quarta-feira, 31 de agosto de 2011

LEITOR DO BLOG BOTA BOCA NO TROMBONE


Meu Caro Rui!



Sei que tu me conhece e que sabe o que eu penso.
Mas já estou me sentindo molestado por esta administração Municipal, nunca votei neste tal de Colato e o dia que só tiver este candidato, anulo meu voto, pois hoje estamos pagando por aquilo que não queríamos pagar.
Vou expressar minha opinião! Vejam Sr Rui!
Por que o Colato fala tanto na RS 305, assim como faz os meios de comunicação se comoveram, todos voltados para a 305!
Pergunto! como estão as nossas rua na cidade? quase intransitáveis, no posto industrial é um caos, a avenida Tucunduva é um caos, a rua Buricá trecho da Brahma até a Uruguai, é um deus nos acuda, a rua da delegacia é outra que na subida da Caixa D'água, ai fica fácil mostrar os problemas dos outros e deixar ou esconder o seu, concordo que a manifestação é ótima, mas antes de ficar pisando num governo que não tem um ano de administração, deveria mostrar para a população o que se pode fazer com 46 milhões de receita anual, devem estar guardando para a eleição do ano que vem.
A Nossa praça é um cartão postal,  e visualizamos seu apartamento, as vezes vejo o Sr. apreciando a Bela Praça que até dias atrás estava tomado por morcegos, até que nós ameaçamos chamar os órgãos públicos para sanar o problema, veja o que nos aconteceu, fomos até a Dona Emilia, que disse: não podemos fazer nada, pois os órgão ambientais nos multam, mas morcego não é um caso de saúde pública e não deveria ser tomado providência? É, mas não podemos fazer nada. Nem vou lê contar, mas não tem mais morcego, acabou...se benzimento acaba com morcego, estou pensando em fazer um benzimento para acabar com esta administração também.
Nem falei da saúde e da agricultura.
Mas gostei do Blogger, e vou enviar mais reclamações e sugestões.
Obrigado Irineu. Continue mandando a sua opinião. O Blog agradece.

FEINTECH REUNE COMISSÃO. TEODORO E SAMPAIO SERÁ O SHOW PRINCIPAL


A FEINTECH realizou na terça-feira, 31, uma reunião com todas as comissões da feira para discutir as ações de organização do evento que será realizado de 28 de fevereiro a 4 de março de 2012, no Parque Municipal de Eventos João de Oliveira Borges. Durante a reunião cada uma das comissões apresentou o que já está em andamento, destacando as principais atividades, bem como o planejamento de ações futuras e divulgação, à medida que o evento se intensifica.

A Comissão de Marketing e os representantes da Agência Soluty, de Santa Rosa, falaram sobre as peças publicitárias que estão sendo produzidas pela equipe, sendo que parte do material como folders e cartazes já estão sendo utilizados. Dentre as novas ações previstas estão a produção de um vídeo institucional da feira, a publicação de uma revista e os preparativos para o lançamento. Quanto a comercialização dos espaços, cerca de 80% das áreas internas e externas oferecidas já foram vendidos e o restante deve ser comercializado até o mês de outubro, conforme previsão da organização do evento.
A área da agricultura prepara o Dia do Agricultor com palestras tarde de campo, com demonstrações de pastagem, cadeia produtiva do leite, fenação, entre outros. Na educação, projeta-se um evento para abertura do ano letivo com oficinas e palestra sobre as tecnologias utilizadas em sala de aula para o processo de ensino-aprendizagem. O público poderá prestigiar também os shows da FEINTECH, sendo que já está confirmado um Show de Bandas na quinta-feira, e Teodoro e Sampaio como atração principal a ser realizada no sábado. Também no final de semana da feira, será realizado o 14º Jeep Country Internacional. Ainda, na programação, apresentações artísticas das invernadas do CTG Carreteiros do Horizonte, grupos das etnias, e diversos grupos e bandas locais e regional em um palco alternativo. O artesanato estará presente na Feintech com 20 barracas de artesãos horizontinenses.
A Feira de Tecnologia de Horizontina é promovida pela Mostra Agropecuária, Industrial e Comercial (MAPIC), Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (ACIAP), e Prefeitura Municipal de Horizontina.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

NÃO TENTE CONTROLAR SEU EGOÍSMO

Um dos grandes males da vida cotidiana é a maldita mania que o ser humano tem de sair estabelecendo julgamentos e penas em tudo o que vê.

Aferrado a códigos de conduta duvidosos e a visões estreitas de vida, o indivíduo tende a rotular e classificar tudo como "bem ou mal", "certo ou errado", "correto ou incorreto", "ético ou anti-ético". Determina vereditos e informa "penas".
Não se pratica a análise das razões. Pensa-se apenas em encaixar pessoas e condutas em uma das "formas" ou "caixinhas" usadas pelo determinado como "senso comum". Não se analisam as razões objetivas de comportamentos ou atitudes, mas sim condena-se ou absolve-se em um código politicamente correto bastante falho.
Muitas vezes, o que parece incompreensível ou absurdo torna-se bastante razoável quando observamos as condições existentes. A postura "incorreta" ou "inexplicável" pode ter todo sentido quando analisamos as causas que levaram àquela situação. Outras questões podem até ser incorretas segundo os códigos morais ou regimentais, mas tornam-se justificáveis - embora ainda incorretas - quando analisamos o quadro geral.
Um bom exemplo disto é a repercussão de casos judiciais rumorosos. A imprensa e a sociedade imediatamente condena ou absolve, sem esperar os trâmites necessários a um processo justo, tanto para quem acusa como para quem se defende.
Onde há julgamento, troque pela compaixão. Onde há hipocrisia, troque pela verdade. Onde há maniqueísmo, troque pela compreensão. Onde há condenação, troque pela solidariedade.

E, caro leitor, lembre-se que todos nós temos qualidades e defeitos. Não tente diminuir seus defeitos ou apontar os alheios: esmere-se em aumentar suas qualidades. Como uma vez ouvi de um grande amigo: "não tente controlar seu egoísmo; esforce-se para ser mais altruísta".




BOTA NEGÓCIO BOM NISSO.

Produção de uma tonelada de minério de ferro custa US$ 29 , a mesma tonelada rende US$ 180 dólares.Mineradoras pagam apenas 2% de royaltie; estão isentas de ICMS; não arcam com PIS-Cofins e na AM dispõem de dedução no IR. Governo quer elevar percentual de royalties para 4%.  Brasil exportou 311 milhões de toneladas de minério de ferro em 2010 lucro da Vale do Rio Doce foi de US$ 28 bilhões empresa foi privatizada em 2007 por US$ 3 bi, no governo FHC


FRÁGIL E INCONSISTENTE


A verdade é que a matéria sobre José Dirceu recoloca o jornalismo político brasileiro na Era da Pedra Lascada. Traz de volta os vídeos clandestinos, os arapongas, os dossiês secretos jogados no colo de jornalistas ditos “investigativos”.
José Dirceu, mesmo sem cargo ou mandato parlamentar, suspeito de integrar um grupo que está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal, é um dirigente nacional do partido que ganhou as eleições para a Presidência da República, é também um consultor/lobista. Pode alugar um andar inteiro num hotel dez estrelas em Brasília ou Luanda e nele receber legiões de correligionários, clientes e amigos. Não há nada de ilícito ou malfeito (para usar o dernier-cri dos substantivos).
O texto inteiro de Veja, da primeira à última linha, é customizado, adaptado para servir à tese de que o ex-chefe da Casa Civil está conspirando contra a sua sucessora, atual presidente da República. Não há evidências, apenas insinuações, ambigüidades, gatilhos.
Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, é amigo pessoal de Dilma Roussef, não poderia conspirar contra ela. José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras cujo maior acionista é o governo, não enfrentaria o seu maior eleitor quando reiniciar sua carreira política. Delcídio Amaral é um petista light, quase-tucano.
A lista dos “conspiradores” é frágil e as possíveis motivações, inconsistentes. O conjunto é disparatado, não faz sentido, carece de lógica. Mesmo enquanto ficção.




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A PATAQUADA DA SEMANA


A Pataquada da semana vai para o grupo de senadores que decidiu apoiar, entre parênteses, Dilma na luta contra a corrupção. Repito: entre parênteses. Quem sobe ao palco para receber o prêmio é o senador Pedro Simon, do PMDB, o líder do movimento.

Quem acredita que o propósito desses senadores é genuinamente purificador acredita em tudo, para repetir a frase de Wellington. Mais que sinceridade, o que existe é uma quantidade colossal de demagogia eleitoreira e oportunismo cínico.
Falta aos senadores – e aos políticos, de modo geral — autoridade moral para comandar uma cruzada anticorrupção. Até porque está neles, políticos, o principal foco de corrupção. Veja o que acontece nestes dias na Índia, por exemplo. Há ali, conforme já escrevi mais de uma vez no DCM, uma campanha intensa para debelar a corrupção. O líder é um ativista social, Anna Hazare – um homem sem posses e com uma formidável autoridade moral, fruto de uma vida inteira dedicada aos pobres. E vital: ele não pertence a partido nenhum. Vi, hoje, a foto de um indiano que tinha uma faixa na cabeça na qual estava escrito o seguinte: “A Índia é Anna e Anna é a Índia”.
Não temos, lamentavelmente, nenhum Anna Hazare.
Mas podemos, sim, aproveitar suas idéias. A principal delas: a formação de um grupo independente — Lokpal — que investigue e combata os corruptos. Esse grupo representa, na essência, a sociedade – e não políticos ou partidos. Hazare fez um grande estardalhaço, recentemente, quando soube que o governo pretendia deixar o primeiro-ministro e o judiciário fora do alcance do comitê. Entrou numa greve de fome da qual só saiu quando lhe disseram que ninguém estará acima das investigações.
O Brasil precisa de algo assim como o Lokpal idealizado por Hazare.
Conclamações como a de Pedro Simon são apenas jogos de cena. Melhor: pataquadas.




