quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O DEBATE DA POLÍTICA EXTERNA: OS CONSERVADORES

Neste novo contexto, o que chama a atenção do observador, é a pobreza das idéias e a mediocridade dos argumentos conservadores quando discutem o presente e o futuro da inserção internacional do Brasil. A cada dia aumenta o numero de diplomatas aposentados, iniciantes políticos e analistas que batem cabeça nos jornais e rádios, sem conseguir acertar o passo, nem definir uma posição comum sobre qualquer dos temas que compõem a atual agenda externa do país. Pode ser o caso do golpe militar em Honduras, ou da entrada da Venezuela no Mercosul; da posição do Brasil na reunião de Copehague ou na Rodada de Doha; da recente visita do presidente do Irã, ou do acordo militar com a França; das relações com os Estados Unidos ou da criação e do futuro da UNASUL.

Em quase todos os casos, a posição dos analistas conservadores é passadista, formalista, e sem consistência interna. Além disto, seus posicionamentos são pontuais e desconexos, e em geral defendem princípios éticos de forma desigual e pouco equânime. Por exemplo, criticam o programa nuclear do Irã, e o seu desrespeito às decisões da comissão de energia atômica da ONU, mas não se posicionam frente ao mesmo comportamento de Israel e do Paquistão, que além do mais, são Estados que já possuem arsenais atômicos, que não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas, e que tem governos sob forte influência de grupos religiosos igualmente fanáticos e expansivos.

Ainda na mesma linha, criticam o autoritarismo e o continuísmo "golpista" da Venezuela, Equador e Bolívia, mas não dizem o mesmo da Colômbia, ou de Honduras; criticam o desrespeito aos direitos humanos na China ou no Irã, e não costumam falar da Palestina, do Egito ou da Arábia Saudita, e assim por diante. Mas o que é mais grave, quando se trata de políticos e diplomatas, é o casuísmo das suas análises e dos seus julgamentos, e a ausência de uma visão estratégica e de longo prazo, para a política externa de um Estado que é hoje uma "potência emergente".

Como explicar esta súbita indolência mental das forças conservadoras, no Brasil? Talvez, recorrendo à própria história das idéias e das posições dos governos brasileiros que mantiveram, desde a independência, uma posição político-ideológica e um alinhamento internacional muito claro e fácil de definir. Primeiro, com relação à liderança econômica e geopolítica da Inglaterra, no século XIX, e depois, no século XX - e em particular após à Segunda Guerra Mundial - com relação à tutela norte-americana, durante o período da Guerra Fria. O inimigo comum era claro, a complementaridade econômica era grande, e os Estados Unidos mantiveram com mão de ferro, a liderança ética e ideológica do "mundo livre".

Se continuar como está, a pobreza cai à metade em 2014



Se até 2014 acontecer o que aconteceu entre 2003 e 2008 (ou seja, no Governo Lula – PHA), "é possível obter uma redução da pobreza à metade … de 16% da população para 8%… (O Brasil) já cumpriu a primeira meta do Milênio de fazer a pobreza cair à metade em metade do tempo. Isso significa cumpri-la de novo, em 5 anos, invés de 25 anos."


A conseqüência é a seguinte: a queda da classe D, que passará de 24% para 20% da população; aumento da classe C (passará de 49% para 56%); e aumento da classe AB, que passará de 10% para 16% da população.


"Ou seja, o cenário auspicioso mostra que se a pobreza cai à metade, a classe AB dobra".


Marcelo Neri, chefe do Centro e Políticas Sociais do IBRE/FGV, é um dos especialistas em políticas públicas, questões de desigualdade e renda, e um dos primeiros a falar da ascensão da classe C.

LER É APRENDER

A leitura é sinônimo de informação, cultura e diversão.

Todos sabem que ler é fundamental para melhorar a formação do ser humano, mas, entre a teoria e a prática, há uma grande distancia , já que poucos têm a leitura como um hábito. Você sabia que o brasileiro lê apenas um livro por ano? Se forem consideradas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para quatro, mais ainda assim é muito baixo. Para se ter uma idéia, os norte-americanos lêem 11 livros por ano; os franceses, sete. O primeiro resultado da leitura é o ganho de conhecimento, seja geral ou específico. Mas não é só isso! Quem lê fala e escreve melhor. Também e possível entrar em contato com culturas diferentes por meio das páginas de um livro. Ao contrario do que parece, a leitura não é uma via de mão única; pois promove a troca de diálogo. Diante de uma obra, o leitor compara suas experiências com as narradas pelo escritor, assim como seu ponto de vista, revendo conceitos.Que tal, ler um pouco mais em 2010?

SER NORMAL I

Como diz o colunista Wilson João: " É tempo de fazermos um juízo critico dos fatos e de todo comportamento humano. Facilmente tomamos o que é anormal por normal, e vice-versa. A sociedade é que cria os padrões de normalidade. Uma criança está mas família. O pai e a mãe procuram de todas as maneiras controlar esta criança. Ela é nervosa e agressiva. E então muitos psicólogos argumentam que é assim mesmo. Que é normal. É normal mesmo ou são conceitos sociais criados?

Os adolescentes têm seu próprio comportamento. Criam sua própria liberdade. São filhos da mídia e da informática. São produtos do computador e do celular. Sexualmente e emocionalmente têm de se construir com suas decisões. Não há idade para namorar e ficar. Tudo é lícito. É assim mesmo que deve acontecer ou há uma anormalidade que se força para torná-la normal?

Tenta-se reviver a família. Há uma busca de novos caminhos. Tenta-se construir uma família e, ao mesmo tempo, cada um vai para o seu lado. Os homens tem seu esporte, seu trabalho, seu lazer. As mulheres se entretêm com suas profissões e ocupações. E se tornou normal cada um decidir por sua vida. E onde estão o solidário e o comunitário? Onde estão a convivência e os objetivos comuns? Onde está o caminho da normalidade?

SER NORMAL II.

Ser homossexual é ser normal. Essa é a mentalidade que os meios de comunicação colocam na cabeça das pessoas. O parecer de quase todas as pessoas se traduz: cada pessoa deve tomar suas decisões. Ver quinhentos mil homossexuais desfilando numa avenida, tudo parece normal. Se nesta mesma avenida fosse promovido um evento de casais, para demonstrar o valor da família e do casamento, haveria poucos participantes e seriam ridicularizados pelos meios de comunicação. É um fato onde o anormal toma cara de normal, o anormal é visto como normal;

Roubar nos negócios e na política é comum e normal. Todos fazem assim. E quando vamos lutar por uma sociedade mais justa e solidária? Ou é assim mesmo? Pessoas conscientes devem começar a sentar juntas. E diante da pergunta "o que é normal e o que é anormal", serem capazes de ser diferentes e justas. Sentar-se e perceber o comportamento da natureza. Da natureza dos céus e da terra com suas leis. Da natureza do ser humano. Estudar e observar as leis que regem o corpo, a mente e o espírito.

Nossa sociedade moderna está doente em todos os sentidos, pelo simples motivo de que estão sendo tomados caminhos fora dos caminhos. Que o senhor do universo e do coração humano nos ajude a sermos simples criaturas que buscam viver segundo a normalidade. Bom e normal 2010 para todos.

QUEM AFINAL FICOU BEM NA FOTO?






Para desespero de nossa mídia as avaliações de Lula estão em toda parte – e nada têm a ver com o que ela e a oposição brasileira dizem. É possível encontrá-las em diferentes línguas. Na maior revista alemã, "Der Spiegel", em "Newsweek", no "Washington Post", "New York Times", etc. Não é um amontoado de elogios vazios. Eles também se referem a dificuldades e obstáculos a superar. Mas o tom é sempre positivo, sem as leviandades e irrelevâncias que inspiram os ataques aqui.
Dificilmente poderia ter havido ano mais auspicioso para o Brasil. Isso esteve claro nos momentos finais da conferência de Copenhague. Obama chegou atrasado, perdeu o bonde da História e, esnobado pelo presidente chinês Wen Jiabao (que se fez representar por gente de escalão inferior em reuniões de que Obama participava) invadiu como um penetra a sala onde se reuniam Brasil, África do Sul, Índia e China, o BASIC.

Foto e relato do New York Times, seguidos depois por texto também destacado no Washington Post, retrataram o quadro insólito. Obama entrou sem ser convidado. Lá estavam Wen, Lula e os governantes indiano e sul-africano: "Vou sentar ao lado do meu amigo presidente Lula", disse. Ali remendou num par de horas o acordo de três páginas para evitar o fracasso, sem ir além da esperança vaga no futuro.

Para variar Lula ficou bem na foto – literal e simbolicamente. À direita de Obama, a quem socorrera, e com a ministra Dilma Roussef à esquerda de Hillary Clinton. Essa imagem final do ano (a foto acima, sob o título deste artigo) refletiu o papel do Brasil e de seu presidente. Mais uma vez contrariou a obsessão da mídia golpista aliada à oposição idem (PSDB-DEM-PPS). Por 12 meses mídia e oposição tentaram semear o pânico e afogar o país no tsunami da crise mundial – da qual o Brasil foi o primeiro a sair.

2009 UM ANO DE DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.

No Senado o clima esquentou o ano todo: Eduardo Suplicy dando cartão vermelho a José Sarney e a Heráclito Fortes e depois, algumas semanas depois, vestindo cueca vermelha a pedido de Sabrina Sato; Pedro Simon desenterrando bastidores da trajetória política de Fernando Collor e Renan Calheiros e recebendo severa reprimenda de Collor bem ao estilo "engula suas palavras e as digira como achar melhor"; Tasso Jereissati e Renan Calheiros se estranhando como nunca antes e evocando manjadas figuras da política nordestina (coronel/cangaceiro adjetivados de forma pouco usual); e no Executivo ainda tivemos o ora famoso discurso presidencial no Maranhão, ocasião em que palavrão foi escolhido por melhor sintetizar a situação em que os pobres do país vivem.

Para variar mais um ano em que a doença contagiou muito mais que a saúde. O Brasil brilhou mais (muito mais!) na imprensa estrangeira. Não houve mês em que o país não estivesse nas primeiras páginas de jornal influente como The New York Times, The Times, Le Monde, El País, e não houve mês em que o Brasil deixasse de ser tema de ampla reportagem em caderno especial de revistas vistosas como Der Spiegel e Newsweek. O traço comum foi exaltar o Brasil como país do presente e não mais do futuro.

