terça-feira, 27 de março de 2012

SE CUIDAR E ECONOMIZAR, NÃO VAI FALTAR ÁGUA

O 6º Fórum Mundial da Água, realizado na semana passada em Marselha, França, será lembrado por uma contribuição especial: apresentou, de forma muito clara e até pedagógica, a situação do abastecimento de água no planeta. O 4º Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, denominado Gerenciando a Água sob Incerteza e Risco, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), revela com clareza a encruzilhada em que se encontra a humanidade hoje.
A escassez de água avança em praticamente todas as regiões do mundo. Algumas delas vivem quadros dramáticos. Falta o líquido para saciar a sede das pessoas, o que dirá para outras necessidades. E as estatísticas de vítimas, inclusive fatais, não param de crescer. Ao mesmo tempo, as projeções indicam que será preciso mais água para alimentar a população, que vai ultrapassar os 9,3 bilhões de pessoas em 2050. Os estudos mostram que para atender a demanda, a produção de alimentos deverá crescer 60% - e para atingir essa meta a agricultura, que já representa 70% do consumo de água do planeta, comprometerá mais 19%. Será maior também o volume de água destinada à geração de energia, imprescindível para as exigências do incremento econômico.
Diante da realidade e do intenso crescimento da demanda, a alternativa é mudar, radicalmente, a forma como a água vem sendo usada. O que pode parecer apocalíptico, não passa de simples alterações de hábitos e de atitudes. Primeiro passo: respeitar a natureza - o que significa preservar os mananciais hídricos, evitando a degradação. Segundo: não desperdiçar - o que equivale a consumir apenas o mínimo indispensável. Esses são os fundamentais, embora a lista inclua outros. O mais importante, porém, é a conscientização de que a água é um bem finito e cujas reservas são as mesmas de dois mil anos atrás, quando a população somava apenas 3% da atual.



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