quarta-feira, 16 de março de 2011

O CAPITALISMO JAPONES

O Japão virou o Japão que conhecemos, nesta base.

Aceitou ser aliado dos EUA na Ásia e se beneficiou dessa parceria para entrar com tudo no esquema “se mate de trabalhar para poder consumir”. E consuma tudo que puder de forma mais rápida possível.
O Japão não é o único país que reproduz essa lógica. Ao contrário.
Quase todos os países parecem dispostos a aceitar esse padrão desde que seja possível do ponto de vista econômico.
Dane-se a questão ambiental.
No Brasil de hoje este enfrentamento também faz parte da agenda, mas todo o esforço que se faz é para que ele se resuma a algo menor.
Mas voltando ao Japão, por incrível que pareça, no meio dessa devastação já há gente fazendo contas de quanto a economia de lá e também do resto do mundo pode vir a ganhar ou perder com a tragédia.
Mesmo que a catástrofe natural não tenha relação com isso – essa é uma questão pros cientistas debaterem – o caos que pode vir a matar milhares por conta das radiações da usinas nucleares têm.
O padrão de consumo imposto pela lógica deste capitalismo urubu nos obriga a ter de produzir cada vez mais energia para poder produzir cada vez mais bens de consumo.
E este debate não tem tido espaço na arena pública.
A pauta é contabilizar os mortos e a discutir os impactos da tragédia na economia global.
Sem trocadilhos, é o fim do mundo.

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