Aqui, Lula foi ridicularizado quase que invariavelmente. Lá fora Lula foi receber prêmios importantes como o concedido pela Chattam House de Londres, foi escolhido "uma das 100 pessoas mais influentes do mundo" pelos principais órgãos da imprensa norte-americana e espanhola. Aqui o apagão de algumas horas virou coqueluche nacional sem direito aos contumazes boxes "entenda o caso" para dar conta do "outro apagão", aquele que infernizou a vida dos brasileiros com o racionamento de energia e custou ao país 45 bilhões de reais, tendo a taxa de crescimento da economia brasileira caído de 4,3% em 2000 para 1,3%, em 2001.

Pois bem, este foi o ano de dois pesos, duas medidas. Esperemos o que 2010 nos reserva, além da Copa do Mundo na África do Sul em junho e as eleições presidenciais, em outubro.

Feliz ano novo.

CAMPANHA DA FRATRERNIDADE 2010

Abordando pautas defendidas por movimentos sociais, a Campanha da Fraternidade 2010 (CF) terá como tema "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". Desta vez, o objetivo da campanha, que é organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC) é denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro.

No texto da campanha, é citado que "a economia existe para a pessoa e para o bem comum, e não as pessoas para a economia". Ou seja, o dinheiro deve servir para a valorização do ser humano e do meio ambiente, e não para a destruição e somente o lucro. Neste sentido, a transformação da água em mercadoria, a não realização da reforma agrária, o número alto de trabalho escravo e o desmatamento serão pontos abordados.

Jornal Le Monde elege Lula como o "Homem do Ano"



O jornal francês Le Monde escolheu o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva como o "Homem do Ano", apontando-o como responsável pelo renascimento do Brasil como um gigante na cena mundial. É a segunda homenagem deste tipo que Lula recebe neste final de ano. O jornal espanhol El País também elegeu o presidente brasileiro como a "Personalidade do Ano" e a revista The Economist dedicou um número especial ao Brasil, destacando na capa o Cristo Redentor como um foguete decolando rumo ao espaço.

Na homenagem divulgada nesta quinta-feira (24), o Le Monde afirma: "Embandeirado dos países emergentes, mas também do mundo em desenvolvimento do qual se sente solidário, o presidente brasileiro, de 64 anos, colocou decididamente seu país em uma dinâmica de desenvolvimento".

Na avaliação do jornal francês, "o presidente brasileiro, que no fim de 2010 deixará a presidência sem ter tentado modificar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato, soube continuar sendo um democrata, lutando contra a pobreza sem ignorar os motores de um crescimento mais respeitoso dos equilíbrios naturais". E acrescenta:


Jornal Le Monde elege Lula como o "Homem do Ano" II

"Presidente do Brasil desde 1º de janeiro de 2003, ao fim de dois mandatos terá dado uma nova imagem a América Latina". "A consagração de Lula acompanha a renovação do Brasil", destaca a publicação que define assim o presidente brasileiro: "Carismático, de sorriso fácil e jovial, Lula, nascido em 27 de outubro de 1945 no estado de Pernambuco, ex-torneiro mecânico e sindicalista, transformou o Brasil em ator essencial do cenário internacional. Diplomacia, comércio, energia, clima, imigração, espaço, droga: tudo lhe interessa e diz respeito."

O Le Monde destaca ainda que Lula foi o primeiro presidente da América Latina a ser recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca. O jornal aponta também como destaques da ação do presidente brasileiro a liderança exercida dentro do G20, a aspiração do Brasil a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a condição de primeiro sócio comercial da China.

Já o espanhol El País destaca a gestão do presidente brasileiro dizendo: "Quando foi eleito para um segundo e último mandato, Lula disse que o Brasil estava cansado de ser uma potência emergente e que havia chegado a hora de o país se tornar um país desenvolvido sem andar para trás outra vez. Esta é a ambição com que Lula passará à história, diz o jornal.

"Nos sete anos de Presidência, Lula fez o país avançar muito; o Brasil foi o primeiro país a sair da recessão provocada pela crise econômica mundial, seus índices de crescimento ao longo deste período tem sido muito superiores aos das duas décadas anteriores, a pobreza extrema caiu de 35% em 2001 para 24,1% em 2008, e quatro milhões de cidadãos deixaram o patamar da pobreza, incorporando-se às classes médias que já superam a casa dos 50% da população".

SERÁ A DECADENCIA DO IMPÉRIO?

Na França da Sorbonne de FHC, coube a um blog do Libération, rival do Le Monde, contrastar a atuação positiva de Lula na reunião de Copenhague com a queda de Obama: "Os discursos de Obama e Lula foram mais do que discursos sobre os grandes desafios que nossos líderes deveriam discutir em Copenhague. Para mim, marcaram a longa e tortuosa história do declínio do império americano".

Anabella Rosemberg, que assinou dia 18 o texto sob o título (misturando inglês e português) "Exit USA, boa tarde Brasil!", definiu o quadro geral da degringolada das negociações do clima, "com a demissão de uma superpotência (EUA) e a chegada com brio de uma nação (o Brasil) que há algum tempo esperava, com paciência, para dar os primeiros passos".

A recusa em negociar, para ela, é o primeiro sinal de fraqueza do poderoso. "Nas três propostas que colocou na mesa, Obama não mostrou flexibilidade. Teve ainda o cuidado de não assumir a responsabilidade dos EUA pelo acúmulo das emissões de gas com efeito estufa. Da parte de Lula tudo era liderança, vontade, ambição. Claro que não é perfeito. A questão não é essa. Mas mostrou aos olhos do mundo que seu país está preparado para jogar no primeiro time".

Ainda na Europa, o maior jornal da Espanha, El País, já tinha considerado Lula, no dia 10, o personagem do ano de 2009, entre "Los Cien del Año", os 100 homens e mulheres iberoamericanos que marcaram os últimos 12 meses. Coube ao próprio presidente do governo espanhol, José Luiz Rodrigues Zapatero, fazer o perfil do governante brasileiro, sob a manchete "El hombre que asombra el mundo".

O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO



A descoberta das reservas de petróleo na camada do pré-sal muda radicalmente a posição que o Brasil ocupa no cenário mundial. Mais do que a auto-suficiência, as reservas poderão tornar o país um dos maiores produtores de petróleo.

A novidade coloca o povo brasileiro diante de uma encruzilhada: construir um projeto político de soberania nacional e popular ou continuar sendo fornecedor de riquezas naturais ao capital internacional?

FALAM OS NÚMEROS;

A diversidade de públicos exige uma diversidade de políticas fundiárias. Em sete anos mais de 170 mil famílias receberam título de propriedade por intermédio da regularização fundiária; 74 mil famílias tiveram acesso a terra via o programa de crédito fundiário; 4.300 famílias de quilombolas foram reconhecidas e tituladas. Na Amazônia, o Programa Terra Legal iniciou recentemente suas ações voltadas para recuperar terras griladas e para que 300 mil posseiros tenham direito à terra. Durante os últimos sete anos foram assentadas 550 mil famílias em mais de 44 milhões hectares em todo o país.

São números impressionantes. A publicação dos dados do Censo Agropecuário 2006 mostrou que a agricultura familiar responde com eficiência e rapidez às políticas públicas. Mostra, de forma clara, como ter uma agricultura familiar forte e produtiva é uma vantagem comparativa para o Brasil. É na agricultura familiar que encontramos diversificação produtiva, mais trabalho, mais produção e mais renda por hectare. Reverteu-se a tendência do esvaziamento do campo. Entre 1985 a 1995/1996 desapareceram 941 mil estabelecimentos agropecuários; de 1996 a 2006 houve um crescimento inédito: 315 mil novas unidades. E o melhor da história: enquanto entre 1985 a 1995/1996 o esvaziamento foi principalmente entre os pequenos estabelecimentos (perderam 9 milhões de hectares), em 2006 são os pequenos com até 100 ha que voltam a crescer em número (quase 130 mil novos estabelecimentos agropecuários) e em área ( mais 115 mil hectares), enquanto os grandes com mais de 1.000 ha são os que estão reduzindo em número e área (menos 12,9 milhões de hectares !). Ou seja, não só os grandes estão ficando menores, como estão perdendo terreno para a agricultura familiar.

Esta visão ampliada sobre a reforma agrária está sintonizada com uma visão de desenvolvimento rural que integra cidadania, segurança alimentar e sustentabilidade ambiental. Expressa uma percepção ampliada sobre o rural ao reconhecer que, na grande parte dos municípios brasileiros, a dinâmica econômica e social está vinculada a agricultura e que seu desenvolvimento envolve a articulação territorial de atividades agrícolas e não-agrícolas, processamento agroindustrial e serviços.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

VOU TIRAR O POVO DA MERDA EM QUE SE ENCONTRA

Vamos aos fatos. O presidente disse literalmente a situação em que o povo se encontra. Não estou me referindo ao povo que mora na Avenida Atlântica ou na Delfim Moreira, no Rio de Janeiro, nem ao povo que mora em São Paulo na região dos Jardins. E muito menos ao povo que mora nos casebres de 1.500m2 de área construída no Lago Sul de Brasília. Se a fala presidencial fosse dirigida a este público-alvo seria, sim, um engano colossal, pois erraria o presidente tanto na forma quanto no conteúdo. Mas, a bem da verdade, o chefe de Estado e governo foi certeiro: o povo realmente encontra-se na merda já que apenas 42% dos cidadãos brasileiros são atendidos por coleta de esgoto. É que há um atraso gigantesco a ser zerado.

E mesmo com todos os recursos reservados pelo governo federal para tornar factíveis projetos de saneamento básico nos últimos anos, a verdade é que com o atual ritmo de investimentos em obras de coleta de esgoto o Brasil só terá universalizado esse serviço público essencial daqui a nada menos do que 62 anos. Se não fosse a percepção dessa realidade, que tanto escandaliza a mídia do centro sul do país, talvez fossem necessários 109 anos para que os brasileiros pudessem desfrutar de uma atmosfera, vamos dizer assim, minimamente amena.

De qualquer forma, a expressão usada pelo presidente – que até meu teclado não se sente confortável para ficar digitando a torto e a direito – não é das palavras mais pesadas do repertório do baixo calão em português. Temos outras e muito piores. Acontece que esta – em especial – é de uso corrente no cotidiano dos brasileiros. É verdade também que não ecoa em salões nobres da academia com frequência e nem é recorrente em falas presidenciais. É fato que presente no evento maranhense encontrava-se o senador José Sarney, membro da Academia Brasileira de Letras, ex-presidente da República e presidente do Senado Federal. De qualquer forma não é palavra-tabu. Longe disso.

Raivas passageiras, pequenas barbeiragens no trânsito são capazes de se fazer ouvir a palavra. Será que ninguém sabe que quando um espetáculo se apresenta os artistas de teatro usam a expressão "merda" para desejar boa sorte? A tradição se sustenta na fantasia de que desejar boa sorte pode dar azar. Funciona como espécie de reversão do desejo, como se os deuses punissem a ambição. E há quem diga que a nossa tradição vem da francesa "merde".

