terça-feira, 28 de março de 2023

APÁSCOA ESTÁ CHEGANDO É BOM SABER: O CHOCOLATE NO ORGANISMO


Dentre os benefícios do chocolate no organismo, podemos citar a proteção do sistema cardiovascular e a melhora no humor. O chocolate amargo é o que apresenta maiores benefícios para o corpo

"Ao leite, amargo, branco ou crocante. Independentemente do tipo, o chocolate é, sem dúvidas, um dos alimentos mais amados e consumidos no mundo. Produzido a partir do cacau, esse alimento possui alto teor energético e é o grande vilão de muitas dietas.

Apesar de ser calórico e possuir grande quantidade de gordura saturada e açúcares, está comprovado que o chocolate pode trazer benefícios à saúde. Entretanto, assim como qualquer outro alimento, deve haver moderação em seu consumo.

O chocolate apresenta polifenóis, tais como os flavonoides, que possuem propriedades antioxidantes e, portanto, causam benefícios ao sistema cardiovascular. Dentre esses benefícios, destacam-se a redução da oxidação do LDL (mau colesterol), inibição da agregação plaquetária e diminuição da resposta inflamatória, o que diminui o risco de formação de placa de gordura nos vasos sanguíneos. Além disso, os flavonoides provocam redução da resistência à insulina, aumento do fluxo sanguíneo e redução da pressão arterial.

Estudos também revelam que o chocolate é importante para a prevenção do câncer de intestino. Graças à sua ação antioxidante, ele protege as células de uma possível degeneração. O chocolate também protege as células nervosas, ameniza danos de um AVC e relaciona-se com a diminuição do risco de pré-eclâmpsia.

Além desses benefícios, podemos citar a melhora no quadro de humor de quem consome chocolate. Esse alimento apresenta em sua composição o aminoácido triptofano, responsável por estimular a ativação da serotonina e da dopamina, que estão relacionadas, além da melhora do humor, com a diminuição da depressão e da ansiedade. O chocolate também estimula a liberação de endorfina no cérebro, que proporciona sensação de prazer e aumenta a disposição mental."

"Todavia, o chocolate pode trazer também alguns malefícios. Em algumas pessoas, sua ingestão pode provocar enxaqueca e alguns problemas gastrointestinais, como a diarreia. Seu consumo frequente também pode levar a quadros de sobrepeso e diabetes, em razão, principalmente, da quantidade de gorduras e açúcar.

É importante destacar que existem diferenças entre os tipos de chocolate em relação às substâncias que os compõem. Sendo assim, alguns são mais benéficos que outros. O chocolate amargo, por exemplo, apresenta maior quantidade de polifenóis quando comparado aos outros tipos, por isso, traz mais benefícios. Já o chocolate branco, que não é feito da semente do cacau, e sim da manteiga de cacau, é bastante prejudicial, uma vez que é rico em gordura e açúcar.

Dessa forma, o recomendado é que sejam mais ingeridos aqueles chocolates que possuem uma maior quantidade de cacau, como o amargo e o meio amargo. Vale destacar que o consumo deve ser feito com moderação, pois a ingestão exagerada pode provocar danos, sendo indicado o consumo de apenas 30g por dia."

"Curiosidade: Muitas pessoas optam por ingerir o chocolate “diet” como uma forma de “manter a dieta”. Entretanto, esse chocolate apresenta grande quantidade de calorias, diferenciando-se apenas por não possuir açúcares. Sendo assim, ele é recomendado apenas para diabéticos. Para aqueles que desejam ingerir menos calorias, o ideal é o chocolate light."




terça-feira, 21 de março de 2023

OUTONO



"Quando começa o outono?

A ocorrência do fenômeno do equinócio de outono marca a chegada dessa estação. O equinócio representa o momento em que os raios solares incidem de forma perpendicular sobre a Linha do Equador, e a luminosidade se distribui de forma relativamente uniforme entre os hemisférios Norte e Sul.

No entanto, é preciso lembrar que o início do outono não acontece simultaneamente nos dois hemisférios:

Hemisfério Norte: inicia-se entre os dias 22 e 23 de setembro;

Hemisfério Sul: começa no mês de março, entre os dias 20 e 21."

"O outono é a estação do ano que acontece logo em seguida ao verão e antecede a chegada do inverno. Sendo assim, pode ser considerado um período de transição entre essas duas estações. Uma das principais características do outono é a redução gradativa das temperaturas diárias, que passam de elevadas a mais amenas, antecipando o período frio que vem na sequência.

