É hora de sermos gratos à vida, pelo que conquistamos ou que deixamos para trás. Gratos pelo outro que ao nosso lado anda, ou pelo desconhecido que nos conecta com o que precisamos ver, viver, aprender. Pelo que nos cumprimenta com um sorriso nos lábios ou simplesmente não nos vê – imperceptível permanecemos até que ele se permita nos enxergar. Grato por quem passa por nós e nos deixa algo, por quem nada nos deixa, ou, ainda, por aquele que nos faz perceber que somos nós que precisamos realizar.
Não existe hora determinada para agradecer; cada momento constitui um novo motivo para o exercício da gratidão. Assim, agradecimentos individuais vão sendo construídos, bem como maneiras de nos curvar diante do vivido mantendo interiormente o gesto de reconhecimento gravado no nosso íntimo, dentro do tempo e de maneira individual.
Sentir, no âmago do nosso ser, gratidão pelo que vivemos, pelo que gostaríamos de ter vivido e por nossos triunfos – seja um, sejam muitos –, ou, ainda, pelo que não alcançamos, o que, a partir de um novo olhar, percebemos ter sido uma bênção.
É hora de sermos gratos, inclusive, pelas dores, que nos tornaram diferentes e melhores do que éramos. Gratos ao que nos fez sofrer, pois foi o que ajudou a nos engrandecer.
Precisamos nos esforçar para encontrar a gratidão, que permanece oculta até que estejamos prontos para enxergar a vida que nos cerca sob uma nova perspectiva, mais ampliada e equilibrada.
Gratos por nos sobrepormos às etapas da vida e por sabermos que muito ainda temos a fazer...
Por sabermos que a vida segue e que o amor também se constrói...
É hora de sermos gratos ao que tivemos e ao que ainda teremos. Gratos, todos os dias, por estarmos construindo nossa jornada, numa bênção de renovação, mantendo esse registro da gratidão, afinal, cada suspiro é uma expressão da plenitude do divino em nós.
Gratidão!
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