O FUTURO DA LIBIA, por Latuf

INVASÃO DE PRIVACIDADE

De tal maneira invadiram nossa privacidade que precisamos tomar cuidado com nossos cartões de crédito, RGs, celulares, computadores e tudo aquilo que possa nos identificar contra nossa vontade. Habitue-se a não dar nenhum dado pessoal, se possível nem mesmo nas lojas. Não distribua sua identidade. Não dê seu nome se não for absolutamente necessário. Caso contrário, seu nome entrará para uma lista indesejada, manipulada por pessoas indesejáveis que, contudo, desejam seu dinheiro ou vão usar de chantagem contra você.
Não assine seu nome em qualquer lugar e em qualquer papel e não o dê a qualquer pessoa. Milhares de pessoas hoje estão pagando um alto preço por ingenuamente terem dado seu CPF, RG, nome, endereço, telefone... a quem depois armou-lhe uma cilada.
Desconfie até das grandes corporações e das empresas que querem os seus cadastros. O governo está obrigado a sigilo, mas nem ao governo se devem dar todos os dados. O funcionário que exigir de você dados aos quais o governo não tem direito pode perder o emprego.
Infelizmente, acabou a privacidade. Esse é um mundo onde todos bisbilhotam todos e onde até as brincadeiras inocentes que você diz ao telefone são gravadas. Amanhã podem servir de arma contra você. Use o telefone com sisudez e seriedade e de maneira estritamente necessária.
Pode parecer histérico, mas é uma atitude inteligente. Infelizmente, a individualidade hoje corre sérios riscos. Preserve a sua.





A IMPORTÂNCIA DAS PARTES

Um casal de agricultores, em tempo de calamidade em sua lavoura por causa da seca de janeiro, decidiu sair e visitar pela primeira vez a praia. Carregando consigo o cenário da aridez de sua terra, a tristeza da falta de água em suas fontes, foi se aproximando do litoral. Sem deixar as preocupações de sua casa, o casal ia imaginando o encontro com o mar pela primeira vez. A novidade que esperavam ia diminuindo a angústia da seca de sua terra.
Finalmente, ainda de longe o casal avistou um horizonte diferente e sem limites. Para quem sempre viveu entre horizontes limitados pelas montanhas, um cenário assim só podia propiciar uma sensação curiosa e deslumbrante. A proximidade do mar, o dinamismo das ondas e o barulho deste movimento levou o casal a silenciar por alguns instantes, como quem não tivesse mais nada a dizer, a não ser curtir o choque da surpresa.
Deixando o carro na praia, eles foram se aproximando das águas, em silêncio, deixando-se tocas pelas ondas que chegavam à margem. O marido exclamou: “Lá em casa falta água e aqui está sobrando! Nossas fontes estão secando e aqui o mar transborda”. A esposa também se animou a falar: “Lá em casa, nesta seca, até uma gota de água é importante, mas aqui há tanta água que nenhuma gota é importante!” O marido olhou para a esposa e disse: “Você sabe que o mar também é feito de gotas!” E ali a conversa levou o casal a um longo diálogo contemplativo.
Em tempo de seca, até uma gota de água pode garantir a esperança de uma chuva fecunda. Quando se apagam as luzes, a chama de uma pequena vela pode nos salvar de um acidente. Quando nos pomos a caminho, cada passo nos ajuda a chegar. Quando programamos um dia, cada segundo garantirá o minuto, cada minuto vai compondo uma hora e cada hora vai tecendo esse dia. Ao construirmos um edifício, cada tijolo vai compondo o projeto a ser habitado.

Se o todo de todas as coisas proclama a importância das partes, assim também um projeto de vida chama a valorizar e iluminar a dignidade e a grandeza dos atos e dos fatos, das decisões e realizações que vamos fazendo acontecer no dia a dia da vida. Aqui vale a sabedoria de Madre Tereza de Calcutá, que costumava dizer: “Não nos é comum fazer grandes coisas, mas todos os dias podemos fazer as pequenas coisas com grande amor”.
Certamente seremos bem mais felizes e viveremos com mais alegria se conseguirmos contemplar o mar a partir de cada gota que o compõe. Nosso viver vai engrandecendo o seu todo na medida da grandeza que dermos às pequenas coisas que vão tecendo o nosso dia a dia.







RODA DA FORTUNA I

Oque distingue a modernidade das épocas anteriores é a nossa capacidade de criar e destruir, destruir e criar, sempre em busca de algo novo e melhor. Já não há durabilidade. Objetos que, numa mesma família, acompanhavam gerações, passavam de avós a filhos, netos e bisnetos, já não existem. A era dos museus de antiguidades terminou. Já não haveria suficiente espaço para abrigar tantos modelos de carro que se sucedem, ou gerações de computadores que surgem de um semestre ao outro.

O processo de obsolescência não atinge apenas objetos. Influi também na cultura e no comportamento. Por que devo conservar e ser fiel, hoje, a princípios e valores que me norteavam ontem? Ontem me convinha sonhar com um mundo mais justo, manter uma atitude ética que diferia daqueles que me serviam de antimodelos e eram meus potenciais inimigos.
Agora o mundo mudou, e eu com ele. Meu idealismo também se tornou obsoleto. Já não bafeja a minha vaidade, nem me traz vantagens. Findou o mundo em que havia heróis, modelos a serem seguidos – Gandhi, Mandela, Che. Hoje os paradigmas são pessoas de sucesso no mercado, celebridades, essa gente bonita e rica que ostenta luxo, esbanja saúde e ocupa sorridente as páginas das revistas de variedades.
Que vantagem levo ao arrastar para a pós-modernidade um mundo obsoleto que ninguém mais admira nem quer ouvir falar? O Muro de Berlim ruiu, os éticos não amealharam fortunas, os antigos valores soam agora como bregas, ultrapassados. Pobre de mim se insisto em me manter apegado a eles! São todos obsoletos.


RODA DA FORTUNA II

Vivemos agora no novo mundo em que tudo é continuamente deletável e descartável. Do meu computador ao carro, do estilo de vida à arte, tudo que é in hoje será out amanhã. Resta-me manter atento nesse esforço permanente de atualização. E não me cobrem coerência! Se minha própria aparência física sofre frequentes modificações por força de malhações e tratamentos estéticos, por que minha identidade deve permanecer imutável?

Sim, ontem eu me alinhava ideologicamente à esquerda, assumia a causa dos oprimidos, engajava-me em protestos, expressava a minha indignação frente a esse mundo injusto. Ora, ninguém é de ferro! Se ouso mudar minha aparência para manter-me eternamente jovem e sedutor, por que não haveria de também mudar minha postura ideológica, meus princípios e ideais de vida, de modo a não perder o bonde da contemporaneidade?
Bem sei: a cabeça pensa onde os pés pisam. Conheço antigos companheiros – eles também obsoletos – que não tiveram a mesma sorte que eu e continuam a lidar com o calvário de pagar contas e aluguel, conservar o velho carro. Entendo que ainda conservem valores obsoletos e sonhem com um outro mundo possível.
Comigo, felizmente, a vida foi generosa. Graças àqueles princípios obsoletos, alcei funções de poder, destaquei-me do vulgo, adquiri prestígio e visibilidade. Troquei de moradia, guarda-roupa e mulher. Passei a dispor de uma conta bancária que engorda mês a mês e me permite desfrutar de prazeres jamais sonhados anos atrás. Hoje sou amigo, e até parceiro, de muitos que ontem eram meus inimigos e alvos de minhas contundentes críticas.
Isto é obvio: o mundo gira e a lusitana roda. Não posso correr agora o risco de despencar dos píncaros que alcancei após árdua escalada e retornar à vida anônima castigada por dívidas e dificuldades. Se perco a minha posição social, se retorno ao mundo obsoleto, como haverei de manter meu confortável padrão de vida, o sítio, a casa de praia, as férias no exterior, a troca anual de carro? Como haverei de propiciar a filhos e netos o conforto que jamais tive na infância e na adolescência?
A vida dá voltas, e é preciso, nesse mundo de competitividade, ter sempre à mão o Manual de Sobrevivência na Selva. Esforço-me para, na disputa feroz por um lugar ao sol, não me tornar, também eu, um ser descartável, deletável, obsoleto.
Cultivo hoje a meridiana clareza de que só vale a pena sofrer riscos quando se vive uma vida medíocre, anódina, de gado no rebanho. Agora que alcancei a singularidade nesse mundo de anônimos, e me tornei uma pessoa diferenciada do vulgo, só me resta estar atento para não me tornar também um ser obsoleto.
Não devo mais olhar para o passado, onde jazem esquecidos meus ex-heróis, nem para o futuro, como se ali houvesse um ideal histórico. Basta-me olhar para dentro de mim mesmo e saber explorar ao máximo o que tenho de melhor: a astúcia de minha inteligência, a força de minha vontade e o poder de traficar influências.










quinta-feira, 25 de agosto de 2011

EM BREVE PODERÃO SER 400 MIL CRIANÇAS ASSIM. ACORDA MUNDO INGRATO!


