quarta-feira, 30 de março de 2011

TEMOS QUE COMBATER AS CAUSAS

Duas realidades amedrontam, cada vez mais, a sociedade: as drogas e a violência. No passado os casos eram poucos; cresceram em proporção geométrica e escaparam do controle do Estado. E os dois fatores parecem intimamente ligados.

A primeira solução, imaginada por muitos, parte da adoção de leis mais severas e da abertura de mais leitos hospitalares para os consumidores de droga. Isto deve acontecer, mas serão medidas apenas paliativas. Para evitar as consequências, é preciso chegar às causas. O que leva um jovem a entrar no mundo sombrio da droga com todas as suas inevitáveis decorrências, sobretudo a violência? Certamente é resultado de erros e omissões. As grandes e tradicionais instituições - Igreja, escola e família - cada vez mais, perdem sua força e influência.
A pessoa é anterior ao Estado. Diante das dificuldades de resolver individualmente suas atribuições, os indivíduos agruparam-se e confiaram ao Estado algumas de suas tarefas. Isto, necessariamente, implica abrir mão de parte de sua liberdade. O Estado tem as atribuições recebidas dos indivíduos. Porém, Estado moderno tornou-se soberano e atribuiu a si toda a ordenação da sociedade. Mas ele não pode tudo. Seu dever é zelar pelo bem comum de todos. E neste sentido, o Estado tem como obrigação grave zelar pela família e seus valores. Tem obrigação grave de dar à escola as condições para formar as novas gerações. E quando se fala de escola não se pode excluir a escola particular, apenas tolerada pelo Estado. De resto, cidadania e ética não se sustentam sem a atuação da Igreja, mesmo que o Estado seja laico.
Quando os poderes públicos não apoiam a família, a escola e a Igreja, estão optando pela droga e pelo crime. Sem suprimir as causas, as consequências continuarão.

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