quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TRABALHAR EM CASA: EU E O KOTSCHO... TUDO A VER.

"Sempre me considerei privilegiado. Há anos trabalho em casa. Escrevo minhas crônicas, novelas e meus livros de pijama. Muitas vezes sem fazer a barba e de cabelos espetados, porque sou do tipo que odeia um pente. Levanto para tomar cafezinho, fofoco no telefone e depois varo a madrugada para recuperar o tempo perdido. Adoro. É muito mais confortável do que quando tinha emprego formal, onde era obrigado a comparecer todos os dias, cumprir horários e aguentar chefes mal-humorados. Sinto falta, sim, de fazer amigos no dia a dia. É mais solitário, mas sou louco pelo meu cantinho. Sou capaz de ficar dois, três dias sem pôr o pé na rua. Agora, com os filmes saindo em DVD tão depressa e com tantas lojas virtuais, saio casa vez menos".

Nos últimos anos, foi mais ou menos esta a minha rotina, com algumas diferenças: não gosto de falar no telefone, detesto fofocas, não preciso mais usar pente, por falta de matéria-prima, prefiro ver futebol a assistir a filmes na TV e quase todo final de tarde saía de casa para encontrar os amigos (este ano também comecei a fazer caminhadas e a frequentar a academia de ginástica pela manhã).
Como tudo na vida, trabalhar em casa tem vantagens e desvantagens.
Vantagens: ser dono do seu tempo, não alugar tanto a orelha para chatos, não pegar trânsito e não correr o risco de ser atropelado, não ter crachá, preparar a própria comida, poder namorar a qualquer hora (minha mulher também trabalha em casa), etc.

Desvantagens: passar muito tempo no computador, engordar, sentir dor nas costas, ficar sem assunto novo, brigar mais com a mulher, enjoar das mesmas comidas, perder a beleza das novidades que só se vê nas ruas, etc.
Tudo na vida é política, não tem como escapar, mas a política não pode ser tudo na vida, nem a mais importante.

A mais importante, como sempre ensina o sábio Oscar Niemeyer, é a própria vida.











Nenhum comentário:

Postar um comentário