Além das mudanças de temperatura, a estação é marcada pela maior incidência de ventos e pela diminuição da umidade do ar. Pode haver a formação de nevoeiros pela manhã, além da ocorrência de geadas e, em alguns casos, até mesmo precipitação na forma de neve.

Inicialmente, os dias e as noites têm a mesma duração, isto é, 12 horas. Na medida em que o outono avança e vamos nos aproximando do inverno, os dias vão ficando mais curtos e as noites mais longas."

"A transformação da cobertura vegetal é o aspecto mais marcante do outono. A folhagem das árvores adquire uma coloração que varia entre tons amarelados e avermelhados, resultado da menor incidência de luz solar e diminuição da produção de clorofila. No caso das espécies caducifólias (conhecidas ainda como decíduas), observa-se a queda das folhas, um mecanismo de proteção da planta.

As zonas temperadas da Terra, que são duas das zonas térmicas em que o planeta se divide, estão localizadas em latitudes médias e são aquelas nas quais as características do outono são mais acentuadas e a estação é mais bem demarcada."

"Outono no Brasil

O outono brasileiro tem início no mês de março e possui duração média de três meses. A maior parte do Brasil está inserida na zona tropical do planeta e, em razão disso, as características dessa estação do ano se tornam mais difusas. Em uma parcela da Região Sudeste e na Região Sul, o outono é mais proeminente do que nas outras regiões.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe, o outono no Brasil possui características que são típicas da transição entre o verão e o inverno, com mudanças significativas nas condições temporais. Isso inclui:

temperatura;

umidade do ar;

incidência de ventos; e

volume de chuvas.

As regiões Norte e Nordeste do país registram altas temperaturas para o período, que variam entre 22º C e 32º C, e também os índices pluviométricos mais elevados do outono para o país. As chuvas são mais volumosas nas áreas mais próximas à Linha do Equador.

As temperaturas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil apresentam queda, o que se deve à influência das massas de ar frio que adentram o território brasileiro. As mínimas podem ser de até 10º C nas regiões serranas, e as máximas oscilam entre 18º e 28º C, conforme as informações do CPTEC. Os índices pluviométricos são menores nessas regiões, e, sobretudo nas áreas mais elevadas do Sul e Sudeste, é comum a formação de nevoeiro e ocorrência de geadas."

A ESTAÇÃO DAS FRUTAS

Em ambos os hemisférios, a chegada do outono marca o início do período de colheita. Por conta da grande variedade de frutas que se encontram na fase final do seu ciclo produtivo, o outono é conhecido como a estação das frutas.

Algumas frutas dessa estação são:

maçã;

mamão;

laranja;

pera;

uva;

abacate;

coco;

carambola;

banana;

kiwi;

goiaba;

figo;

manga;

caqui.

A importância do seu consumo reside no alto índice nutricional desses alimentos, que são ricos em vitaminas, minerais e fibras, que trazem diversos benefícios à saúde e podem auxiliar na prevenção de doenças.





quarta-feira, 15 de março de 2023

A MULTIPLICAÇÃO DAS PERDAS.


O princípio do Evangelho é o caminho para superar lógicas que ferem a dignidade humana, desrespeitando a sacralidade intocável da vida de todos. Desrespeito que se revela nas desigualdades sociais, nos preconceitos e discriminações, nas escolhas que passam por cima do dom sagrado da vida, desde a concepção até o declínio com a morte natural. Importante considerar que as lógicas perversas no coração humano abalam o equilíbrio da casa comum. Isto porque muitas atitudes, que buscam vitórias momentâneas, trazem como consequências perdas desproporcionalmente maiores, muitas irreversíveis. Deve-se, pois, aproveitar bem este tempo pascal que oferece singular oportunidade, por sua liturgia, para a conquista do genuíno olhar dos discípulos de Jesus. Esse olhar, mais do que simplesmente capaz de enxergar objetos, indivíduos ou circunstâncias da realidade, permite tudo reconhecer sob inspiração de Deus.

O olhar dos que são genuinamente discípulos de Jesus se distingue daquele que é meramente humano, enquadrado e definido por dinâmicas de disputas, fermentado por perversidades, patologias sociais, particularmente contornado por vícios de rigidez e formalismos. Em resumo, um olhar míope, que leva a sentimentos distantes da misericórdia, na contramão dos valores do Evangelho. Essa distância da misericórdia merece atenção especialmente daqueles que se proclamam cristãos, mas insistem em permanecer alheios aos princípios do Evangelho. Certas atitudes comprovam a distância entre o que se fala e o que se vive, disritmia entre a pregação do amor, princípio basilar da fé cristã, e práticas de certos grupos, sem ética, conduzidos pelo interesse de ganhar a qualquer custo, sem escrúpulos, passando por cima dos outros, disseminando notícias falsas. Posturas na contramão da autenticidade evangélica.

Importante buscar a aprendizagem para se tornar discípulo missionário de Jesus e, assim, não confundir vitórias com passos que levam a grandes perdas. O olhar do discípulo é, pois, instrumento para configurar a realidade com o sabor do Evangelho, neste mundo de aceleradas mudanças. Esse olhar é antídoto contra equívocos nas interpretações e escolhas, provocados por disputas de poder e defesas ideológicas. Ninguém pode achar que domina a realidade, postura que já compromete o sentido de humildade, valor cristão. A ausência de humildade acirra disputas, alimenta ataques sob a pretensão de querer gerar mudanças, inclusive com a disseminação de mentiras e agressividades, revelando a mediocridade de sentimentos.

O olhar do discípulo, iluminado pela luz da presença do Ressuscitado, graça que ultrapassa capacidades humanas, pode dissipar a grande crise de sentido atual. A civilização contemporânea convive com situações desconcertantes, que distanciam a humanidade da meta de partilhar um só coração. Ao invés disso, cada vez mais pessoas estão fechadas na própria realidade, ilusoriamente bafejadas pelos ventos de defesas partidárias. Só há um jeito para se conquistar o olhar dos discípulos de Jesus, para reconhecer o genuíno sentido da vida e, assim, adotar condutas coerentes com o Evangelho: os cristãos precisam começar o seu caminho a partir de Cristo, sem doentios apegos a perspectivas individuais, de grupos, associações ou partidos. A meta deve ser contemplar quem revelou – e o modo como revelou – a plenitude do cumprimento da vocação humana. Distanciar-se desse caminho faz com que o mundo não seja iluminado pela luz do Evangelho. Com isso, as sementes cairão em pedregulhos e não brotarão; a unidade dos discípulos ficará comprometida, com olhares atrofiados pela nuvem de ódios e disputas. Sem a luminosidade do amor, não haverá vitórias: ao invés disso, a humanidade padecerá, cada vez mais, com a multiplicação de perdas.

quinta-feira, 9 de março de 2023

NÃO PODEMOS ACEITAR AS JOIAS

 


Em mais um escândalo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, com o caso das jóias árabes, percebemos a gravidade a qual o Brasil foi submetido nos últimos anos. Mais, podemos ter uma ideia mais acabada do achincalhamento do país perante a comunidade internacional. O Brasil, durante os anos do desgoverno Bolsonaro, passou a naturalizar absurdos que não cessaram depois de sua derrota. Ao contrário. O caso das jóias parece retornar de algum lugar do passado recente para aterrorizar o ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama. A Michelle, de quem nos lembramos, aliás, no envolvimento, em 2020, no escandaloso episódio do cheque de 89 mil reais depositado em sua conta por um ex-assessor de Fabrício Queiroz - o que lhe rendeu o ultrajante apelido de “Micheque”. O atual episódio, aliás, já começa a inspirar outros codinomes, não menos perspicazes.

Mas a questão central, ignorada pela ala fanática do bolsonarismo que se apega ao episódio somente pela ideia de um mal-entendido sobre um “suposto presente”, não se esclarece fora do contexto da privatização da refinaria Landulpho Alves (Rlam) com capacidade de processar 333 mil barris de petróleo por dia, e seus efeitos catastróficos para a população da Bahia, que além de pagar mais caro o preço do gás, tem sofrido com sua escassez, já que mais de metade dos postos de venda de botijões de gás foram fechados após a nova gestão adotar uma política própria de combustíveis. É o preço da privatização de rapina, canalha, irresponsável, nociva à sociedade.

Avaliada em torno de US$ 3 ou 4 bilhões, a refinaria foi vendida para o grupo Mubadala Capital, por apenas US$ 1,5 bilhão, valor que alarmou o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural, Biocombustível (Ineep) justamente porque o argumento utilizado, de que o valor fora ajustado em razão da pandemia, não fazia qualquer sentido em face do teor da negociação. Ao contrário, a negociação escancara, mais uma vez, a face perversa do capitalismo de desastre, sujeitando o povo brasileiro a condições de vida precárias em benefício do capital. O caso das jóias é o modelo exemplar, didático, de como funciona a corrupção. Um presente avaliado em 16,5 milhões (cerca de 3,18 bilhões de US$) - sendo, ou não, pedido pelo ex-presidente, sabendo ele, ou não, que o receberia - abre margens à interpretação. A indignante imagem que sobra é a de que, às custas do povo brasileiro, a commodity do petróleo, cujo lucro deveria ser utilizado em benefício da sociedade brasileira, termina por ser negociado de modo vulgar, orientado por uma mentalidade extrativista, irresponsável em relação à soberania nacional.

Assim como boa parte do continente africano sofre as consequências do capitalismo - cuja miséria é inversamente proporcional a sua riqueza (urânio, ouro, diamantes e petróleo), assim também o Brasil tem sofrido ataques sistemáticos à sua soberania após a descoberta do pré-sal, em 2007. Os anos da barbárie brasileira que se iniciaram com o golpe contra a Dilma Rousseff e se estenderam até o final de 2022 sob o desgoverno de Jair Bolsonaro não podem ser vistos sem que se leve em conta o contexto da disputa econômica pelo lucro do petróleo, além de uma mudança sistemática - orientada pela elite do capital financeiro - na desregulamentação nas relações de trabalho, nas políticas sociais, na distribuição de renda, e na maior  da elite do dinheiro, insatisfeita com o retorno do governo Lula, seguirá em plena articulaçjóias.ão para seguir avançando na exploração e extração da riqueza nacional.

Obrigado, mas não podemos aceitar as joias 

quinta-feira, 2 de março de 2023

A VIDA É UM MISTÉRIO.

É preciso saber enxergar um palmo além do chão, da parede, do teto ou mesmo das convicções que nos norteiam. Tudo depende de nossa cabeça. Somos, como seres humanos, aquilo que está gravado em nossa mente: ideias, noções, fantasias, impressões.

Se fomos educados na crença de que há pessoas superiores a outras devido à cor da pele ou nos deixamos convencer, pela publicidade, que pilotar um carro a 300 km/h é mais nobre que lutar para combater a fome, então nossos atos serão regidos pelo racismo ou pelo culto aos ídolos do consumismo.

No Ocidente, avançamos em ciência e tecnologia e retrocedemos em valores humanos e espirituais. Atulhados em grandes cidades, trancafiados em apartamentos ou em casas cercadas de muros e prédios por todos os lados, já não contemplamos a natureza. Perdemos o silêncio do indígena que caminha pela floresta em busca de caça e distingue o canto dos pássaros. Ou do viajante que em seu cavalo ou carroça se deixa inebriar pela variedade de tons das encostas e plantações.

Vemos sem olhar, escutamos sem ouvir, falamos sem medir o peso das palavras. A vida, como mistério, declina em nossa falta de sensibilidade. O pragmatismo nos induz, célere, ao rol dos ansiosos, a antessala dos infartados, à mesa dos obesos que engolem sem mastigar.

“Cada vez que bebemos um copo d’água recordamos o eterno mistério da Criação. (…) Quando desejamos comer pão ou fruta, ou então gozar de agradável fragrância ou de um cálice de vinho, ao saborear pela primeira vez a fruta da estação, ao contemplar o arco-íris ou o oceano, ao observar as árvores em flor, ao nos encontrarmos com uma pessoa douta no conhecimento da Torá ou na cultura leiga, ao receber notícias boas ou más, foi-nos ensinado invocar Seu grande nome e nossa consciência dele”

Sentir os atos mais vulgares como aventura espiritual é um desafio proposto pelas religiões orientais. Um ocidental enche de água o copo sem ouvir o murmúrio do líquido, enquanto a cabeça permanece distante daquele momento. Um oriental instruído na sabedoria milenar sabe ser aqui-e-agora: copo, água, sede, gesto e atenção formam um todo e favorecem a harmonia interior.

O sábio não corre atrás do tempo nem se deixa arrastar pelo ritmo do relógio. Ele é senhor do tempo. Em suas atividades nunca submerge, pois se comporta “como a cortiça na água”, como sugere São João da Cruz. Ele aprendeu que só o Absoluto e suas expressões – as pessoas e a natureza – valem a pena. Tudo mais é relativo e, como tal, não merece tanta importância.