A foto do jornal me causou horror. A criança somali lembrava um ET desnutrido. O corpo, ossinhos estufados sob a pele escura. A cabeça, enorme, desproporcional ao tronco minguado, se assemelhava ao globo terrestre. A boca – ah, a boca! – escancarada de fome emitia um grito mudo, amargura de quem não mereceu a vida como dom. Mereceu-a como dor.

Ao lado da foto, manchetes sobre a crise financeira do cassino global. Em dez dias, as bolsas de valores perderam US$ 4 trilhões. Estarrecedor! E nem um centavo para aplacar a fome da criança somali? Nem uma mísera gota de alívio para tamanho sofrimento?
Tive vergonha. Vergonha da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que reza que todos nascemos iguais, sem propor que vivamos com menos desigualdades. Vergonha de não haver uma Declaração Universal dos Deveres Humanos. Vergonha das solenes palavras de nossas Constituições e discursos políticos e humanitários. Vergonha de tantas mentiras que permeiam nossas democracias governadas pela ditadura do dinheiro.
US$ 4 trilhões derretidos na roleta da especulação! O PIB atual do Brasil ultrapassa US$ 2,1 trilhões. Dois Brasil sugados pelos desacertos dos devotos do lucro e indiferentes à criança somali.
À criança faltou o mais básico de todos os direitos: o pão nosso de cada dia. Aos donos do dinheiro, que viram suas ações despencarem na bolsa, nenhum prejuízo. Apenas certo desapontamento. Nenhum deles se vê obrigado a abrir mão de seus luxos.
Enquanto isso, a criança somali terá sua dor sanada pela morte precoce. E a Somália se multiplicará pelas periferias das grandes metrópoles e dos países periféricos afetados em suas frágeis economias.

Ora, deixemos o pessimismo para dias melhores! É hora de reacender e organizar a esperança, construir outros mundos possíveis, substituir a globocolonização pela globalização da solidariedade. Sobretudo, transformar a indignação em ação efetiva por um mundo ecologicamente sustentável, politicamente democrático e economicamente justo.









OS BILIONÁRIOS FICARAM MALUCOS QUEREM PAGAR MAIS IMPOSTOS.

Os bilionários ficaram malucos? Ou está se propagando entre ele uma crise de consciência global? Ou ainda: eles começam a ver que toda a sua fortuna de nada valerá num planeta arruinado?

Tais questões me ocorreram depois de saber que 16 multimilionários franceses publicaram uma carta num jornal na qual pedem que o governo cobre mais impostos deles. Diz um trecho da carta: “Num momento em que o déficit das contas públicas e o agravamento das dívidas do Estado ameaçam o futuro da França e da Europa, num momento em que o governo pede a todos solidariedade, nos parece necessário contribuir.”
Vejo entre os signatários figuras do porte de Liliane Bettencourt, a ocotogenária e controvertida dona da L’Oreal. É bom saber que ela está disposta a sacrificar parte de sua fabulosa riqueza pela sociedade em vez de passar dinheiro a um fotógrafo espertalhão que se insinuou em seu coração, para desespero de sua filha – que foi à justiça para interditar a mãe, num caso que chocou e comoveu os franceses.
Mas enfim.
É o segundo gesto do gênero em pouco tempo entre os bilionários. Pouco antes, num artigo publicado no New York Times, o investidor americano William Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, pedira também mais imposto para ele e seus colegas. “Parem de mimar os superricos” era o título do artigo de Buffett. Ele ponderou que, proporcionalmente, paga menos impostos – 17,4%, na última vez — que a maior parte dos assalariados.
“É bom ter amigos em postos importantes”, ironizou ele. A referência era aos congressistas de Washington, que aliviaram consideravelmente a taxa tributária dos milionários americanos nos últimos anos. Buffett lembra um argumento sempre usado para esse tipo de coisa: se o capital for taxado em demasia, foge. Buffett diz que jamais pensou em fugir com os impostos do passado, bem maiores – e mais adequados, segundo ele – que os atuais.
Movimentos dessa natureza devem ser saudados. Não faz sentido um mundo em que a fome da Somália conviva com quantidades obscenas de dinheiro nas mãos de um pequeno grupo que deve boa parte do patrimônio aos “bons amigos’, para usar a expressão buffettiana.
Penso no Brasil.
E só me ocorre, na direção oposta, num triunfo da vaidade caipira e do egoísmo deslumbrado, Eike Batista proclamando pateticamente que seu sonho é ser o homem mais rico do mundo.



O MEDO SEMPRE PRESENTE. VIVER ASSIM DEVE SER HORRIVEL

O terremoto de magnitude 5,9 que atingiu o Estado norte-americano de Virgínia,às 13h51, e foi sentido em boa parte da costa leste da América do Norte gerou momentos de pânico nos habitantes da capital dos EUA, Washington. Isso porque, embora a cidade sofra com a ocorrência de pequenos furacões, os tremores de terra são esperados do outro lado do país, na costa oeste.

Por essa razão, a suspeita imediata da maior parte da população que sentiu o chão tremer sob os pés era de que o fenômeno se tratava, na verdade, de um novo atentado contra a capital norte-americana.
"Pensei que fosse um ataque terrorista. Deixei meu cliente na mesa de massagem e corri para as escadas", lembra a massoterapeuta Eryn Lee, que estava em plena jornada de trabalho, no centro da cidade, quando sentiu os tremores.
Para quem mora nos EUA, tornou-se um fato cotidiano viver sob a ameaça do terror após o 11 de Setembro de 2001, quando um avião controlado por terroristas atingiu um dos lados do edifício do Pentágono.







ORIENTE MÉDIO: O MITO DO EFEITO DOMINÓ

Os potentados e tiranos árabes sobreviventes passaram uma segunda noite de insônia. Em quanto os tempo os libertadores de Trípoli se metamorfosearão nos libertadores de Damasco, Alepo e Homs? Ou de Amã? Ou de Jerusalém? Ou de Bahrein ou Riad? Não é a mesma coisa, claro.

A primavera-verão-outono árabe não só demonstrou que as velhas fronteiras coloniais permanecem invioladas – espantoso tributo ao imperialismo, suponho -, como também que cada revolução tem características próprias. Isso já foi dito por Saif Kadafi no princípio de sua própria queda: “A Líbia não é a Tunísia...será uma guerra civil. Haverá banho de sangue nas ruas”. E assim ocorreu.
Todo líder árabe não eleito – ou qualquer líder muçulmano eleito via fraude – deve ter pensado nesta voz. A sabedoria é, sem dúvida, uma qualidade muito ausente no Oriente Médio; a previsão, uma habilidade que os árabes e o Ocidente desprezaram. Oriente e Ocidente – se é que é possível fazer uma divisão tão crua – perderam a capacidade de pensar no futuro. As próximas 24 horas é tudo o que importa. Ocorrerão protestos amanhã em Hama? O que dirá Obama no horário nobre de televisão? O que dirá Cameron ao mundo?

As teorias do efeito dominó são uma fraude. A primavera árabe durará anos. É melhor pensarmos nisso. Não há um fim da história.






A CABEÇA DE KADAFI E A OBSESSÃO MÓRBIDA PELA LIQUIDEZ

A cabeça de Kadafi é uma guerra pequena para o porte da crise que paralisa a respiração da economia mundial. No colapso de 29 foi preciso um conflito planetário para reativar recursos e forças produtivas empoçados na economia. A reconquista do petróleo líbio e a reconstrução do país dão esperança de oxigênio para alguns países, como França e Inglaterra que lideram o ataque da Otan. Mas é bule pequeno para o tamanho da boca recessiva. Todas as atenções dirigem-se à próxima 6ºfeira, dia 26, quando o BC norte-americano , o Fed, realiza um encontro anual em Kansas City. Mas o que os EUA --fiscalmente anulados pelo Tea Party-- ainda podem fazer pela reativação do crescimento? O efeito da dúvida tem gerado desdobramentos preocupantes. A crise agiganta aquilo que Keynes considerava o principal inimigo do investimento produtivo indispensável ao crescimento estável: 'a obsessão mórbida pela liquidez'. O temor de uma recessão com eventual quebra de bancos e países empurra capitais ariscos à busca de abrigo em títulos públicos do EUA. Mesmo a juro zero, esses papéis se mostram mais confiáveis do que as demais opções disponíveis no planeta. Bancos dos EUA tem US$ 1,6 trilhão estocados em caixa ou em papéis do Tesouro.Empresas podem ter outro tanto. Não investem em negócios produtivos, assim como bancos não emprestam à consumidores endividados, sem folga no orçamento. Colocar dinheiro a juro zero é o mesmo que guardar capital em caixa de sapato. Bancos e grandes corporações acham preferível aos riscos visíveis num horizonte de mais recessão e agravamento fiscal, sobretudo na periferia da UE. Desde maio, fundos norte-americanos reduziram em 20% suas aplicações em títulos de bancos europeus, pondo em xeque a solvência dessas instituições. A depender da conversa de Ben Bernanke na 6º feira, a revoada discreta pode se transformar em debandada fatal. A quebra de um banco na área do euro poder servir como uma espoleta com potencial destrutivo equivalente à falência do Lehman Brothers, em 2008, marco bancário da crise mundial. A cabeça de Kadafi não tem sequer o potencial simbólico de Bin Laden. Morto pelos EUA em maio, elevou em 11 pontos a popularidade de Obama (56%). Durou pouco. Em 5 de junho, a crise e o desemprego reduziam esse cacife para 50%; em 29 de julho ele desceria para 40%.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CANCER DE PROSTATA: UM ALERTA AOS HOMENS


O câncer de próstata aterroriza muitos homens. Acomete aqueles com mais de cinquenta anos de idade. Há alguns fatores de risco como: idade, história familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos sessenta anos de idade, dieta rica em gordura e pessoas com pele negra.
O desenvolvimento da doença é silencioso.
Muitos pacientes não apresentam sintomas e quando apresentam se manifestam como dificuldade ao urinar e freqüência urinária aumentada durante o dia ou durante à noite. Em uma fase avançada o paciente pode ter dor óssea e até insuficiência renal.
O diagnóstico pode ser clínico através do toque retal, que deve ser feito em todos os homens a partir dos 50 anos com o urologista. Outro exame é a dosagem do PSA, que é o antígeno carcinogênico prostático, que pode sugerir a realização de uma ultrassonografia pélvica ou trans-retal. Essa ultrassonografia pode revelar a necessidade de realização de uma biópsia.
O tratamento do câncer de próstata depende do estagiamento clínico.
Para doença localizada, se indica cirurgia e radioterapia. Para doença avançada, cirurgia, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. A escolha deve ser individualizada e realizada, a critério médico do especialista - que é o urologista.
Os homens brasileiros devem quebrar o tabu e realizar o toque retal com mais freqüência, a fim de que seja detectado precocemente o câncer de próstata e também para que se possa prevenir a doença, que é um dos tumores mais comuns no sexo masculino.
O câncer de próstata é uma ameaça ao sexo masculino que deve ser combatida com prevenção.

ATENÇÃO SENHORES PAIS: O COLESTEROL PODE ESTAR NO DNA

Foi-se a época em que criança gordinha era sinal de saúde. Já é de conhecimento geral que a obesidade pode atingir os mais novos, elevando os níveis do colesterol, um grave fator de risco para doenças cardiovasculares. Agora, o que os pais precisam saber é que crianças e adolescentes magros também podem ser suscetíveis a esse mal. Segundo o cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, em crianças e adolescentes magros a dislipidemia, que é o aumento do colesterol e dos triglicerídeos no sangue, quase sempre é decorrente de doenças genéticas, como a hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HF) ou a hiperlipidemia familiar combinada (HFC). “A HFC acomete cerca de um em cada 20 pacientes jovens infartados. Já a HF afeta uma em cada 500 pessoas da população geral, mas na família acometida pela doença a prevalência é de um em cada dois indivíduos deste núcleo familiar”, informa o médico, coordenador do Programa de Rastreamento Genético para HF, o HiperCol Brasil, do Instituto do Coração (Incor) da Universidade de São Paulo.
Conforme Santos, a hipercolesterolemia familiar se caracteriza por níveis de colesterol no sangue de duas a quatro vezes acima do considerado normal. “Se não for tratada precocemente, a doença pode levar 50% dos homens e 20% das mulheres a ter infarto antes dos 50 anos, com possibilidade altíssima de óbito ou de comprometimento da qualidade de vida”, declara o cardiologista. “O problema é de tal forma preocupante que somente 20% dos homens com HF chegam aos 70 anos de idade”, completa.
Apesar do risco da doença, ela ainda é pouco conhecida pela população e até mesmo pelos profissionais da saúde. Um estudo feito em 14 países mostrou que apenas 20% dos pacientes com HF são diagnosticados, 16% usam medicamentos e apenas 7% estão em tratamento adequado para controle da doença. No Brasil, não há estudos específicos sobre o colesterol elevado de origem familiar.
O problema é que o colesterol alto não apresenta sintomas. A pessoa não sente dor nem malestar, até que, um dia, o coração falha, o cérebro sucumbe e as artérias de todo o organismo estão comprometidas pelo processo da aterosclerose. Por este motivo, sempre é recomendável que, além de manter o peso em níveis ideais, crianças a partir de 10 anos verifiquem o colesterol para evitar complicações futuras. “Em crianças que possuem histórico de doenças cardíacas precoces na família (geralmente antes dos 55 anos em familiares de primeiro grau) ou colesterol alto, a medição do colesterol deve ser feita logo aos dois anos de idade”, alerta Santos.
Ao contrário do que acontece com a maioria das doenças genéticas, a hipercolesterolemia familiar tem tratamento eficaz, com mudanças de hábitos de vida, principalmente no que se refere à dieta e à atividade física, e, às vezes, uso de medicamentos. “Com essas medidas, pode-se reduzir em até 60% o risco de incidência de infarto e em 30% a possibilidade de morte por problemas cardiovasculares nesses pacientes”, diz Santos Filho. “A influência genética é um risco maior, mas reversível”, pondera.
O médico esclarece que, na maioria dos casos, a dislipidemia na infância e adolescência deve ser tratada com mudança nos hábitos alimentares e atividade física. Porém, a necessidade de tratamento medicamentoso sempre é ponderada pelo médico. “Não há dúvidas de que a redução do colesterol com o uso de estatinas é uma das armas mais eficientes para evitar a doença aterosclerótica. Entretanto, somente o médico pode avaliar em qual situação se deve iniciar o tratamento farmacológico para o controle das dislipidemias em crianças e adolescentes”, conclui.



AH! SE ARREPENDIMENTO MATASSE!

Ah! Se arrependimento matasse! Tenho quase certeza que a humanidade estaria extinta! Quem um dia não se arrependeu de erros que cometeu e teve aquela enorme vontade, que vem da alma, de que o tempo voltasse e que a história pudesse ser escrita de uma forma diferente?

Existem fatos que permanecem em nossa mente, pulsando diariamente como se tivessem acontecido ontem e tem aqueles que ficam em nosso subconsciente e fazem com que situações repetitivas aconteçam na tentativa de reparar o que foi feito um dia.
Estes erros que pulsam de maneira consciente ou inconsciente em nossas vidas fazem com que o negativo venha junto, pois os questionamentos internos tendem para esta frequência. Sempre nos lembramos de uma forma ruim do que aconteceu e a sensação de não poder modificar aquele passado muitas vezes causa arrependimento e culpa, quando não traz também mágoas e decepções.
Fazer uma lista dos erros cometidos pode, em um primeiro momento, parecer algo estranho em sua vida e sem sentindo, porém, ele lhe levará a evitar vícios de comportamentos, fará com que você evite situações que lhe proporcionem a chance de cometer tais erros, pois, você os estará trazendo para a consciência.
Esta iniciativa de escrever os erros que já cometeu fará com que você exima de culpa as pessoas à sua volta e tenha plena certeza que o único responsável pela sua vida e pelas situações que atrai é você mesmo.




AS FORMAS DE EXCLUSÃO

Afunilando as muitas análises feitas acerca do complexo de crises que nos assolam, chegamos a algo que nos parece central e que cabe refletir seriamente. As sociedades, a globalização, o processo produtivo, o sistema econômico-financeiro, os sonhos predominantes e o objeto explícito do desejo das grandes maiorias é: consumir e consumir sem limites. Criou-se uma cultura do consumismo propalada por toda a midia. Há que consumir o último tipo de celular, de tênis, de computador. 66% do PIB norteamericano não vem da produção mas do consumo generalizado.
As autoridades inglesas se surpreenderam ao constatar que entre os milhares que faziam turbulências nas várias cidades não estavam apenas os habituais estrangeiros em conflito entre si, mas muitos universitários, ingleses desempregados, professores e até recrutas. Era gente enfurecida porque não tinha acesso ao tão propalado consumo. Não questionavam o paradigma do consumo mas as formas de exclusão dele.





DOENÇA... COMO LIDAR COM ELA.

