quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O DESAFIO DE LER 11 MIL PÁGINAS POR HORA

O conhecimento não está mais no cérebro das pessoas, mas na rede que interliga os individuo pensantes. Está é a polêmica tese defendida pelo norte-americano David Weinberger, da Universidade Harvard, no livro Too Big to Know (Grande Demais para ser Entendido), que acaba de ser lançado no mercado .

Noutras palavras, o que Weinberger sugere é que não é mais possível separar os indivíduos das estruturas de interatividade. A cultura tradicional baseia-se no fato de que o conhecimento, assim como a sabedoria, são atributos exclusivamente humanos, embora se expressem por meio de escritos, imagens ou sons.
Na era digital e da avalancha informativa, o volume de conhecimento ganhou proporções ciclópicas e já não pode mais ser administrado apenas por mentes privilegiadas. O binômio homem/rede seria a alternativa para processar os 1,27 zetabytes de informação que são atualmente publicados na Web a cada 12 meses [dados publicados no documento The Age of Exabytes]. É o equivalente a 600 quatrilhões de páginas datilografadas, ou uma quantidade de documentos 84 milhões de vezes maior do que todo o acervo da Biblioteca do Congresso dos EUA (a maior do mundo).
Cada ser humano teria que ler, por ano, 100 milhões de páginas datilografadas de 30 linhas para dar conta de tudo o que é produzido no planeta em matéria de informação. Uma tarefa impraticável porque significaria ler 11.415 páginas por hora, dia e noite sem parar, ou 190 por minuto.
Se formos pensar em termos de notícias, fica claro, sem precisar fazer exercícios matemáticos, que é impossível a um ser humano se dizer bem informado hoje em dia se não estiver conectado a uma ou mais redes. Não dá para ler quatro edições completas de um grande jornal em um minuto.

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