sábado, 13 de agosto de 2011

MEDO UM INIMIGO TERRIVEL.

Quem só faz o bem não tem razões para cultivar medos. “No amor não há medo. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o medo, pois o medo implica castigo e, aquele que teme não chegou à perfeição do amor” (1Jo 4,18).

Um dia um jovem perguntou a um monge do deserto porque ele não tinha medo de nada. O monge respondeu: “Porque todos os dias eu penso em minha morte”. A experiência de pensar na morte, em geral, aumenta ainda mais o medo. Então o jovem, muito curioso, continuou o diálogo e pediu explicações que justificassem essa atitude. O monge respondeu: “Quando eu penso na morte, eu tiro o medo da ameaça das pessoas, da ameaça de uma doença ou acidente, do fracasso e da rejeição”. A realidade da morte ajuda a nos posicionar com realismo diante da vida.
Porém, não podemos negar que, em nosso viver, são muitas as causas geradoras de medo. Temos medo de que pessoas amadas sejam tiradas de nós. Medo de adoecer e de morrer. Temos medo do fracasso de nossas decisões. Medo de confiar e cair no engano. Medos não faltam a ninguém, mas é certo que a preocupação baseada no medo escurece o espírito e prejudica a sensatez.
Vale lembrar a parábola do homem nobre que confiara dinheiro para ser administrado por seus servos. Um deles escondeu a soma num lenço. Quando devia prestar contas, disse: “Senhor, aqui está a quantia que me deste: eu a guardei num lenço, pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo”. Essa atitude lhe valeu a total desaprovação.
Há um pensamento popular muito sábio: “Quem não se aventura em começar uma obra por medo de errar, cometeu um erro maior por não começar”. Realmente, a cultura do medo, que tende a aumentar, por mil razões, clama por superação. Esta deve brotar de um intenso trabalho para redimir as relações humanas, começando em nossas famílias, grupos, comunidades e ambientes de trabalho. Resgatar confiança é superar medos.



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