sexta-feira, 10 de maio de 2013

MAIS OU MENOS?



Paulo tratou desse assunto em diversas ocasiões: “A graça de viver feliz no menos e no mais”. Disse ele: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância... estou instruído tanto a ter fartura como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” . Jesus falou em ser pobre no Reino e pobre pelo Reino. Recomendou aos que desejam optar radicalmente pelo Reino que sejam desprendidos e pobres. Não via como sabedoria o acúmulo de bens e a preocupação com mais riquezas.
Está enraizada em nós a luta entre ser e não ser, querer e não querer, escolher entre o bem e o mal e viver o conflito do menos e do mais. O rico se ressente quando alguém sem maiores reflexões lhe diz que deve ficar menos rico para que o pobre seja menos pobre. Ele prefere quem lhe proponha: fique o mais rico que puder e ajude o pobre a ficar menos pobre. O pobre se ressente quando lhe pedem que faça mais por menos. Ele espera recompensa. Desde criança temos a tendência de obter mais com menos esforço.
Aceitar menos pelo bem dos outros é virtude para poucos. Em família, sim, porque o amor leva avós, pais, irmão mais velho a ceder em favor do mais frágil. Na sociedade dos que não amam o bastante, poucos cedem em favor dos menos favorecidos. Ajudam, desde que não percam. Algumas igrejas fazem o mesmo. Dialogar, sim, mas sem ceder em nada! Nada menos do que o mais!
No entanto a mística do menos para nós e mais para os outros já fez muitos santos na Igreja. Mas é asceso para pouquíssimos: coisa de Reino dos céus…

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