Não é bom inventar doenças! Isso todos sabemos, mas não é tão estranha essa invenção indesejada. Há crianças que buscam atenção dos pais e dos adultos e, quando não conseguem, apelam por uma doença inventada. Não bastasse o lamento expresso em palavras, apela-se até para o grito e o choro. Há desmaios, febres e pressão alterada que chegam para chamar atenção, não só por parte de crianças, mas também de adultos. Só faltaria dizer: “Vejam que eu existo!” Aqui aparecem doenças que são sintomas de outras, escondidas e mais profundas.
Hoje em dia não podemos esconder o sol com a peneira. Apesar dos mais sofisticados avanços da ciência, particularmente da medicina, parecem aumentar assustadoramente as somatizações que começam na dimensão espiritual e/ou psicológica. Dizem que estamos vivendo num mundo doente. O que aparece é o iceberg revelado num corpo frágil, a esconder a complexidade da vida humana mal tratada.
Ninguém gostaria de ser doente e nem ter doentes ao seu redor. Porém, diante de uma cultura que trata tão mal a vida em sua totalidade, o sofrimento vai criando novas configurações e novos cenários. Todo o progresso é bem-vindo, porém é evidente o descompasso que está deixando o lado humano num clima de triste desconforto. Os elementos mais primários da vida e da convivência, como a alegria, a cortesia, o respeito, o cuidado, e o zelo pela dignidade parecem estar relegados ao ridículo.
Graças a Deus, hoje estão surgindo homens e mulheres com alto nível de sabedoria. Esses e essas vão criando escola atenta à saúde global. Há um rumor de anjos da ciência, que sabem valorizar a espiritualidade como fator de qualidade de vida e recurso para a resistência e a cura.
Não podemos duvidar que o sofrimento constitui uma das experiências básicas da existência humana. Nascemos em meio à dor e morremos abraçados pelo sofrimento. Entre o nascer e o morrer, há também uma trajetória de fragilidades que podem nos surpreender a qualquer momento. Tudo isso faz parte de nossa contingência humana.
Mas dentro deste universo de imensa riqueza e fragilidade, onde o tesouro da vida se vê envolto em vasos de barro, existe um imenso desejo e o sonho de um mundo sem dor. Qualificar a vida em todas as suas dimensões é assumi-la como dom e responsabilidade. Porém, teimar em suprimir toda dor e todo limite parece ser um caminho contrário ao amor. Um sábio antigo dizia: “Enquanto não passa pela dor, o amor não deixa de ser pueril e imaturo. Só a dor consegue aprofundar a experiência do amor”.
Sobre o sofrimento e a doença, a angústia e a dor, multidões já se debruçaram para encontrar explicações, remédios e soluções. No entanto, o clamor por vida e saúde nunca parou e continua sempre mais intenso.

DICAS DO MESTRE FRANCÊS

O francês Edgar Morin, 90 anos, esteve em Porto Alegre na semana passada para participar do Fronteiras do Pensamento 2011. Em sua palestra, analisou a atual crise econômica e indicou caminhos para superá-la. A seguir, alguns pensamentos desse antropólogo, sociólogo, filósofo e autor de mais de 30 livros, entre eles O método (6 volumes) e Ciência com consciência. Fonte EcoAgência.
"A crise econômica iniciada em 2008 colocou em xeque o modo de conhecimento que fragmenta as várias disciplinas, impedindo a compreensão dos problemas globais. Não sabemos o que se passa e é isso que se passa. A crise econômica atual resulta de uma crise da sociedade moderna, da socie-dade tradicional, da democracia, do pensamento, enfim, uma crise geral da humanidade.”
"No século XX um monstro, uma espécie de polvo gigante com muitos tentáculos, amedrontava a humanidade: era o totalitarismo exemplificado no nazismo e no fascismo. Com a queda do comunismo despertou um novo polvo: o do fanatismo e do maniqueísmo, de cunho étnico e religioso. A partir da abertura econômica da China e do Vietnã, ganha força o polvo da econo-mia globalizada, do capitalismo financeiro que é mais poderoso do que o Estado Nacional”.
"Como é possível mudar o caminho, como parar um trem desenfreado em direção à catás-trofe? Em vários momentos a sociedade humana mudou de rumo graças a um indivíduo e a um pequeno grupo a ele associado. (Morin cita Buda, Maomé e Jesus Cristo).

FAÇA O TESTE: ASSISTA TV SEM LIGAR O SOM.

Esses dias fizemos uma experiência interessante; eu e alguns amigos experimentamos ficar dez minutos em silêncio diante da televisão com o som desligado. Observamos os rostos, o movimentar-se das pessoas e toda profusão de imagens que a televisão cria. Deveríamos interpretar o que apenas as imagens diziam.

Sem som, tivemos mais tempo de prestar a atenção no fenômeno da imagem. É uma experiência altamente pedagógica, porque acentua-se o sorriso, o olhar, o abraço, a mão na mão, o aconchego, o entusiasmo, o sonho, a ilusão, a lágrima, a ira nos olhos; tudo isso junto à profusão de cores, imagens que se sucedem. Nossos olhos costumam ver mais do que nossos ouvidos ouvem. Vão mais longe. São mais abrangentes. Se vemos mais e se vivemos na era das imagens então é melhor que saibamos interpretá-las e usá-las direito.
Não nos damos conta, mas é pelos nossos olhos que entra a maioria dos valores e das tentações do mundo moderno. Duas horas de televisão sem som por semana seriam ótima experiência educacional para todos nós que, vivendo na era imagem, não percebemos, ainda, seu poder de sedução. Imagens falam, ainda que em silêncio. Os sinais e as placas das estradas não falam. Mas sabemos o que eles dizem!
Meu blog não fala, mas diz coisas. Eu é que tenho que saber ler aqueles sinais e aquelas fotos.

O fanatismo ou o feitiço moderno entra pelos olhos, mas a fé também pode entrar. O problema não está nas imagens. Está em quem não sabe usá-las.



A VERDADEIRA FAXINA DEVE SER CONTRA A MISÉRIA.

A Presidenta Dilma tem toda a razão em afirmar, como fez, que “a verdadeira faxina que este país tem de fazer é a faxina contra a miséria”. E também em afirmar que “nossa maior riqueza não é o petróleo, não é o minério, não é a nossa sofisticada agricultura, nossa maior riqueza são os 190 milhões de brasileiros”.

Mas a Presidenta não é, certamente, ingênua de achar que o Brasil inteiro se unirá num “grande abraço republicano, olhando para os brasileiros que mais precisam”.
A miséria no Brasil não é uma desgraça cultural, climática, filosófica ou sociológica. É fruto de um modelo econômico que foi imposto e é sustentado por forças políticas que não têm o menor pudor em concordar, em tese, com aquelas afirmações, nem de publicar estas profissões de fé nas páginas de papel couché de seus “balanços sociais”.
Nossa miséria não é de “geração espontânea”. Dos senhores de engenho aos investidores modernos, ela é fruto da apropriação da riqueza natural e do trabalho das coletividades humanas, ao quais encaram como “custo”, não como elemento dinâmico do crescimento da economia.
A nossa riqueza não é o petróleo, não é o minério, não é a nossa sofisticada agricultura, são os brasileiros. Mas são aqueles, e não estes, que lhes importam de verdade.
É dever republicano de um chefe de Estado convocar todos, sem distinção, para o combate à miséria. Mas é também seu dever saber, como sabe Dilma, que o crescimento econômico com inclusão social só não tem inimigos “em tese”. Porque, na prática, os beneficiários do modelo excludente e gerador de miséria vão se aferrar com seus dentes e garras ferozes aos privilégios que, para eles, transformam o Brasil num paraíso.





AME-SE

Amar a si mesmo. O amor próprio tem por extensão a auto-estima. Você precisa se amar. Você precisa se sentir amado. Não cabe a isso, portanto, sentimentos de inferioridade, de fragilidade. Você é à imagem e semelhança do ALTÍSSIMO. Isso envolve um grande segredo a nós revelado, portanto, ame-se.

Amar ao próximo. Quando você ama você se preocupa. Neste ato, encontramos sentimentos de empatia, compaixão, misericórdia, bondade. Isso não significa que você deve viver para os outros. Você deve viver para DEUS. Também não significa que você deve se anular frente ao próximo. O equilíbrio deve ser mantido. Muito menos devemos conduzir nossas ações a um interesse egoísta. Todavia, ao pensar e agir de forma amorosa para com os outros expandimos o amor de DEUS e esta esfera passa a contagiar os em nossa volta juntamente com vossa vida.
Portanto, ame-O, ame-se, ame-os.



O NOME É EXATAMENTE ESTE: CLEPTOCRACIA NACIONAL

Faz muito bem a Policia Federal e Receita Federal em dar ampla divulgação sobre a prisão dos mega sonegadores de impostos. Geralmente, os que mais sonegam, são os mesmos que bradam o discurso do imposto zero, adoram uma isenção fiscal, e ainda usam aquele adesevinho ridiculo do NÃO ao CPMF em suas caminhonetas importadas zero km . Para mim, o ideal seria taxar com impostos maiores as grandes fortunas no Brasil e reduzir a tributação ou até zerar sobre os produtos da cesta básica dos trabalhadores (arroz, feijão, azeite, frutas, verduras etc). Nesta mesma linha, o SUS deveria ter o direito de ser ressarcido pelos espertos planos privados de saúde, que se negam a pagar os serviços dados aos seus clientes quando utilizam um HPS ou algum tipo de atendimento especial do sistema único (quimioterapia,radioterapia).
Mas voltando para o tema da corrupção e da cleptocracia nacional, o problema, na minha opinião, é que a grande mídia adora focar a corrupção apenas pela ótica do Congresso, Assembleias e dos executivos (municipais e estaduais), dando a entender que todo o político é corrupto e que a prática da democracia é uma coisa desonesta. A grande mídia sempre passou a mão na cabeça dos corruptores, geralmente donos de empreiteiras, de agências de publicidade, banqueiros e grandes especuladores.
Para mim, os verdadeiros atos de corrupção que deveriam ser combatidos estão no dia a dia de todo o brasileiro, nas falcatruas fiscais de algumas empresas, ou de dirigentes de determinadas entidades de classe que, em muitos casos, se aproveitam do status de suas instituições para tirar benefícios pessoais em detrimento de toda classe que representam. Leia-se benefício no aspecto amplo (político também).
Tenho certeza que temos instituições preparadas para combater a corrupção no Brasil, no entanto, precisamos é exigir mudanças na legislação para agilizar o combate à corrupção, e também mudar a mentalidade da população, que tem que saber que tanto o grande quanto o pequeno tem os mesmos direitos e deveres. Para isso, é preciso reformar as leis existentes, pois às que que existem garantem aos corruptos recursos infindáveis via o judiciário brasileiro.