"Merda" é nome de música composta por Caetano Veloso. Destaco estes versos:

"Gente que pôde inverter/ Para sempre o sentido/ Da palavra `merda´/ Merda! Merda pra você!/ Desejo/ Merda!/ Merda pra você também/ Diga merda e tudo bem/ Merda toda noite/ E sempre a merda..."

O mesmo Caetano que há algumas semanas chamou Lula de analfabeto, grosseiro e cafona. Recebeu repreensão de todo lado, inclusive de sua centenária mãe, dona Canô. 

"Ato espontâneo"

Chico Buarque, o grande autor de "Construção" em entrevista à revista TPM (2006) denunciou o adjetivo, supostamente dirigido ao então candidato Lula:

"Todo mundo sabe como foi conseguida a malfadada reeleição presidencial [do FHC]... mas qualquer um vai no jornal e manda que o Lula é um merda. Se os candidatos forem Lula, Alckmin, Garotinho, voto no Lula." 

Oscar Niemeyer usa essa expressão para designar o nosso mundo e ao mesmo tempo fazer sua profissão de fé:

"Se eu fosse jovem, em vez de fazer Arquitetura, gostaria de estar na rua protestando contra este mundo de merda em que vivemos. Mas, se isso não é possível, limito-me a reclamar o mundo mais justo que desejamos, com os homens iguais, de mãos dadas, vivendo dignamente esta vida curta e sem perspectivas que o destino lhes impõe".

Ante a celeuma levantada o assunto terminaria na alçada do bispo. E coube ao presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Lyrio Rocha, minimizar já no dia 11/12 o "palavrão" dito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o agora famoso discurso no Maranhão. Dom Geraldo disse que, apesar de não falar palavrão, não pode tornar "grave" um gesto "espontâneo" do presidente da República.

"Eu acho que isso [palavrão] pode ter sido um ato espontâneo. Não devemos minimizar coisas graves, nem tornar graves as coisas mais simples. Eu não falo palavrão, mas prefiro não julgar. Palavrão não cabe em contexto nenhum, mas não cabe a mim julgar. Só Deus é quem pode julgar", disse. 

Portanto, o assunto é de alçada mais elevada, está na esfera mesma... da divindade. É o que o bispo diz.

A Confecom e a soberania informativo-cultural

Podemos considerar plenamente soberano um país que tenha o seu setor audiovisual invadido em 95 por cento por produção estrangeira pesadamente em sintonia com interesses e valores destrutivos, imperiais e anti-nacionais?

Pode o Brasil pretender e alcançar melhorar seu desempenho no jogo pesado do poder mundial – como está tentando legitimamente - sem dispor de soberania plena sobre seu sistema de satélites, hoje nas mãos de uma empresa desnacionalizada (Embratel) e controlada por um país que está instalando bases militares na América do Sul, além da Quarta Frota?

É admissível um país possuidor de descomunais riquezas minerais e de um tesouro de biodiversidade - despertando cobiças igualmente colossais e sinistras num mundo marcado pelo intervencionismo de grandes potências -não dispor de um sistema de comunicação nacional voltado para a defesa da brasilidade, dos interesses nacionais, educativo, informativo e humanizador?

Será aceitável do ponto de vista da soberania-informativa um país como o Brasil possuir salas de cinema em apenas 8 por cento dos seus municípios? É tolerável um país com inequívoco potencial para posições de liderança no cenário internacional registrar taxas tão indigentes de leitura de livros, jornais e revistas, inferior à registrada na Bolívia, sendo tão pobre também no número de bibliotecas e livrarias?

A ciência da tática

Mas, há mudanças que podem ser operadas hoje, que estão ao alcance das políticas de estado, de ações de governo. Exemplo disso é a proposta de recuperação da RTVI (Rede de TVs Institucionais). Em 2004, Lula emitiu decreto presidencial criando tal rede que levaria a todos os municípios brasileiros, por meio de um sistema de repetição, o sinal das emissoras institucionais, com a possibilidade de que houvesse a geração de programação própria por um determinado período a cargo de municípios.

Como era esperado, tal proposta encontrou raivosa oposição da Abert. Mas, obteve também a oposição, esta inesperada, da Fenaj, contrariada pela forma do decreto-lei escolhida pelo presidente da república. Como se o presidente eleito com mais 63 milhões de votos não tivesse representatividade para tal decisão. Perdemos tempo. Mas, com a Confecom a proposta pode ser recuperada já que foi aprovada no Paraná e no Rio de Janeiro. E pode ser atualizada para a tecnologia de TV digital, podendo inclusive incorporar em seu novo formato as TVs Comunitárias, evidentemente, operando em sinal aberto digital. O resultado bem poderia ser a municipalização da TV no Brasil, com forte impulso na indústria de equipamentos, gerando empregos, fortíssimo impulso no audiovisual brasileiro, também ampliando empregos e inovação de linguagem, identidade cultural e elevação estética, além de representar, simultaneamente, a regionalização da produção jornalístico-cultural e a integração informativo-cultural num país rico e continental, cujo vizinho, a Colômbia, está a instalar bases militares dos EUA, provavelmente, não para uma política de boa-vizinhança.....

Portanto, é preciso definir prioridades nesta Confecom e entre elas está a operação de políticas de comunicação e a construção de instrumentos de comunicação pública que nos permitam, como povo cada vez mais organizado, assegurar de fato a soberania informativo-cultural indispensável para que o Brasil possa atuar com legítimo e mais eficiente protagonismo no perigoso e explosivo jogo do poder político internacional. Mesmo que enormes mudanças sejam necessárias no sistema de comunicação do Brasil, devemos nos perguntar, nas condições atuais, na relação de forças atuais, e dentro do arco de alianças indispensável para enfrentar potentes oligopólios estrangeiros e internos, até onde vão as nossas forças e quais são as propostas que mais nos unem agora?

Não será nesta Confecom o ajuste final de contas com a ditadura midiática. Não será ainda o dia do juízo final midiático. Provavelmente, as forças progressistas não tenham a possibilidade de fazer a "virada de mesa" que desejam, inclusive porque muitas delas estavam céticas até mesmo quanto a participar da Confecom. É apenas uma etapa mais elevada desta longa caminhada, que deve ser aproveitada para alinhavar a sustentação e implementação de várias propostas, algumas delas emblemáticamente defendidas pelo próprio Governo Lula, sustentação que requer uma tática e um campo popular da comunicação pública cada vez mais unido e fortalecido.

PANETONEGATE

Uma semana é tempo suficiente para fazer muita coisa. Este período de tempo ficou mais famoso com a descrição da criação do mundo em seis dias de trabalho – e quanta coisa se pode fazer! – ficando o sétimo dia para o descanso, que ninguém é de ferro. A descrição da semana mais famosa de que se tem notícia está registrada bem no início da Bíblia no livro de Gênesis, capítulos 1 ao 3, e o autor é ninguém menos que Moisés. Seu relato é sucinto, objetivo e substantivo, nada de grandiloqüência.

"1º Dia – Deus fez a luz; 2º Dia – Deus fez o céu; 3º Dia – Deus fez a terra, os mares, as árvores e as plantas; 4º Dia – Deus fez o sol, a lua e as estrelas; 5º Dia – Deus fez os pássaros e peixes; 6º Dia – Deus fez os animais e Adão e fez também Eva, a primeira mulher; e no 7º Dia – Deus descansou!"

Pois bem, voltemos ao que interessa. Se em uma semana tudo foi criado e até descanso foi contemplado, uma semana não foi tempo suficiente para que o principal jornal de Brasília (o mais influente e renomado por sua detalhada cobertura política) conseguisse tratar do caso Arruda que, desde seu início, em 28 de novembro de 2009, recebeu ampla cobertura dos grandes jornais brasileiros, no eixo Rio-São Paulo e até mesmo no exterior.

A Confecom e os dois projetos

As importantes mudanças comunicativas em curso na América Latina, apresentadas falsamente pelos magnatas da mídia e pelo mais intervencionista dos países do mundo como se fossem formas de censura estatal, realmente são o pano de fundo de tudo o que se está discutindo pelo Brasil afora após a realização das Confecons estaduais e a própria Confecom Nacional.

Estão em disputa dois projetos em curso na América Latina. De um lado movem-se os poderosos interesses do grande capital pretendendo introduzir maiores facilidades para as grandes empresas oligopolistas da mídia mundial, demolindo ou flexibilizando os instrumentos de defesa do estado porventura ainda vigentes nos países da periferia.

Aquilo que pretendiam com a Alca, projeto derrotado pelos povos que desenharam um novo mapa geopolítico latino-americano. Mas, continuam tentando fazer de outro modo. Ainda nos querem impor a Doutrina Monroe, agora para a era digital. Historicamente, não pode o império deixar de ser império. Registre-se que Obama é Prêmio Nobel da Paz mas ameaça militarmente o Irã, exige que a China - maior produtor mundial de computadores - renuncie à sua capacidade de concorrência, instala sete bases militares na Colômbia, com evidente capacidade operacional para todo o continente, como adverte, com lucidez, o Ministro Samuel Pinheiro Guimarães. Neste quadro de sombras, o Brasil, nem empresa nacional de satélites possui mais: FHC internacionalizou a Embratel. Os movimentos intervencionistas visando expandir a ocupação de mercados cada vez mais anexados à produção e à ideologia dos EUA, também são parte essencial do quadro de vulnerabilidades ideológicas em que ocorre a Confecom. Ainda que isto ainda não esteja explícito plenamente

A grande mídia e a segunda Confecom

A 1ª Confecom é a realização de uma reivindicação histórica dos movimentos sociais e um avanço com o qual os grupos privados de mídia não souberam lidar. Apesar de interessar a todos os atores um marco regulatório atualizado para as comunicações, os empresários parecem acreditar que as políticas públicas continuarão sendo indefinidamente estabelecidas com a exclusão da cidadania. Espera-se que as entidades que se retiraram da conferência revejam suas posições e participem dos debates da 2ª Confecom.

Impedir os câmbios

O objetivo é impedir a transformação comunicativa em curso, cujo significado mais preciso é o da recuperação dos espaços públicos midiáticos. Venezuela recupera o espaço radioelétrico como um bem público antes seqüestrado por oligarcas da comunicação vassalos da ditadura petroleira norte-americana e começa a fortalecer sua tv e rádio públicas, a comunicação comunitária é um fator democrático e soberano tangível na pátria de Bolívia, instala-se uma poderosa indústria de cinema, a "Villa del Cine", clássicos da literatura internacional como "Dom Quixote", recebem tiragem na casa dos milhões e são distribuídos gratuitamente. Até "Contos", de Machado de Assis, mereceu na Venezuela uma tiragem de 350 mil exemplares, quando aqui no Brasil a tiragem padrão de livros é de apenas 3 mil exemplares. E nossa indústria gráfica tem uma capacidade ociosa de 50 por cento....

