sexta-feira, 17 de maio de 2013

ACEITAR SER CRITICADO

Escritores, poetas, compositores, cantores, instrumentistas, artistas, pregadores da fé, comediantes, radialistas... são comunicadores. Dividem-se em duas categorias: os que aceitam reparos, críticas e discordâncias; e os que 
se melindram e chegam a romper amizades e a fechar a cara contra 
quem os corrigiu.
Os primeiros, os que aceitam críticas, têm consciência de que ninguém é perfeito e que aquilo que é bom pode ser melhor. Admitem que, se algo saiu errado ou se houve erro na sua execução, o erro deve ser corrigido. Os segundos gostam tanto de si mesmos, de seu sucesso e de sua obra que visivelmente se descontrolam quando alguém, por mais amigo que seja, propõe mudanças ou põe reparo. Seu modo de agir, de falar e ignorar e de se defender mostra que não admitem o contraditório, embora, às vezes, sua obra contradiga algo ou alguém.
A espiritualidade do “corrija-me para que eu amanhã erre menos” é uma das virtudes mais bonitas do comunicador. A reação da mágoa contra quem tece observações e críticas sobre a nossa comunicação revela nossa falta de espiritualidade. Dizer que aceitamos críticas é uma coisa, mostrar comportamento de quem as aceita e assimila é outra.
Acontece comigo e com você de não querer mudar algo por causa de um crítico. Mas se vários nos dizem que aquele texto deveria ser revisto não há porque não corrigir. Um grande número deles simplesmente rompe uma amizade ou vira a cara quando alguém ousa discordar de sua mensagem ou do modo como a deram.
Nos cursos de comunicação não se omitam as aulas sobre sucesso, falhas, imperfeições e críticas. Não existem obras perfeitas nem comunicadores perfeitos. Você sabe se é humilde quando aceita repensar o que disse, o 
que fez e o que cantou.

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