HADDAD: SERÁ QUE SÃO PAULO O MERECE?

O ineditismo da jovem democracia brasileira é curioso: Lula foi o primeiro presidente que impôs três derrotas consecutivas a um dos maiores oligopólios de comunicação do mundo. Foi o primeiro operário a chegar à presidência, alcançou índices estratosféricos de aprovação e ainda elegeu a primeira mulher como sucessora.

Enfrentar essa imprensa podre e conseguir o apoio (ótimo / bom) de mais de 160 milhões de brasileiros ao fim do mandato, não é pra qualquer um. Por isso, quando soube que Fernando Haddad formalizou a candidatura a prefeito de São Paulo, inesperadamente rejeitei a idéia. É uma reação emocional, confesso. Racionalmente, politicamente, se for eleito, pode ser um “avanço” – dirão. Mas sinto que seria um desperdício. Porque Haddad é uma jóia. É competente e brilha frente ao Ministério da Educação. Colocou 1,5 milhão de jovens de baixa renda no ensino superior. Mudou a cara das universidades públicas brasileiras. Acabou com a indústria dos vestibulares que servia como filtro social para o acesso ao ensino superior e consolidou o sistema de cotas para os negros.

UM FATO INÉDITO

Dilma e Alckmin conseguiram reunir sob o mesmo teto e no mesmo palco representantes do governo federal petista e do governo estadual tucano para cuidar do mesmo projeto: unir esforços no combate à miséria.

É o único jeito de um dia o país poder se livrar desta praga chamada PMDB, o "fiel da governabilidade", seja qual for o partido no poder, e dos PRs e outros pês da vida, mudar de rumo e correr o risco de dar certo.
O partidão peemedebista, que um dia já foi comandado pelo grande Ulysses Guimarães, na travessia da ditadura para a democracia, tornou-se o antro dos políticos mais fisiológicos do país. Sobrevive, com força, graças à guerra fraticida entre tucanos e petistas em São Paulo, que tanto tem prejudicado o restante do país.
Afinal, que importa para os brasileiros de outras regiões se o próximo prefeito de São Paulo a ser eleito em 2012 será do PT ou do PSDB? O Brasil não pode mais ficar a reboque desta eterna disputa feita de soberba e vaidade dos líderes dos principais partidos do maior Estado do país, que elegem os presidentes da República desde 1994.
O Brasil é maior do que isso. Dilma e Alckmin, políticos de uma nova geração, parecem já se ter dado conta disso. Quem não sacar esta mudança vai perder o bonde da história.








segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TENHO VERGONHA DE MIM

UM POUCO DE AMOR A NÓS MESMOS

Afunilando as muitas análises feitas acerca do complexo de crises que nos assolam, chegamos a algo que nos parece central e que cabe refletir seriamente. As sociedades, a globalização, o processo produtivo, o sistema econômico-financeiro, os sonhos predominantes e o objeto explícito do desejo das grandes maiorias é: consumir e consumir sem limites. Criou-se uma cultura do consumismo propalada por toda a midia. Há que consumir o último tipo de celular, de tênis, de computador. 66% do PIB norteamericano não vem da produção mas do consumo generalizado.

As autoridades inglesas se surpreenderam ao constatar que entre os milhares que faziam turbulências nas várias cidades não estavam apenas os habituais estrangeiros em conflito entre si, mas muitos universitários, ingleses desempregados, professores e até recrutas. Era gente enfurecida porque não tinha acesso ao tão propalado consumo. Não questionavam o paradigma do consumo mas as formas de exclusão dele.
É impertivo um novo rumo global, caso quisermos garantir nossa vida e a dos demais seres vivos. A civilização técnico-científica que nos permitiu niveis exacerbados de consumo pode pôr fim a si mesma, destruir a vida e degradar a Terra. Seguramente não é para isso que chegamos até a este ponto no processo de evolução. Urge coragem para mudanças radicais, se ainda alimentamos um pouco de amor a nós mesmos.






 



sábado, 20 de agosto de 2011

BOHN GASS AJUDA NA BUSCA DE PAVILHÃO AGROPECUÁRIO DA FEINTECH

Uma comitiva de Horizontina esteve, esta semana, no gabinete do Deputado Federal Bohn Gass (PT), em Brasília para pedir auxílio do parlamentar na construção de um pavilhão para a agricultura familiar e a pecuária na Feira Nacional de Tecnologia de Horizontina - FEINTECH. A comitiva, formada pelo prefeito Irineu Colato (PP), o vereador Darci Napivoski, o presidente da edição 2012 da feira, Dionir Bianchi e o vice, Rui Hirt, esteve com o deputado em audiências no Ministério da Agricultura buscando obter do Governo Federal uma verba de R$ 200 mil para a construção do pavilhão. “A Feira de Horizontina é um evento consagrado, tanto que já está chegando a sua 12° edição. Precisamos deste espaço para a agricultura familiar e a pecuária, porque estas atividades que dão significado social à mostra. As perspectivas são boas, mas devemos continuar acompanhando este pleito para que o pavilhão, efetivamente , seja erguido”, disse o Deputado Bohn Gass. Logo após a visita, ocorreu a troca de comando no Ministério e novas tratativas devem ser iniciadas, já que o novo ministro é o gaúcho Mendes Ribeiro Filho.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

POR PIOR QUE SEJA O FATO ACEITAR É O PONTO DE PARTIDA.

O mundo de dona Elisângela pareceu desabar no dia em que o filho, com algum constrangimento, mas com muita decisão, revelou-lhe que era homossexual. Pensou nos comentários das amigas, pensou nos netos que jamais viriam. Dias depois, o filho apresentou-lhe o namorado. O drama de outra mãe foi diferente. Adorava o marido, tudo fazia para fazê-lo feliz, na cama, na mesa e no dia a dia. Sem qualquer crise, ele disse-lhe que amava outra mulher, vinte anos mais nova, e iria morar com ela. Em outro lar, Geraldo notou que a esposa estava cada vez mais esquecida e tinha dificuldades para as tarefas rotineiras. Marcada uma consulta, o resultado foi péssimo: demência de Alzheimer. Outro drama afetou a vida de Euclides e Silvana: o filho único, 23 anos, morreu em um acidente.
Os quatro casos têm muito em comum. É o mundo que desaba, é um futuro sem horizontes. A impressão é que a vida acabou. E nos quatro casos não existe muito o que fazer no terreno prático. No campo psicológico, as alternativas são pobres: raiva, frustração, desânimo. São navios destroçados navegando sem rumo no mar da solidão.
No entanto, existem soluções. A primeira delas é conscientizar-se que a vida não acabou. A pessoa tem o direito e o dever de continuar sendo feliz, embora de outro jeito. É preciso partir do que existe e caminhar para a aceitação e não para o desespero.
É preciso partir de pressupostos já adotados por milhões de pessoas. Esses pressupostos podem ser reduzidos a quatro: não se pode mudar o outro; não se pode viver a vida do outro; não se pode proteger o outro – adulto – contra a sua vontade e; quando se aceita o que existe, pode-se então impor limites claros, proteger-se e encontrar soluções criativas.
É preciso partir daquilo que existe. Aceitar o que existe não significa gostar do que existe, nem significa permanecer passivo diante dos fatos. Significa: parar de torturar a si mesmo, parar de se achar culpado e fazer as pazes com esse fato. Aceitar o que existe é continuar preferindo que as coisas fossem diferentes e renunciar à raiva, ao medo e ao desânimo. A partir daí, levar uma vida normal.


UMA ECONOMIA SOLIDÁRIA QUE VENÇA O LUCRO

Quando especialistas disseram que um espirro na Europa ou nos Estados Unidos respingaria por todo o mundo, não estavam exagerando. A globalização eliminou tantas barreiras e encolheu tanto as distâncias que deixou flancos vulneráveis nos quatro cantos do planeta. E a aproximação, benéfica para ações como de ajuda social ou de combate a tiranos e ditadores, passou a ser também um canal por onde situações de dificuldades transitam sem controle, infestando a tudo e a todos.

A nova crise econômica, gerada por um abalo de confiança com origem na maior potência do planeta e em desenvolvidos países europeus, demorou poucas horas para se alastrar - enquanto despencavam as bolsas de valores de todos os continentes, subiam os patamares de preocupação.
Das bolsas para o restante da economia, independente do país, a contaminação não demora muito tempo. E o cidadão que se julga imune logo vai sentir os efeitos - no consumo, no emprego, no bolso...
Uma das questões, agora, é descobrir como evitar que as consequências de equívocos de um governo recaiam sobre outros países - absolutamente inocentes. Que culpa tem asiáticos e sul-americanos, por exemplo, pela incompetência que levou ao colapso financeiro na Grécia? Ou pela negligência ou irresponsabilidade que elevou a dívida de países como Itália e Portugal a superar o Produto Interno Bruno local?
“Precisamos de uma economia solidária e verde que vença o lucro.”