As mudanças percorrem os Andes, e a Bolívia forma uma Rede de Rádios dos Povos Originários, lança um jornal público, "Cambio" que, em apenas seis meses de vida, já vende tanto quanto o maior jornal privado que tem décadas de privilégios de mercado, nas quais apoiou todos os numerosos golpes de estado no país. No Equador a novidade avança pela TV e Rádio públicos, cria-se um Conselho de Comunicação, há uma revisão dos critérios para novas concessões atacando os privilégios para as oligarquias tradicionais, que se consideravam portadoras de algum "direito divino" para comandar a radiodifusão. A Argentina quebra o monopólio do Grupo Clarim, reestrutura, fortalece e qualifica a TV e Rádio públicos fundados na era peronista, reservando espaços iguais na radiodifusão para o setor privado, o setor público-estatal e também para a sociedade organizada, que terá direito a um terço do fazer comunicativo. Nicarágua e Uruguai também fortalecem legislações que expandem e qualificam o papel da comunicação pública. Estas mudanças estão na mira do império...

É neste pano de fundo que ocorre a Confecom no Brasil, com a oposição da Sociedade Interamericana de Prensa, entidade fundada pela CIA, e com seus jornais afiliados repetindo, esbaforidos, que "vem aí a censura estatal", além de publicarem todo e qualquer tipo de ofensas aos governantes eleitos pelo voto das grandes massas pobres, chamando Evo Morales de narcotraficante, Hugo Chávez de psicopata e a Lula de analfabeto e outras baixarias. Se dissessem "cuidado, podemos perder nossos privilégios", ou "a ditadura de mercado sobre a mídia está em risco", ou "vamos ter que aceitar o absurdo de dividir a comunicação com o setor público e a sociedade", talvez estivessem divulgando possibilidades mais realistas sobre o que está verdadeiramente em curso, mesmo que ainda muito embrionariamente. E com barreiras imensas a serem transpostas. Se Cristina Kirchner teve maioria parlamentar suficiente para aprovar uma lei democrática de comunicação, o mesmo não ocorre aqui no Brasil, pois a heterogênea base aliada de Lula possui forte e inconfiável presença de radiodifusores.

Ainda com todas estas evidentes ações de intervenção dos EUA contra as mudanças em curso ou contra aquelas que apenas começam a ser desenhadas, como no Brasil, há quem defenda, inclusive no chamado campo progressista, exemplos de práticas de comunicação norte-americanas, ao invés de buscarmos elaborar as linhas mestras para construir nosso próprio modelo de informação e comunicação, presidido pelo princípio da soberania informativo-cultural.

Ousar inventar, romper padrões

Como ensina Álvaro Vieira Pinto: na nossa história, todas as vezes em que os brasileiros tentaram ousar e inovar, quebrando padrões e modelos impostos das metrópoles, como os quebrados pelo o gênio de Villa-Lobos, sempre surgiam os "conselheiros", os "especialistas" dizendo que tudo já estava feito, que não há nada de novo a fazer, que bastava seguir o caminho traçado....por eles. Foi assim que implantamos e desenvolvemos sob as asas sombrias da ditadura e posteriormente da tirania do mercado cartelizado, um sistema comercial de comunicação verdadeiramente embrutecedor, basicamente seguindo o modelo dos EUA.

Se Vargas tivesse dado ouvidos aos "especialistas" dos EUA que juravam que no Brasil não havia petróleo, hoje a Petrobrás não seria o colosso que é e nem teria a mais avançada das tecnologias de prospecção marítima de petróleo! Nem estaríamos a discutir a soberania sobre o petróleo pré-sal!!! Inovamos, ousamos, criamos, inventamos lá atrás! Se fomos capazes de gestar um espírito inovador e criativo como o de Santos Dumont, desdobrado posteriormente na construção de uma indústria aeronáutica própria como a Embraer - embora internacionalizada na Era da Privataria - fica claro que temos sim, como país e como povo, a capacidade de construir um modelo também inovador de comunicação. Aproveitar o que se fez de útil no passado, readaptar para os desafios da contemporaneidade, mas, sobretudo, retomando o caminho de dotar o estado de instrumentos capazes de realizar políticas públicas soberanas e estratégicas, como as praticadas por muitos países que não se avassalam e que por isso avançam na elevação informativo-cultural de seus povos.Venezuela, Equador e Bolívia já derrotaram o analfabetismo. A mídia atuou favorávelmente a esta conquista. Aqui o sistema midiático, com o mais profundo desprezo, expande a dívida informativo-cultural que esmaga o nosso povo.

Duas visões de mundo se confrontam em Copenhague

Tanto o aquecimento global quanto as perturbações da natureza e a injustiça social mundial são tidas como externalidades, vale dizer, realidades não intencionadas e que por isso não entram na contabilidade geral dos estados e das empresas. Finalmente o que conta mesmo é o lucro e um PIB positivo. Mas estas externalidades se tornaram tão ameaçadoras que estão desestabilizando o sistema-Terra, mostrando a falência do modelo econômico neoliberal e expondo em grave risco o futuro da espécie humana.

UMA VERDADE INQUESTIONÁVEL: LULA É UM GRANDE COMUNICADOR.

Lula pode realizar um governo como jamais o Brasil viu. Pode ao fim do mandato dizer que foi pé quente, que trouxe para o Brasil a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro. Pode dizer que deixa como legado a Consolidação das Leis Sociais (CLS) e o marco regulatório para a exploração de petróleo na camada do pré-sal. Pode recordar que o país emprestou ao FMI encerrando longas décadas de humilhante dependência. E pode bater no peito afirmando que no Brasil uma Colômbia saiu da classe pobre para ingressar na classe média. Sem cerimônia, como lhe é peculiar, Lula pode até dizer que conseguiu escandalizar tanto a esquerda quanto a direita.

Mas o que ele deixa como legado para os costumes políticos é algo no mínimo surpreendente e ainda vai oferecer material para anos de estudos na academia, em particular para pesquisadores de comunicação social, ciência política, semiologia, sociologia política. É que os anos Lula são ricos de inversões e apropriações nos domínios da linguagem. Estudar aspectos como o lugar da fala, os tipos de discursos, os aspectos polissêmicos concernentes, as condições do discurso, o uso de metáforas e analogias e... tudo isso, somado às características da personalidade do presidente Lula, coloca diante de nós tarefa de longo percurso e extenso alcance.

Fica evidente que é comunicador de excelência, desses que tem apenas uma única preocupação na vida política – se fazer entender. E não será o protocolo presidencial, a liturgia do cargo, a interlocução privilegiada que o fará mudar o discurso. Seu discurso é sua fala. E não existe nada tão arraigado no ser humano quanto sua posse da palavra e dos meios de se comunicar. Até porque não sabemos onde começa e onde termina o discurso em se tratando de Luiz Inácio. Certas palavras e determinados palavrões pronunciados por Lula, de acordo com a ocasião e o público-receptor, parecem despidas de sua conotação mais evidente. E foi o que aconteceu em sua recente viagem a São Luis do Maranhão, em 10 de dezembro último

UM DESRESPEITO TOTAL

Fracasso. Não há outra palavra à altura do resultado de Copenhague, o maior encontro diplomático de todos os tempos se arrastava para um desfecho inglório, sem nenhum compromisso concreto de redução de emissões por parte dos países ricos nem garantia de dinheiro para os pobres.

A declaração do presidente americano Barack Obama, que saiu de uma reunião com China, Índia, África do Sul e Brasil dizendo ter chegado a um acordo "sem precedentes" com os países emergentes, deverá entrar para a história como um desrespeito igualmente sem precedentes aos milhares de ativistas, diplomatas, empresários e jornalistas que passaram frio, apanharam da polícia, ficaram sem comer e sem dormir durante duas semanas de desgastantes negociações na capital dinamarquesa. Sem falar nos outros milhões de pessoas que acompanharam o processo à distância, pela imprensa, à espera de um acordo minimamente efetivo no sentido de combater as mudanças climáticas.

Obama também se esqueceu de dizer que o tal acordo "sem precedentes" - e sem metas - ainda precisava ser aprovado em reunião plenária por todos os outros países signatários da Convenção do Clima das Nações Unidas (193 no total). Pegou o avião e foi embora sem perguntar para Tuvalu e outras pequenas nações insulares se elas estavam de acordo com o risco de serem inundadas pela elevação do nível do mar. Mas não esqueceu de ressaltar que os EUA "não estão legalmente vinculados a nada do que aconteceu aqui". Ou seja: além de não trazer metas, o acordo não teria força de lei. Seria só um acordo político.

Todas as decisões da Convenção precisam ser tomadas por consenso, com aval de todas as nações. Os presidentes foram embora, deixando seus diplomatas à espera de algum anjo ou sábio capaz de resolver a questão. O tal acordo anunciado por Obama não passa de uma carta de intenções, com algumas promessas de financiamento, mas nenhuma obrigatoriedade de resultados.


 

Desnacionalização

Empresas transnacionais querem internacionalizar, desnacionalizar e obviamente cartelizar mais e mais a comunicação no Brasil. O Projeto de Lei número 29, em tramitação na Câmara Federal, é um exemplo claro dos movimentos intervencionistas imperiais para retirar qualquer restrição ou defesa para livre operação dos oligopólios internacionais na tv por assinatura e também para que as telefônicas transnacionais - com suas sinistras ramificações de acionistas e anunciantes que conduzem até à indústria bélica - possam atuar na televisão local, em todas as modalidades. Para confundir os distraídos e ingênuos discutiram "cotas de produção nacional", quando deveria ser o contrário.

É indispensável que o Brasil tenha um instrumento de estado capaz de sustentar a soberania informativo-cultural dos brasileiros, como também restrições a esta deletéria invasão estrangeira de ideologias e valores imperiais, sustentados por grandes empresas estadunidenses, muitas delas localizadas no epicentro da crise financeira internacional e que, impunemente, continuam a beneficiar-se da emissão de dólar sem lastro, papel pintado, com o qual bancam projetos de renovada ingerência na América Latina.

Fazem parte deste projeto, entre outras, ações como a do Usaid, financiando praticamente a fundo perdido, Ongs , jornalistas e intelectuais latino-americanos para a defesa dos valores estratégicos do Departamente de Estado dos EUA sempre entrelaçados com os grandes interesses das empresas norte-americanas, como denunciam a advogada norte-americana Eva Golinger e o jornalista canadense Jean-Guy Allard. Essas operações são ampliadas agora pela recente determinação do programa radiofônico oficial do governo dos EUA, a "Voz da América", que decidiu fortalecer sua presença na América Latina, convocando jornalistas para cursos e estabelecendo um formato de rede com outras 300 emissoras de rádio na região.

