quarta-feira, 21 de março de 2012

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E JUSTIÇA SOCIAL

Um recuo a meados do século passado permite o reencontro com um período de grande crescimento econômico do Brasil. Mais tarde um pouco, nos anos 1970, o marcante “milagre econômico” parecia dar ao país a aceleração necessária para chegar rapidamente ao patamar de grande potência mundial. Infelizmente, o que se viu foi outro cenário, com o acúmulo de crises e, o mais grave, o aumento de concentração de renda.

O valor social do aumento da produção das indústrias, do comércio, dos serviços e do campo só ocorre quando o resultado dessa evolução é distribuído de forma equânime. Uma nação só avança socialmente quando sua riqueza não fica nas mãos de pequenos grupos, em detrimento do restante da população.
É por esses exemplos recentes que deve ser saudada a queda na desigualdade social no país, registrada pelo décimo segundo ano consecutivo. Mais do que por esta realidade, pela tendência de que o abismo entre as classes sociais e econômicas diminua ainda mais, como aponta estudo da Fundação Getúlio Vargas - ampliado na página 8 desta edição.
Isso não significa a erradicação da pobreza e nem a eliminação das disparidades, mas dá um alento a todos que querem ver o Brasil no caminho certo - o que equivale, na prática, a possibilitar uma melhor qualidade de vida a todos os seus habitantes.
Se o brasileiro pode comemorar pequenas conquistas nesse campo, dá para imaginar o que seria se alcançasse o nível de nações desenvolvidas, aonde o cidadão recebe oportunidades e tratamento iguais. Isso quer dizer que a redução do número de pobres e de miseráveis e o aumento das classes média e alta precisam continuar para que mais pessoas sejam beneficiadas, invertendo a pirâmide que, historicamente, coloca na base a maioria dos brasileiros e no topo, os privilegiados de sempre.

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