quarta-feira, 21 de março de 2012

LIXO CRESCE MAIS QUE A POPULAÇÃO.

A produção de lixo no Brasil não para de crescer, e em ritmo mais acelerado do que a população urbana. É o que mostra o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil - 2010, estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Pelo levantamento, os brasileiros geraram em 2010 quase 60,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), crescimento de 6,8% sobre 2009. No mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população cresceu em torno de 1%.

O total de resíduos coletados também aumentou, em 2010, aproximadamente 7,7%, comparativamente ao ano anterior. Segundo a Abrelpe, 54,2 milhões de toneladas foram recolhidos pelos serviços de coleta domiciliar. Mesmo assim, esse número corresponde a 89% do lixo gerado. Isso significa que os outros 11% ficaram espalhados nas ruas, em terrenos baldios ou foram jogados nos rios. Além disso, do lixo coletado, quase 23 milhões de toneladas, ou 42,4%, foram depositados em locais inadequados, como lixões, onde o chorume, líquido originado pela decomposição, não é tratado e pode contaminar os lençóis d’água.
A Abrelpe constatou ainda que os municípios recolheram 31 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) e 228 mil toneladas de resíduos de serviços de saúde (RSS) em 2010, mesmo não sendo responsáveis diretos por esses materiais.
Os serviços de coleta custaram R$ 11 bilhões aos cofres públicos em 2010. Outros R$ 12,04 bilhões foram gastos nos demais serviços de limpeza pública, como varrição e manutenção de praças. A taxa de limpeza pública, cobrada por muitos municípios, teve a legalidade reconhecida para a coleta domiciliar, mas, em geral, o valor não cobre os custos. (Com informações do Jornal do Senado).

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