LEI DAS COMUNICAÇÕES VIRA POLÊMICA NA ARGENTINA

BUENOS AIRES, Argentina ― Em meio a grande polêmica e durante uma longa sessão, a presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner promulgou a Lei dos Meios de Comunicação, que havia sido aprovada pelo senado em 10 de outubro. A lei enfraquece as grandes empresas jornalísticas que criticam o governo, entre elas o Grupo Clarín. A AFP informa que nova legislação substitui a que havia sido aprovada durante a ditadura (1976-1983) que, segundo a presidente, favorecia a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos. Do outro lado da questão e recebendo o apoio da oposição, o editor geral adjunto do jornal Clarín, Ricardo Roa, denunciou em entrevista à Reuters que a lei "promoverá uma imprensa mais fraca e dócil" diante do poder político. O objetivo da lei é limitar o monopólio sobre a mídia, diminuindo de 24 para dez o número de licenças de radiodifusão que podem ser concedidas a cada grupo e exigindo que, dentro de um ano, os grupos interrompam as atividades das estações que excedem os novos limites. Pena que é só do outro lado do Rio Uruguai.