sábado, 27 de janeiro de 2018

O HISTÓRICO AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO

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O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil de 2017 foi de 0,1%. Com esse desastroso crescimento econômico o governo diz que o Brasil está no caminho certo. Convenhamos que seja preciso muito despudor para afirmar tal asneira. Na realidade o atual governo está levando milhões de brasileiros à miséria e à exclusão social. Ao desconsiderar a situação do povo brasileiro, o governo sacrifica os trabalhadores com um mísero salário mínimo no Brasil.

Ao entrar o ano de 2018, os 45 milhões de trabalhadores brasileiros que recebem o salário mínimo não têm o que celebrar, mas muito a lamentar do descaso do governo. O aumento no valor do salário de R$ 937 para R$ 954, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é o menor reajuste da história. O reajuste ficou em 1,81%, ou exatamente míseros R$ 17,00 de aumento. Em desconsideração aos trabalhadores o governo comemora o aumento. Ademais, com o golpe parlamentar de 2016 a economia do Brasil foi a nocaute. Na verdade, com este irrisório aumento proporcionado pela política salarial do governo federal quem foi a nocaute são os trabalhadores.

É preciso dizer que a política do governo federal representa os interesses do mercado e não o favorecimento ao povo brasileiro. Na realidade, o governo não reajustando o salário mínimo com aumento real aos 45 milhões de trabalhadores, favorece as medidas e as metas econômicas do mercado. Segundo o Dieese o mínimo proposto pelo governo para 2018 está muito distante do valor considerado necessário para um trabalhador brasileiro. De acordo com o cálculo do Dieese o valor necessário para as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 3.731,39 para o ano de 2017. Já para 2018 estima-se a necessidade de um valor superior a R$ 4.000,00.

A Venezuela, país bastante contestado pela imprensa brasileira pelo seu enfrentamento ao poderoso EUA e por não conseguir implantar sua política econômica liberal, usa medidas de proteção econômica do povo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro anunciou em 31 de dezembro último um aumento de 40% do salário mínimo para o ano de 2018. Segundo o ministério da economia da Venezuela as medidas visam proteger os trabalhadores e manter a economia do país aquecida sem o controle do mercado internacional. Com enfrentamento à forte pressão do governo norte americano pela privatização do capital da Venezuela, como os postos de petróleo, o parlamento e governo venezuelano conseguem manter o controle e o crescimento da economia do país. Em outros termos, o governo da Venezuela não adotou a política da privatização do capital nacional e da venda das estatais de mineração, energia, combustível, transportes, aeroportos.

Por sua vez, em 2016 e 2017 o governo brasileiro abriu as fronteiras à política neoliberal privatizando e vendendo o capital nacional às empresas estrangeiras que agora impõem suas normas de controle da economia. A submissão do Brasil aos detentores da economia e do mercado internacional obteve 1,81% como reajuste no valor do salário mínimo. Isto é liberalismo, o governo nacional age em função do lucro do mercado estrangeiro. Como se não bastasse o pífio aumento do salário mínimo, o governo brasileiro remaneja R$ 3,6 bilhões para comprar votos para que a Reforma da Previdência Social seja aprovada na Câmara e Senado Nacional. A Reforma da Previdência aprovada significa que além dos bilhões usurpados do povo brasileiro, o governo leva os trabalhadores a trabalharem por um salário de fome sem direito à Seguridade Social, aposentadoria.

A interpretação correta da política salarial do governo federal com o mísero aumento no salário mínimo é subserviência à cobiça e ao lucro do mercado estrangeiro. Como diz o próprio Presidente da República, Michel Temer: “O Brasil está no caminho certo!”. Isto é, no caminho da miséria, desigualdade social, fome. Tão diferente da política da Venezuela.

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