Carnaval, Rede, Câmara Cascudo, Villa-Lobos...

O povo brasileiro foi capaz de desenvolver inúmeras experiências sócio-culturais altamente comunicativas. Mencionemos a inteligência da invenção da rede lembrada por Câmara Cascudo, ou dos Coros Orfeônicos de massa criados pelo gênio de Villa-Lobos durante a Era Vargas. Ou do Cine-Educativo de Roquette Pinto e Humberto Mauro, nesta mesma fase de nossa história, quando a Rádio Nacional chegou a ser a quarta mais potente emissora do mundo, emitindo em 4 idiomas, alcançando todos os continentes e tendo entre seus cronistas intelectuais como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Nestor de Hollanda, Cecília Meirelles etc. Tão significativa foi aquela experiência comunicativa da emissora estatal que Carmem Miranda chegou a ser das principais cantoras nos Eua e a música "Aquarela do Brasil" a canção mais tocada no mundo em certo momento. Produziu-se importante publicação de integração cultural panamericana como "Pensamento da América", retratada no interessante livro "América aracnídea". E nem é preciso discorrer muito sobre esta exuberante expressão de comunicação de alcance planetário que é o Carnaval Brasileiro. Se lembrarmos que tivemos uma Rádio Mauá – a Emissora do Trabalhador - com razoável participação de segmentos sindicais e que fomos capazes de criar o programa como o "Voz do Brasil" quando o país era rural, quando as taxas de leitura eram ainda mais indigentes que as de hoje, um programa que chegava e ainda chega a todos os grotões levando informação relevante dos poderes públicos e que hoje está ameaçado pelos magnatas da comunicação que preferem o Voz da América.....constatamos que podemos aproveitar parte importante da nossa história. A Confecom é a oportunidade para tomar consciência de nossas vulnerabilidades informativo-culturais, dimensionar com realismo nossa imensa dívida e para iniciar a construção de um novo rumo a seguir, um modelo democrático , brasileiro e soberano de informação

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AS MUDAS DE ÁRVORES PLANTADAS PELO PROJETO ÁGUA LIMPA



Nossa reportagem, agora passado alguns meses do início do plantio de árvores do Projeto Água Limpa, voltou a beira das nascentes e do Rio Pratos para ver as condições das mudas plantadas após as chuvaradas e o transbordamento do rio por diversas vezes. O que vimos foi muito triste. E para quem está envolvido com o projeto, deve ser mais triste ainda, pois cada vez que o rio transborda a água traz consigo galhos, folhas, plástico e tantas coisas mais que vão levando tudo por frente. As árvores continuam lá, seu desenvolvimento dentro do previsto para o tempo de plantio, porém, poucas de pé. A correnteza da água e os dejetos que traz consigo vão deitando as mudas, conforme mostram as fotos, fazendo com que o pessoal envolvido no plantio, replantio e cuidados das árvores, tenham que retornar ao local, levantar e firmar no solo muda por muda e sonhar que a próxima enxurrada não venha. Cada vez que isso acontece, e tem se repetido tantas vezes que o custo começa a tornar-se um serio problema para os executores do projeto. Perguntados se isso não os desanima, a resposta foi de otimismo: Vamos voltar lá tantas vezes quantas for preciso, mas é necessário que as pessoas de conscientizem disso e façam a sua parte, pois o futuro da água que bebemos não é um problema só nosso, é de toda a comunidade.

FALAM OS NÚMEROS;

A diversidade de públicos exige uma diversidade de políticas fundiárias. Em sete anos mais de 170 mil famílias receberam título de propriedade por intermédio da regularização fundiária; 74 mil famílias tiveram acesso a terra via o programa de crédito fundiário; 4.300 famílias de quilombolas foram reconhecidas e tituladas. Na Amazônia, o Programa Terra Legal iniciou recentemente suas ações voltadas para recuperar terras griladas e para que 300 mil posseiros tenham direito à terra. Durante os últimos sete anos foram assentadas 550 mil famílias em mais de 44 milhões hectares em todo o país.

São números impressionantes. A publicação dos dados do Censo Agropecuário 2006 mostrou que a agricultura familiar responde com eficiência e rapidez às políticas públicas. Mostra, de forma clara, como ter uma agricultura familiar forte e produtiva é uma vantagem comparativa para o Brasil. É na agricultura familiar que encontramos diversificação produtiva, mais trabalho, mais produção e mais renda por hectare. Reverteu-se a tendência do esvaziamento do campo. Entre 1985 a 1995/1996 desapareceram 941 mil estabelecimentos agropecuários; de 1996 a 2006 houve um crescimento inédito: 315 mil novas unidades. E o melhor da história: enquanto entre 1985 a 1995/1996 o esvaziamento foi principalmente entre os pequenos estabelecimentos (perderam 9 milhões de hectares), em 2006 são os pequenos com até 100 ha que voltam a crescer em número (quase 130 mil novos estabelecimentos agropecuários) e em área ( mais 115 mil hectares), enquanto os grandes com mais de 1.000 ha são os que estão reduzindo em número e área (menos 12,9 milhões de hectares !). Ou seja, não só os grandes estão ficando menores, como estão perdendo terreno para a agricultura familiar.

Esta visão ampliada sobre a reforma agrária está sintonizada com uma visão de desenvolvimento rural que integra cidadania, segurança alimentar e sustentabilidade ambiental. Expressa uma percepção ampliada sobre o rural ao reconhecer que, na grande parte dos municípios brasileiros, a dinâmica econômica e social está vinculada a agricultura e que seu desenvolvimento envolve a articulação territorial de atividades agrícolas e não-agrícolas, processamento agroindustrial e serviços.

QUE PAPELÃO, O EMPRESÁSARIO É TEU PATRÃO.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, foi insistentemente vaiado durante a sua fala na abertura da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Ao ser chamado pelo mestre de cerimônias, as vaias começaram. Mal começou a falar sobre o "sucesso da conferência" – segundo ele, amplamente democrática por contar com a participação de todos os setores -, e o plenário gritava "Hélio Costa, que papelão, o empresário é teu patrão".

Visivelmente constrangido, o ministro cortou seu discurso e deixou o púlpito antes do previsto. O chefe da pasta responsável pela organização da Confecom e principal órgão de regulação do setor acabou sem falar de nenhuma pauta específica. A exceção foi a digitalização da TV.

Hélio Costa, apesar das vaias, não perdeu a oportunidade para citar o que deve ser o principal tema de propaganda da sua gestão à frente do ministério: a idéia de que a TV digital é um sucesso, que o "sistema brasileiro" está ganhando terreno na América do Sul e que impulsionará a indústria brasileira.

OS TUCANOS E O EFEITO TEQUILA

Em primeiro lugar, em continuidade com a política do governo FHC, o Brasil teria aprovado a ALCA – a Área de Livre Comércio para as Américas. O Brasil estaria submetido ao livre comércio, ao contrário dos processos de integração regional. O Mercosul teria terminado, não existiriam o Banco do Sul, a Unasul, o Conselho Sulamericano de Defesa.

As conseqüências atuais podem ser constatadas na forma como um país que assinou um Tratado de Livre Comércio com os EUA e o Canadá, como o México, e outro, de tamanho proporcional, como o Brasil, que teve papel destacado na inviabilização da ALCA e optou pelos processos de integração regional. O presidente do México, Felipe Calderón, tinha convidado a Lula para que os dois países fossem juntos ao FMI. Lula respondeu que nosso país não precisa mais disso e, ao contrário, terminou fazendo empréstimos ao FMI.

Mas o pior viria depois, com a crise: pode-se imaginar o tamanho da recessão em que se envolveu o México – menos 7% do PIB, menos 16% da produção industrial neste ano – e os seus efeitos prolongados sobre uma economia que se tornou absolutamente dependente do vizinho do norte – onde se originou a crise e onde ela se revela de forma mais acentuada e prolongada.

Enquanto isso, o Brasil, assim como os países que privilegiaram a integração regional, saiu rapidamente da crise e voltou a crescer, além de, pela primeira vez, impedir que os pobres pagassem o preço da crise, ao manter as políticas sociais, seguir elevando o poder aquisitivo dos salários e os empregos formais.

Além disso, se diversificou o comércio internacional do Brasil – a China é o nosso primeiro parceiro comercial, não mais os EUA -, fazendo com que, pela primeira vez, se supere uma crise internacional sem depender da recuperação da economia norteamericana, da européia ou da japonesa, que seguem em recessão. Se intensificou também muito o comércio interrregional, entre o Brasil, a Argentina, a Venezuela, a Bolívia e os outros países dos processos de integração regional.

Nenhum desses três fatores – diversificação do comércio internacional, intensificação do comercio regional e expansão do mercado interno – estaria presente se os tucanos – FHC, Serra, Alckmin – continuassem governando. O quadro mexicano é a cara triste e angustiante que teria o Brasil, se os tucanos estivessem governando o país.

Esse é o tema que estará em jogo nas eleições do ano próximo. Por isso Aecio Neves diz que "será um candidato pós-Lula e não anti-Lula", que "não convêm (aos tucanos) comparar números e Serra pretende ter um perfil próprio, querendo desvincular-se do governo de que foi ministro durante oito anos. Mas o caráter plebiscitário das eleições é inevitável, um plebiscito entre dois Brasis, o de FHC e Serra contra o de Lula e de Dilma.

O ETERNO GOLPISMO

Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz, se somou à rejeição internacional ao golpe perpetrado contra Manuel Zelaya. Foi categórica ao declarar que "a paz não foi firme e duradoura porque não havia um consentimento de legitimar as instituições democráticas. Havia boa vontade e muitos dos dirigentes tinham a pressão dos tempos - sentiam novos tempos. Esse período serviu, lamentavelmente, para que os setores oligárquicos se reacomodassem e o resultado é o que vemos hoje".

Mais que uma constatação, suas palavras descrevem uma viagem no tempo. Zelaya, abrigado na embaixada brasileira, não era apenas a visão do retrocesso institucional, mas um transe que não obedece a estruturas lineares, ordenadas e lógicas. Para apreender a realidade centro-americana não bastam as categorias e conceitos da Ciência Política. Eles são de pouca serventia se não se inserem na tessitura cruel do realismo mágico. Naquilo que emoldura o golpismo eterno dos oligarcas

LULA NA VISÃO DO MUNDO E DA MÍDIA

Quando Lula não apenas discordou da mandatária alemã Ângela Merkel e também disse que as potências atômicas não têm moral para exigir que o Irã não tenha direito ao seu programa nuclear, percebemos novamente como opera a linha editorial subproduto do princípio ideológico do "Eixo do Mal". Há uma ausência sistemática de sintonia entre o eco internacional positivo das falas presidenciais e o tratamento editorial negativo que a mídia nacional lhe atribui, quase por unanimidade.

