segunda-feira, 12 de março de 2012

RESPEITO CIMA DE TUDO, É O QUE MERECE A MULHER.

Que sociedade é esta que ainda convive com a discriminação e a violência praticadas contra a mulher? A resposta é complexa, e certamente não encontra respaldo na justiça social ou nas regras de boa convivência – muito menos, é claro, no amor ao próximo.

Estudo da Johns Hopkins University School of Public Health, dos EUA, aponta “justificativa” para a violência contra a mulher em normas sociais que reforçam a valorização diferenciada para papéis masculino e feminino. O que muda são as razões alegadas - no Brasil, Chile e Venezuela, por exemplo, é comum a violência aprovada socialmente quando ocorre infidelidade feminina; em outros países a mulher deve ser punida quando não cuida da casa e dos filhos, se recusa a ter relações sexuais ou desobedece ao marido.
A cultura de um povo deve ser respeitada. Mas não exageros, injustiças. É totalmente injustificável que uma mulher seja obrigada à subserviência e a agressões físicas e psicológicas; que seja tratada como um ser inferior. E isso ocorre mesmo aqui no Brasil, país que avançou no combate a essas barbáries através de uma legislação mais enérgica, no caso a Lei Maria da Penha.
Punir com rigor é um passo importante para coibir a violência. Mas são necessários mecanismos, socialmente melhor elaborados, para tentar impedir que ela ocorra. É preciso rever conceitos e critérios para evitar, por exemplo, que uma mulher com o mesmo grau de capacitação e desempenho no trabalho receba bem menos que o homem. É fundamental, ainda, dar a minorias femininas meios para alcançar a emancipação plena, e isso passa pela autonomia financeira.
É impossível desfazer o sofrimento que a mulher passou ao longo da história. Mas é possível que ela – mãe, irmã, amiga... – sofra menos. Se não pelo aprimoramento das leis, pela mudança de comportamento e de atitudes do homem. O respeito, acima de tudo.

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