A campanha de vacinação contra a gripe foi prorrogada até dia 10 de maio em todo o país. A decisão do Ministério da Saúde visa ampliar a cobertura vacinal, que, há três dias da data inicialmente prevista para o fim da campanha (26 de abril), alcançava 47,6% do público-alvo, ou 15 milhões de pessoas, bem abaixo da meta de 80%.
Mesmo no Rio Grande do Sul, onde as autoridades da Saúde reivindicaram a antecipação da campanha e mais doses da vacina, na tentativa de evitar mortes por Influenza-A (H1N1) como as ocorridas no ano passado, 1,6 milhão de pessoas haviam sido imunizadas até a quarta-feira 24, número que representava cerca de 60% da meta de abrangência do grupo prioritário.
Se na rede pública a adesão à imunização ainda está aquém do esperado; na rede privada já começam a faltar vacinas para os interessados, em geral pessoas que não se enquadram nos grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde para receber a vacina gratuitamente. Em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, por exemplo, enquanto metade da população com direito à imunização gratuita havia procurado os postos de saúde, em dois dos principais laboratórios privados da cidade (Alfa e Unimed) as doses já haviam acabado. Em outros de menor porte, restavam poucas dezenas. O preço girava em torno de R$ 100 a dose, ou cerca de R$ 50 para usuários de alguns planos de saúde.
A vacina deste ano aumenta a proteção das pessoas contra três tipos de vírus de gripe, dois deles chamados de Influenza-A, incluindo o H1N1, e uma cepa da Influenza-B. Idosos, crianças de seis meses a menores dois anos, gestantes, mulheres no puerpério, portadores de doenças crônicas, detentos, indígenas e profissionais da saúde integram os grupos prioritários da campanha e devem procurar os postos de saúde para receber a vacina gratuitamente.
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