Primeiro, há que reconhecer: Lula tem tido a audácia de tocar em temas considerados intocáveis como, por exemplo, ao questionar e criticar a reserva de mercado de fato de um clube restrito de países atômicos que pretende impor o desarmamento aos demais países. E, quando algum destes países periféricos reivindica o direito natural e histórico à isonomia de também possuir tecnologia nuclear é logo condenado como se seus objetivos fossem inquestionavelmente terroristas. E são logo colocados no "Eixo do Mal" criado pelo belicoso George Bush.

Não podemos esperar informações objetivas e verazes sobre estes processos. Afinal, trata-se de uma mídia que segue o manual de jornalismo do "Eixo do Mal" e condena tudo o que questione esta linha, como agora critica Lula por sua audaciosa posição contra os privilégios dos países atômicos que querem manter os outros desarmados.....Tudo isto tem tradução no jornalismo. Ou seja, Lula tem sido singular construtor de pautas para um jornalismo independente. É preciso aproveitá-las com criatividade e originalidade. Ter a audácia, como Lula o faz em política internacional, de discordar da linha editorial convencional sobre temas tão complexos.

Na abertura, Lula assume compromisso com regulamentação da Constituição; nenhuma palavra sobre disputa regimental

A única quase novidade foi o tom de compromisso com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva referiu-se à regulamentação dos artigos constitucionais que estabelecem o marco principal para as atividades de mídia. No discurso preparado e ensaiado, Lula afirmou que a não-regulamentação do Capítulo V Da Ordem Social da Constituição contribui para os desvios do sistema de comunicação no Brasil. O presidente também criticou o fato de o marco legal da radiodifusão, o Código Brasileiro de Telecomunicações, ser muito antigo e não considerar os avanços tecnológicos.

A declaração presidencial é quase novidade porque apenas referenda o que já havia sido indicado por representantes da Secretaria de Comunicação Social do governo federal. Em entrevistas e intervenções anteriores, já havia indicações de que a estratégia do Executivo na Confecom seria defender regulamentar o que já existe.

A fala de Lula reforça a idéia de que este é o único flanco aberto pelo governo para uma negociação mais ampla. Ao mesmo tempo, confirma a impressão de que o Executivo não deve se comprometer com a execução de políticas específicas, deixando para a arena do Legislativo uma possível briga por novos marcos regulatórios. A julgar pelo restante do discurso presidencial, a universalização da banda larga é a única pauta em que o governo parece assumir postura pró-ativa. Segundo Lula, levar acesso rápido a internet "a preços módicos" é uma necessidade urgente.

VOCÊ TEM INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL?

No mundo materialista em que vivemos, que lugar tem a espiritualidade?
Segundo a Dra. Dana, algumas pessoas possuem este tipo de inteligência mais desenvolvido, do mesmo modo que alguns têm um QI elevado e outros têm um QE mais elevado. O Ponto de Deus é uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado para a vida, nos ajudando a encontrar valores espirituais. O pensamento racional é aquele que nos ajuda a ter um raciocínio lógico, o outro, o emocional, nos permite fazer o raciocínio associativo, condicionado por hábitos e emoções. O terceiro tipo seria então este QS, o qual permite que tenhamos pensamentos criativos, capazes de insights, de percepções que ajudam a pessoa a trabalhar nos limites da situação, superando as dificuldades, que são encaradas como oportunidades de crescimento espiritual. Talvez este QS seja realmente a linguagem do espírito, aquela linguagem que pessoas como nós, que buscam as respostas para nossas vidas, possuem de forma inata. Aquele sentido de União com o TODO que parece não estar presente em alguns seres humanos e existir em outros, estaria,então, ligado a este tipo de inteligência. É bem verdade que algumas pessoas não sentem nenhuma necessidade de buscar a tal "União com Deus", não procuram desenvolver questionamentos filosóficos e se contentam em fazer seu papel humano do ponto de vista material. Segundo a Cabala, estas pessoas possuem instintos vegeto-animais desenvolvidos, mas não 'sobem', não 'ascendem' na Árvore da Vida.
Não se preocupam com sua evolução espiritual.

A Dra. Dana afirma que as pessoas com QS (inteligência espiritual) são facilmente reconhecidas porque:
1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2. São estimuladas por valores; são idealistas.
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.
4. São holísticas.
5. Celebram a adversidade.
6. Têm independência.
7. Questionam sempre.
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto muito amplo.
9. Têm espontaneidade.
10. TÊM COMPAIXÃO!

Quantos destes itens você possui? Tenho certeza que os leitores desta coluna, os internautas que buscam no STUM uma forma de compreender seu Destino Pessoal, são pessoas que possuem um QS elevado!

Creio que esta semana irei devorar o livro da Dra. Dana para saber mais sobre essa tal Inteligência Espiritual! A meu ver, aqueles que desenvolvem valores éticos e morais, que buscam o desenvolvimento espiritual e a união com o Todo, aqueles que sentem compaixão pelos outros e estão sempre dispostos a ajudar e compartilhar, podem fazer a diferença neste mundo, mudar o rumo da Terra! Sim, caros internautas, juntos podemos mudar o rumo de nosso planeta, antes que seja tarde! Acreditem, nós todos -unidos-, podemos fazer a diferença.

OS NEOPINOCHETISTAS ESTÃO PRESTES A RETORNAR AO COMANDO DO CHILE

No primeiro turno, Piñera obteve 44% contra um pouco menos de 30% de Frei. Aquele tem sido o resultado histórico da direita. A diferença é que, desta vez, o candidato da Concertação tem, de longe, o pior resultado de um candidato dessa coalizão e não pode contar com muita transferência de votos – as pesquisas acrescentam uns 3% de outros candidatos. Isto é, nem sequer a decisão do PC e de Arrate de apóia-lo no segundo turno, tem permitido que os votos obtidos por eles sejam canalizados para Frei no segundo turno. Menos ainda os de Enriquez-Ominani, que liberou seus eleitores.

Assim, se avizinha, ao que tudo indica, um retorno da direita ao governo no Chile, como um dos resultados das políticas da Concertação, de conciliação com o modelo herdado de Pinochet, sem sequer ter convocado uma Assembléia Constituinte para permitir que o Chile tenha uma Constituição democrática e não um remendo daquela imposta pela ditadura, nem tampouco ter conseguido um apoio popular muito amplo, de tal forma que grande setores de origem pobre votam pelo candidato neopinochetista.

Quatro mandatos – em um total de vinte anos – de candidatos da Concertação, dois dos quais presididos por socialistas chilenos, desembocam, provavelmente, em um fracasso e na devolução do governo ao (neo)pinochetismo, sem ter rompido com o modelo econômico e sem ter conseguido desarticular a direita originária da ditadura militar. O Chile, exibido pelas instituições financeiras internacionais como o modelo supostamente bem logrado de implementação das políticas de livre mercado, volta às mãos dos que a formularam e a implementaram durante a ditadura pinochetista.

FUGINDO DA RAIA

O grande público pôde, finalmente, tomar conhecimento da existência da Conferência Nacional de Comunicação, aberta na segunda-feira, em Brasília, com encerramento marcado para (17/12). E como milhões de brasileiros tomaram conhecimento da conferência? Por meio do Jornal Nacional, que na edição de anteontem (14) dedicou quase um minuto a uma nota narrada pela voz pausada e bem articulada de William Bonner, noticiando o início dos trabalhos da Confecom (ver aqui).

Era uma pauta óbvia. Afinal, tratava-se de uma conferência que reunia mais de 1.600 delegados, e cujos trabalhos foram abertos com um discurso do presidente da República. Embora se trate do mais importante telejornal brasileiro, a edição do Jornal Nacional sem imagens. optou por dar essa matéria

Esse detalhe passaria por uma simples decisão dos editores não fosse o tom – e a entonação – de editorial imprimida por Bonner na leitura da nota. Ali foi dito que "a representatividade da conferência ficou comprometida sem a participação dos principais veículos de comunicação do Brasil", para em seguida lembrar que seis das mais importantes entidades empresariais do campo da comunicação – Abert e ANJ, entre elas – decidiram, quatro meses atrás, abandonar a organização da conferência por considerarem "as propostas de estabelecer um controle social da mídia uma forma de censurar os órgãos de imprensa, cerceando a liberdade de expressão, o direito à informação e a livre iniciativa, todos previstos na Constituição".

Não é bem assim. Aliás, não é nada disso. O problema maior é que as empresas de mídia têm sérias dificuldades em discutir publicamente o seu papel na sociedade – em suma, a mídia não pauta a mídia. No caso dos veículos impressos, pode-se até compreender essa atitude, ainda assim passível de críticas. Mas no que respeita às empresas de radiodifusão, que são concessionárias de um serviço público, essa postura é inadmissível. Mas, como de costume, seus representantes fazem cara de paisagem e seguem em frente, brandindo o argumento da defesa da liberdade de expressão, claro. É lamentável.

AMOR E ODIO

No dia cinco de dezembro, a Folha de S.Paulo publicou dois textos que deveriam se posicionar contra e a favor da Reforma Agrária. Se a boa intenção era jogar luz sobre um tema difícil e controverso, o resultado não poderia ter sido pior. Os dois autores desenvolveram seus textos a partir de um mesmo erro metodológico: abordaram a reforma agrária a partir de seu posicionamento sobre o MST. Confundiram reforma agrária com MST. Um, com devoção quase religiosa ao movimento e o outro, movido por um rancor incontido. Como sempre, "as aparências enganam aos que odeiam e aos que amam". Esta postura só serve para interditar a possibilidade de um debate consequente e livre de sectarismos. Um debate que deveria nos auxiliar a compreender os desafios contemporâneos de um desenvolvimento rural sustentável, e sobre qual reforma agrária é boa para a nação e como viabilizá-la.

Por maior que seja a importância que se queira dar ao MST, a reforma agrária nem de longe se reduz a ele. Seja porque não é o único ator do tema fundiário (Contag, Fetraf, CNS e dezenas de movimentos também o são), seja porque seus erros ou acertos não dispensam a necessidade de um debate sobre a questão agrária brasileira do ponto de vista dos interesses da nação. É necessário ir além do rancor ou da devoção dos autores ao MST. A reforma agrária passa pelo julgamento da estrutura agrária e seus efeitos e não pelo julgamento do MST.

ALÔ DINAMARQUESES. NEM VOCES PODEM CONTROLAR ESSA CONFERÊNCIA.

