O ineditismo da jovem democracia brasileira é curioso: Lula foi o primeiro presidente que impôs três derrotas consecutivas a um dos maiores oligopólios de comunicação do mundo. Foi o primeiro operário a chegar à presidência, alcançou índices estratosféricos de aprovação e ainda elegeu a primeira mulher como sucessora.
Enfrentar essa imprensa podre e conseguir o apoio (ótimo / bom) de mais de 160 milhões de brasileiros ao fim do mandato, não é pra qualquer um. Por isso, quando soube que Fernando Haddad formalizou a candidatura a prefeito de São Paulo, inesperadamente rejeitei a idéia. É uma reação emocional, confesso. Racionalmente, politicamente, se for eleito, pode ser um “avanço” – dirão. Mas sinto que seria um desperdício. Porque Haddad é uma jóia. É competente e brilha frente ao Ministério da Educação. Colocou 1,5 milhão de jovens de baixa renda no ensino superior. Mudou a cara das universidades públicas brasileiras. Acabou com a indústria dos vestibulares que servia como filtro social para o acesso ao ensino superior e consolidou o sistema de cotas para os negros.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário