sábado, 21 de agosto de 2010

GLOBALIZAÇÃO - UM OUTRO MUNDO É POSSIVEL

Institucionalizada pelos atenienses, a democracia tem perdido seu significado e valor nas mãos de séculos de incontáveis tiranos que a corromperam por completo. Seu significado inicial, claro e direto que diz “o poder do povo” tem pouco significado hoje. A palavra se enfraqueceu, ficou ultrapassada. Todo cidadão, isto é, aqueles que não eram escravos ou estrangeiros, podia representar-se no governo da cidade.

A representação cidadã é hoje em dia pouco menos que uma ilusão, quase um mito. A chamada democracia é atualmente um eufemismo com poderosos efeitos sedativos sobre uma população sonolenta. Os chamados governos democráticos mantém seus súditos em estado hipnótico, fazendo-os crer que seus interesses como cidadãos, estão representados e protegidos por um grupo de pessoas que pouco ou nada tem em comum com eles.
Para isto, os usurpadores das democracias modernas se serviram de poderosas armas de controle da sociedade. Tradicionalmente utilizou-se a fé e a bala contra o povo, e mais recentemente, a palavra.
Com a fé, em franco e claro retrocesso, e a bala destinada a democratizar distantes países ricos em recursos naturais, a palavra se tornou uma forte arma para usurpar as democracias ocidentais. A palavra foi moldada à imagem e semelhança do capitalismo globalizador, que a converteu na mais eficaz das armas já usadas contra o povo. Os meios de comunicação de massa tornaram-se a ultima etapa de aperto do pescoço do povo com a corda do capitalismo
Mas ainda há esperança, ainda temos algo a fazer pelo povo pisoteado. Como se tivesse passado despercebido, depositaram em nossas mãos um tipo de poder que emana de nós: o dinheiro, seu dinheiro, o alimento desta fera voraz, devoradora de homens e corruptoras de almas que é o capitalismo. O circulo formado pela corda ao redor do nosso pescoço só se fechará se deixarmos escapar este poder. O circulo só se fechará se consumimos e devolvemos ao circuito financeiro todo o dinheiro que esperam que geremos.

Além do essencial, não consuma.
Além de uma vida digna e suficiente, não consuma.
Além de preservar o planeta, não consuma.
Além do que seja moral, não consuma.
Além do que te satisfaz, não consuma.
Além do que consideraria justo e racional para teu vizinho, não consuma.
Se não consumirmos além disto, essa máquina que nos degrada como pessoas se deterá, cedo ou tarde. Todo cárcere precisa de seus presos, todo supermercado precisa de seus clientes, todo capitalismo precisa de suas vitimas.
Ficou demonstrado então que não vivemos em uma democracia, vivemos como aqueles escravos ou estrangeiros que esperavam em Atenas uma liberação que não chega, que temos que sair procurando onde quer que esteja. Juntos podemos encontrar. Outro mundo é possível.

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