Os dinamarqueses investiram enorme quantidade de dinheiro para converter sua capital (hoje chamada "Hopenhagen" [ing. hope, "esperança"]) em capital da conferência que salvaria o planeta. Seria ótimo, se a conferência estivesse realmente interessada em salvar o mundo. Mas, dado que não está... então os dinamarqueses puseram-se freneticamente a tentar meter-nos num novo design.

Considerem-se os protestos do fim-de-semana. No fim, havia cerca de 1.100 presos. Bobagem. Na marcha do sábado, cerca de 100 mil pessoas chegaram a uma encruzilhada nas negociações sobre clima, quando todos os sinais apontavam ou para a ruptura ou para um acordo perigosamente fraco. A marcha foi festiva e pacífica, mas difícil. A mensagem foi "O clima não negocia" – e os negociadores ocidentais tinham parado de negociar.

Portanto, que nossos anfitriões dinamarqueses lembrem-se bem: claro, Copenhagen é a cidade de vocês, e todos os adoram por seus moinhos e suas biciletas. Mas o planeta é de todos. Parem com esse negócio de nos excluir do design geral.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O FUTURO

Os manifestantes em Copenhague levavam faixas pedindo ação imediata em frases como "A natureza não pode fazer acordo", "Não temos plano B" e mensagens defendendo direitos povos indígenas e de países pobres. Ativistas calculam que cerca de 500 organizações não-governamentais participaram do protesto seguido por uma vigília à luz de velas em frente ao centro de convenções. Entre participantes anônimos de todo o mundo, fantasiados de ursos polares, marcianos e outros personagens, estavam personalidades como a modelo Helena Christensen, o arcebispo Desmond Tutu, o líder da igreja anglicana, Rowan Williams e a ex-comissária para direitos humanos da ONU Mary Robinson. Só o Greenpeace afirmou ter reunido representantes de 32 países para participar da passeata. "A nossa mensagem para os mais de 120 chefes de Estado que chegam a Copenhague é unida, é global, é alta e clara: chegou a hora de nos unirmos e o futuro é agora", disse o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.


 

 
 

A CIÊNCIA E A ESTUPIDEZ

 "Todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [dos negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não. Pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade." É quase inacreditável que, em pleno século XXI, o cientista James Watson, um prêmio Nobel, possa dizer algo tão hediondo, ressuscitando teses de pseudociência do século XIX que alimentaram os massacres racistas que se seguiram. E, mesmo assim, pretende ter ares de autoridade e de verdade.
 Watson nada mais é do que uma caricatura de um tropel de pretensos intelectuais que agora se apóiam no argumento da miscigenação étnica para dizer que não existe racismo no Brasil. Por essa ótica, Neguinho da Beija-Flor teria que alterar sua alcunha para "Branquinho", já que 67,1% dos seus genes têm origem na Europa e apenas 31,5%, na África. Junto a isso, busca-se afirmar que raças não existem e, portanto, o racismo também não. Provavelmente, uma invenção de cabeças guiadas por algum tipo de paranóia.
 A distorção deste tipo de argumentação esbarra no simples fato de que, para discriminar alguém, não se faz qualquer teste de laboratório para saber a composição genética de seu organismo. Como diz o antropólogo Acácio Almeida, "para dizer quem é negro ou não deveria haver uma comissão de policiais e porteiros. Se os intelectuais não sabem quem é negro, eles sempre sabem". É a percepção social da cor da pele e dos traços físicos que pesam. Não se dar conta disso é falsear as hipóteses, é tentar ratificar a estupidez transformando-a em fundamento científico.
 Faz parte da própria estrutura social do país tratar o negro como inferior. Por isso mesmo, combater o preconceito defendendo a adoção de medidas que já provaram seu sucesso, como o sistema de cotas, é dever não só dos governos, mas de toda a sociedade. Um dever moral, de quem precisa promover uma reparação histórica que condenou gerações inteiras à exclusão e ainda é uma ameaça a qualquer tentativa de se reduzir a desigualdade, num país onde ela ganha um aspecto odioso de perenidade.

OU TÁ COMIGO OU É MEU INIMIGO



Nelson Rodrigues costumava dizer que toda unanimidade é burra. Em Minas Gerais, a unanimidade em torno do governador Aécio Neves vai mais longe. É, além de burra, truculenta, cega e venal. Nenhum outro governador brasileiro ostenta índices tão altos de aprovação e popularidade. Apontado como um dos favoritos ao Planalto em 2010, Aécio raramente aparece na mídia em situações desconfortáveis ou constrangedoras. Quando isso acontece, como no caso do "mensalão tucano", a imprensa mineira é a última tocar no assunto. Via de regra, espera um sinal de fumaça do Palácio da Liberdade para entrar na pauta, sempre na esteira da defesa do governador. Mas de onde vem esse fervoroso engajamento jornalístico? Será bairrismo em torno da perspectiva de um mineiro na presidência? Ou é o fato de o governador ser jovem, boa pinta e austero com as finanças?
Nos bastidores do Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, existe uma azeitada máquina de comunicação e propaganda trabalhando a todo vapor para manter a imagem de Aécio intacta e em alta até as eleições de 2010. Esse projeto de poder, que começou a ser gestado em 2002, é baseado no binômio truculência e dinheiro. Em Minas, é proibido falar mal do governador. Casos de jornalistas que ousaram quebrar essa regra e foram demitidos ou ameaçados existem aos borbotões. O resultado, em muitos casos, é a opção pela auto-censura como forma de sobrevivência.
Esse consenso tem sido financiado por uma farta publicidade estatal. Não é a administração direta, mas as estatais que mais gastam em comunicação e publicidade. Com isso, fica mais difícil a fiscalização da Assembléia Legislativa, que ainda por cima conta com uma oposição pouco coesa. "Minas é um estado com alto grau de censura. A imprensa, aqui, é porta-voz do governo Aécio. Existem muitas denúncias de jornalistas perseguidos pelo Palácio da Liberdade. A intervenção do governo se dá de forma direta. Eles pedem a demissão de funcionários e, em muitos casos, são atendidos. Hoje, a censura é mais econômica, já que a cota de publicidade (estatal) nunca foi tão alta. O gasto de publicidade de Aécio cresceu 500% em relação a Itamar. Na execução fiscal de 2006, ele gastou 400% a mais que o previsto", relata o deputado estadual Carlin Moura, do PCdoB.
A pedido da Fórum, Carlin enviou um requerimento ao governo pedindo uma planilha detalhada com todos os investimentos publicitários do estado, incluindo as estatais. Até o fechamento desta edição, esses dados ainda não haviam sido liberados. "Existe uma caixa preta, já que a maioria dos gastos é feita por empresas estatais, como a Cemig e a Copasa, sobre as quais a Assembléia não tem controle. Eles não dão as rubricas separadas", conclui Carlin. Em tempo. Segundo dados do Diário Oficial de Minas, a Copasa gastou, só no primeiro trimestre de 2007, R$ 5.208.000. A estatal opera com duas agências, a 3P Comunicação e a RC Comunicação Ltda. No segundo trimestre, a estatal gastou mais R$ 6.615.000, sempre com as mesmas agências. "As empresas são obrigadas, por um dispositivo legal, a informar o volume de gastos, mas não temos como fazer o acompanhamento orçamentário", informa um assessor da Assembléia Legislativa. O Diário Oficial informa, ainda, que, em 2007, a Secretaria de Estado de Governo já ultrapassou os R$ 30 mil. (
Revista Fórum)

MPF vai requerer informações sobre contratos entre a Globo, RBS e afiliadas no interior do RS

MPF vai requerer informações sobre contratos entre a Globo, RBS e afiliadas no interior do RS

A Procuradoria da República no Município de Canoas vai solicitar à Junta Comercial do Rio Grande do Sul para que forneça todos os contratos sociais dos 12 CNPJs que compõem o grupo Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS) no Estado. A decisão foi tomada durante audiência pública que discutiu possível monopólio da RBS e irregularidades nas concessões de rádio e televisão no Rio Grande do Sul.

O coordenador da audiência pública e procurador da República em Canoas Pedro Antônio Roso informou ainda que será requisitado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que informe em nome de quem está registrada a marca RBS. Também será questionado à Rede Globo, RBS Porto Alegre, Caxias do Sul e as outras 10 afiliadas, qual percentual da arrecadação total que vai para a Globo, quanto fica com a RBS de Porto Alegre e quanto obtém a RBS do interior do Rio Grande do Sul.

À Rede Globo e RBS igualmente será requisitado cópias dos contratos entre as mesmas. Finalmente o Ministério Público Federal (MPF) vai recomendar ao Ministério das Telecomunicações para que abra procedimento a fim de verificar a existência de monopólio de fato por parte da RBS.

Durante todo encontro, representantes do movimento social, entre os quais o próprio CONRAD, autor do pedido de providências que resultou na audiência pública, defenderam a existência do monopólio na área de comunicação, alegando, inclusive, que o Ministério das Comunicações dificulta a análise de concessão para funcionamento das rádios comunitárias. O Ministério negou tal afirmativa justificando que existem outros concorrentes ao grupo no Estado e que o Decreto-lei 236/67, em seu artigo 12, limita em duas concessões no máximo por proprietário dentro de um Estado. A RBS explicou que possui apenas duas emissoras de televisão, Porto Alegre e Caxias. As demais seriam outras empresas, inclusive com CNPJ diferente e que estaria cumprindo a legislação, pois alega ser proprietária apenas das duas emissoras.

PALAVRAS DE HELIO JACINTO PEREIRA NO BLOG CONVERÇA AFIADA.

Serra e o verdadeiro Mão Grande da política brasileira, meteu a Mão no programa dos Genéricos criado pelo Ministro Haddad, meteu a Mão no projeto de seguro Desemprego criado e colocado em execução pelo Governo Sarney no ano de 1985, nesta época este Mão Grande era secretário no Governo de SP,
alias um péssimo secretário. Portanto este pilantra não colocou sequer uma virgula no projeto de seguro Desemprego.
Ultimamente o Mão Grande vem afirmando ser o responsável pela lei antifumo o que também não e verdade, esta lei existe desde 1995 .
Serra, mente, omite e mete a Mão Grande nos projetos dos outros com a conivência da grande Midia que e mantida por verbas publicitárias do Governo de SP.
O dinheiro que deveria ser usado na saúde, na educação, nos transportes e no combate as enchentes, vem servindo para comprar o silencio de Jornalistas que vivem posando de éticos.

MORRE O VERDADEIRO AUTOR DA LEI DOS GENÉRICOS



 Morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 83 anos, o presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Jamil Haddad. Ex-ministro da Saúde, Jamil morreu em casa, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, vítima de enfarte.


O velório será realizado na capela 2 do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, a partir das 12h. O sepultamento está previsto para as 17h.
Biografia


O médico Jamil Haddad nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de abril de 1926. Formado em ortopedia na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, Haddad ingressou na vida política em 1962, quando foi eleito deputado estadual pelo então estado da Guanabara.


Haddad foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 1988. Ministro da Saúde no governo Itamar Franco, onde permaneceu até 1993, ele foi o autor do decreto dos medicamentos genéricos.

VELHA MIDIA ESTÁ EM CRISE

Essa velha mídia que está em crise, ao meu ver, é a mídia que se organiza na lógica dos antigos meios de comunicação – como TV, jornal, revista –, mas não é isso que as torna velha mídia. O que torna essas mídias velhas é porque elas estão fundadas, alicerçadas num modelo que para mim está em crise, que é o modelo da lógica comercial, das organizações verticais, dos grandes conglomerados, de tratar a informação como mercadoria. Isto é que torna esses veículos de comunicação parte de uma velha mídia. Existe uma nova mídia em construção. Uma mídia que tem se revelado muito mais ampla e democrática, que se constrói a partir da diversidade, a partir do compartilhamento, na lógica da gratuidade, inclusive da solidariedade, da contribuição, do diálogo e da troca. Isso é o que caracteriza grande mídia. Pode até haver um protagonista principal, mas não é esse protagonista principal que o tempo todo pauta o debate. Em muitos momentos, na prática do bloguismo, um comentário gera uma pauta. No diálogo, na troca que caracteriza a nova mídia, há participantes também que acabam se tornando blogueiros naquele processo. A nova mídia é uma mídia na qual aquela velha lógica formal do emissor-receptor está condenada a ser esvaziada. Não é que não vai existir pessoas que se destacam. Isso vai existir, mas já é um modelo diferente. Os jornalista considerados grandes comentaristas políticos ou então especializados dos chamados jornalões, dos veículos tradicionais, essas pessoas não conseguiram, não foi imediato elas montarem seu bolg e passarem a estarem em portais. Muitos deles sumiram, tentaram marchar nessa área, viram que não tinham condições de fazê-lo porque estão acostumados com o palanque nos quais eles falam sozinhos.

LATIFUNDIO DO ÉTER VAI CONSEGUIR APROVAR MAIS UM ABSURDO.

A contratação de publicidade em emissoras de rádio e de televisão que operam de forma ilegal - as chamadas emissoras piratas - poderá passar a ser crime, conforme projeto aprovado nesta quarta-feira (9) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). A pena para tal crime será de detenção de um a dois anos, aumentada da metade se houver dado a terceiros.

O projeto PLS 468/09 altera a lei que institui o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/1962), para dar àqueles que contratam propaganda em TVs e rádios piratas a mesma punição prevista para os que operação essas emissoras ilegais. Na justificação da matéria, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) destaca que a atuação de emissoras clandestinas interfere não apenas nas estações de rádio e televisão que operam legalmente, mas também na comunicação entre pilotos e torre de controle de voos, gerando riscos para o transporte aéreo.

- Nesse caso, a operação clandestina de emissões radiofônicas pode configurar-se ameaça à segurança pública - frisou o autor da matéria, ao defender a criminalização daqueles que contribuem para financiar as emissoras piratas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Corecon/RS promove noite de festa para homenagear destaques da economia gaúcha



O Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (CORECON/RS) promoveu ontem, 10/12, no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, uma grande noite de entrega de prêmios aos economistas gaúchos que se destacaram no cenário econômico em 2009. Aproximadamente 200 pessoas prestigiaram a solenidade.


Clóvis Benoni Meurer, diretor superintendente da CRP Companhia de Participações conquistou o VII Prêmio Economista do Ano – 2009. Carlos Gastaud Gonçalves foi agraciado com VII Prêmio Destaque Especial. O primeiro lugar do Prêmio Conselho Regional de Economia Corecon/RS – Monografias foi para Anelise Manganelli, da PUCRS, com o trabalho "A mercantilização do ensino superior: Um olhar para os trabalhadores docentes".

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

DE AGORA ATÉ 2010 TUDO É MAGIA DE NATAL






Inicia-se um novo tempo... um tempo litúrgico, o Advento. Tempo de nos prepararmos para o nascimento do Cristo menino. Tempo para renascermos... Tempo de prepararmos as nossas casas, nossa escola, nossa comunidade, nossa família e vida, para o Cristo que veio, que vem e que sempre está conosco. Tempo de fortalecermos a esperança com o verde da coroa, de coroarmos as nossas vidas com a paz que o Cristo nos traz. Tempo de iluminar o mundo com a luz da vida, das velas e luzes que iluminam o nosso Natal. E, principalmente, de inundar o mundo de amor, de generosidade, de esperança e fé.
Mediante o brilho da estrela que iluminou a manjedoura de Belém, que guiou os sábios reis e que reuniu pastores e trabalhadores do campo em torno da manjedoura, possamos nós também iluminar nossa vida e família.
A Magia do Natal CFJL não quer ser apenas decoração e apresentações natalinas. Mas quer convidar as famílias a viver o período preparatório do Natal, o advento, como um tempo de iluminação das nossas vidas, mentes e sonhos, um tempo de generosidade nas relações, um tempo de avaliarmos o que realmente nos faz feliz, nos alegra e nos une com família. Um tempo de fortalecer a fé em Deus, o amor nas pessoas e a esperança nos nossos sonhos.



Magia do Natal CFJL 2009






Programação oficial:



10/12 - Encenação de Presépio Vivo e Apresentação do Grupo de Danças do CFJL



11/12 - Espetáculo "O Natal de Natanael" - Alunos e professoras das Séries Iniciais



14/12 - Apresentação da Orquestra CFJL de Violões



15/12 - Apresentação de Estreia da Fanfarra Natalina 2009



16/12 - Ceia de Encerramento Letivo



Dias 17, 21 e 22/12 - Serenata Natalina



OBS.: Todas as programações terão como horário de início às 20h30min.

UM ESPETACULO CHAMADO CORRUPÇÃO

Não dá mais para tolerar a impunidade. O grito dos estudantes em Brasília, "Arruda na Papuda, PO no xilindró", ressoa o sentimento geral de que ficou insuportável a convivência com o deboche dos corruptos e com a lição repetida de que o crime compensa.

Estamos no apogeu da repercussão desse novo caso de corrupção política, que se revela antiga e metastática no Distrito Federal e que repete outros escândalos recentes.

Todos sabem quem é o Arruda do slogan, o governador José Roberto Arruda, maior expoente do DEM no país. Não é a plantinha medicinal. E, graças à exposição na mídia, mesmo os mais desinformados aprenderam que PO é o vice Paulo Octavio e que Papuda é o presídio de Brasília.

Com a corrupção tão incrustada e espalhada nos três poderes, em todas as esferas de governo, a imprensa faz a sua parte, mas não dá, nem pode dar, cabo da impunidade. A imprensa noticia, esfrega a corrupção na nossa cara, mas os criminosos continuam soltos. E mandando. Sem punição, a corrupção é banalizada e se naturaliza. É mais um espetáculo do dia-a-dia, reality show, novela televisiva. As temporadas se sucedem. Alguns personagens saem do ar por uns dias e voltam. Outros, nem isso. Seguem assíduos no estrelato do poder.

SHOW, PURO SHOW

O presidente Barak Obama está brincando de dizer ao mundo que é diferente de tantos quantos já ocuparam a Casa Branca e vai mudar as políticas norte-americanas.
Show, puro show até agora. Ainda continua procurando a chave dos compartimentos secretos e dos porões. Não percebeu que McCain perdeu as eleições, mas recebeu as chaves de Dick Chaney, vice-presidente de Bush. Fique de olho com o que vai acontecer de hoje em diante em Copenhague
. Veremos quanto vão diminui o CO2 na atmosfera. Quem viver, verá.

TÔ NO CLIMA PARA SALVAR O PLANETA

Dez milhões de pessoas de todo o mundo pedem um acordo justo, ambicioso e comprometido em Copenhague. Dia 07 de dezembro, as assinaturas da Campanha TicTacTicTac  foram entregues para figuras chaves como o secretário executivo da UNFCCC, Yvo de Boer, o primeiro ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, e o presidente da COP 15 e ministro do clima dinamarquês, Connie Hedegaard.

Para o presidente da campanha TicTacTicTac e diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, a quantidade de assinaturas demonstrou o enorme apoio aos líderes mundiais para lidar com as mudanças climáticas.

"Os líderes devem e podem entregar um acordo que salve o clima, seja justo com as pessoas mais pobres e os países que não causam esse problema, mas que serão os que mais sofrerão. Além de ambicioso o suficiente, para deixar o planeta seguro para todos, ter vínculos jurídicos que possam ser monitorados e metas reais que possam ser aplicadas", destacou Naidoo.

OS MARAJAS DOS SERVIÇOES PÚBLICOS.

Veja os abusos cometidos pelos privilegiados e os desrespeitos a Constituição: - 13 servidores públicos ganham acima de R$ 100 mil por mês. 79 servidores tem salários acima de R$ 50 mil. 26 servidores têm mais de 5 fontes pagadoras na ativa. 1 servidor tem 11 empregos e 8 pessoas têm 8 empregos. 7 pessoas acumulam 6 empregos e 9 pessoas têm 4 empregos. 1061 servidores ganham acima do teto constitucional que era de R$ 24,5 mil em dezembro. Pelos cálculos dos técnicos, o País teria economizado R$ 750 milhões se limitasse o teto constitucional os ganhos de 1061 marajás do serviço público. ( Da para dormir com um barulho desses?)

Meta: MUDAR O CLIMA DO PLANETA.

Líderes de todo o mundo estão desde o dia 7 diante de uma oportunidade única em Copenhague (Dinamarca), para atuar em prol de um acordo internacional justo sobre o clima, no intuito de ajudar a salvar o planeta de uma ameaça devastadora, o aquecimento global. E o WWF-Brasil também marca sua presença nessa cúpula mundial.

A 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima é considerada o encontro mais importante do mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial. Nele, os governos tentarão chegar a um acordo sobre o que precisa ser feito em relação ao clima do planeta, que está mudando rapidamente.

"Os brasileiros tem muito interesse pelo tema das mudanças climáticas. A maioria de nosso povo se preocupa com o assunto, sabe que somos vulneráveis e espera ações firmes do governo brasileiro "É fundamental que os governantes sensibilizem-se definitivamente com o tema das mudanças climáticas e incorporem a sustentabilidade ambiental e as ações para redução de emissões de gases de efeito estufa em cada plano e ação de governo", "Zerar o desmatamento, investir em energias renováveis e reduzir nossas emissões em todos os setores não é apenas importante para o clima do Planeta. Trata-se de uma obrigação com futuro de nosso país e com as gerações futuras.