quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

UM ESPETACULO CHAMADO CORRUPÇÃO

Não dá mais para tolerar a impunidade. O grito dos estudantes em Brasília, "Arruda na Papuda, PO no xilindró", ressoa o sentimento geral de que ficou insuportável a convivência com o deboche dos corruptos e com a lição repetida de que o crime compensa.

Estamos no apogeu da repercussão desse novo caso de corrupção política, que se revela antiga e metastática no Distrito Federal e que repete outros escândalos recentes.

Todos sabem quem é o Arruda do slogan, o governador José Roberto Arruda, maior expoente do DEM no país. Não é a plantinha medicinal. E, graças à exposição na mídia, mesmo os mais desinformados aprenderam que PO é o vice Paulo Octavio e que Papuda é o presídio de Brasília.

Com a corrupção tão incrustada e espalhada nos três poderes, em todas as esferas de governo, a imprensa faz a sua parte, mas não dá, nem pode dar, cabo da impunidade. A imprensa noticia, esfrega a corrupção na nossa cara, mas os criminosos continuam soltos. E mandando. Sem punição, a corrupção é banalizada e se naturaliza. É mais um espetáculo do dia-a-dia, reality show, novela televisiva. As temporadas se sucedem. Alguns personagens saem do ar por uns dias e voltam. Outros, nem isso. Seguem assíduos no estrelato do poder.

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