ESTADOS UNIDOS SOFREM UM GOLPE DE ESTADO


“O que às vezes se passa por alto em nossa situação é o fator propósito: a democracia norte-americana sofreu um golpe de Estado encoberto. Seus autores ocupam os postos mais altos dos negócios e das finanças, seus leais servidores dirigem as universidades, os meios de comunicação e grande parte da cultura, e igualmente monopolizam o conhecimento profissional científico e técnico.
Deixando de lado o furor provocado pelo Tea Party e pelo limite da dívida, a explicação também poderia estar nessa quinta coluna constituída pelos agentes ideológicos e políticos do novo capitalismo, que está ocupando a própria Casa Branca. Deste ponto de vista, a extraordinária boa disposição do presidente ao acordo mútuo não é o resultado de um novo alinhamento da política norte-americana, mas uma parte previsível do mesmo






SIMETRIA PERTURBADORA

Entre o poder neoliberal instalado e os rebeldes urbanos há uma simetria perturbadora. A indiferença social, a arrogância, a distribuição injusta dos sacrifícios estão semeando o caos, a violência e o medo, e aqueles que estão realizando essa semeadura vão dizer amanhã, genuinamente ofendidos, que o que eles semearam nada tinha a ver com o caos, a violência e o medo instalados nas ruas de nossas cidades. Os que promovem a desordem estão no poder e poderiam ser imitados por aqueles que não têm poder para colocá-los em ordem.




DESIGUALDADE E INDIVIDUALISMO

 Com o neoliberalismo, o aumento brutal da desigualdade social deixou de ser um problema para passar a ser uma solução. A ostentação dos ricos e dos multimilionários transformou-se na prova do êxito de um modelo social que só deixa miséria para a imensa maioria dos cidadãos, supostamente porque estes não esforçam o suficiente para ter sucesso na vida. Isso só foi possível com a conversão do individualismo em um valor absoluto, o qual, paradoxalmente, só pode ser experimentado como uma utopia da igualdade, a possibilidade de que todos prescindam igualmente da solidariedade social, seja como seus agentes, seja como seus beneficiários. Para o indivíduo assim concebido, a desigualdade unicamente é um problema quando ela é adversa a ele e, quando isso ocorre, nunca é reconhecida como merecida.






A MERCANTILIZAÇÃO DA VIDA

A sociedade de consumo consiste na substituição das relações entre pessoas pelas relações entre pessoas e coisas. Os objetos de consumo deixam de satisfazer necessidades para criá-las incessantemente e o investimento pessoal neles é tão intenso quando se tem como quando não se tem. Os centros comerciais são a visão espectral de uma rede de relações sociais que começa e termina nos objetos. O capital, com sua sede infinita de lucros, submeteu à lógica mercantil bens que sempre pensamos que eram demasiado comuns (como a água e o ar) ou demasiado pessoais (a intimidade e as convicções políticas) para serem comercializados no mercado. Entre acreditar que o dinheiro media tudo e acreditar que se pode fazer tudo para obtê-lo há um passo muito menor do que se pensa. Os poderosos dão esse passo todos os dias sem que nada ocorra a eles. Os despossuídos, que pensam que podem fazer o mesmo, terminam nas prisões.

O RACISMO DA TOLERÂNCIA

 Os distúrbios na Inglaterra começaram com uma dimensão racial. O mesmo ocorreu em 1981 e nos distúrbios que sacudiram a França em 2005. Não é uma coincidência: são irrupções da sociabilidade colonial que continua dominando nossas sociedades, décadas depois do fim do colonialismo político. O racismo é apenas um componente, já que em todos os distúrbios mencionados participaram jovens de diversos grupos étnicos. Mas é importante, porque reúne a exclusão social com um elemento de insondável corrosão da autoestima, a inferioridade do ser agravada pela inferioridade do ter. Em nossas cidades, um jovem negro vive cotidianamente sob uma suspeita social que existe independentemente do que ele ou ela seja ou faça. E esta suspeita é muito mais virulenta quando se produz em uma sociedade distraída pelas políticas oficiais de luta contra a discriminação e pela fachada do multiculturalismo e da benevolência da tolerância.





O SEQUESTRO DA DEMOCRACIA

 O que há em comum entre os distúrbios na Inglaterra e a destruição do bem estar dos cidadãos provocada pelas políticas de austeridade dirigidas pelas agências classificadoras e os mercados financeiros? Ambos são sinais das extremas limitações da ordem democrática. Os jovens rebeldes cometeram delitos, mas não estamos frente a uma “pura e simples” delinquência, como afirmou o primeiro ministro David Cameron. Estamos frente a uma denúncia política violenta de um modelo social e político que tem recursos para resgatar os bancos, mas não para resgatar os jovens de uma vida de espera sem esperança, do pesadelo de uma educação cada vez mais cara e irrelevante dado o aumento do desemprego, do completo abandono em comunidades que as políticas públicas antissociais transformaram em campos de treinamento da raiva, da anomia e da rebelião.





OS LIMITES DA ORDEM

As sociedades contemporâneas estão gerando um combustível altamente inflamável que flui nos subsolos da vida coletiva. Trata-se de um combustível constituído pela mistura de quatro componentes: a promoção conjunta da desigualdade social e do individualismo, a mercantilização da vida individual e coletiva, a prática do racismo em nome da tolerância e o sequestro da democracia por elites privilegiadas, com a consequente transformação da política na administração do roubo “legal” dos cidadãos e do mal estar que provoca.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O ESTÁDIO MUNICIPAL CHAMA-SE: WILSON NASCIMENTO.

Uma merecida homenagem ao Radialista,desportista, dirigente de clube e incentivador do esporte horizontinense. Jogou no Flamengo local, foi presidente do clube e graças a ele o Flamengo que tanto brilhou no passado frente ao seu rival Nacional F.Clube, existe até hoje e os troféus, fotos e documentos históricos por ele mantido fazem parte  do acervo do Museu Municipal. Wilson Nascimento, exerce hoje gratuitamente e com a modéstia que lhe é particular a importante função de Juiz de Paz. Por tudo isso, a homenagem é justa e merecida. Aos homens públicos que reconheceram o seu trabalho, também os nossos cumprimentos.

ESTE É O CARTAZ DA FEINTECH


As Comissões Central e de Comunicação e Marketing da Feira Nacional de Tecnologia de Horizontina, aprovaram na semana passada o cartaz do evento que será de 28 de fevereiro a 4 de março de 2012. A Agência de Comunicação Soluty, de Santa Rosa, foi contratada para fazer os trabalhos de assessoramento de mídia e no dia 9 de agosto apresentou sua proposta de cartaz, que norteará o restante do material de divulgação do evento.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ALÔ PAIS E MÃES: UM RECADO PARA VOCÊS

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada.

Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações.
Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço.
Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida.
E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais.

Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede.
Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito.
Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje.
Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”.






PAI QUE PATERNA NÃO TEM PREÇO.

Paternagem, paternidade biológica e social: construtos socioculturais

Pai que paterna é tão valioso que não há o que pague
Há pai de todo tipo, tanto biológico quanto social. Dos que não valem um “derréis” aos que valem mais que o bamburro da pepita Canãa (Serra Pelada: 60,8 kg, 1983, a maior do Brasil) ou da maior do mundo, a pepita Holtermann (1872). É que pai que “paterna” é tão valioso que não tem preço, logo não há o que pague.
O significado de um pai que não tem preço está na paternagem que sua prole retém na memória. Pai que não fica como um conforto mental passou pela paternidade como um padecimento… Tais elucubrações filosóficas brotaram ao ler que Genoir Luís Bortoloso, 47, confessou que matou a filha Ketlin Bortoloso, 18, estudante de educação física, em Gaurama (RS), no último dia 11, segundo ele para “resolver a situação” – não pagar pensão e abocanhar um seguro de R$ 200 mil que o beneficiava!
O pistoleiro Jair Rivelino Satornino, contratado por R$ 10 mil, R$ 500 de entrada, alega que seu revólver travou após o segundo tiro e o pai disparou mais quatro tiros em Ketlin! Foi a segunda tentativa de assassinato, a mando do pai, que há dois anos “teria contratado o mesmo pistoleiro, dizendo que ela era uma namorada que o traía, que disparou em Ketlin e no irmão, na saída da escola, mas os tiros só a feriram na perna e no abdome. Era um caso sem solução até a prisão de Genoir”.
Falam que a atual mulher de Genoir “não se dava bem com a garota e ameaçara separar-se”. O delegado Olinto Gimenes declarou: “O valor da pensão alimentícia estaria causando dificuldades para o casal; e Genoir chegou a ser preso quatro vezes por falta de pagamento”. Matou a filha e ainda foi ao velório, onde foi preso e confessou o crime.




"MENOS CRUCIFIXO, MAIS TRABALHO FIXO"

Milhares de indignados tomam as ruas do centro de Madrid nesta 4º feira e ocupam a praça do Sol em protesto contra gastos públicos para a visita do Papa Bento XVI, que chega nesta 5º feira à capital espanhola. 'Mais educação, menos religião'; 'Menos crucifixo, mais trabalho fixo', dizem alguns dos cartazes na Praça do Sol. Tradicional reduto dos 'indignados', o local foi interditado recentemente como preparativo para a recepção ao Papa, que participa na Espanha da Jornada Mundial da Juventude. O país tem o maior índice de desemprego do euro, 20%. Entre os jovens a taxa é dramaticamente superior: chega a 45%, no caso da Andaluzia, por exemplo. A crise atingiu em cheio a economia espanhola cujo crescimento mimetizou a bolha imobiliária norte-americana. O governo Zapatero mimetizou igualmente a terapia ortodoxa de cortes de gastos para atender à pressão dos mercados. Fundos e bancos ameaçam não financiar mais a dívida pública, exigindo juros cada vez mais elevados. Zapatero antecipou para novembro as eleições a sua sucessão. Rubalcaba, o candidato dos socialistas, adotou um discurso à esquerda na tentativa de reconquistar o eleitor tradicional do partido. Mas as pesquisas indicam que a direita está em vantagem na corrida eleitoral. Manifestantes laicos pró-emprego e cristão pró-Papa trocaram insultos na Porta do Sol, antecipando o clima das urnas em novembro.

