O tipo de educação evocada pelos projetos é a pedagogia libertária. "leva ao fortalecimento da individualidade, que só é possível com os outros". "Individualismo é egoísmo. O grupo não anula o indivíduo, e o indivíduo se faz no grupo", reflete a educadora.
A escolha da comunicação comunitária não oficial tem um propósito: se diferenciar da mídia comercial, "que transforma a todos em consumidores". Esta comunicação não visa tirar partido em benefício de uma elite, não é lucrativa, é uma comunicação que não precisa pedir licença para existir. "Quem define os rumos é a própria comunidade, não o governo, a diretora. Ninguém além do próprio grupo."
Por tudo isso, a proposta de educomunicação incomoda porque o sistema não agüenta pessoas autônomas. Segundo Grácia, já houve experiências de educação libertária no Brasil, "mas não restaram nem os prédios, pois para o sistema é necessário uma educação que nos ensina a obedecer, acatar, consentir". "No primeiro dia de aula da educação formal aprendemos a fazer fila, olhar a nuca e seguir mansamente para o matadouro", lembrou a professora. Mesmo que incomode, eles não pretendem parar.
Os educomunicadores não se definem como categoria profissional, por acharem que não só especialistas tem direito à comunicação. Lutam pela popularização da comunicação, que por princípio educomunicador deve ser feita por todo tipo de gente, mesmo analfabetas. O aprendizado com os meios de comunicação não está pronto, é um processo a longo prazo como todo processo de educação. "E talvez por isso é tão apaixonante.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA
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