abstrair do mundo real para o mundo virtual. Continua tão importante aprender a pisar na terra, a tocar nas plantas, atravessar um riacho e ver animais vivos nos campos. Não há como não se encantar com a semente a germinar, com os botões se abrindo e com o milagre da vida nas crianças que nascem. Não há como ficar insensível diante dos pobres que se unem em mutirão para construir suas esperanças. “Para ver basta querer!”





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