domingo, 19 de fevereiro de 2012

NUMERO DE CIRURGIAS DOBRA EM 10 ANOS

O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011, um novo recorde, segundo o Ministério da Saúde. O número equivale a 8% dos transplantes feitos em todo o mundo no mesmo período. Em uma década, o país mais que dobrou o número de cirurgias. O aumento foi de 124% em relação a 2001, quando foram realizados 10.428 procedimentos. Em 2011, o Brasil teve o maior aumento anual em número de transplantes da década, com 2.357 cirurgias a mais que em 2010. A média de acréscimo na década foi de 1.200 procedimentos por ano.
Em dez anos, foram feitos no Brasil 6.827 transplantes de órgãos sólidos, como coração, rins, fígado. Em quantidade, as cirurgias de transplantes que mais cresceram foram as de medula óssea, córnea, fígado, pulmão e rim.
O número de doadores de órgãos acompanha o crescimento. O país também bateu recorde no ano passado ao registrar 2.207 doadores, um avanço de 16,4% em um ano - a maior variação em quatro anos. O atual índice nacional é de 11,4 doadores por milhão de habitantes - o índice anterior ficava em 9,9. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015, taxa semelhante à de países que são considerados referência em doação de órgãos.
Com mais doações e transplantes, o tempo de espera por um órgão na fila de transplantes caiu, em média, 23% em um ano. No caso do transplante de rim, por exemplo, o tempo de espera diminuiu 42%. Porém, ainda há 27.827 pessoas aguardando por um transplante na rede pública de saúde.
A meta do governo este ano é melhorar a estrutura para os transplantes de coração e pulmão, considerados os mais complexos. Uma das dificuldades desse tipo de cirurgia é o pouco tempo que o coração pode permanecer fora do corpo humano à espera do transplante, apenas quatro horas. O rim, por exemplo, pode ficar armazenado por até 24 horas. Para este ano, a previsão do Ministério da Saúde é investir 10% a mais no sistema de transplantes em comparação ao ano passado, quando os recursos chegaram a R$ 1,3 bilhão.
O ministro da Saúde Alexandre Padilha também anunciou a autorização de transplantes em estrangeiros que não possuem residência fixa no Brasil, nos casos em que a doação vem de um parente, até o quarto grau, vivo. Portaria publicada na quarta-feira 8 no Diário Oficial da União permite o procedimento na rede privada, evitando que estrangeiros das regiões de fronteira, que procuram pelo serviço no Brasil, deixem de ser atendidos.



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