quinta-feira, 29 de julho de 2010

EDITORA ABRIL INVESTE EM ENSINO FORMAL

Nesses tempos velozes de recomposição dos modelos de negócios da mídia, e de deliberações premidas pelas urgências determinadas pela nascente economia digital, os controladores das empresas jornalísticas tradicionais começam a admitir a necessidade de mudanças estratégicas nos seus objetivos negociais. A nova realidade emergente transfere o foco da banca e do monitor para a produção ampliada do conhecimento. E a mídia tradicional não é capaz de dar conta disso sozinha.

No Brasil, um primeiro e notável movimento nessa direção deu-se a partir da decisão dos acionistas majoritários da Abril S.A., controladora da Editora Abril – historicamente vinculada ao ramo de revistas –, em investir pesado na área da educação formal. Para isso, instituíram um novo empreendimento, independente do seu negócio de mídia, como mostram a matéria do Valor Econômico. Os empresários parecem estar pensando em algo mais concreto, mais duradouro. Basta notar, por exemplo, que se oito anos são tempo suficiente para se consolidar uma revista, este é também um período em que se pode formar um cidadão plenamente alfabetizado. E, por óbvio, um futuro consumidor dos conteúdos produzidos pelas já então reconfiguradas empresas da nova mídia. A decisão dos Civita constitui um movimento indicador de que há algo de novo no horizonte. (Luiz Egypto)

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