QUANTOS GRAMAS DE FRUTAS E VERDURAS VOCÊ COMO POR DIA?

Os brasileiros estão ingerindo menos de um terço dos alimentos recomendados para a prevenção do câncer. Conforme os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo de frutas, legumes e verduras é de apenas 126,4 gramas diários por pessoa, menos de um terço dos 400 gramas mínimos recomendados para prevenir o câncer. O Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF, na sigla em inglês) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que, se a população brasileira passasse a consumir diariamente, no mínimo, 400 gramas desses alimentos, um de cada três casos de câncer de cavidade oral (boca, faringe e laringe), um em cada três casos de câncer de pulmão e um de cada quatro casos de câncer de estômago deixariam de ocorrer.


SEM ESPERANÇA A MIOPIA VENCE

De Dunquerque a Lile, na França, num trem, uma estudante de 21 anos foi estuprada duas vezes por adolescentes entre 14 e 20 anos. Cerca de 200 pessoas viram e ninguém a defendeu, nem reagiu, por medo da violência das gangues juvenis. Terrorista em Tel Aviv amarrou bomba no próprio corpo e explodiu-se, matando com ele 16 pessoas e deixando mais de 70 feridas.

Rapaz mata duas irmãs porque uma delas não correspondeu. Jovem estudante atira contra colegas ao sair da escola. Em Brasília, líder estudantil jovem fica nua diante do Congresso para protestar contra o governo. Não tem o menor problema em ficar nua por razões políticas. Ainda em Brasília três adolescentes de classe média alta, por diversão, ateiam fogo num índio que dormia num banco. Jovem é preso na igreja com meio quilo de cocaína… Garoto matou seus pais, porque ralharam com ele.
São notícias de jornal e de Internet deste começo de milênio. Fazem pensar que o ser humano continua o mesmo na política, no cotidiano e na religião. Reage com raiva quando é contrariado. Parte para a agressão ou para os comportamentos mais estranhos, sem saber explicar por que o faz. A impressão que fica é de que, para cada animal amansado e domesticado, três humanos se bestializam…
De fato, precisamos cultivar a esperança. São milhares as razões para se ter medo do amanhã. Sem esperança a miopia vence!



PMDB PROPÕE "VESTIBULAR" PARA JOBIM SER CANDIDATO

Uma das características da arte da política é a de dizer sim, dizendo não e vice-versa. O senador Valdir Raupp, presidente do PMDB, a pratica, hoje, numa entrevista ao UOL Notícias.

Com os devidos rapapés, dizendo que Jobim é uma liderança forte por “ter peso e nome”, Raupp condiciona uma eventual candidatura do ex-ministro a que ele se submeta, antes, ao teste de candidatar-se a prefeito de Porto Alegre e a governador do Rio Grande do Sul, em 2012 e 2014. Aí, em 2018, poderia ser candidato a Presidente.
Lembra a história do homem que mandou espalhar pelo reino a notícia de que era capaz de fazer um burro falar.
O rei mandou chamá-lo e perguntou que se ele confirmava ser capaz disso, e ele confirmou.
Desafiado a prová-lo, ele aceito, mas com condições: queria aposentos no palácio para ele e para o burro, uma bolsa de mil moedas de ouro e, sobretudo, dez anos de prazo, porque a missão era difícil.
O rei concordou, mas garantiu que iria decapitá-lo se, ao final de 10 anos, não falasse o burro.
Por meses e meses, todos os dias, o homem sentava-se num banquinho, ao lado do burro e durante uma hora pedia que ele repetisse uma frase. Claro que o burro calado estava e silente permanecia.
Um dia, um jovem cavalariço aproximou-se do homem e disse: você não vê que esse burro jamais falará? E o homem: e você não vê que, daqui a dez anos, é provável que eu, o burro ou o rei, um dos três, não esteja mais aqui?
O senador Raupp não diria melhor.





OCUPAR WALL STREET ?

Um esboço de coordenação e de plataforma comum começa a ser articulado por lideranças das mobilizações de rua de países europeus. A grande novidade há muito ansiada pela esquerda mundial é a possível adesão de movimentos civis norte-americanos aos protestos que convergem para dois pontos: mais democracia, menos poder às finanças desreguladas. Tudo ainda muito incipiente, mas é certo que o amálgama tem a força da coerência: uma coisa depende da outra e a saída para a crise depende das duas. O impulso de convergência tem uma data e uma palavra de ordem que vai ao ponto unificando os dois propósitos das ruas: "17 de setembro: ocupar Wall Street'. A ver

MARGARIDAS DE TODO O BRASIL NA CAPITAL FEDERAL


Maior manifestação das trabalhadores no campo, Marcha das Margaridas leva à capital federal camponesas dos lugares mais distantes do Brasil. Para honrar memória de sindicalista assassinada há 28 anos e reivindicar direitos, 'margaridas' enfrentam longas viagens de ônibus e falta de dinheiro. Resultado do esforço será conhecido nesta quarta-feira (17/08), com resposta do governo a reivindicações.


QUE FALTA FAZ UM HAZARE



Indiano, ativista, 74 anos. Cabelos brancos, semblante de um quase santo.
Como faz falta um Anna Hazare no Brasil.
Ele virou o símbolo da luta contra a corrupção da Índia. É seguido, idolatrado por milhões de indianos, sobretudo jovens.
Em abril passado, ele fez uma greve de fome por uma lei anticorrupção. Estava decidido a morrer. Calcula-se que 150 pessoas o seguiram no jejum político. No centro dessa lei estava um comitê independente que teria poderes para investigar e punir os corruptos. Só cedeu quando o governo topou materializar a lei. Hazare deu então limonada aos seguidores que jejuavam e depois disso tomou ele também a limonada.
Mas.
Mas a versão do governo para a lei era diferente. O primeiro-ministro e o Judiciário ficariam fora do alcance do comitê.
Pataquada. Ou “piada”, como disse Hazare.
Outra vez ele entrou em greve. E ontem milhares de pessoas saíram às ruas na Índia em seu apoio. Centenas de prisão foram efetuadas, entre elas a de Hazare. Os protestos perduram hoje.
Hazare – cujos bens totais não chegam ao equivalente a 3 000 reais — diz, mais uma vez, estar disposto a morrer pela causa. Ninguém pode ficar acima da lei. Nem o primeiro ministro.
É um homem que está transformando a Índia, e também o mundo. Décadas atrás, foi seu ativismo que levou escolas e hospitais para o vilarejo paupérrimo em que ele nasceu.
Que falta faz um Hazare para o Brasil.





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DE UM BILIONÁRIO AMERICANO PARA A TURMA DO CANSEI


O megainvestidor americano Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo. Aliás, ele era o primeiro, antes de ser ultrapassado por Bill Gates e pelo mexicano Carlos Slim, o tubarão das telecomunicações.

O título do artigo diz tudo: “Parem de mimar os ricos“.
Buffett não poderia ser mais claro. Usa o valor do que ele próprio paga de imposto de renda e o compara com o que pagam seus subordinados: é ele quem paga menos, proporcionalmente.
Tudo o que ele diz sobre os Estados Unidos, mais seriamente se poderia dizer sobre o Brasil.
Já tivemos 13 alíquotas diferentes de Imposto de Renda, variando entre zero e 55% da renda, de acordo com seu valor. Chegamos a ter apenas duas e, hoje, são cinco, até 27,5%, no máximo. Os EUA, por exemplo, têm cinco faixas, com alíquota maior de 39,6%. No Reino Unido, são três faixas, de 20% a 40%. A França mantém 12 faixas (5% a 57%), e a China nove faixas (15% a 45%).

Além dos pobres, castigados por um sistema regressivo de impostos, que carrega o preço dos produtos muito mais fortemente que a renda – um estudo do Ipea mostra que os pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais ICMS que os ricos – também a nossa classe média é onerada de forma injusta. A incidência percentual de Imposto de Renda é a mesma para quem ganha R$ 3,7 mil ou R$ 370 mil por mês.
Nos últimos anos, até que se diminuiu essa injustiça, criando faixas mais baixas de tributação para rendas menores (7,5%, para renda até 2.246,75) e uma mínima ampliação (de 25% para 27,5%) para a faixa mais alta, embora o “alta” aqui seja uma piada,, em termos mundiais. Mesmo assim, como você vê na tabela, um imposto de renda baixo, em relação a quase todos os países do mundo.
E do qual os mega-rendimentos, por uma série de artifícios, escapam, enquanto o assalariariado não tem como fugir.
Quem sabe um dia apareçam aqui também grandes empresários e investidores que tenham a coragem de dizer o que o bilionário Buffett?