quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O MENSALÃO DO DEM

O "mensalão" do DEM, mostrado com riqueza de detalhes, ocupa todos os espaços na imprensa escrita, falada e televisada. É a bola da vez. Na secura do planalto central, ganha contornos tenebrosos a última, no sentido de mais recente, feição da escalada sem fim da corrupção na política brasileira. Depois dos tucanos . chegou a vez dos "demos" exibirem seus "valores não contabilizados" e entrarem na fila lenta que antecede a barra dos tribunais.

  Alguns se surpreendem por imaginar que a execração pública observada por ocasião dos escândalos anteriores pudesse inibir a repetição das mesmas práticas. Ledo engano. Afinal, até agora nenhum dos antigos mensaleiros foi preso ou sequer condenado. A lentidão da justiça sugere impunidade. Mas, para além de tais aspectos, há uma questão de fundo que explica a persistência do fenômeno. A seqüência interminável de "fatos isolados que se repetem", para usar uma expressão cara aos que se ocupam em dourar a pílula, é uma decorrência inevitável do modelo dominante, que fornece proteína e só se reproduz azeitado pela lógica da corrupção sistêmica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário