sábado, 13 de agosto de 2011

VEJA O QUANTO É ANTIGO O PROBLEMA DE GERAÇÕES


O conflito de gerações não é de hoje. Nas primeiras páginas da Bíblia encontramos um problema familiar (Gn 4,10). Caim mata seu irmão Abel e se afasta dos pais. Cerca de 800 anos antes de Cristo, o poeta grego Hesíodo escreveu esta frase dura: “Não vejo esperanças para o futuro de nosso povo se ele depender da frívola e inconstante mocidade de hoje, pois todos os jovens de hoje são levianos e rebeldes”. O poeta grego salientava: no meu tempo não era assim.
Uma longa série de causas tornou mais difícil o relacionamento entre as gerações. E isto dificulta a passagem dos valores tradicionais. Muitos pais não sabem indicar o caminho aos filhos porque eles mesmos não têm certeza deste caminho. A família, a Igreja e a escola tiveram reduzida, drasticamente, a capacidade de educar as novas gerações. Diminuiu muito o tempo em que os filhos permanecem com os pais e aumentaram os fatores que influenciam a educação. A modernidade é contra todo tipo de tradição. Além disso, os meios de comunicação se atribuem o papel de educadores das novas gerações a partir, sobretudo, do erotismo, do consumismo e da lei do menor esforço. Eles se tornam os referenciais de uma moral totalmente equivocada.
Porque a tarefa é difícil, os pais têm obrigação de aumentar o esforço. Educação exige tempo e amor. Existem três posturas fundamentais na arte de educar: amor, firmeza e diálogo. Sem amor se domestica, não se educa. Mas o amor é insuficiente. É necessária também a firmeza. E o diálogo explica as diferentes atitudes dos pais. Mas a complexidade do processo também exige o perdão. Depois recomeçar com amor, firmeza e diálogo. De resto, é necessário um lar que mereça este nome.


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