quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A LUTA CONTRA A DESERTIFICAÇÃO

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação. Objetivo é, até 2020, conscientizar o mundo sobre o avanço dos desertos e dos efeitos que provocam, na tentativa de despertar os setores público, privado e a sociedade civil para medidas de prevenção.

Estudos recentes classificam como área de risco de desertificação 33% da superfície da Terra, onde vivem 2,6 bilhões de pessoas. Se este perigo não for contido, um terço da população do planeta será obrigado a migrar.
A degradação do solo torna-o improdutivo. Uma área atinge este estágio pela interferência de fenômenos climáticos, como o aquecimento global, mas a principal causa é a ação humana - destaque para o desmatamento e uso descontrolado da terra com a agropecuária.
Mais de 100 países já sofrem os reflexos do acelerado processo de desertificação - o Brasil tem 1,1 milhão de quilômetros quadrados sob ameaça. Estudo da Universidade das Nações Unidas concluiu que 50 milhões de pessoas terão de migrar nos próximos dez anos porque vivem hoje em locais onde atividades predatórias estão formando desertos. Um volume muito maior tende a seguir este caminho.
Os dados atuais e as projeções já seriam suficientes para desencadear um conjunto de ações universais com a finalidade de conter o crescimento da degradação do solo. Mas as reações são muito tímidas; os projetos para impedir o crescimento de desertos são pífios, inócuos. Espera-se que a iniciativa da ONU ganhe adesões dos governantes e da sociedade em geral e produza resultados práticos e eficazes. Não há mais espaço para a omissão, o descaso ou a simples perplexidade diante da incapacidade de mudar o clima e suas consequências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário